É a Mãe!
Mãe deve ser uma das mais difíceis funções que uma
mulher pode exercer. Depois dessa, ela está capacitada para exercer qualquer
função e estão aí pelo mundo a fora, tantas mulheres, em todas as funções e
sendo mães, ao mesmo tempo, para provar.
Penso que nem todas deveriam poder ter filhos com a
facilidade que acontece. Só as capacitadas e posso garantir que bem poucas são,
mesmo pensando ao contrário; mas essa é uma das conversas que eu terei com Deus
para entender o Seu propósito direitinho.
Imagine que assim como a terra, a mulher abriga uma, ou
mais sementes, que crescerão dentro de uma ordem impressionante e em menos de
um ano um ser completo nasce e passa a ser alimentado, ainda, pelo seu seio
durante o primeiro período de vida fora do corpo/matriz. Seu crescimento e
desenvolvimento será controlado passo a passo. Seus olhos passam e repassam por
aquele ser que cresce diante de si o tempo inteiro procurando descobrir alguma
coisa que não deve se desenvolver ali e precisa ser tratado e curado.
E a partir dali ela nunca mais será a mesma e muito
menos única, independente, e ainda passará a pensar primeiro naqueles que ela
colocou no mundo, naqueles que ela deu chance de viver e a oportunidade de
fazer da sua vida o que achar melhor, se tornando um indivíduo independente; é
um espirito que reencarnou para evoluir e ela o aceitou e ainda o ajudará para
sempre.
O amor por aquele ser, ou aqueles seres que vieram
através dela, serão eternamente amados até mesmo que a morte deles ocorra.
Eu particularmente não gosto desta data.
Agradeço todos os dias à minha mãe, sim, por ter me
dado a chance de ser, de viver e de me educar e passar seus ensinamentos que
muito me serviram e me servem ao longo da vida, mas eu não gosto dessa
homenagem para mim, acho esquisito, penso que não há o que me agradecer, cometi
e cometo muitos erros como mãe e como pessoa e por um dia sou coroada a “rainha”
do lar, assim, num dia específico, segundo domingo de maio;
Fico constrangida de verdade, fora que se tornou um dia
comercial, tornou-se obrigatório presentear a mãe, comprar coisas, às vezes em
horas que os filhos não podem ou não querem e se sentem na obrigação de
presentear sua mãe e muitos ainda, as sogras, avós de seus filhos que em tempo
de casamentos múltiplos deve ser um complicador a mais.
Mas enfim, por que eu deveria remar contra a maré, não
é mesmo? Então um viva a todas as mães!!! As que geraram no útero ou no
coração. As que tiveram um só filho ou as que além dos seus abriram seus
corações para muitos outros de mães alheias.
Todas devem ser homenageadas o ano inteiro por tudo o
que representam na evolução do ser e do mundo, mas de forma natural, com um
beijo, um abraço, um carinho espontâneo, um sorriso.
E por aquelas que falharam como mães, que abortaram e
abandonaram seus filhos, não devemos julgá-las, só elevar uma prece de compaixão
por sua alma.
Um bom domingo de festa para todas as mulheres, mesmo
as que não tiveram filhos, pois cuidar do “outro” de alguma maneira também é
exercer a maternidade. ♥♥♥