sexta-feira, abril 18, 2008

...eu fiz limonada!

Evoluir é o propósito da vida. Evoluir do ponto A para o D, passando pelo B e pelo C, e aprender a olhar para trás com lágrimas nos olhos, é certo, mas sem pena nem vontade de voltar ao que se era. Odiei. Aceitei. Aprendi a gostar. Gostei. E, finalmente, Amei. Com a fúria dos trovões, as forças das ondas do mar e o ímpeto dos animais selvagens.

Amei com Fúria, com Tristeza, com Paz e Serenidade. Amei quando via, amei quando imaginava. Amei de longe, de perto, por fora, por dentro. Amei em pensamento, em sonho, nunca na voz. Amei em segredo, segredo esse divulgado enésimas vezes. Amei na dúvida, muitas e muitas noites. Mas hoje sei que Amei… (E Amei na certeza)

Sei-o porque me vejo como nunca me vi e sei-o porque sempre tive o dom de me conhecer à distância dos anos.

Amei e não deixei de Amar. Tentei esquecer uma vez. Achei que o tinha conseguido, mas cedo percebi que era ilusão. Foi então que percebi que o Amor (o verdadeiro, o que faz de nós humanos) nunca se esquece. O Amor evolui. Evolui para Ternura. O Amor que se esquece é o que pede e não dá nada em troca. O amor restante é eterno, como os diamantes. Passa, como tudo na vida acaba um dia por passar, mas, ao mesmo tempo, fica até ao final dos tempos. Vêm outros amores, mas os vividos vão ocupando os lugares mais antigos e mais profundos. Hoje Amo novamente. Se com a mesma força e a mesma intensidade não sei, só o tempo o dirá. Mas sei que Amo porque o sinto mais uma vez.

O Amor anterior amadureceu, assim como eu ao longo dos tempos, mas principalmente neste último ano. Esquecer nunca será um verbo que possa usar para me referir a ele. Esquecido nunca será (para o bem ou para o mal). Hoje percebo melhor tudo o que experimentei.

Vivo com um sorriso na alma, mesmo quando os olhos choravam. Superei-me por necessidade, quis ser a melhor, ser um ponto de referência e aprendi a estabelecer metas mais além. Hoje acho-me capaz de olhar para o que fui nessa altura e sorrir com Ternura e Carinho, de o ver (ou algo que a ele pertença) e saber que o meu coração já bateu com força extrema numa situação semelhante. E sei que vou desejar contar-lhe tudo o que me acontece agora e daqui em diante.

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Tenho a certeza que vou desejar tê-lo na primeira fila no meu casamento, a sorrir para mim como sempre sorriu. Vou desejar tê-lo com os meus filhos ao colo nos seus aniversários. Vou desejar tê-lo para sempre no meu caminho. Talvez não como o Homem da minha Vida que ainda é, ou talvez sempre como o Homem da minha Vida que um dia foi. De qualquer forma, tê-lo-ei sempre e isso continuará a fazer das minhas batalhas etapas simples e facilmente ultrapassáveis e das minhas guerras vitoriosas troféus de valor incalculável.

Desejarei, mais do que qualquer coisa, que as minhas filhas encontrem um homem como ele e que os meus filhos sejam o que ele foi para mim para alguém neste mundo. E se no final alguém de acusar de ter desistido responderei com uma gargalhada.