Ciclos Biogeoquímicos

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Engenharia Ambiental

Ciclos Biogeoquímicos

Professora Ofélia de Lira Carneiro


 Ciclo em escala global, de elementos ou
substâncias químicas que necessariamente
contam com a participação de seres vivos.

 Principais ciclos:
 Água Antoine de Lavoisier
 Carbono
 Nitrogênio “Na natureza nada se
cria, nada se perde,
 Fosforo tudo se transforma”.
 Oxigênio
 Enxofre
ciclos biogeoquímicos
- GASOSOS: o reservatório está na
atmosfera ou nos oceanos – Carbono,
oxigênio e nitrogênio
- SEDIMENTARES: o reservatório está na
crosta terrestre – Fósforo, enxofre
Ciclo da Água
CICLO DA ÁGUA
Os oceanos constituem a principal fonte de
água. A radiação provoca a evaporação da água
para a atmosfera. Os ventos distribuem esse
vapor de água sobre a superfície da Terra e a
precipitação a traz de volta para a Terra, onde
fica armazenada temporariamente nos solos,
lagos e aqüíferos.
PORQUE A ÁGUA É TÃO
IMPORTANTE?
 Alta capacidade de absorver e reter calor

 É fundamental no metabolismo dos seres vivos


(dissolve compostos e reage para formar moléculas
complexas)
 Alta tensão superficial: movimentação e
retenção da água em pequenos poros
 Solidificação: molécula que se expande ao
congelar
Caso contrário: gelo afundaria e congelaria
reservatórios de água líquida de baixo para cima,
modificaria drasticamente os ecossistemas
(células vivas se romperiam com a contração da
água congelada).
RESERVATÓRIOS GLOBAIS

Onde se localiza, qual a quantidade, e o tempo de residência nos


reservatórios da Biosfera?

Fonte: Botkin & Keller (2005)


Ciclo do Carbono
IMPORTÂNCIA DO CARBONO

Porque o carbono é importante?

 Base de construção de moléculas orgânicas

 Vida: membranas, DNA, tecidos, etc.

 Estoque de energia: açúcares, lipídeos,


proteínas, petróleo, carvão, gás, etc. etc.

 Regulação do clima: CO2 e


CH4
Efeito
estufa Aumento da poluição (CO2) =
aumento da temperatura

Importante para manutenção da temperatura:


aquecimento da Biosfera
Ciclo do Nitrogênio
CICLO DO NITROGÊNIO
A atmosfera é composta por, aproximadamente,
78% de nitrogênio = é o maior reservatório
(gasoso), seguido pela matéria orgânica no solo
e nos oceanos. É um dos ciclos mais complexos,
pois envolve várias etapas e várias formas
químicas do nitrogênio.

Microrganismos
e
agentes físicos
(relâmpagos)
Atmosfera =
Organismo
principal
s
Ciclo do Nitrogênio
N2 NH3 NO2 NO3
Nitrogênio Amônia Nitrito Nitrato
atmosféric
o
Rhizobium Nitrosomonas Nitrobacter

NITROSAÇÃO NITRATAÇÃO

NITRIFICAÇÃO

Pseudomonas
DESNITRIFICAÇÃO
IMPORTÂNCIA DO NITROGÊNIO

 N2: 78% da composição da atmosfera

 Compostos de nitrogênio:
fundamentais para a vida (aminoácidos,
proteínas em geral: tecidos musculares,
hormônios, DNA, etc.)
 N: Macro-nutriente essencial para os seres
vivos
 Aquecimento global: ênfase ao ciclo do carbono (CO2 e
CH4)
 N2O: óxido nitroso : gás de efeito estufa

 Contaminação da água, eutrofização, chuva ácida,


formação de ozônio na troposfera (fertilizantes humanos).
O nitrogênio é fundamental para a formação
de proteínas e ácidos nucléicos (DNA e RNA).
Uma vez que as proteínas e ácidos nucléicos
são fundamentais para todos os organismos, a
absorção de nitrogênio pelos organismos vivos
é fundamental para assegurar sua
sobrevivência. É o elemento que mais limita o
crescimento vegetal.

Bases nitrogenadas do DNA e


RNA
Rodízio de culturas

Leguminosas
Cereais
Rhizobium
nas raízes
de
leguminos
Alternância
as
(fixação de
nitrogênio
atmosféric
o)
Transgênicos

Genes
responsáveis
pela fixação
do nitrogênio

Menores gastos com adubos, barateando os


alimentos
O ciclo do nitrogênio é composto por
várias etapas:
- Fixação
- Nitrificação
- Assimilação
- Desnitrificação
Etapas – Fixação
Como os organismos (plantas e animais)
não são capazes de absorver o nitrogênio
diretamente da atmosfera (N2), o
aproveitamento do N2 só é possível através
da fixação biológica, onde o nitrogênio é
transformado
Somente em amônia (NH
alguns microrganismos 3).
terrestres
(bactérias - Azobacter, cianobactérias e
fungos) podem fixar o N2 e as bactérias
(Rhizobium) que vivem nas raízes de
angiospermas (feijão, soja, ervilha,
amendoim e vagem) fazem uma simbiose
transmitindo o nitrogênio para a cadeia
Além da fixação biológica, pode ocorrer
também a fixação atmosférica, que ocorre
através dos raios e relâmpagos, cuja elevada
energia separa as moléculas de nitrogênio e
permite que os seus átomos se liguem com
moléculas de oxigênio existentes no ar
formando monóxido de nitrogênio (NO). Este é
posteriormente dissolvido na água da chuva e
depositado no solo.
Relâmpago
N2 s N-N
Atmosfer
a
Se dissolve na Reage com o
água da chuva
e é depositado
NO oxigênio da
atmosfera
no solo
Etapa – Desnitrificação
Para que o nitrogênio retorne ao ambiente são
necessários os processos de decomposição e de
desnitrificação. As bactérias (Pseudomonas) e
fungos presentes no solo decompõem aminoácidos e
ácidos nucléicos de organismos mortos
transformando-os
em amônia.

As bactérias desnitrificantes
liberam o nitrogênio da amônia,
dos nitritos e dos nitratos,
devolvendo-o para a atmosfera.
Benefícios da parceria entre
bactérias e leguminosas
A parceria entre plantas superiores e microrganismos
é benéfica para ambos. A planta age como hospedeiro
e fornece uma “residência segura” (os nódulos das
raízes ou a uma cavidade na folha) e protege os
microrganismos do excesso de oxigênio (que inibe a
fixação de N2) e os supre com energia de alta
qualidade. Em troca, a planta obtém o suprimento de
nitrogênio fixado disponível para ser assimilado.
O grande estoque de fósforo não é o ar, mas os
depósitos minerais de apatita formados em
épocas geológicas passadas.

Mina de fosfato
(apatita)
As plantas obtêm fósforo do ambiente absorvendo os
fosfatos dissolvidos na água e no solo. Os animais
obtêm fosfato na água e nos alimentos. Esse fosfato
teve origem pela decomposição das rochas.
A decomposição da matéria orgânica devolve o
fósforo ao solo e à água.
Parte do fosfato é arrastado pelas chuvas para os lagos e
mares, onde passa por processos de sedimentação e se
incorpora às rochas. Nesse caso, o fósforo só retornará aos
ecossistemas bem mais tarde, com a elevação do leito no
mar ou o rebaixamento do nível das águas. Na superfície,
essas rochas serão decompostas e transformadas em solo
e o fosfato estará disponível.
Assim, existem dois ciclos do fósforo que acontecem
em escalas de tempo diferentes. Uma parte do
elemento é reciclada localmente entre o solo, as
plantas, consumidores e decompositores, em uma
escala de tempo relativamente curta, que podemos
chamar “ciclo de tempo ecológico”. Outra parte do
fósforo sedimenta-se e é incorporada às rochas; seu
ciclo envolve uma escala de tempo muito mais longa
envolvendo os aspectos abióticos do ambiente, que
pode ser chamada “ciclo de tempo geológico”.
CICLO DO CARBONO
O carbono (C) é o quarto elemento mais
abundante no Universo, depois do hidrogênio,
hélio e oxigênio, e é fundamental para a vida.
Existem basicamente duas formas de carbono,
uma orgânica, presente nos organismos vivos e
mortos, não decompostos, e outra inorgânica,
presente nas rochas.
No planeta Terra o carbono circula através dos
oceanos, da atmosfera, da terra e do seu
interior, num grande ciclo. Este ciclo pode ser
dividido em dois tipos: o “ciclo lento” ou
geológico, e o “ciclo rápido” ou biológico.
CICLO GEOLÓGICO DO CARBONO
Mais de 99% do carbono terrestre está contido
na litosfera, sendo a maioria carbono
inorgânico, armazenado em rochas
sedimentares como as rochas calcárias. O
carbono orgânico contido na litosfera está
armazenado em depósitos de combustíveis
fósseis.
CICLO GEOLÓGICO DO CARBONO – AS
INCERTEZAS DA INFLUÊNCIA
ANTRÓPICA
CICLO BIOLÓGICO DO CARBONO
Nesse ciclo existem 3 estoque de carbono: o
terrestre, a atmosfera e os oceanos.
A fotossíntese e a respiração são os dois
processos opostos que governam o ciclo global
do carbono.

Fotossíntese
= absorve
CO2

Respiração =
libera CO2
CICLO DO ENXOFRE
O enxofre é importante para a formação das
proteínas.
Três processos biogeoquímicos naturais liberam
enxofre para a atmosfera: formação de borrifos do
mar, respiração anaeróbica por bactérias redutoras
de sulfato e atividade vulcânica.
O enxofre apresenta um ciclo com dois reservatórios:
um maior, nos sedimentos da crosta terrestre e
outro, “menor”, na atmosfera.
Nos sedimentos, o enxofre permanece
armazenado na forma de sulfato, que fica
dissolvido na água do solo e assume a forma
iônica de sulfato (SO4--), sendo assim,
facilmente absorvido pelas raízes dos
vegetais.

Na atmosfera, o enxofre existe combinado


com o oxigênio formando o SO2 (dióxido de
enxofre – cerca de 75%). Outra parcela está
na forma de anidrido sulfídrico (SO3). O gás
sulfídrico (H2S) - característico pelo seu
cheiro de “ovo podre” – tem vida curta na
atmosfera, apenas de algumas horas, sendo
Esses óxidos de enxofre (SO2 e SO3)
incorporam-se ao solo com as chuvas, sendo
então transformado em íons de sulfato (SO4--).
O único retorno natural do enxofre para a
atmosfera é através da ação de
decompositores que produzem o gás sulfídrico.
CICLO DO ENXOFRE
Receptor final de íons hidrogênio
(respiração celular).
Oxigênio
Liberado a partir da fotólise da H2O
(fotossíntese).

Respir. celular 10NADH2 + 2FADH2 + 6O2 34ATP + 12H2O


(cadeia respir.)

luz
Fotossíntese 2H2O 4H+ + O2 + e-
(fotólise da H2O)
O2
atmosf
fotossíntese

respiração

H2O

Ciclo do oxigênio
Ciclo do oxigênio

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