Atendimento A Urgencias e Emergencias Obstetricas Do SAMU
Atendimento A Urgencias e Emergencias Obstetricas Do SAMU
Atendimento A Urgencias e Emergencias Obstetricas Do SAMU
2- Introdução
O adequado atendimento pré-hospitalar deve estar vinculado a uma Central de
Regulação de Urgência e Emergências. A Central deve ser de fácil acesso ao público, por
via telefônica, em um sistema gratuito (192), onde o médico regulador após julgar o caso,
define a resposta mais adequada, seja um conselho médico, o envio de uma equipe de
atendimento ao local da ocorrência ou ainda o acionamento de múltiplos meios. Podem se
estabelecidos protocolos de despacho imediato de seus recursos de atenção às urgências
em situações excepcionais, mas, em nenhum caso, estes despachos podem ser feitos sem
comunicação simultânea com o regulador e transferência do chamado de socorro para
exercício da regulação médica.
3- Justificativa
O SAMU DF como uma das portas de entrada aos usuários deve estar preparado
para o atendimento eficaz e humanizado às mulheres. O ciclo gravídico-puerperal é um dos
períodos de maior vulnerabilidade da saúde física e mental feminina e, portanto, deve ser
tratado com destaque. Este protocolo estabelece estratégias de abordagem semiológica e
terapêutica visando garantir atendimento assertivo e seguro às usuárias.
G03 Gestante com idade gestacional a partir de 22 semanas ou, na ausência dessa
informação, altura do fundo uterino em nível acima da cicatriz umbilical, contrações muito
dolorosas e frequentes (duas ou mais em 10 minutos), presença de puxos espontâneos e
visualização da distensão perineal ou de partes fetais na vulva.
GO4 Gestante com idade gestacional a partir de 22 semanas ou, na ausência dessa
informação, altura do fundo uterino em nível acima da cicatriz umbilical, associado a
contrações muito dolorosas e frequentes.
G05 Gestante com idade gestacional abaixo de 20 semanas ou, na ausência dessa
informação, altura do fundo uterino em nível abaixo da cicatriz umbilical, associado a
sangramento vaginal.
G06 Gestante com idade gestacional a partir de 20 semanas ou, na ausência dessa
informação, altura do fundo uterino em nível acima da cicatriz umbilical, associado a
sangramento vaginal.
7- Critérios de Exclusão
Informações insuficientes ou informações incoerentes.
8- Conduta
GO1
1. Avaliar os questionamentos:
Avaliar risco de gravidade - Nível de Consciência / Respiração:
GO2
1. Avaliar os questionamentos:
Avaliar risco de gravidade - Nível de Consciência / Respiração
Paciente está desmaiado? (Inconsciente)
Paciente respira? (Tórax se movimenta? Sente fluxo de ar saindo pelo
nariz? Coloração azul dos lábios - cianose?)
Caso haja suspeita de PCR, iniciar PROTOCOLO DE PCR.
GO3
1. Avaliar os questionamentos:
Avaliar risco de gravidade - Nível de Consciência / Respiração
Paciente está desmaiado? (Inconsciente)
Paciente respira? (Tórax se movimenta? Sente fluxo de ar saindo pelo
nariz? Coloração azul dos lábios - cianose?)
Caso haja suspeita de PCR, iniciar PROTOCOLO DE PCR.
Orientações ao solicitante:
Explicar que a viatura já está a caminho e pedir a colaboração do solicitante. Manter-
se na linha sempre que possível, orientando e acalmando o solicitante.
Orientar que se garanta a privacidade da paciente e que permaneça em
posicionamento deitado (decúbito dorsal horizontal) na cama ou no chão, quando não for
possível estar numa cama, com flexão de membros inferiores e afastamento de joelhos, sem
nenhuma vestimenta na região genital, retirando-se, por completo, calcinha, calças, vestidos
ou similares.
Acompanhar a saída de partes fetais, perguntando o que o solicitante está vendo,
frisando que não se deve fazer nada naquele momento a não ser observar.
Orientar a observação de circulares de cordão cervical ao nascimento da cabeça;
caso haja, recomendar que tente desfazer fora da contração, trazendo da região posterior
para anterior do pescoço.
GO4
1. Avaliar os questionamentos:
Avaliar risco de gravidade - Nível de Consciência / Respiração
Paciente está desmaiado? (Inconsciente)
Paciente respira? (Tórax se movimenta? Sente fluxo de ar saindo pelo
nariz? Coloração azul dos lábios - cianose?)
Caso haja suspeita de PCR, iniciar PROTOCOLO DE PCR.
GO5
1. Avaliar os questionamentos:
Avaliar risco de gravidade - Nível de Consciência / Respiração
Paciente está desmaiado? (Inconsciente)
Paciente respira? (Tórax se movimenta? Sente fluxo de ar saindo pelo nariz?
Coloração azul dos lábios - cianose?)
Caso haja suspeita de PCR, iniciar PROTOCOLO DE PCR.
GO6
1. Avaliar os questionamentos:
Avaliar risco de gravidade - Nível de Consciência / Respiração
Paciente está desmaiado? (Inconsciente)
Paciente respira? (Tórax se movimenta? Sente fluxo de ar saindo pelo nariz?
Coloração azul dos lábios - cianose?)
Caso haja suspeita de PCR, iniciar PROTOCOLO DE PCR.
GO2
1. Avaliação:
a. Realizar avaliação primária da puérpera com ênfase para:
i. Padrão respiratório, presença de hemorragia, sinais de
hipovolemia.
e. Realizar avaliação secundária com ênfase para:
i. Idade gestacional e data provável do parto, comorbidades,
realização de prénatal de alto ou baixo risco, paridade, uso de
medicamentos..
f. Avaliar sinais vitais.
2. Abordagem terapêutica:
a. Posicionar a paciente em decúbito lateral esquerdo;
b. Garantir privacidade da puérpera e se possível, solicitar um
acompanhante autorizado pela paciente;
c. Obter acesso venoso periférico e iniciar solução salina 0,9% para
manutenção do acesso, se necessário;
d. Se paciente apresentar sinais de hipovolemia ou hipotensão, administrar
SF 0,9% 500mL em 2 acessos calibrosos;
e. Oferecer O2 sob máscara com reservatório (não-reinalante), se
saturação < 94%;
f. Realizar o clampeamento do cordão umbilical: 1º clamp: 15 a 20cm a
partir do abdomedo RN; 2º clamp: 3 a 4cm a frente do 1º clamp. Cortar
com lâmina de bisturi estéril entre os dois clamp umbilicais;
g. Realizar assistência ao RN conforme Protocolo PED 9 Nascimento no
domicílio ou na viatura;
h. Não conduzir a dequitação da placenta, que pode ser aguardada até
GO3
1. Avaliação:
a. Realizar avaliação primária da puérpera com ênfase para:
i. Padrão respiratório, presença de hemorragia, sinais de
hipovolemia.
b. Realizar avaliação secundária com ênfase para:
i. Idade gestacional e data provável do parto, comorbidades,
realização de pré-natal de alto ou baixo risco, paridade, uso de
medicamentos.
c. Avaliar sinais vitais.
2. Assistência ao parto iminente:
a. Considerar o trabalho de parto no domicílio ou na viatura somente
quando não houver tempo hábil para a remoção para a unidade de
saúde;
b. Utilizar EPI;
c. Posicionar a paciente adotando a posição que ofereça maior conforto
para a paciente;
d. Higienizar períneo com soro fisiológico (SF) 09%, gazes e compressas
Observações:
O bebê não deverá ser transportado ao colo da mãe, nem entre os membros inferiores da
mesma. Idealmente o transporte do RN deve ser realizado em dispositivo próprio para o
transporte neonatal. Na ausência deste, transportar o RN com extremo cuidado e conduzir
a viatura com velocidade abaixo da velocidade da pista. Caso RN esteja em boas
condições de vitalidade, poderá ser transportado nos braços do profissional de saúde, ao
lado da paciente. Caso RN necessite de manobras de suporte avançado e assistência
ventilatória durante o transporte, considerar o transporte do RN em Unidade de Suporte
Avançado. Em situações excepcionais e de maior gravidade, pode ser necessário
transporte individual de cada paciente.
Equipe deverá garantir a preservação da intimidade da paciente e oferecer um
acompanhante durante a remoção, se possível.
GO3
1. Avaliação:
a. Realizar avaliação primária da gestante com ênfase para:
i. Padrão respiratório, presença de hemorragia, sinais de
hipovolemia, bolsa rota.
b. Realizar avaliação secundária com ênfase para:
i. Idade gestacional e data provável do parto, comorbidades,
realização de pré-natal de alto ou baixo risco, paridade, uso de
medicamentos.
GO5
1. Avaliação
a. Realizar avaliação primária da gestante com ênfase para:
i. Padrão respiratório, presença de hemorragia, sinais de
hipovolemia;
ii. Observar se há suspeita de aborto provocado, visto que essa
condição pode estar associada a um risco de sangramento
vaginal mais intenso.
b. Realizar avaliação secundária com ênfase para:
i. Idade gestacional e data provável do parto, comorbidades,
realização de prénatal de alto ou baixo risco, paridade, uso de
medicamentos.
c. Avaliar sinais vitais.
2. Abordagem terapêutica:
a. Garantir privacidade para a paciente;
b. Solicitar a presença de um acompanhante sempre que possível;
c. Instalar O2 sob máscara com reservatório (não-reinalante), se saturação
< 94%.
d. Obter acesso venoso e iniciar SF 0,9% para manter acesso, se
necessário.
e. Se hipotensão, pele fria ou sinais de choque, infundir solução salina
0,9%, com oobjetivo de manter a pressão sistólica > 80 mmHg.
GO6
1. Avaliação:
a. Realizar avaliação primária da gestante com ênfase para:
i. Padrão respiratório, presença de hemorragia, sinais de
8.3.1 Fármaco(s)
Tabela 2. Relação dos medicamentos indicados para o tratamento – REME-DF.
Código LOCAL DE DISPENSAÇÃO
MEDICAMENTO (nome, apresentação)
REME-DF (nível de atenção)
hidralazina solução injetável 20 mg/mL ampola 1
90411 uso hospitalar
mL
sulfato de magnésio solução injetável 50% (4
90080 uso hospitalar
mEq/mL) ampola 10 mL
sulfato de magnésio solução injetável 10 % ampola
34591 uso hospitalar
10 mL
gliconato de cálcio solução injetável 100 mg/mL
90564 uso hospitalar
ampola 10 mL
90076 fenitoína solução injetável 50 mg/mL ampola 5 mL uso hospitalar
90680 ocitocina solução injetável 5 UI ampola 1 mL uso hospitalar
Fonte: REME-DF (https://www.saude.df.gov.br/reme-df)
GO2
Ocitocina 5 Unidades/mL Solução Injetável Ampola 1 mL
GO3
Ocitocina (conforme protocolo GO2)
GO4
Ocitocina (conforme protocolo GO2)
GO5
Não se aplica
GO6
Não se aplica
GO2
Administrar 10 UI de ocitocina IM após o desprendimento da criança, antes do
clampeamento e corte do cordão
GO3
Administrar medicações conforme o Protocolo GO2
GO4
Administrar medicações conforme o Protocolo GO2
9- Benefícios Esperados
Correção precoce de alterações potencialmente graves, encaminhamento rápido e
sob monitorização a unidade hospitalar.
Assistência inicial a gestante, puérpera e recém-nato segundo critério de suporte
básico e avançado de vida.
Prevenção de sequelas e da morbimortalidade materno-infantil..
10- Monitorização
Avaliação em prontuário SAU e fichas de atendimento.
2. Manual of Neonatal Care, sixth edition, Cloherty, John; Eichenwald, Eric; Stark,
Ann.
17. Manual of Neonatal Care, Sixth edition, Cloherty, John; Eichenwald, Eric; Stark,
Ann..