SEMPRE que eu confirmo aos meus doentes que sou do norte eles perguntam-me: é do porto?
Sou de Viana do Castelo, respondo. Ahhhhhh é de Viana? Ahhhhhhh e a santa luzia? ahhhhhhh e as festas da agonia? ahhhhhhhhhhhhhhh.
Relembram-se viagens ao norte, fala-se das pessoas do norte, da comida do norte, da nortada. Gabam-se os costumes, a simpatia e o desenrasque. Sou nortenha de alma toda.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
sábado, 24 de novembro de 2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
terça-feira, 20 de novembro de 2012
S.
Os velhinhos comovem-me. Os velhinhos doentes e abandonados
ainda mais. E o S. quando entrou no serviço tinha a morte estampada no rosto, era
tanto sangue que perdia, tanto oxigénio que tínhamos que lhe dar, sempre com a
máquina a apitar a dar sinal da sua instabilidade.
Tem um amor incondicional por iogurtes líquidos de morango. Já
bebeu três de seguida, dados por mim, a enfermeira que não tem medo às
diarreias se forem resultado da felicidade, do prazer.
Ontem já o levei ao chuveiro, sentei-o no cadeirão e hoje
demos uns passinhos de andarilho. No final do turno meti-lhe na boca um
chocolate e ele pediu-me para lhe cantar outra vez a musica. Aquela que cantei
há muito tempo atrás. E então eu comecei a cantar… muitas até que ele disse. Essa!
É essa.
“Andorinha de asa negra aonde vais ?
Que andas a voar tão alta
Leva-me ao céu contigo, vá
Que eu lá de cima digo adeus
ao meu amor
Ó Andorinha
da Primavera
Ai quem me dera também voar
Que bom que era
Ó Andorinha
na Primavera
também voar"
Que andas a voar tão alta
Leva-me ao céu contigo, vá
Que eu lá de cima digo adeus
ao meu amor
Ó Andorinha
da Primavera
Ai quem me dera também voar
Que bom que era
Ó Andorinha
na Primavera
também voar"
domingo, 4 de novembro de 2012
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Estamos em Novembro
E eu sei que estou diferente, gosto da chuva, do cinzento do céu e da roupa quentinha. A questão aqui é... até quando menina Di?
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