mesmo sabendo que são só uns dias fomos umas choronas na hora da despedida*
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Para nós as duas, minha nuquinha:)
mesmo sabendo que são só uns dias fomos umas choronas na hora da despedida*
sábado, 25 de fevereiro de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Os meus amigos verdadeiros são o melhor que a minha vida tem. E quando eu não sei de mim olho bem no fundo dos olhos deles e encontro-me. E ouço-os com atenção, principalmente os que poucas vezes se pronunciam sobre as minhas escolhas, porque sei que o que os levou até aquele momento foram várias apreciações de mim própria. Depois, o abraço e a certeza de que aquela mensagem era o há tanto tempo precisava sentir esclarecido. É que vindo da sua boca, explicado com a sua simplicidade tudo fez sentido. E assim reaparece a paz.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Só mais uma coisinha, ouve bem*
E onde a sorte há de te levar
Saiba, o caminho é o fim, mais que chegar
E queira o dia ser gentil
À tua mão aberta pra quem é
In time, I'll belong to you
That's how it's meant to be
And how it's always been
Jaguar Di Maria...
Esta música és tu. Tu comigo aqui ao lado, no sofá.
A dançarmos com os pés e a rir.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Ginásio parte 1
Na aula de localizada:
- Mais um agachamento meninas… mais um! Força! Sabem que dia é terça-feira???
O meu eu interior responde-me
- é carnaval Di, não tens nada a ver com isso, continua, tu consegues!
- é dia dos namoraaados, apertem os glúteos! Pensem em como vão querer estar lindas!
O meu eu interior responde-me
- Vomita Di, podes vomitar
- Mais um agachamento meninas… mais um! Força! Sabem que dia é terça-feira???
O meu eu interior responde-me
- é carnaval Di, não tens nada a ver com isso, continua, tu consegues!
- é dia dos namoraaados, apertem os glúteos! Pensem em como vão querer estar lindas!
O meu eu interior responde-me
- Vomita Di, podes vomitar
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
J.
Faz hoje uma semana que o levantei da cama e o levei até à janela para juntos vermos o pôr-do-sol. Ao fundo do corredor do serviço, há uma janela grande de onde se vê um campo vasto quase até ao mar.
Falamos das cores que o pôr-do-sol tem, e que só quem presta atenção as consegue decifrar. Ele assentou no horizonte um olhar profundo, penetrado, enquanto revivia comigo e me contava como o marcou tê-lo visto em Angola, como jamais o esqueceu. Falou das cores e do cheiro dessa terra ao fim do dia, quando o sol começava a ir… E de como gostou de o ver ao lado da primeira mulher nas longas viagens que fizeram juntos de mota pela costa de Portugal fora.
Tinha um sorriso cativante, os olhos pretos rasgados por rugas profundas, e quando falava olhava-me nos olhos, quando sorria o sorriso cobria-lhe todo o rosto. Sorria para mim… Estas aí a pegar na garrafa de oxigénio para que eu possa estar aqui, mal podes com ela rapariga.
Eu sorria-lhe de volta e insisti para que se mantivesse lúcido comigo, naquele momento. Uma das minhas mãos nas costas dele a ampará-lo na cadeira de rodas, ele na resistência ao cansaço. Corrigiu-me, quando chamei vermelho ao laranja, disse-me para reparar com atenção. Ali ficamos os dois até que o céu foi ficando cada vez mais escuro e a noite chegou.
Pouco depois voltei a deitá-lo na cama de onde nunca mais saiu. Desde então e até sábado, deixou de querer comer, deixou de querer falar, sexta deixou de abrir os olhos quando o chamava e lhe perguntava se tinha dores.
Sábado, no final do turno da noite, partiu. Não sei quem ele foi, não sei quase nada da vida dele, os seus gostos, as pessoas de quem gostava, as que o marcaram, os livros que mais gostou de ler, as suas viagens, os seus amores, as alegrias. Nada, não sei nada, não partilhamos nada, passamos pouco mais de umas horas juntos, mas fui importante nos últimos momentos, estive com ele a ver o último pôr-do-sol, talvez no último momento de lucidez e de vida verdadeira. É por isso que me é impossível despir a farda de ânimo leve, sem que comigo para casa não carregue a dificuldade que ainda tenho de saber lidar com a morte, não porque ela os leva, mas porque sou obrigada a, silenciosa e demoradamente a ver e sentir chegar.
Falamos das cores que o pôr-do-sol tem, e que só quem presta atenção as consegue decifrar. Ele assentou no horizonte um olhar profundo, penetrado, enquanto revivia comigo e me contava como o marcou tê-lo visto em Angola, como jamais o esqueceu. Falou das cores e do cheiro dessa terra ao fim do dia, quando o sol começava a ir… E de como gostou de o ver ao lado da primeira mulher nas longas viagens que fizeram juntos de mota pela costa de Portugal fora.
Tinha um sorriso cativante, os olhos pretos rasgados por rugas profundas, e quando falava olhava-me nos olhos, quando sorria o sorriso cobria-lhe todo o rosto. Sorria para mim… Estas aí a pegar na garrafa de oxigénio para que eu possa estar aqui, mal podes com ela rapariga.
Eu sorria-lhe de volta e insisti para que se mantivesse lúcido comigo, naquele momento. Uma das minhas mãos nas costas dele a ampará-lo na cadeira de rodas, ele na resistência ao cansaço. Corrigiu-me, quando chamei vermelho ao laranja, disse-me para reparar com atenção. Ali ficamos os dois até que o céu foi ficando cada vez mais escuro e a noite chegou.
Pouco depois voltei a deitá-lo na cama de onde nunca mais saiu. Desde então e até sábado, deixou de querer comer, deixou de querer falar, sexta deixou de abrir os olhos quando o chamava e lhe perguntava se tinha dores.
Sábado, no final do turno da noite, partiu. Não sei quem ele foi, não sei quase nada da vida dele, os seus gostos, as pessoas de quem gostava, as que o marcaram, os livros que mais gostou de ler, as suas viagens, os seus amores, as alegrias. Nada, não sei nada, não partilhamos nada, passamos pouco mais de umas horas juntos, mas fui importante nos últimos momentos, estive com ele a ver o último pôr-do-sol, talvez no último momento de lucidez e de vida verdadeira. É por isso que me é impossível despir a farda de ânimo leve, sem que comigo para casa não carregue a dificuldade que ainda tenho de saber lidar com a morte, não porque ela os leva, mas porque sou obrigada a, silenciosa e demoradamente a ver e sentir chegar.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Rui Reininho
Enquanto escolhe o seu candidato preferido ele diz "o mais importante hoje é plantarmos uma árvore"
eu adoro este homem.
eu adoro este homem.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Fim da tarde - Tiago Bettencourt&Mantha
Como foi que abriram a porta?
Como foi que entraram sem ligar
os dois a vaguear no espaço limpo o espaço cedo sem
ninguém para pensar?
Como foi que as flores cresceram?
Como foi que o jardim se fez mulher para esquecer que
à volta tudo à volta faz tremer?
Como foi que de dentro do mundo fugiram para longe?
Quando foi que pensaram voltar?
Quando foi que adormeceram ao fim da tarde junto ao
mar?
Quando foi que trancaram o rumo?
Quando foi que saíram sem ligar
os dois? inventaram que incerteza era razão para não
ficar.
Como foi que tiraram da pele pó?
Como foi que despiram o espaço nu?
os dois? Desviando o veneno inventaram um tempo e do
medo fez-se luz
Como foi que o riso nasceu e o escudo cedeu?
Quando foi que tentaram sair um do outro com tão pouco
peso por cumprir?
Quando foi que o tiro furou? quando foi que deixaram
de respirar?
Quando foi que adormeceram ao fim da tarde junto ao
mar...?
Quando foi que trancaram o rumo?
Quando foi que saíam sem ligar
os dois? Inventaram que a incerteza era razão para não
ficar.
...dois ramos novos a nascer
Dois ramos juntos sobre a luz
dois tempos frágeis para compor
um dia solto de dizer:
"tu aqui
é bom para mim.
E tu aqui
é bom"
Como foi que largaram o peso?
Quando foi que deixaram flutuar?
Os dois encontraram na incerteza razão para reparar
que tu aqui é bom para mim
Ninguém quer saber
Há medo de rir
Ninguém quer ceder para ser quem restou
Ninguém vai olhar para ser quem amou
E eu aqui é bom para mim
E eu aqui é bom para ti.
Como foi que entraram sem ligar
os dois a vaguear no espaço limpo o espaço cedo sem
ninguém para pensar?
Como foi que as flores cresceram?
Como foi que o jardim se fez mulher para esquecer que
à volta tudo à volta faz tremer?
Como foi que de dentro do mundo fugiram para longe?
Quando foi que pensaram voltar?
Quando foi que adormeceram ao fim da tarde junto ao
mar?
Quando foi que trancaram o rumo?
Quando foi que saíram sem ligar
os dois? inventaram que incerteza era razão para não
ficar.
Como foi que tiraram da pele pó?
Como foi que despiram o espaço nu?
os dois? Desviando o veneno inventaram um tempo e do
medo fez-se luz
Como foi que o riso nasceu e o escudo cedeu?
Quando foi que tentaram sair um do outro com tão pouco
peso por cumprir?
Quando foi que o tiro furou? quando foi que deixaram
de respirar?
Quando foi que adormeceram ao fim da tarde junto ao
mar...?
Quando foi que trancaram o rumo?
Quando foi que saíam sem ligar
os dois? Inventaram que a incerteza era razão para não
ficar.
...dois ramos novos a nascer
Dois ramos juntos sobre a luz
dois tempos frágeis para compor
um dia solto de dizer:
"tu aqui
é bom para mim.
E tu aqui
é bom"
Como foi que largaram o peso?
Quando foi que deixaram flutuar?
Os dois encontraram na incerteza razão para reparar
que tu aqui é bom para mim
Ninguém quer saber
Há medo de rir
Ninguém quer ceder para ser quem restou
Ninguém vai olhar para ser quem amou
E eu aqui é bom para mim
E eu aqui é bom para ti.
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