Os dramas sobre doenças são praticamente um subgênero que já rendeu centenas de filmes.
Nesta postagem comento cinco longas com esta temática.
O Amor Pode Dar Certo (Griffin & Phoenix, EUA, 2006) –
Nota 6,5
Direção –
Ed Stone
Elenco –
Amanda Peet, Dermot Mulroney, Sarah Paulson, Blair Brown, Lois Smith.
Griffin (Dermot Mulroney) descobre que tem câncer em estado
terminal e resolve procurar ajuda assistindo a uma aula na Universidade de Nova
York sobre como lidar com a morte. No local, ele conhece Phoenix (Amanda Peet),
que a princípio não fala nada, mas conforme os dois se envolvem, Griffin
descobre que Phoenix também está à beira da morte. A situação é a última chance
para os dois amarem antes de partir. A trama é uma trágica e ao mesmo tempo
sensível história de amor, tendo como destaque a química quase natural entre o
casal.
Minha Vida Sem Mim (My Life Without Me, Espanha /
Canadá, 2003) – Nota 7,5
Direção
– Isabel Coixet
Elenco
– Sarah Polley, Scott Speedman, Deborah Harry, Mark Ruffalo, Leonor Watling,
Amanda Plummer, Maria de Medeiros, Alfred Molina, Julia Richings.
Ann (Sarah Polley) é um jovem que trabalha como
faxineira numa universidade para sustentar os dois filhos pequenos e o marido
(Scott Speedman) que está desempregado. A família vive num trailer no quintal
da casa da mãe de Ann, uma senhora amargurada (Deborah Harry). Num certo dia,
Ann sofre um desmaio e após consultar um médico descobre que tenho uma doença
em estágio avançado e uma previsão de apenas dois meses de vida. Ann não conta
para a família e decide fazer pequenas coisas no pouco tempo que lhe resta,
resolvendo colocar suas vontades em primeiro plano, algo que ela nunca fez, pois sempre
pensava na família. Este drama produzido por Pedro Almodovar tem na direção de
Isabel Coixet (“Fatal”) um dos pontos altos, principalmente por contar a triste
história de forma sóbria, mesmo que o drama pesado seja inevitável.
Minha
Vida (My Life, EUA, 1993) – Nota 6,5
Direção
– Bruce Joel Rubin
Elenco –
Michael Keaton,
Nicole Kidman, Haing S. Ngor, Bradley Whitford, Queen Latifah, Rebecca Schull,
Michael Constantine, Lee Garlington.
Bob
Jones (Michael Keaton) vive feliz com a esposa Gail (Nicole Kidman). Sua
felicidade poderia ser ainda maior quando descobre que será pai, porém ao mesmo
tempo recebe a noticia de que tem uma doença terminal e provavelmente não
conhecerá a criança. Após assimilar a noticia, Bob decide gravar em vídeo
diversas situações que considera importante que seu filho saiba, como se fosse
uma conversa de pai para filho. A primeira metade deste longa é interessante, com
Bob tentando deixar um legado para o filho, criando até situações divertidas,
porém a parte final se transforma num inevitável drama pesado.
Amor Fatal (Something
to Live for: The Alison Gertz Story, EUA, 1992) – Nota 6
Direção –
Tom McLoughlin
Elenco –
Molly Ringwald, Lee Grant, Perry King, Roxana Zal, George Coe, Christopher
Meloni, Kim Myers, Martin Landau.
Alison (Molly Ringwald) é uma jovem adolescente que se
apaixona por um sujeito mais velho (Perry King), passa a ter relações com ele e
acaba contraindo o vírus HIV. O longa é baseado na história real da jovem
Alison Gertz, que após descobrir ser portadora do vírus, passa por vários estágios de
sofrimento junto com sua família. O pai (Martin Landau) sofre muito e a mãe
(Lee Grant) sente-se culpada por ter sido liberal. Após a aceitação da doença,
Alison resolve enfrentar a situação e passa a fazer palestras em escolas para
aconselhar jovens a se proteger. É um sensível drama e ao mesmo tempo uma
triste história de luta produzida numa época em que esta doença assustava muito
mais que nos dias de hoje. A curiosidade é ver a eterna”Garota de Rosa
Shocking” Molly Ringwald num papel dramático, mesmo que em seguida sua carreira
não tenha decolado.
Falcões (Hawks, Inglaterra, 1988) – Nota 6
Direção – Robert Ellis Miller
Elenco – Timothy Dalton, Antonhy Edwards, Janet McTeer,
Camille Coduri.
O jovem Deckermensky (Anthony Edwards) é internado num
hospital de Londres em virtude de uma doença grave e acaba dividindo o quarto
com Bancroft (Timothy Dalton), um sujeito rebelde que não aceita sua condição.
Os dois sujeitos com personalidades diferentes, decidem sair do hospital e
passar o tempo que resta aproveitando a vida pela cidade. Esta drama lembra um
pouco o posterior e melhor “Antes de Partir”, porém é mais voltado para o drama
pesado, tanto pelas crises que a dupla passa em razão da saúde, quanto pelo
personagem de Timothy Dalton, que não passa empatia alguma ao espectador.