O presidente da Câmara de Elvas considerou a classificação das fortificações da cidade como Património Mundial uma grande mais-valia para o desenvolvimento da economia local, já que irá provocar uma "afluência muito substancial" de turistas.
"Este estatuto, que a nossa cidade, as nossas fortificações hoje atingiram, é uma grande mais-valia em termos de ajudar o desenvolvimento da nossa economia através da vertente do turismo", disse à Agência Lusa José Rondão Almeida.
Segundo o autarca, Elvas, à semelhança do que aconteceu com Évora, após ter sido classificada como Património Mundial da UNESCO, vai ser procurada "por uma afluência muito substancial de turistas".
"Não só porque passa a constar de um roteiro de cidades património mundial da humanidade, como está enquadrada entre três cidades que já têm o estatuto", ou seja, Mérida e Cáceres, em Espanha, e Évora, explicou.
Neste contexto, frisou, "temos aqui um circuito que nos permite ter o atrevimento de dizer que hoje Elvas deixou de ser uma cidade de turismo de passagem para ser um destino turístico".
Segundo José Rondão Almeida, Elvas "tem um grande potencial" em termos de restauração e hotelaria, mas o "estatuto" hoje alcançado "vem exigir" da cidade "uma melhor qualidade" daqueles serviços.
Por isso, "vamos preparar-nos, porque todos nós, elvenses, temos a obrigação de saber agarrar esta oportunidade", sublinhou, frisando que, a partir de hoje, "há uma responsabilidade dobrada por parte de todos aqueles que têm um pouco deste património".
"Os elvenses têm que se convencer que, a partir deste momento, este é um património mundial, que é visto por todos como sendo uma peça sua, e temos a obrigação de o estimar, conservar e manter sempre em excelentes condições para poder ser visitado", disse.
Entretanto, em comunicado, o presidente da Turismo do Alentejo, Ceia da Silva, refere que a classificação atribuída a Elvas é "extremamente, importante para o desenvolvimento turístico" do Alentejo, que "conta agora com dois títulos de Património Mundial".
Tal "permite aos operadores turísticos criar rotas" entre Elvas e Évora e "até mesmo com a extremadura espanhola, nomeadamente com Cáceres ou Mérida", refere Ceia da Silva, que considera a classificação atribuída hoje a Elvas "um justo reconhecimento, não só pela singularidade e conservação das fortificações, mas também pela candidatura apresentada à UNESCO pela câmara".
A classificação da fortificação de Elvas como Património da Humanidade, na categoria de bens culturais, ocorreu ao início da tarde de hoje na 36.ª sessão do Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que está reunido até 06 de julho em São Petersburgo, na Rússia.
O conjunto de fortificações de Elvas, cuja fundação remonta ao reinado de D. Sancho II, é o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de 300 hectares.
Sem dúvida poderá ser uma janela de oportunidades.
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