19, 20 e 21 de Setembro de 2017
DIA 19 - terça
08H00 - Saída de Tavarede na direção
de Sintra cuja distância é de 207
km, incluindo 200 km na autoestrada, pela A8.
O condutor que conduziu este 1º dia de viagem fui eu, Zé Manel, ainda não
muito desperto, mas seguro. Os outros companheiros de viagem para além da minha
esposa Mirita, foram como tem sido hábito os casais Rui e Isabel e Vítor Azenha
e Madalena.
Paramos na área de serviço de Óbidos, para um rápido pequeno-almoço e…
Chegamos ao Hotel Ibis Lisboa Sintra
- Mem Martins, para acomodação, por volta das 12H00. O Ibis Lisboa Sintra situa-se a
10 minutos de carro de Sintra e localiza-se mesmo à saída da IC19 e providencia
fácil acesso a Lisboa e a Sintra.
Depois de tomarmos conta dos nossos quartos fomos degustar um delicioso
almoço no Restaurante Típico - O Trilho,
situado na Abrunheira que é reconhecido como uma referência regional no setor,
pautado por um serviço de qualidade.
A nosso pedido iniciámos o nosso almoço com algumas entradas: cogumelos
fritos à moda da casa, salgadinhos, queijos frescos e presunto com melão. Como já conhecíamos este local de visita anterior, foi-nos mais fácil
escolher de entre as muitas especialidades descritas no seu
cardápio: Grelhada Ibérica: Javali, Lombinhos Pata Negra, Secretos e
Plumas e Grelhada Mista do Mar: Garoupa, Tamboril, Lulas e Camarão… e
vinho!
Estava tudo uma delícia. Este é um espaço
gastronómico soberbo. A qualidade da comida é excelente. A ementa é muito
variada no que respeita ao número de pratos e também à diversidade, que vai
desde a típica até à exótica. O serviço é
excecional, simpatia, profissionalismo e qualidade de serviço. Os empregados
são muito atenciosos. Tem um parque de estacionamento privativo enorme. Já cá
estivemos, voltaremos sempre que passarmos por estas paragens e aconselhamos.
Depois do almoço fomos até à vila de Sintra com uma paisagem verde e ponteada aqui e ali por majestosos monumentos. Sintra é um
lugar mágico. Sintra, com a sua imponente serra salpicada de palácios,
igrejas e quintas senhoriais, constituí um local privilegiado por excelência,
de inegável beleza e interesse cultural e natural. Em 1995 foi classificada de
Património Mundial, na categoria de Paisagem Cultural, pela UNESCO.
Esta tarde decidimos visitar o Palácio e Parque de Monserrate que dista 4 quilómetros do centro histórico de Sintra,
na freguesia de São Martinho. Iniciamos esta visita pelas diferentes áreas do
Parque, onde tivemos a oportunidade de observar algumas das mais de 3.000
espécies exóticas. Passamos por diversos jardins de caminhos sinuosos onde
apreciamos algumas espécies espontâneas da região como os medronheiros, os
azevinhos e os sobreiros, em simbiose perfeita com araucárias, palmeiras, fetos
de Austrália e Nova Zelândia, agaves e yuccas. Neste passeio através da
botânica também podemos apreciar camélias, azáleas, rododendros e bambus. É de salientar que
a grande maioria das espécies estão referenciadas e existe placas de
identificação. Caminhar no Parque de Monserrate é sentimo-nos envolvidos por uma mística romântica, tal
como dizem os escritos sobre este local. O Estado adquiriu a
propriedade e o Palácio em 1949. O Parque
e Palácio de Monserrate foram classificados como Imóvel de Interesse
Público em 1975, integrando-se na Paisagem Cultural de Sintra, classificada
pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 1995.
Fizemos questão de fazer o percurso recomendado pelo
roteiro de visita, logo à entrada do Parque apreciamos a Quimera, uma escultura duma criatura mitológica que introduz a
ideia de fantástico e entrando pelos portões do jardim encontramos: o Arco de Vathek em pedra atribuído a
William Beckford, cuja designação remete para o nome do personagem principal do
seu famoso romance, Vathek;
a Cascata de Beckford é artificial e
é atribuída a William Beckford;
o Hippocrene é um lago com o nome de uma
fonte lendária da Grécia Antiga; o Vale
dos Fetos é constituído por uma notável coleção de Fetos-arbóreos disposta
num vale com singulares condições climáticas; a Capela é uma falsa ruína da autoria de Francis Cook criada a partir
da capela edificada por Gerard de Visme em substituição da antiga capela de
Nossa Senhora de Monserrate. Engolida pela vegetação, a ruína é já
indissociável da Árvore-da-borracha-australiana;
o Jardim do Japão que tem uma coleção de
plantas asiáticas da qual se destacam os Bambus e as Camélias; o Jardim do México é a zona mais quente e
seca de Monserrate graças ao desvio da linha de água para a encosta. Reúne
coleções de plantas de climas quentes: Palmeiras, Yuccas, Nolinas, Agaves e
Cicas;
o Roseiral que possui uma coleção de
variedades históricas de roseiras dispostas no vale. Inaugurado em 2011, após
restauro integral, por Sua Alteza Real o Príncipe de Gales e a Duquesa da
Cornualha. Não posso deixar de salientar que o roseiral foi uma deceção visto
estar um matagal. Imaginamos ser uma altura do ano onde se faz as podas das
mesmas por isso o seu estado caótico;
o
Relvado é o primeiro relvado
plantado em Portugal, apresentando uma extensão notável e uma superfície de
dupla curvatura singular que exigiu um criativo sistema de rega; o Terraço do Palácio é constituído por um
Pórtico sobre o relvado.
Interrompemos aqui
o nosso percurso pelo Parque para visitarmos o Palácio de Monserrate, um exemplar do Romantismo português, que foi a residência de Verão da
família Cook, foi construído sobre as ruínas da mansão neogótica edificada pelo
comerciante inglês Gerard De Visme, o responsável pelo primeiro palácio de Monserrate.
William Beckford alugou a propriedade em 1793, realizando obras no palácio,
começando a criar um jardim paisagístico. O Palácio de Monserrate foi visitado
por Lord Byron poeta anglo-escocês e figura grada do Movimento Romântico.
Visitou a quinta em 1809 e cantou a sua beleza no poema “Childe Harold’s
Pilgrimage. O Palácio de Monserrate tem ainda uma breve aparição na minissérie
de TV, “As Viagens de Gulliver”, de 1996.
A nossa visita ao Palácio de Monserrate teve início pelo Átrio Central cujo acesso é feito pelo Terraço do
Ocidental, onde se encontra o Pórtico com uma vista privilegiada
sobre o relvado e jardins históricos.
Entramos para o Átrio principal localizado no centro do palácio e onde
podemos apreciar a fonte de alabastro, a estátua e a cúpula, alguns elementos
arquitetónicos e decorativos, como painéis indianos de alabastro. Podemos
apreciar a Escadaria do torreão central onde se destacam os
quatro painéis de alabastro vindos da Índia e a magnífica estrutura de
pedra decorada com um padrão de folhas de hera. Depois na Galeria central que é um corredor de ligação
entre as diversas salas e torres do palácio, constituído por uma sucessão de
arcos. A seguir visitamos a Sala de Estar Indiana ou a Sala de Desenho, a Sala de Música que ocupa a torre norte do edifício,
a Sala de Bilhar,
uma sala dedicada em exclusivo ao jogo de bilhar inglês.
Passamos novamente pelo Átrio Central
para em seguida entramos na Biblioteca em frente encontra-se a Sala de Jantar e por último entramos na Cozinha situada no piso inferior do palácio,
possui uma série de compartimentos: garrafeira, despensas, armários embutidos e
compartimento de frio e podemos apreciar um conjunto de panelas e medidas de cobre.
Novamente regressamos ao Átrio Central
para vermos a Capela: onde
se encontra a imagem em mármore branco de Santo António. Subimos então para o Piso
superior, onde
se encontravam os espaços mais íntimos do palácio: os quartos e os aposentos
privados de Sir Francis Cook.
Fomos então para o Átrio sul com o teto em
estuque trabalhado com motivos vegetalistas, simulando uma área coberta sob
folhagem de carvalho. Foi por este acesso que acabamos a nossa fantástica
visita a este palácio não menos fabuloso.
Já no exterior, encontramos a Fonte do Tritão, onde tiramos
umas fotos para recordarmos no futuro este lugar maravilhoso.
Recomeçamos a nossa viagem pelo Parque passando agora
pelo Escadório, uma escadaria
de acesso ao caminho perfumado
ladeado por pérgulas ornamentadas por Glicínias e Jasmim, flores de intenso e
agradável aroma;
continuamos o caminho e pelo lado esquerdo podemos
apreciar o Arco indiano,
um arco ornamental indiano adquirido por Sir Francis Cook a Charles Canning,
Governador-Geral da Índia, após a Revolta dos Sipaios em 1857. O arvoredo
começou novamente a tomar conta da paisagem e a Casa de Pedra, edifício hoje sede da Parques de Sintra-Monte
da Lua, surgiu-nos pela frente.
Acabada a visita e antes de sairmos do
Parque, retemperamos as nossas forças na casa de chá ali existente. Reiniciámos
então o caminho contemplando ainda o Cromeleque,
um falso cromeleque atribuído a William Beckford. Perto deste monumento ficamos
maravilhados por mais um azevinho,
entre muitos outros que fomos encontrando por todo o Parque. Assim chegamos ao
fim desta visita que foi uma viagem por uma bela criação paisagística do
Romantismo, em cenários contrastantes ao longo de caminhos sinuosos, por entre
ruínas, recantos, lagoa e cascatas.
Saímos do Parque de Monserrate na
direção da vila de Sintra. No caminho passamos pelo Palácio de Seteais. Tínhamos a intenção de visitar os seus
sumptuosos jardins. Mais uma vez as nossas intenções saíram goradas pois um
casamento se estava a realizar naquele lugar e não houve permissão para a
visita.
Já a tarde estava muito perto do fim. O sol estava quase a deixar-nos. Era
a altura de decidirmos onde iríamos jantar. Pensamos regressar à Abrunheira,
local onde almoçámos. Procuramos onde fazer o repasto e não encontramos.
Decidimos repetir o local do almoço, o restaurante O Trilho.
No fim do jantar regressamos ao Hotel Ibis para descansarmos este dia longo
e cansativo, mas repleto de emoções e de coisas belas.
DIA 20 - quarta
Saímos do Hotel Íbis às 08H30, para o supermercado
Jumbo para tomarmos o pequeno-almoço e preparar o nosso almoço que foi tipo
pic-nic, nos Jardins da Condessa d’Edla. O nosso carro foi neste dia conduzido
pelo amigo Vítor Azenha.
A nossa visita neste dia foi ao Chalet e Jardins da Condessa d’Edla
localizado em pleno no Parque da Pena.
Obtivemos os nossos bilhetes
dentro do horário Happy Hour e estavam incluídas as visitas ao Parque e Palácio
da Pena.
Fizemos a nossa visita
seguindo o Percurso recomendado. A
visita começou com um passeio pelo Parque da Pena, no Vale dos Lagos, um local romântico e de beleza incontestável, fruto
da criatividade de D. Fernando II, o rei artista que aqui residiu durante o
Séc. XIX, compõe-se de seis lagos sucessivos, de diferente tamanhos.
Começamos por ver o primeiro lago à
esquerda do Portão dos Lagos, seguido do Lago Maior, medindo 40 metros de
largura e 150 metros de comprimento, contendo ao centro uma Ilha sob a forma de
torre acastelada. O terceiro lago é muito bonito e é servido por uma cascata
que desce daquele que se encontra imediatamente a seguir, e junto ao qual
existe uma torre octogonal e ameada, rodeada por uma base também ela octogonal
com oito portas. Junto a este lago podemos apreciar umas enormes pedras
esverdeadas onde existe uma lápide onde sobressai em baixo relevo o rosto
sereno de D. Fernando II. Segue-se o quinto lago chamado do Pesqueiro onde
nadam imensas e fantásticas Carpas, espécie proveniente do Leste Europeu e da
Ásia Ocidental. Finalmente o sexto e último lago em forma de V.
Continuamos o nosso passeio
pelo lado esquerdo que nos permitiu observar o Vale dos Lagos e todo o
espetacular arvoredo que o envolve. Deixamos o mundo aquático e entramos num
labirinto florestal.
Neste parque podemos
encontrar mais de quinhentas espécies arbóreas, caminhos serpenteantes, bancos de pedra bem como árvores e outras plantas provenientes dos quatro cantos do mundo.
Passamos pela Coelheira, um edifício ornamental
inspirado no Chalet.
Seguindo o nosso caminho
chegamos à Abegoaria - Cavalariças
onde nos foi possível contemplar os cavalos treinados para o trabalho florestal
de raça Ardennais, de origem belga,
que respondem a comandos de voz monossilábicos e são conduzidos a uma só rédea.
A Abegoaria é um edifício do século XIX restaurado após o incêndio em 1999 e
tem várias funcionalidades para além de cavalariças.
O caminho levou-nos então a
passar pelo Aviário, estrutura onde
D. Fernando II tinha uma coleção de aves exóticas. Chegamos às Estufas, diversos edifícios destinados
à aclimatação e multiplicação das espécies exóticas ornamentais introduzidas no
jardim.
Perto das estufas
encontramos o Jardim das Azáleas,
que nesta altura do ano não se encontram floridas o que nos criou uma certa
deceção.
Continuamos e deparamo-nos
com a Ponte - Pérgola do Jardim dos fetos da Condessa, que é
uma ponte rústica coberta por uma estrutura de sombra decorativa em madeira e é
uma das entradas no Jardim da Condessa.
De um e do outro lado, em nosso redor, um
deslumbramento de natureza verde, tudo era a Feteira da Condessa. Aqui encontra-se a primeira coleção de fetos
de várias espécies, importados da Austrália e da Nova Zelândia. Destacam-se os
Fetos-arbóreos que atingem dimensões notáveis.
Em seguida encontramos a Casa do Jardineiro que é um pequeno
edifício de apoio ao jardim e decorado ao estilo do Chalet e que em dias de
chuva funcionaria como abrigo. Vimos em seguida as Pedras do Chalet, um conjunto monumental de blocos de granito e é
um importante elemento cénico do jardim. É valorizado por bancos e miradouros
que permitem fruir de vistas para o jardim, o vale da Feteira, o Palácio da
Pena e Chalet.
Estávamos já no final da
manhã, mas ainda quisemos visitar antes do almoço o Chalet da Condessa d’ Edla, foi mandado construir por D. Fernando
II, entre 1864 e 1869, no século XIX. Foi
residência de Elise Hensler - Condessa d’Edla, uma cantora de opera
suíço-americana, segunda mulher de D. Fernando II, e encontra-se rodeado por um
jardim romântico, com espécies botânicas de todo o mundo.
O edifício foi inspirado nas construções
das montanhas suíças, mas é revestido com cortiça portuguesa. O exterior parece
ter um revestimento em madeira, mas é na realidade reboco pintado, à semelhança
das casas americanas.
Após acabarmos a visita ao Chalet,
estava na hora do almoço que como estava previsto foi em estilo pic-nic. Só
faltava encontrar um lugar sossegado e com alguma possibilidade de nos
sentarmos. Ali perto e por já tínhamos passado havia uns blocos de granito que
conferiam de certo modo um cenário dramático ao Jardim.
Mas foi por ali com uma privilegiada
vista para o vale da Feteira da Condessa que o nosso almoço se realizou.
Findo o repasto e já reconfortados o nosso passeio
direcionou-se para o Palácio da Pena.
Estávamos em pleno Parque
da Pena, num ambiente de rara beleza e importância científica, um projeto
paisagístico integrando diversos jardins históricos. Foi para um destes jardins
que voltamos, o Vale dos Lagos, para deste local iniciarmos a escalada serra a
cima para a visita ao Palácio.
Encontramos um
abrigo para a Conservação da Vaca-Loura
(escaravelho) e depois a Fonte dos Passarinhos,
uma construção de influência árabe, erigida em 1853 e construída numa base
octogonal, encimada por uma cúpula esférica. É realçada por uma
inscrição em árabe no exterior da cúpula, que alude à grandiosidade da obra de
D. Fernando II, comparando-a à de D. Manuel I,
impulsionador da construção da Capela de Nª Senhora da Pena no séc. XVI.
Passamos em seguida pelo Jardim do Lago
da Concha, pela Capela Manuelina,
pelo Tanque dos Sete Pinheiros,
caminhando sempre por entre o parque vendo-se de vez enquanto o Castelo
Nacional da Pena entre os troncos das árvores.
Mas finalmente lá apareceu a entrada do Palácio Nacional da Pena onde na
fachada principal se destacava, o Tritão, alegoria da Criação do Mundo (figura
meio homem meio peixe), decorada com Azulejos em padrão geométrico mourisco
utilizado também na Fonte dos Passarinhos.
Iniciámos a visita subindo a íngreme
rampa que o Barão de Eschwege construiu para se aceder à edificação acastelada.
Não quero deixar de salientar as
centenas de visitantes que ali se encontravam para visitar este monumento.
O Palácio é constituído por duas alas: o
antigo convento manuelino da Ordem de São Jerónimo e a ala edificada no século
XIX por D. Fernando II. Estas alas estão rodeadas por uma terceira estrutura
arquitetónica, em que se fantasia um imaginário castelo de caminhos de ronda
com merlões e ameias, torres de vigia, um túnel de acesso e até uma ponte
levadiça. Em 1838 o rei D. Fernando II adquiriu o antigo convento de
monges Jerónimos de Nossa Senhora da Pena, que tinha sido erguido no topo da
Serra de Sintra em 1511 pelo rei D. Manuel I e se encontrava devoluto
desde 1834 com a extinção das ordens religiosas.
O convento compunha-se do claustro e
dependências, da capela, sacristia e torre sineira, que constituem hoje o
núcleo norte do Palácio da Pena, ou Palácio Velho. D. Fernando começou por
efetuar reparações no antigo convento, que, segundo fontes da época, se
encontrava em muito mau estado. Cerca de 1843, o rei decidiu ampliar o Palácio
através de uma nova ala (Palácio Novo) com salas de ainda maior dimensão, de
que é exemplo o Salão Nobre, rematando-a com um torreão circular junto às novas
cozinhas. Nos anos 90, o palácio foi alvo de uma significativa
restauração e a maior alteração é visível ao longe: a sua pintura em
côr-de-rosa e amarelo.
Apesar de ter chocado os habitantes de Sintra,
habituados a verem-no ‘vestido’ de cinzento, estas eram, na realidade, as cores
originais do Palácio da Pena! O Palácio da Pena foi classificado como
Monumento Nacional em 1910 e integra-se na Paisagem Cultural de Sintra,
classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 1995. Em
2013 passou a integrar a Rede de Residências Reais Europeias.
A beleza deste palácio é algo difícil de ser descrita por palavras. É
sem dúvida uma das mais belas construções históricas de Portugal. Quando
chegamos junto à sua entrada ficamos logo encantados. O
palácio é enorme e o seu interior está ricamente decorado com requinte. O seu
exterior apresenta-se com um colorido que nos enche os olhos, cheio de adornos,
rococós e enfeites espalhafatosos que nos deixam contemplativos. A sua localização privilegiada, sobre uma colina de Sintra,
proporciona-nos momentos únicos de pura contemplação. Não posso deixar de
destacar a vista soberba que se tem do Palácio. Ficamos admirados com a
belíssima vista que o Palácio nos oferece, num esplendor de horizonte. É sem
dúvida muito lindo! A visita a este local torna-se imperdível!
NOTA NEGATIVA
Ainda tínhamos tempo para uma visita ao Convento dos Capuchos. Para ganharmos
tempo, o nosso condutor de serviço Vitor foi buscar o carro que se encontrava
estacionado um pouco mais a baixo. Mas um GNR abordou-o quando ele se preparava
para nos vir buscar alegando que estava a perturbar o trânsito. Não o deixaram
passar dali e ainda lhe pediu os documentos. Mais uma vez os agentes policiais
que deveriam facilitar, colaborar e acarinhar os visitantes que por estas
paragens trazem economia à região, só atrapalham e complicam. Não se entende!
Concluindo, tivemos que ir a pé até ao carro, o que demorou e assim já não
fizemos a visita que tínhamos planeado ao Convento dos Capuchos.
Enfim, depois da visita ao Palácio
só nos restou descer e voltar para o centro histórico de Sintra.
Já na vila e como estava na hora de jantar procuramos
um lugar para o fazer.
Escolhemos
o Restaurante “A Taverna”, que fica
numa pequena viela em escada, um lugar confortável, rústico todo em pedra com três salas
diferentes e com uma esplanada onde nós optamos por ficar. Apresentou uma
variada lista de pratos regionais.
Escolhemos: entradas - tábua de presunto, pastéis
de bacalhau, queijo de ovelha e patés; pratos principais - a sopa de
bacalhau com frutos do mar e alheira de caça com migas. O
atendimento foi rápido e com muita simpatia.
Foi no “Cantinho Gourmet”, ali perto que
decidimos tomar uma ginjinha servida em copo de chocolate.
Gostaríamos que fosse
com “elas”, mas essa parte foi racionada apenas a 3, como éramos 5 candidatos,
tivemos que tirar à sorte???? O atendimento foi muito simpático e no final
ficamos satisfeitos.
O passeio deste dia
estava a acabar. Só nos restava regressar ao Hotel para uma noite de sono bem
retemperadora, para no dia seguinte estarmos fresquinhos e aptos para a nossa
viagem de regresso a casa. O dia seguinte era certamente longo e cansativo.
DIA 21 - quinta
Saímos do Hotel Íbis às 09H00 e fomos tomar o
pequeno-almoço revigorante novamente ao supermercado Jumbo, mesmo ali ao lado.
Neste dia o nosso motorista de serviço
foi o Rui, que nos transportou até ao centro histórico da vila de Sintra. É uma
delícia passear a pé por aquelas ruazinhas, entre lojas de artesanato e
padarias. Durante o passeio encontramo-nos rodeados por casas antigas que foram
convertidas em pequenas lojas.
Mas visitar Sintra e não provar um
travesseiro ou uma queijada típica é pecado! Foi na pastelaria Piriquita a mais tradicional de Sintra que fizemos a
paragem obrigatória. E assim lá saboreamos queijadas e travesseiros, este são bolos
doces com forma de almofada recheados com doce de ovos e servidos quentes.
Apenas posso dizer, uma maravilha!
Seguimos para a localidade de Ericeira
onde demos um passeio em frente ao mar. O dia estava lindo, cheio de sol. A
maré estava baixa, a água límpida e um grande cardume de tainhas nadavam junto
à praia.
Estávamos perto da hora do almoço e decidimos comer no Restaurante Sete Praias na Baleia, situado em frente e com vista
para o mar.
Almoçámos no 1º andar e deu-nos a sensação
que estávamos a comer sobre o mar.
Escolhemos: Ameijoas à Bolhão Pato, Arroz de Tamboril e
Açorda de Marisco.
A comida estava bem confecionada. Todos os pratos estavam
deliciosos.
Depois de almoço seguimos para Mafra uma vila famosa pelo
seu Palácio-convento, mandado construir por D. João V no século XVIII (1711).
Visitamos o belíssimo Palácio de
Mafra, o mais luxuoso convento nacional de estilo barroco joanino e alberga
também, para além do Convento, uma Basílica e a Biblioteca Real.
A Biblioteca exibe uma preciosa coleção de mais de 40 000 livros com
encadernações em ouro, incluindo a primeira edição dos Lusíadas de Luís de
Camões. Na Basílica encontra-se um conjunto de seis órgãos, único no Mundo pela
dimensão e beleza.
Acabada a visita foi a hora do regresso a casa. Antes, porém, ainda fizemos
uma pequena paragem na Nazaré. Entramos
na pastelaria Nata Lisboa que parecia um espaço agradável, mas o atendimento
não foi dos melhores. Depois de alguma espera lá veio o que pedimos, que não
foi difícil escolher pois não havia quase nada.
Saímos, agora definitivamente a caminho da nossa casa, ou seja, da Figueira
da Foz, mais precisamente Tavarede.
Enfim chegámos!
Despedimo-nos após três dias em franca camaradagem, percorrendo aqueles
locais históricos e mágicos de Sintra.
Que belo
passeio!
Até ao
próximo!