01 a 04 de Dezembro de 2014
Dia 01 – 2ª
feira
Eu e a minha
esposa, acompanhados com o casal Madalena e Vítor Azenha, às 07H00 da manhã saímos da Figueira no Expresso
e chegámos a Lisboa, às 10H00.
À
chegada estava um bocado apreensivo pois tinha lido que por causa das comemorações
do 1º de Dezembro havia algum condicionamento do trânsito na baixa. Foi o que
aconteceu, mas felizmente só na Praça dos Restauradores, sentimos um pouco desse
constrangimento.
Depois de deixarmos as nossas malas na Residencial Florescente, nas
Portas de Santo Antão, começámos a visita a Lisboa com a passagem pela Praça do
Rossio e pela Rua Augusta. O dia estava com uma temperatura agradável apesar de
um pouco fresca, o que convidava a passear e visitar alguns locais de interesse.
Começámos por visitar o Arco da Rua Augusta usando um elevador e dois lances de escadas
íngremes, que nos levou ao miradouro no topo deste arco
triunfal situado na parte norte da Praça do Comércio, sobre
a Rua Augusta. A sua construção começou após o terramoto de 1755, mais
concretamente em 1775. Na parte superior do arco, é possível observar
esculturas de Célestin Anatole Calmels, representam a Glória, coroando o Génio
e o Valor, num plano inferior encontram-se as esculturas de Vítor Bastos, que representam
Nuno Álvares Pereira, Viriato, Vasco da Gama e o Marquês de Pombal.
O texto inscrito no topo do arco
remete-nos à grandiosidade portuguesa aquando dos descobrimentos e à
descoberta de novos povos e culturas.
A vista lá de cima é espetacular.
Acabada esta
visita reiniciámos o passeio pela Ribeira das Naus, um
espaço público requalificado, na Frente Ribeirinha da Baixa Pombalina, uma
recriação do sítio que outrora constituiu a Doca Seca cuja origem remonta aos
Descobrimentos Portugueses. Esta intervenção englobou a requalificação das
infraestruturas enterradas, criando uma nova avenida ribeirinha e uma escadaria
que representa a nova praia urbana da cidade.
Foi devolvida ao público a Doca da
Caldeirinha, uma estrutura que remonta a 1500 e que está hoje coberta de água, que
podemos atravessar por um passadiço em madeira, a Doca Seca onde desde o século
XVII eram recuperadas embarcações. Foi criado também um jardim cujos relvados,
inclinados, recriam a configuração da antiga doca. É um espaço maravilhoso que
desfrutámos e nos agradou bastante pelo ambiente que nos proporcionou.
Estávamos
muito perto da hora do almoço. Assim, fomos até ao espaço há pouco tempo
revitalizado, do Mercado da Ribeira, onde se juntaram
alguns dos mais mediáticos chefes e restaurantes da capital. Ali se podem comer
comidas diversas, consoante a nossa escolha entre alguns dos seguintes espaços,
entre outros: Honorato, Asian Lab,
Sea Me, O Prego da
Peixaria, Pizza a Pezzi, Alexandre Silva, Henrique Sá Pessoa, Miguel Castro e Silva, Vítor Claro, Santini, Marlene Vieira, etc..
Foi neste último, Marlene Vieira, que caiu a escolha para o nosso
almoço, cujo prato principal foi polvo assado com verdura. Um belo e saboroso
almoço.
Reiniciámos
então o passeio, agora pela Rua do Alecrim até ao Largo Camões e
Chiado.
Visitámos
a bonita Igreja da Encarnação situada no mítico Largo do Chiado, em frente à famosa Igreja de Nossa Senhora do
Loreto. Inaugurada em 1708, foi edificada por ordem da Condessa de Pontével, D.
Elvira de Vilhena, demolindo-se então parte da Muralha Fernandina do século XIV
e uma torre de vigia. O conjunto destas duas Igrejas estabelecia, então, uma
das nobres portas da cidade.
O
templo sofreu forte destruição com o terramoto de 1755, sendo restaurado e
bastante alterado em 1784. A fachada do Templo apresenta-se num estilo
Neoclássico conjugada com diversos elementos ‘Rocaille’ tardios, dispondo
interessantes imagens de Santa Catarina que faziam parte da antiga porta medieval.
Estávamos a meio da tarde e visitámos nos Armazéns
do Chiado - Centro Comercial. Antes deste centro comercial de hoje, encontravam-se aqui os
grandes armazéns que em 1894 seriam a maior loja do país. Tudo menos a fachada desapareceu no
incêndio do Chiado em 1988, este novo centro comercial nasceu em 1999. Os lisboetas falam com saudade do belo
interior antigo, mas mesmo assim este é um dos centros comerciais mais
procurados da cidade. As lojas
preferidas são a FNAC para livros e música, e o conhecido
café Starbucks. No piso de
cima encontra-se a área de restauração, com vista sobre a cidade.
Descemos a
Rua do Carmo até à Praça de D. Pedro IV, mais conhecida por Rossio.
Fomos fazer uma visita à Confeitaria
Nacional, que se localiza
na Praça da Figueira. A Confeitaria
Nacional foi recentemente selecionada como uma das melhores e mais antigas
casas de doces da Europa.
A Confeitaria Nacional é
a mais antiga confeitaria da Baixa de Lisboa. Fundada em 1829, por Balthazar Roiz Castanheiro,
natural de Vila Pouca de Aguiar,
em Vila Real de Trás-os-Montes. A
loja começou por ocupar duas portas que dão para a Rua da Betesga, sendo ampliada por
volta de 1835, tornejando para a Rua dos Correeiros. As receitas da
doçaria conventual trazidas daquele Concelho, que fazem sucesso em Lisboa,
habilitam-no a ser eleito juiz da Irmandade da Nossa Senhora da Oliveira,
padroeira dos confeiteiros em Lisboa.
O negócio prosperou mesmo após a sua morte, em 1869, e ainda hoje está na posse dos
seus herdeiros. Baltazar Castanheiro Júnior, que sucedeu ao seu pai, realizou
importantes melhoramentos na loja, tendo também aberto um salão de chá no andar
superior. A família de Balthazar Castanheiro orgulha-se de ter trazido a
receita do bolo-rei para Portugal e tê-la transformado numa instituição sem
rival no mercado confeiteiro. Ainda hoje mantêm o critério de seleção dos
ingredientes utilizados e o cumprimento rigoroso da receita secreta seguida há
mais de 180 anos. Altamente conceituada, a Confeitaria Nacional recebeu uma
medalha na Exposição Universal de
Paris de 1878. Participou, também, na Exposição
Universal de Viena de Áustria de 1873, onde apresentou as suas frutas
cristalizadas e compotas de fruta. A sua decoração de traça pombalina com
pinturas murais, a vista para a Praça da Figueira, uma das mais emblemáticas da
cidade de Lisboa, e a sua doce qualidade centenária, fazem da Confeitaria
Nacional um local de requinte que não pode deixar de visitar!
Entretanto estava na hora de fazer o Check-in na residencial. Foi o que fizemos. Após termos descansado
um pouco, pois o dia foi muito ocupado saracoteando por esta Lisboa, fomos
jantar ao restaurante “O Churrasco”,
ali na rua das Portas de Santo Antão.
Restaurante
especializado em grelhados onde o frango assado no espeto, é
para mim o melhor. Ao contrário da maioria dos espaços, aqui o frango é
assado inteiro no espeto. Mas não posso deixar de realçar que o senhor que
atentamente coloca os frangos e as outras peças no grelhador é da maior
competência e simpatia. Também o que mais me agrada nesta casa
é o serviço de mesa, que para além de ser atento e cuidadoso, têm a qualidade
de reconhecerem os clientes quando ali voltam. Acontece comigo e com a minha
mulher, até me sinto à vontade de os cumprimentar, à chegada e à saída, pelo
respeito que sinto por eles. Cortesias e atenções que nos dias de hoje já não
estamos habituados. Mas
nesta noite o nosso jantar não foi o frango mas sim, uma bela costela de
novilho na brasa, que simplesmente estava divinal. Recomendo sem receios este
restaurante.
A
nossa noite ainda não tinha terminado pois fomos ainda dar um passeio até à
Praça do Comércio, ver as iluminações do Natal. Ficámos dececionados pois a
grande Árvore de Natal estava com a iluminação reduzida a menos de metade.
Só
nos restou regressar aos quartos para um repouso bem merecido, pois o dia
seguinte também se calculava ser um pouco cansativo.
Dia 02 – 3ª
feira
Após uma
noite reparadora, às 09H45, estávamos na sala do pequeno-almoço.
Pelas 10H30,
entrámos na estação do metro dos Restauradores.
Dirigimo-nos
para o Rato para visitar o Reservatório
da Mãe d’Água das Amoreiras, conhecido apenas por Mãe
d'Água das Amoreiras, é o depósito (o cálice)
que recolhe as águas provenientes do Aqueduto
das Águas Livres. Foi desenhado pelo arquiteto húngaro Carlos Mardel (1696-1763), projetado em 1745 e
construído no Jardim das
Amoreiras, ficando concluído em 1834.
A este edifício está anexado um outro, a Casa do Registo, de onde partem duas
das principais galerias distribuidoras das Águas Livres, a do Loreto e a da Esperança, para além de uma terceira,
mais pequena, que abastece o Chafariz
do Rato. Atualmente este espaço, integrado no Museu
da Água da EPAL, é utilizado para exposições de arte, desfiles de moda e
outros eventos.
De linhas arquitetónicas de uma sobriedade invulgar, a
construção assenta sobre um envasamento elevado em relação às ruas circundantes
e onde, no interior, surge a cascata e a Arca d'Água com 7,5 metros de
profundidade e uma capacidade de 5.460 m³.
Após esta
visita já em pleno Largo do Rato, tendo como intenção a visita à Basílica da
Estrela, deparámo-nos com um edifício que era uma igreja apesar de não o
parecer à primeira vista. Fizemos então uma visita a este antigo Convento das
Trinas do Rato, hoje a Igreja de Nª Srª da
Conceição. No seu
interior fomos abordados por um senhor chamado António, que nos contou a
história da igreja com uma mistura religiosa e lenda que nos fascinou, pela
maneira como relatou alguns fatos da história desta igreja. Ficámos curiosos em
ver umas Rosas da Galileia, que segundo a história tinham relação com esta
igreja e que se encontravam no Jardim da Estrela.
E assim visitámos o Jardim da Estrela, que foi criado em meados do século XIX, em frente à Basílica da Estrela. Nos anos 70 do
século XIX, existia um leão na sua jaula, conhecido por Leão
da Estrela, instalada num pavilhão próximo da entrada da Avenida Pedro
Álvares Cabral. O jardim foi construído ao estilo dos jardins ingleses, de
inspiração romântica. Uns dos pontos centrais do jardim é o coreto verde de ferro forjado. Foi aqui perto do coreto que
descobrimos uma lápide com o nome de “Rosas da Galileia”, no meio de umas
dezenas de rosas avermelhadas. O jardim possui vários elementos de
estatuária: a Fonte da Vida, Busto de Antero de Quental, Busto do Actor
Taborda, a Filha do Rei
Guardando Patos ou a
Guardadora de Patos, o Cavador
e o Despertar. Possui seis entradas, destacando-se duas
que remetem a um dos extremos da Avenida Pedro Álvares Cabral e duas que dão
para o Largo da Estrela, onde deparamos com a Basílica da Estrela.
Visitámos a Basílica da Estrela, que é um templo católico e antigo convento de freiras
carmelitas. O templo apresenta características do estilo barroco final e do neoclássico. A fachada é ladeada por duas torres gémeas e
decorada com estátuas de santos e figuras alegóricas. O amplo interior, de mármore cinzento, rosa e amarelo, iluminado
por aberturas na cúpula, infunde respeitoso temor. Foi a primeira igreja no
mundo dedicada ao Sagrado Coração
de Jesus. D. Maria I é a única
monarca portuguesa da dinastia de Bragança que não se encontra no Panteão dos Braganças mas sim nesta Basílica que ela mesma
mandou erguer.
Era a hora do almoço
e foi por aquelas bandas que o nosso repasto se concretizou, com os seguintes
pratos principais: Favas à portuguesa e Arroz de Pato no forno. Estavam os dois
pratos uma delícia. Já reconfortados seguimos para o Rato onde apanhámos o
metro até à Avenida.
Ali perto fomos
visitar a Casa-Museu da Fundação
Medeiros e Almeida que nos faculta o
usufruto da coleção de obras de arte reunida na Casa que foi a residência de
António Medeiros e Almeida (1895-1986), desde o início dos anos 40 do século XX.
A Casa Museu possui duas áreas museográficas únicas, a
primeira habitada pelo instituidor e em que foi mantido o ambiente original, a
outra construída nos terrenos do antigo jardim da casa, utilizando peças
originais adquiridas pelo colecionador. Esta casa conta uma história ao longo
de 25 salas que apresentam coleções europeias de pintura, mobiliário,
tapeçaria, arte sacra, vidro e joalharia com adereços e peças avulsas do séc.
XVII até à atualidade. Podemos contemplar a coleção de relógios com cerca de
225 peças, é considerada uma das maiores da Europa e inclui relógios de bolso
desde 1620 a 1968. Também podemos admirar a coleção de Cerâmica Chinesa com
peças de terracota e porcelana desde 220 a.C. até ao século XIX.
Esta minha visita a
esta casa foi já a terceira e confesso que não me canso de o fazer.
Para acabar o dia escolhemos ir passear pelo Centro
Comercial Colombo, que foi
inaugurado a 15 de Setembro de 1997,
A arquitetura do espaço, bem como a sua decoração
original, foram adaptadas à época dos descobrimentos
portugueses, um dos períodos mais importantes da história de Portugal. Por ali andámos
até à hora do jantar.
Depois deste voltámos ao metro que nos levou até à baixa para
nos recolhermos aos nossos aposentos para mais uma noite repousante. O dia
seguinte previa-se também ser cansativo.
Dia 03 – 4ª
feira
Eram 09H30
quando tomámos o pequeno-almoço.
O dia estava
cheio de sol mas frio. Nada que nos impedisse para um bom passeio a uma das
zonas bonitas de Lisboa, o Parque das Nações. Mais uma vez entramos na estação
do metro dos Restauradores (linha azul), saímos na de São Sebastião e que nos
dava ligação com a linha vermelha, até à estação do Oriente.
Chegados ao
Parque das Nações encaminhamo-nos para a Fil - Feira Internacional de Lisboa,
onde fomos visitar o Mercado de Natal Natalis, que tinha acabado de abrir as suas portas. Este evento irá decorrer entre o dia 3 e 7 de
Dezembro e é dedicado ao Natal. Foi um local onde
encontramos um ambiente natalício, com presentes originais, aromas
deliciosos, brilho festivo e sons natalícios. Os produtos da gastronomia,
doces, vinho quente, licores e muitas outras especialidades eram muito
procurados. Também havia uma árvore de Natal, um presépio, artesanato, livros,
elementos para decoração, música, utilidades domésticas, moda e
acessórios, ourivesaria, desporto, viagens, entre outros.
Mas
o tempo foi passando e sem darmos por isso chegou a hora do almoço, ou melhor, fomos
almoçar um pouco para além da hora habitual.
Então
optámos por escolher um restaurante ali perto na zona ribeirinha do Parque das Nações, com excelentes vistas para o Tejo.
Foi o Restaurante D' Bacalhau, especializado na confeção de bacalhau! Como entradas oferecem, pães, azeitonas com alho, queijo de
azeitão, pastéis de bacalhau, manteiga, à nossa escolha e tudo muito delicioso.
Como eu e a minha esposa já conhecíamos este restaurante, sugerimos um misto de
quatro pratos de bacalhau: com natas, ao Brás, com broa e a lagareiro, para
quatro pessoas.
Garfada daqui, garfada d'acolá, ou seja, uma dose de cada uma dos quatro
pratos para cada um e a avaliação final não podia ser melhor: soberbo! Tudo
bom!
Após este
repasto, não podíamos fazer melhor do que um passeio pela zona ribeirinha com
excelentes vistas para o Tejo. Este é o local perfeito para passar uns bons
momentos de lazer com amigos.
Para acabar
este dia, não podíamos deixar de visitar o Centro Comercial Vasco
da Gama, com as suas
decorações natalícias.
Foi assim que chegou o final de mais um dia a deambular por esta Lisboa,
que tem sempre tanto para visitar.
Regressámos então do mesmo modo, o Metro, à Baixa pombalina.
Após um curto descanso nos nossos quartos, fomos jantar, no restaurante “Frágil Mar Lda”, da Rua dos Correeiros. Um ótimo comer de grelhados.
Era a nossa última noite que passávamos nesta nossa visita a Lisboa e
fomos até à Praça do Comércio, onde estava a decorrer um mega evento que juntou rádio, televisão e
responsabilidade social.
O “Toca a Todos” era o nome desse evento e a causa era a luta
contra a pobreza infantil, sempre com o carimbo da RTP+. Estivemos a assistir ao espetáculo dos Clã que foram os primeiros
cabeça de cartaz a subir ao palco do Toca a Todos e deram música no Terreiro do
Paço, das 22h00 até cerca das 23:20, que para além de apresentarem músicas
novas, canções do álbum para crianças, clássicos, também cantaram o hino do
Toca a Todos: o “Asas Delta”. Foi um concerto muito agradável.
Uma ótima
noite que ali fomos passar.
Dia 04 – 5ª
feira
O último dia
desta nossa visita a Lisboa começou com um ótimo pequeno-almoço.
Entretanto estava na hora de fazer o Check-out da residencial.
Como ainda tínhamos a manhã para alguma coisa, optámos para ir visitar
o MUDE
- Museu do Design e da Moda. Situado na Rua Augusta, “paredes meias” com o Arco com o mesmo nome, este
museu é uma oferta cultural e artística, que se encontra instalado num
magnífico edifício que outrora foi sede de um banco.
Este edifício remodelado para albergar, em quatro pisos, uma mostra de
objetos com ligação ao mundo do design e da moda.
Começámos a nossa visita pelo PISO
0, com uma exposição de longa duração com uma apresentação histórica e com uma organização cronológica de mobiliário,
luminária, vestuário e acessórios, eletrodomésticos, pequenos objetos e dois
veículos.
Esta exposição propõe um
olhar sobre os principais movimentos e estilos do século XX, desde a Art Déco
ao Grupo Memphis, passando pelo funcionalismo dos anos 50, a Pop e a Space Age
dos anos 60, chegando ao pluralismo da atualidade.
Em seguida passámos às exposições temporárias.
No PISO 1, visitámos
duas exposições sobre a cultura e o design nipónico com o título Japão a Cru. Ambas exposições abordam questões muito atuais, como a preservação
dos recursos materiais, o respeito pela natureza, a reutilização ou
transformação dos materiais e a duração de vida de cada produto.
A primeira: Boro – Um Tecido de Vida, apresenta
54 peças (quimonos, bolsas, tatamis) elaboradas através do método Boro. “Boro”
significa farrapo e consiste em cerzir tecidos diferentes, tingindo,
posteriormente, as peças têxteis em índigo. Esta foi uma técnica corrente no
Japão desde o final do século XVIII até meados do século XX. Os têxteis Boro
espalharam-se por todo o Japão, durante cerca de 200 anos, já que a estrutura
socioeconómica manteve-se inalterada até ao início do século XX.
Estas peças eram raramente em algodão, pois este material destinava-se a classes mais abastadas. As peças Boro eram tecidas a partir de plantas autóctones como o cânhamo, rami, amoreira de papel, glicínia e urtiga. Os camponeses compravam retalhos e roupas usadas transformavam-nas em peças únicas japonesas de forma a obter têxteis mais resistentes.
Estas peças eram raramente em algodão, pois este material destinava-se a classes mais abastadas. As peças Boro eram tecidas a partir de plantas autóctones como o cânhamo, rami, amoreira de papel, glicínia e urtiga. Os camponeses compravam retalhos e roupas usadas transformavam-nas em peças únicas japonesas de forma a obter têxteis mais resistentes.
A
segunda: Puras Formas, mostra 200 objetos destinados à cozinha, eletrodomésticos, mobiliário,
brinquedos, em alumínio, fabricados no Japão entre 1910 e 1960. O alumínio foi
considerado o material moderno do século XX e teve o seu apogeu durante a II
Guerra Mundial. No início da Guerra, todos os materiais se esgotaram
rapidamente e o alumínio torna-se o material de escolha para o fabrico de
aviões de guerra, armas e frota naval. Este material era facilmente
trabalhável, bem como reciclado e transformado. Durante 50 anos, estes objetos foram concebidos por
designers anónimos e produzidos por artesãos, em pequenas oficinas.
No PISO
2, deparámo-nos com uma exposição da celebração dos 10 anos IKEA Portugal. O ponto de partida desta proposta IKEA é o
resultado dos estudos de público realizados ao longo desta década e que podem
contribuir para o retrato do modo como os portugueses vivem a sua
habitação. "A vida em casa é igual em todo o mundo.
As
pessoas têm exatamente os mesmos sonhos e necessidades. Em todo o lado, as
pessoas comem, dormem, convivem, tomam banho, vestem-se, cozinham e precisam de
muito espaço, entre outras coisas, para arrumação. No entanto, ao mesmo tempo,
a vida em casa é algo muito característico de cada cultura. Os nossos sonhos,
ideias, necessidades diárias são um reflexo de quem somos e de como vivemos em
casa e em sociedade”.
Finalmente no PISO -1, encontrava-se a exposição sob o título “Por Detrás das Sombras”, que evoca uma das peças de acessório com
maior transformação ao longo dos tempos, apresentando uma seleção da Coleção
André Ópticas (com mais de 3000 peças vintage), dando a conhecer algumas das
peças mais importantes da história dos óculos.
Na sala
dos cofres, a seleção de cerca de 400 óculos destaca as principais marcas,
estilos, autores e alterações nas formas e materiais que marcaram a evolução
dos óculos dos anos 1950 até à atualidade.
Chegada a hora do almoço, optámos novamente pelo restaurante
“O Churrasco”.
Mas
a hora de partida de Lisboa para a Figueira da Foz, também chegou.
Só nos faltava fazer um desejo: até
à próxima Lisboa!
Pelas
15H45 saímos
de Lisboa no Expresso e chegámos
cerca das 18H45 à Figueira da Foz.
Nota: alguma da informação e fotos presentes
foram retiradas da net.