O Poesia livre de março trouxe quatro presentões! Bem diferentes entre si, todos muito especiais ... Agradeço aos amigos que passaram aqui e deixaram um cheiro.
Francisco (Paco) Manhães deixou uma poesia sua:
Nós, os antigos. Os eternos.
Somos desde sempre e
preexistimos ao mundo.
Quando do Fiat Lux,
assistindo aos efeitos pirotécnicos,
já estávamos lá:
eras o mais belo dos anjos;
eu, tua serpente doméstica.
Da Ysinha veio Ho Chi Minh:
RAÇÃO DE ÁGUA
Cada um de nós tem como ração meio jarro de água
Para o banho ou para ferver o chá, conforme o gosto:
Se você quer lavar o rosto, não terá como preparar o chá:
Se quer tomar seu chá, não poderá lavar seu rosto.
Diário de Prisão, de Ho Chi Minh, Ed. Difel, Rio, s/d e sem nº da edição. A edição original é de 1971, Bantam Books, Inc.
Sissi deixou o Soneto de Fidelidade, de Vinícius de Moraes:
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Clepsidra, com poesias de Otávio e colagens do pintor Rones Dumke é uma preciosidade. Vocês não têm noção da minha felicidade quando vi e li o livro. Tão lindo, que merece um post a parte.
A música,
Preta Pretinha, sempre desperta coisas maravilhosas em nós. Não conheço um que não goste da música. Minha mãe ama e diz que esta é a música dela. O pai do amore da
Lunna adora.
Carol também. Escutei a música pensando o quanto é bom conviver com vocês.
Preta Pretinha é a música do feriado.