Saiba-o, mundo! O poeta - em seus sonhos - descobre a lei das estrelas e a fórmula da flor [Marina Tsvetáieva]
domingo, 1 de novembro de 2009
Chove Chuva, com Miriam Makeba
sábado, 24 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
No lugar de um epílogo
para nós dois - sonhos não muito diferentes
iam ficando guardados.
Vimos o mesmo sonho, e havia força nele,
como a chegada da primavera.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Feliz aniversário, Vinicius!
domingo, 18 de outubro de 2009
Existe sempre uma coisa ausente
terça-feira, 6 de outubro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Estenda a mão ... Campanha da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
Há 18 anos acredito que nada do que temos é nosso,
E por que o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos ocorre no dia 27 de setembro?
Hoje é dia de Cosme & Damião, os santos gêmeos médicos, padroeiros da medicina e dos transplantes.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Pequenas notas ... ou alguns links
E vamos aos links ... tudo para diversão das senhoras e dos senhores!
O Theatro Municipal fez 100 anos em julho e para a data fizeram um vídeo que eu achei bem legal, apesar de ter algumas críticas. Diz muito sobre o Theatro, mas também sobre a história do Rio de Janeiro.
Em 29 de agosto, João Valadares publicou uma reportagem chamada Irmãos sem direito a brincadeiras à luz do dia. As fotos, de autoria de Alexandre Severo, são maravilhosas. O Jornal do Commercio preparou um slideshow deste ensaio chamado À flor da pele, com música incidental de Moacir Santos. Desde que foi publicada eu já vi/li inúmeras vezes. História impressionante. (via Olhavê, o blog de Alexandre Belém)
Está no ar Enter - Antologia Digital, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda. Com textos, áudios, vídeos e imagens, Enter reúne tanta gente boa, que vale mais de uma visita. (via Ciberescritas)
E finalmente, para escutar: Intermission (Coeur de Pirate deixando o meu ♥ leve, leve ...)
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Azul
Maluquinhos, Desfile da escola de samba mirim Herdeiros da Vila [2008]
Da casa de Cora Coralina eu vejo ... azul. Goiás [2006]
Eu não sei
Se acaso anoitecer
Até o sol nascer amarelinho
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Exausto
perdão para descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
Cansada e feliz.
domingo, 16 de agosto de 2009
O sonho de Georg Simmel (é também o meu)
‘Eu sonhei que haviam descoberto o tempo sintetizado. Inicialmente ele só podia ser produzido aos minutos, exatamente como os diamantes artificiais, que também só se pode obter em cristaizinhos bem pequeninos. Quando, por exemplo, se chega ao metrô e o trem está partindo imediatamente, basta tirar uma caixinha de tempo e riscar um palito de tempo. Então se obtém um minuto e ainda se pode alcançar o trem.’ (WAIZBORT, 2000:309)
In.: WAIZBORT, Leopoldo. A aventura de Georg Simmel. São Paulo: Editora 34, 2000.
Alguém encontrou minha caixinha de tempo por aí?!?!
sábado, 15 de agosto de 2009
Você, Você (Canção Edipiana)
Que roupa você veste, que anéis?
Por quem você se troca?
Que bicho feroz são seus cabelos
Que à noite você solta?
De que é que você brinca?
Que horas você volta?
Seu beijo nos meus olhos, seus pés
Que o chão sequer não tocam
A seda a roçar no quarto escuro
E a réstia sob a porta
Onde é que você some?
Que horas você volta?
Quem é essa voz?
Que assombração
Seu corpo carrega?
Terá um capuz?
Será o ladrão?
Que horas você chega?
Me sopre novamente as canções
Com que você me engana
Que blusa você, com o seu cheiro
Deixou na minha cama?
Você, quando não dorme
Quem é que você chama?
Pra quem você tem olhos azuis
E com as manhãs remoça
E à noite, pra quem
Você é uma luz
Debaixo da porta?
No sonho de quem
Você vai e vem
Com os cabelos
Que você solta?
Que horas, me diga que horas, me diga
Que horas você volta?
terça-feira, 11 de agosto de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Harlem blues
Com Branford Marsalis Quartet, Cynda Williams & Terence Blanchard
Mo' Better Blues (Mais e melhores blues), 1990.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Prece
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Uma homenagem do Diário de Notícias (Portugal), nos 5 anos de morte da poeta.
Dica do Blogtailors
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Não adianta ...
Onde?
Aqui
quinta-feira, 23 de julho de 2009
For once in my life
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Pausa (e não é para um chá)
Vaguidades (fragmentos)
Rosalía de Castro
III
Tal como as nuvens
que impele o vento
e agora assombram, e agora alegram
os espaços do céu tão imensos,
tal as ideias
loucas que eu tenho
as imagens de múltiplas formas
de estranhas feituras, de tons tão incertos
agora assombram,
agora aclaram,
o fundo sem fundo do meu pensamento.
In.: Poesia galega - Das origens à Guerra Civil
Fábio Aristimunho Vargas (organização e tradução)
São Paulo: Editora Hedra, 2009.
Vou dar uma pausa.
De uns 20 dias.
20 dias.
E eu volto.
Antes do aniversário de um ano da (nossa) louca casinha azul.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Num dia, com Arnaldo Antunes
Sentir o sabor do que comer
Caminhar
Se chover, tomar chuva
Não esperar nada acontecer
Ser gentil com qualquer pessoa (...)
domingo, 28 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Sem dizer adeus
(...) o nome do que sinto
não tem nome que domine o meu querer
Não vou voltar atrás
O chão sumiu a cada passo que eu dei (Eu andei) (...)
domingo, 21 de junho de 2009
Poesia em imagens - Helen Levitt
sexta-feira, 19 de junho de 2009
65
Para quem está chegando agora e não tem a dimensão da paixão do blog por Chico Buarque, nosso muso inspirador, alguns posts relacionados:
quarta-feira, 17 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Amor Condusse Noi Ad Una Morte, de Paulo Mendes Campos
Prende-se a outro olhar de criatura
O espaço se converte na moldura
O tempo incide incerto sem medida
As mãos que se procuram ficam presas
Os dedos estreitados lembram garras
Da ave de rapina quando agarra
A carne de outras aves indefesas
A pele encontra a pele e se arrepia
Oprime o peito o peito que estremece
O rosto a outro rosto desafia
A carne entrando a carne se consome
Suspira o corpo todo e desfalece
E triste volta a si com sede e fome.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Quem ama inventa, de Mario Quintana
Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revôo sobre a ruinaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressurreições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado ... e ter vivido o sonho!
In.: Quintana de bolso: Rua dos cataventos & outros poemas.
Porto Alegre: L&PM Editora, 2008.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Ternura, de Manuel Bandeira
Que me tortura, que me abrasa,
Espero a cobiçada hora
Em que irei ver-te à tua casa;
Por enganar o meu desejo
De inteira e descuidada posse,
Ai de nós! que não antevejo
Uma só vez que ao menos fosse;
Sentindo em minha carne langue
Toda a volúpia do teu sonho,
Toda a ternura do teu sangue,
Minh'alma nestes versos ponho;
Por que os escondas de teu seio
No doce o pequenino vale
- Por que os envolva o teu enleio,
Por que o teu hálito os embale;
E o meu desejo, que assim foge
Ao pé de ti e te acarinha,
Possa sentir que minha és hoje,
E és para todo o sempre minha...
Publicado originalmente em A cinza das horas
In.: Estrela da vida inteira.
Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1993.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Ausência, de Vinicius de Moraes
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
In.: Nova antologia poética - Edição de bolso.
São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
O amor antigo, de Carlos Drummond de Andrade
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza
Por aquelas mergulhas no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor ...
Carlos Drummond de Andrade
Publicado originalmente em Amar se aprende amando
In.: Declaração de amor: canção de namorados.
Rio de Janeiro: Editora Record, 2008
domingo, 7 de junho de 2009
Encontro mágico, foto histórica
Rio de Janeiro, 1966
foto de Moacir Gomes
Poesia em imagens
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Durante a semana estarei revendo amigos e preparando minha apresentação para um congresso.
Porém, tem presentinho todos os dias até a minha volta.
Ou pensam que vou esquecer vocês?!?!
sábado, 6 de junho de 2009
Reedição da obra completa de Lygia Fagundes Telles
terça-feira, 2 de junho de 2009
Dúvidas ou o Livro das Perguntas, de Pablo Neruda
Como se combina com os pássaros
a tradução de seus idiomas?
Como dizer à tartaruga
que a supero em lentidão?
Como perguntar à pulga
qual seu recorde de saltos?
E que devo dizer aos cravos
agradecendo-lhes o perfume?
domingo, 31 de maio de 2009
Uma canção de ninar e os pássaros de Geninne
Eu gosto de canções que servem perfeitamente para acarinhar aqueles que amamos - adultos e crianças. Penso nelas como canções de ninar ... Minha lista de músicas assim é grande e já postei uma aqui ano passado. Azulão, poema de Manuel Bandeira musicado por Jayme Ovalle é uma delas. Eis as minhas versões preferidas ...
Com Kathleen Battle:
E com Jane Duboc & Sebastião Tapajós:
Vai, Azulão, Azulão
Companheiro, vai
Vai ver minha ingrata
Diz que sem ela o sertão
Não é mais sertão
Ai, voa Azulão
Vai contar, companheiro, vai ...
Geninne é ilustradora, tem um blog que é um espaço muito gostoso de se visitar e vive no México. Foi generosa ao permitir que o pássaro No. 14 voasse com a poesia de Bandeira e a música de Ovalle. Geninne, muchas gracias.
Vocês podem encontrá-la no blog, no flickr e na Etsy.
Divirtam-se!
terça-feira, 26 de maio de 2009
a casa, de Juan Gelman
na graça de tuas palavras eu vivo/
la casa
no está en el mar mi casa/ ni en el aire/
en la gracia de tus palabras vivo/
domingo, 24 de maio de 2009
Fernand Léger & Robert Doisneau
©Fernand Léger, 1954
©Robert Doisneau, 1954
Poesia em imagens
Fernand Léger (1881 - 1955) & Robert Doisneau (1912-1994)
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Fly me to the moon, com Frank Sinatra
Completamente insone e este senhor gentilmente me faz companhia.
In other words, hold my hand ...
terça-feira, 19 de maio de 2009
Apelo, de Miguel Torga
não vens agora, que te quero
E adias esta urgência?
Prometes-me o futuro e eu desespero
O futuro é o disfarce da impotência....
Hoje, aqui, já, neste momento,
Ou nunca mais.
A sombra do alento é o desalento
O desejo o imite dos mortais.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
New Soul, de Yael Naim
Uma boa segunda-feira para vocês!
+ de Yael Naim
domingo, 17 de maio de 2009
Driftless, de Danny Wilcox Frazier
Uma jovem sonha em se tornar rainha de um festival verão como sua irmã mais velha
Conesville, 2003
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sábado, 16 de maio de 2009
materiais para confecção de um espanador de tristezas
certa tarde, envolto em tristezas, quis recusar o cinzento. não munido de nenhum artefacto alegre, inventei um espanador de tristezas.
era de difícil manejo – mas funcionava.
(...) há qualquer coisa de sapiência na palavra tristeza. e algumas tristezas não são de espanar – um dia posso descobrir que elas me fazem falta e ter que ir buscá-las na lixeira da catin ton.
vou encher-me de silêncios e imitar as pedras. adormecer entre as pedras pode ser que me contagie delas. depois de conseguir ser pedra vou exercitar o sorriso dessa pedra que eu for. com esse sorriso vou iniciar uma construção...
Ondjaki
materiais para confecção de um espanador de tristezas (poesia)
terça-feira, 12 de maio de 2009
Objetos de desejo: História da vida privada
domingo, 10 de maio de 2009
Pioneiras: Alaíde Costa
Mãe, Alaíde é para você!
Um beijo grande, especialmente para as que são mães e para as mães de quem passa por aqui.
sábado, 9 de maio de 2009
Ah, se eu vou! com Roberta Sá
Por que hoje é sábado, queridos!
Bom final de semana.
Ela ia lá me chamar
Pra dançar coco
À beirada da saia querendo rodar.
Pelo jeito dela
Pelo dengo, pela simpatia
Se eu caio na roda
Essa moça pode me segurar.
Aí ela vai querer que eu deixe de ir pro samba
Aí ela vai querer que eu não vá na ciranda de Lia
Aí ela vai querer que eu não saia de perto dela
E eu olhando pra beira da saia querendo rodar.
Ah, se eu vou...
de Lula Queiroga
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Festa Literária de Santa Teresa
Se você estiver no Rio de Janeiro no dia 16 de maio, sábado, venha para Santa Teresa. Das 9h às 18h o bairro estará em festa! É a Flist - Festa Literária de Santa Teresa, promovida pelo CEAT. A homenageada é Lygia Bojunga. Tem troca troca de livros, lançamentos, contação de histórias, shows, conversa com autores ... e eu estou feliz, feliz: tem muita gente que tenho vontade de conhecer que estará lá.
Só para vocês terem uma idéia: tem um bate papo às 11h30min com a Joana Corrêa e o Alexandre Pimentel, organizadores do cd-livro "Na ponta do verso: Poesia e improviso no Brasil" (vale muito a pena). É no Jasmim Manga (vale mais ainda) e Tantinho da Mangueira e Marquinho China participam da conversa (pronto, perfeito!). Rola ainda um recital poético com Mano Mello às 14h e conversa com Ondjaki e Ferreira Gullar às 16h, no Laurinda Santos Lobo. Às 12h, na Livraria Largo das Letras, tem uma oficina com os ilustradores Graça Lima, Mariana Massarani e Roger Mello, todos com traços fantásticos e trabalhos lindos.
O blog Gato de Sofá deita e rola na Flist estará no Largo das Letras durante o evento, recebendo adultos e crianças e construindo a "memória virtual da primeira edição de nossa festa literária".
Agora é aquele esquema: deixe o carro em casa e suba a pé, de bonde, ônibus, moto ou táxi! É para curtir o sábado em Santa com tudo que se tem direito, inclusive a paisagem. E é programação para a família inteira.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Imagina, pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
Do DVD Jobim Sinfônico. Para começar o mês em grande estilo e excelente companhia.
domingo, 3 de maio de 2009
Crianças de açúcar, de Vik Muniz
Sugar Children, 1996
©Vik Muniz
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As crianças de açúcar são encantadoras. Trabalhadoras das plantações de cana de açúcar, foram retratadas por Muniz em uma viagem ao Caribe. Para a realização desta série, o artista trabalhou com açúcar e fotografou o resultado.
Em 2009 o Rio de Janeiro está animado: já tivemos Muniz, Burle Marx, Flexor, Stupakoff e agora Paul Strand, no Instituto Moreira Salles, osgemeos, no CCBB e Volpi no Unibanco Arteplex. Não é uma beleza?
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Poesia livre
Poesia livre [março]
Francisco (Paco) Manhães deixou uma poesia sua:
Nós, os antigos. Os eternos.
Somos desde sempre e
preexistimos ao mundo.
Quando do Fiat Lux,
assistindo aos efeitos pirotécnicos,
já estávamos lá:
eras o mais belo dos anjos;
eu, tua serpente doméstica.
Da Ysinha veio Ho Chi Minh:
RAÇÃO DE ÁGUA
Cada um de nós tem como ração meio jarro de água
Para o banho ou para ferver o chá, conforme o gosto:
Se você quer lavar o rosto, não terá como preparar o chá:
Se quer tomar seu chá, não poderá lavar seu rosto.
Diário de Prisão, de Ho Chi Minh, Ed. Difel, Rio, s/d e sem nº da edição. A edição original é de 1971, Bantam Books, Inc.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E assim, quando mais tarde me procure
Eu possa me dizer do amor (que tive):
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Embriaguem-se, de Charles Baudelaire
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
O Spleen de Paris: pequenos poemas em prosa
Apresentação e tradução: Leda Tenório da Motta
Imago Editora – edição de 1995
domingo, 26 de abril de 2009
Poesia em imagens - São Jorge [Rio de Janeiro]
[Tava por aí, de Mart'nália & Mombaça]
E todo ano invento moda. Durante anos acompanhei a carreata de São Jorge do Império Serrano. Vou a missa se possível e este ano bati ponto em uma feijoada na casa de uma amiga, com direito a tudo, até uma medalhinha de proteção de presente.
Em 2007, Bel, minha mãe e eu estávamos às quatro da manhã na porta da igreja no Campo de Santana (Rio de Janeiro) participando da Alvorada. As fotos foram feitas por nós (Bel e eu) nesta ocasião. Terminando a semana de homenagens a São Jorge, o Poesia em imagens de hoje é dele, por que para catar poesias neste mundo às vezes é preciso ter muita fé. Fica ao meu lado, São Jorge Guerreiro.
sábado, 25 de abril de 2009
notas
Lunna Guedes não postará mais em seu blog, o Acqua. Reproduzo aqui o que disse nos comentários do último post: "Lunna, é um imenso prazer conviver virtualmente com você. Ler seus textos, que muitas vezes me fazem companhia, pass(e)ar pelo Acqua, só coisas boas. Te desejo sucesso sempre e passarei em sua outra morada, tenha certeza".
Lunna sai do Acqua, mas não nos abandona: ela ainda reside em blogs amigos, como A casa do mago.
Farei um post sobre o Poesia Livre de 27 de março excepcionalmente em 30 de abril, uma quinta-feira. Ainda dá tempo de passar lá e deixar um carinho: letra de música, poesia e o que mais der vontade.
***
Em tempo, parte do livro Almanaque do choro (de André Diniz) pode ser encontrado no Google Books.
Agora, vocês acham que eu vou me furtar a falar de São Jorge? De jeito nenhum ... só que falarei dele amanhã.
A ilustração é do amigo Fernando Romeiro, que gentilmente me deixou publicar. Sou super fã das suas caricaturas, Romeiro!
Depois de vários assuntos no mesmo espaço, deixo aqui uma pergunta para o seu sábado:
Onde encontrar uma sineta que soe dentro de teus sonhos?
Pablo Neruda (XXVIII, no Livro das Perguntas)