segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sobre Portugal, São Paulo e os abismos

Revirando este fantástico universo paralelo que é a internet, fui parar em um lugar pelo qual fiquei apaixonada: Portugal. Passei o sábado lendo poesias na tela e viajando ... Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andresen, Maria do Rosário Pedreira, Florbela Espanca. Sei que não devia. Precisava escrever e ler outros assuntos que não despertassem tanto meu encantamento. Não fui às festas para as quais fui convidada, não trabalhei nas entrevistas e não cumpri as minhas metas de trabalho. Pena. Agora rala na segunda e terça-feira!

Acabei fazendo algumas paradas em blogs interessantes, também portugueses. Cheguei a um de uma moça de Coimbra que postava poesias quase diariamente, um blog fantástico. Porém fiquei entre abalada e curiosa: desde janeiro de 2007 não há post novo, nenhuma explicação para as belas poesias estarem abandonadas, vagando pelo virtual. O que pode ter acontecido com a moça sensível que a fez abandonar dois blogs no mesmo dia, sem aviso prévio ou despedidas aos leitores? E para piorar não consigo achá-lo nos meus favoritos. E o blog era realmente muito bom!

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Estreou na HBO a série Alice. Vi duas vezes o primeiro episódio e por isso estou acordada até agora. Tirando que ela saiu de Palmas e eu de Madureira, nós poderíamos ser a mesma pessoa: após algumas perdas, estamos com uma imensa vontade de dançar na beira do abismo e descobrir capacidades e limites. Para ela,"mais vale uma Alice voando, que muitas alices com os pés no chão". Têm horas que só dá para fazer duas coisas: ousar e se jogar (metaforicamente, é claro)!

Prometo um post mais longo para Alice in Wonderland, quer dizer, em São Paulo. Enquanto ele não chega, leiam a entrevista com Karim Aïnouz, diretor da série, publicada há um ano atrás na uol.

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A propósito, fiquei com uma muita vontade de conhecer São Paulo. Já fui duas vezes e nas duas voltei no mesmo dia. Da cidade só lembro do céu cinzento. Quando fui em 1999 para o casamento de um grande amigo estava chovendo. E ano passado quando fui para o seminário do Núcleo de Estudos da Violência não chovia ... era quase um dilúvio. Então é isso: de São Paulo eu conheço uma igreja, os aeroportos, o metrô, a USP e .... o céu cinzento! Quase um clichê.

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Descobrindo Elizabeth Shepherd e amando: excelente post do Niell.

Um comentário:

  1. Ah, eu também amo os portugueses.
    Já disse que creio que há alguns pares de séculos atrás devo ter sido um navegador mouro português?
    Deve ser por isso que Sophia de Mello Breyner contando tando sobre o mar me faz marejar...

    Beijos em ondas,
    Bebel.

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