Faz hoje 17 dias que o meu Miguel nasceu. Nasceu dia 8 de Março, dia da Mulher, às 9h15 da manhã. Estava eu a dormir quando, às 03h10, acordei com um baque doloroso na barriga... Pensei que me tinham rebentado as águas mas não: começaram as contracções. Dali a 4 minutos uma. Mais 4 minutos outra. Pus-me a pé, fui-me lavar, disse ao Caixote "está na hora", vestimo-nos e lá fomos nós para o hospital. Eu estranhamente calma.
As contracções começaram a ser cada vez mais fortes e mais constantes, entrei no hospital já com 4 dedos de dilatação e dali a uma hora já estava nos 9, naturalmente. O meu parto foi relativamente rápido, cerca de 4h deitada lá na cama... cerca de 1h de puxos e afins, às 09h15 saiu o Miguel por ali afora! Foi mesmo isto que senti, que coisa esquisita porque nem sentimos dor nenhuma no momento em que eles saem!
O parto foi normal com recurso a epidural e francamente o que me custou foram as contracções até à epidural fazer efeito, e manter-me sem me mexer um centímetro sequer quando me davam a epidural e eu cheia de dores... Depois disso estava calma, com a minha mãe ao lado e estivemos sempre a conversar. Não quis o Caixote comigo, ele é demasiado nervoso. Esteve sempre lá em baixo no hospital, junto com a minha irmã e restante família e uma grande amiga que apareceram por lá de madrugada. O Caixote fartava-se de enviar mensagens histérico à minha mãe a querer saber novidades e pronto, 09h15 saiu o nosso menino lindo, que é mesmo lindo e grande.
Eu portei-me bem. Não chorei e não gritei, estive sempre calada como um rato. Fartei-me de chorar quando mo pousaram em cima, não sei bem porquê mas pronto... O Miguel nasceu e começou a chiar. Durante minutos toda a gente se riu mas depois deixou de ter graça. Foi para a neonatologia e posso dizer-vos que naquele domingo, segunda e terça tive o meu coração do tamanho de uma ervilha. Sempre que o ia ver lá acima e o via todo entubado só chorava, mas felizmente passou. Nasceu com pneumonia congénita, esteve 10 dias a antibiótico e na passada quarta-feira teve alta. Está grande, forte e saudável, já nem me quero lembrar dos primeiros dias em que nos fartamos de chorar... está tudo bem, está saudável, estamos ambos bem. E felizes, muito.
Amanhã o pai faz 30 anos. Não podia haver melhor presente antecipado. :)