domingo, 10 de novembro de 2013

"A vida? Que venha de novo"

Quando criei o blog, no final do ano de 2008, escrevi logo ali no canto da tela: "há tanto dentro de mim. E eu tenho que jogar pra fora.".
São cinco anos e várias vidas dentro de uma. Em eleições, duas. Uma vitória, uma derrota. Empate. Em poesias, centenas. Joguei pra fora coisas minhas, dos outros, imaginações e num certo sentido, aqui também me reinventei.. Decidi ficar na minha cidade, ser ainda mais feliz, contribuir mais de perto com o meu estado, viver junto de quem amo e fazer política fisicamente mais próxima dos movimentos sociais. Me sinto encerrando um ciclo na política e também na vida. 
Por isso, decidi deixar de escrever aqui no bola de meia bola de gude. Talvez faça um outro blog. Talvez em outro momento ele seja reinventado. Por hora, vou me dedicar a olhar os poemas desses anos com atenção e pensar no que fazer com eles todos. 
Adorei crescer com vocês nos cinco anos de "há uma menina". Ela segue bem viva e agarrando forte a minha mão. Apenas não precisa, por hora, jogar tanta coisa pra fora. "A vida? que venha de novo", termino citando o mesmo Nitzchie,do primeiro post.
Até breve,
Um beijo e boa luta!

8 comentários:

Rosana Tibúrcio disse...

Que pena, vou sentir falta.
Mas se for melhor para você, que seja.
Boa sorte: na política, nas causas sociais, nas letras, nas releituras, no amor...

Fiquei fã!!

José de Arimatéa dos Santos disse...

Manu,
Vou também sentir falta de seus belos versos, de sua belíssima alma, contudo entendo suas decisões que certamente deixarão você mais feliz.
Espero que logo, logo você volte com este blog ou noutro. Pode ter certeza que desejo toda felicidade para você. Tudo de bom.
José de Arimatéa dos Santos

Flavia disse...

Escrever em um blog implica uma exposição de tal grau de intimidade que, olhando em retrospectiva, talvez você não tivesse escrito tanto do que você escreveu. Mas obrigada por compartilhar com a gente um pouco da menina que mora em ti!

Anônimo disse...

Poderia me inspirar em Sueli e caçado
"Dentro de mim mora um anjo
Que tem a boca pintada
Que tem as unhas pintadas
Que tem as asas pintadas
Que passa horas a fio
No espelho do toucador
Dentro de mim mora um anjo
Que me sufoca de amor"
Joguei pra fora tudo que havia
de forma radical, dramática e selvagem
Os anos não contam para a poesia
As palavras atravessam como punhal o calendário
A ampulheta quebrou
O relógio parou
Ainda assim duas vezes ao dia ele está certo
O tempo não parou para minhas rimas e versos
E estou cansada..l.
Longo travessia, cinco anos
Cortei o cabelo
E tomei decisões radicais
Casei e disse adeus a Brasília
O Guaíba não é o Tejo
mas é o mais bonito rio
pois é o rio da minha aldeia
Não jogo mais bola de gude na areia
Nem o racha na rua com a bola de meia
Cansei do clube da esquina
Que me perdoem Bituca e Fernando
Só quero saber de gaúchos, chimarrão e churrasco
Não me venham com pão de queijo, frango com quiabo ou lombo com tutu
Nem me desafiem com Carlos e Rosa
Porque reagirei prontamente
com Quintana e Veríssimo
A vida é vida de ciclos
É preciso virar a página
E dar chance ao futuro
Abrir a janela da alma para os dias que virão
Quero guardar minhas coisas
Não suporto mais está bagunça em meu quarto
Minha alma exposta entre discos, livros, sutiãs e calcinhas espalhadas pelo chão
A menina prometeu um livro
com seus diálogos virtuais
mas toda menina tem direito a pequenas mentiras
Viva e agarrada às mãos do destino
me despeço
Sei que deixarei viúvos e amantes imaginários
Sei que poetas voltaram a escrever provocados pela menina
Cresci
São cinco anos
Não quero mais mostrar minhas vísceras
Quem sabe amanhã
Assim é a vida
"Esquenta e esfria, aperta daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta
O que ela quer da gente é coragem"
Há, esses mineiros
Me perseguem, me contaminam
Me envolvem
Já disse que sou dos pampas e só quero ser feliz aqui
Se tiver de vir de novo
Que venha
Agora só quero paz
A minha paz
recolher meus cacos e rimas
ocultar essa enxurrada de emoções
Dentro do meu armário
Regar meu jardim
Varrer a varanda assobiando bolademeia
E fazer de minha ausência
O adubo de futuras colheitas
Me perdoem
Preciso trancar a caixa de pandora
que a mulher herdou da menina

Anônimo disse...

Feliz Natal!

Daniela disse...

Uma pena, tinha descoberto seu blog há pouco tempo, desde que comecei a acompanhar seu trabalho! Fico na esperança da volta dessa menina!

Unknown disse...

Olá!!

Adorei seu blog! Estou passando para pedir pra você ir dar uma passadinha lá no meu! Sou personal trainer e falo um pouquinho sobre saúde, fitness e bem estar!
Espero te ver por lá,

www.snfitness.blogspot.com

Beijos

Seichelle Nogueira

Anônimo disse...

Vai nos deixar orfãs!!!