Porto Alegre será sede da Copa e o meu colorado ganha... Até fez um pouco de calor por aqui hoje!!!
domingo, 31 de maio de 2009
Carpinejar
O fim é lindo
Minha casa é estranhamente regulada. Quando uma lâmpada queima, as outras vão junto. É um boicote que aumenta em minutos para testar a paciência. O gás da cozinha falta bem no momento da janta, e logo de madrugada, com o objetivo de me constranger ao telefone com uma lista infindável de entregadores. Se o computador estraga, o chuveiro também e o microondas sofre problemas de circuito. Confio que os aparelhos se imitam e conversam entre si. Devem reivindicar melhores condições de trabalho e uso, cobrar insalubridade, ou estão cansados das extensões e da sobrecarga indevidas. O certo é que minha casa é grevista. Insurgente. Nunca acontece de algo quebrar isoladamente.
Cheguei a minha residência depois de uma série de viagens. E mal acendi a luz, puf, puf, puf. Meu dedo estalou em cada interruptor. Teve até choque. Foi patético, para não dizer desanimador. Corredores mexendo as sombras, as paredes escorrendo a cegueira.
Mas, um pouco antes de explodirem, as lâmpadas aumentaram sua fosforescência. Puxaram todo o resto de força para refulgirem a extinção. Estenderam seus aros como nunca antes, com a potência de um refletor.
O mesmo ocorreu com o gás de cozinha, a chama das bocas subiu com perigosa curiosidade. Poderia ouvir o fogo gemer. Ele escurecia as bordas das panelas com sua assinatura. Quase formava os dedos de uma mão.
Conclui que o fim é lindo.
Assim como as luzes da casa e do fogão, o amor perto do desastre não se economiza. Não mais se contém. É desesperadamente transparente.
Um casal diante do fim terá a grande noite de sua vida por não prever uma próxima. Sairá do esconderijo porque não se vê mais seguro. Mostrará do que é capaz. Queimará o que guardou, não fará mais nenhum jogo, esquecerá a sedução e os conselhos dos amigos. Mais intensidade do que intenção.
É o escândalo da verdade. Tímidos se transformam em terroristas, calmos ficam enervados, pacientes se portam como histéricos. Por um instante, não há medo de fazer as propostas mais desvairadas, confessar palavras reprimidas, estender os olhos como um lençol limpo.
O fim é lindo. Do crepúsculo, de uma vela, de uma chuva. O fim é esperançoso, exigente. Pancadas de beleza. O som e o sol pulam como um suicida ao avesso para dentro da vida.
Cheguei a minha residência depois de uma série de viagens. E mal acendi a luz, puf, puf, puf. Meu dedo estalou em cada interruptor. Teve até choque. Foi patético, para não dizer desanimador. Corredores mexendo as sombras, as paredes escorrendo a cegueira.
Mas, um pouco antes de explodirem, as lâmpadas aumentaram sua fosforescência. Puxaram todo o resto de força para refulgirem a extinção. Estenderam seus aros como nunca antes, com a potência de um refletor.
O mesmo ocorreu com o gás de cozinha, a chama das bocas subiu com perigosa curiosidade. Poderia ouvir o fogo gemer. Ele escurecia as bordas das panelas com sua assinatura. Quase formava os dedos de uma mão.
Conclui que o fim é lindo.
Assim como as luzes da casa e do fogão, o amor perto do desastre não se economiza. Não mais se contém. É desesperadamente transparente.
Um casal diante do fim terá a grande noite de sua vida por não prever uma próxima. Sairá do esconderijo porque não se vê mais seguro. Mostrará do que é capaz. Queimará o que guardou, não fará mais nenhum jogo, esquecerá a sedução e os conselhos dos amigos. Mais intensidade do que intenção.
É o escândalo da verdade. Tímidos se transformam em terroristas, calmos ficam enervados, pacientes se portam como histéricos. Por um instante, não há medo de fazer as propostas mais desvairadas, confessar palavras reprimidas, estender os olhos como um lençol limpo.
O fim é lindo. Do crepúsculo, de uma vela, de uma chuva. O fim é esperançoso, exigente. Pancadas de beleza. O som e o sol pulam como um suicida ao avesso para dentro da vida.
Copa 2014: é agora!
Hoje, às 15h30, será feito o anúncio das cidades brasileiras que receberão os jogos da Copa de 2014. A prefeitura de Porto Alegre está organizando uma festa, na Redenção, para comemorar a nossa escolha. Como faço política há pouco tempo (uma década) nunca acompanhei um processo inteiro de algo que debati em minha atuação institucional.
Hoje lembrei da primeira vez que Inter e Grêmio apresentaram seus projetos ao Ministro Orlando (depois de uma audiência sobre a Lei Pelé na ALERGS), depois lembrei de todos os encontros em Brasília e Porto Alegre, por último da campanha. Um dia ouvi: falta só essa aí prometer gol na Copa. Passou como um filminho muitos dias de trabalho.
Hoje é um passo muito importante: Porto deve ser escolhida uma das doze sedes. Depois, pretendo acompanhar junto com os gaúchos os investimentos em nosso sistema de transporte, a qualificação de nossos jovens para novos postos de trabalho, a escolha das cidades em que ficarão hospedadas as seleções...
Tomara que a chuva não atrapalhe a festa. A minha não vai atrapalhar!!!!
sábado, 30 de maio de 2009
Sábado de frio e chuva
Passei a manha no Encontro estadual da Juventude do PTB, trabalhamos juntos, desde muito, no movimento estudantil. Além disso, quem deixou a presidência foi meu cumpadre Andrezão.
Com chuva e frio passei a tarde resolvendo algumas coisas minhas.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Neruda, grande poeta e comunista
Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.
Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.
Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.
Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.
Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.
Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.
Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.
Frio
Faz muito frio aqui em Porto. Ontem, cheguei de Brasília e peguei a estrada para Sapiranga. Fizemos um ótimo debate sobre juventude com muitas escolas. Hoje vou ao Espaço Aberto da Rádio Guaíba e, depois, sigo na agenda corrida até umas dez da noite. Tem de tudo...
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Demais!
Tem uma escola de Campinas que traz, todo ano, seus estudantes para Brasília. Acabo de conversar com eles. Se todas as escolas fizessem isso... ou tivessem oportunidade... seria mais fácil renovar o Congresso e a política!
quarta-feira, 27 de maio de 2009
João Amazonas: PRESENTE!
Lá se foram sete anos da morte de João Amazonas. Pensei em dizer da falta que ele faz. Mas pensei no tanto que ele lutou e nas tantas vezes que foi decisivo para esse Partido continuar vivo, forte e na luta em defesa do Brasil, dos trabalhadores e do socialismo. João faz menos falta porque sabia que não era eterno. E, por isso, construiu tudo isso que vemos e vivemos hoje junto com tantos outros que já nos deixaram. Os militantes do PCdoB, o próprio PCdoB... nós todos lutamos - na nossa diminuta capacidade - graças ao João, aos Maurícios, às Elzas... João: Homem simples, forte e guerreiro. João Amazonas, um Brasileiro: PRESENTE!
Pelo bem da cidade
Participei agora de uma longa reunião da bancada gaúcha. Uma parte sobre a seca. A outra sobre portais e metrô. Triste. Mais uma falsa contradição criada para alimentar a velha disputa política. Perplexa, assim fiquei. Por sorte, o Secretário da cidade e o Presidente da Trensurb (junto com o representante do Ministro Paulo Bernardo) chegaram a um acordo: é possível ter um sistema multimodal em Porto Alegre. Mais do que isso: é necessário.
Além do mais... as eleições já passaram...
!!!!!!
Hoje a Comissão de Trabalho rendeu um monte. Votamos muitos relatórios, as coisas andaram. Ao mesmo tempo, dei uma acompanhada na Comissão Geral da Câmara para debater a crise: parlamentares, empresários e trabalhadores ouvindo uns aos outros para um bom trabalho.
Agora a tarde tem meia-entrada, metrô para Porto Alegre... Tanta coisa.
Estou meio chateada porque ontem a reforma política ficou presa. Parece que não vai.
Flor da pele
Hoje me lembrei da música "Flor da Pele", do Zeca Baleiro. É, às vezes, meu desejo se confunde com a vontade de não ser... Seria tão mais simples. Não mais fácil. Mais simples.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Compromisso
Engraçado o fato de ter desenvolvido um compromisso com o blog. Me sinto traindo aos amigos daqui se não conto tudo o que fiz...
Hoje fiquei em Porto Alegre para a Sessão Solene da Assembléia em Homenagem aos 30 anos de reorganização da UNE. Foi um ato muito bonito, estiveram presentes muitos dirigentes daquele período. Aproveitei a manhã e fiz dois debates em escolas. Foram legais, essa é uma das coisas que mais me dá alegria no mandato: falar com a galera sobre políticas públicas, vestibular etc.
Ontem pela noite fui ao lançamento do livro sobre Reforma Política de um grande amigo meu: Dr. Antonio Augusto, meu doutorzinho, como carinhosamente o chamo. Estava lotado e fiquei feliz ao ver um amigo feliz.
Agora estou em Brasília correndo contra o tempo...
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Várias coisas
Hoje pela manhã participei do Polêmica, sobre CPI da Petrobrás. Depois, tivemos um almoço dos partidos da base do governo Lula sobre eleições 2010.
Está acontecendo agora o Ato contra o AI-5 digital na Assembléia. Já passei por lá e vim correndo para o nosso Seminário do Envelhecimento Saudável, aqui na AFOCEFE. Hoje é sobre Trabalho e Previdência Social.
Boa semana!
Parece uma loucura, maio está chegando ao fim... Que todos tenhamos uma maravilhosa semana! Beijos.
domingo, 24 de maio de 2009
Fantasmas
Passei uma manhã agradável demais de trabalho, na Redenção. Um sol lindo, povo alegre... Almocei com minhas irmãs e voltei, a tardinha, para casa. Devorei um livro maravilhoso do Benedetti. É uma tradução para o português - que é muito raro - feita pelo Charles Kiefer. É o primeiro romance dele, escrito em 1953. Chama-se "Quem de nós".
"Quem de nós" é um livro sobre fantasmas. Não aqueles de filmes de terror, mortos que voltam para assombrar os vivos. Fantasmas de carne e osso que nós mesmos criamos para destruir com as nossas vidas. Fantasmas da insegurança. "Quem de nós" é um livre sobre insegurança, sobre pessimismo, sobre amor. E sobre os boicotes que inventamos para não viver o amor na plenitude. Eu indico, sempre, Benedetti.
Um bom livro
Estava no aeroporto, voltando para Porto Alegre. Carregava "Ensaio sobre a lucidez", de Saramago, para tentar terminar. Dei minha olhada habitual na prateleira da livraria. Num cantinho um livro chamado "Evocação, minha vida ao lado de Che", de Aleida March. Aleida foi a companheira de Che em Cuba. Se conheceram no processo da Revolução (ela também guerrilheira) e ficaram juntos a partir da vitória.
Nunca gostei de livros de fofocas sobre a vida das pessoas. Mas Che me chama atenção em uma caracterísitca: mantive a imagem de doçura sobre esse argentino. Tinha minhas dúvidas sobre minha própria opinião. O livro a confirmou.
Eu indico. Um pouco mais de 200 páginas escritas por uma mulher que ficou 40 anos calada. Nada de exageros ou mitos. É um romance entre dois revolucionários. E o final já é conhecido de todos, ele morre na Bolívia...
(essa não é a capa da edição que comprei. se parecem, mas só encontrei essa na net)
sábado, 23 de maio de 2009
Dia longo
Hoje comecei o dia cedinho. Estive numa reunião do partido, no OP da Lomba do Pinheiro, na inauguração da sede do Partido na Mathias Velho, em Canoas e no lançamento do site do Vereador Vitor, em Campo Bom.
Entre Canoas e Campo Bom parei num bar e assisti parte da vitória colorada sobre o Goiás. Inesquecível o bar: um povo alegre com um mascote divertido, um galo.
Amanhã vamos ao Brique da redenção.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Momentos ímpares
Passei a tarde em reuniões no escritório. Um reencontro, inclusive, com meu professor de 5a série, de Educação Física, o Dênis. Incrível. Depois, prestei contas do mandato na FARGS.
Agora escrevo de Canoas. Vim para a posse da FEGAM - Federação gaúcha de entidades e associoações de moradores. Cheguei antes da hora, por um milagre do trânsito. Parei com os guris num estacionamento para descansar um pouco. Estamos ouvindo Oswaldo Montenegro... Momentos ímpares... Dá para ser feliz, com música e poesia, na luta!
"Eu acho que será para sempre, mas sempre não é todo dia"
Manhã linda
Hoje bem cedo fui à Cachoeirinha. Participei da Conferência local sobre Segurança Pública. Muita gente, muito diverso e muita vontade da comunidade de participar na construção de alternativas para o maior problema da nossa gente: a falta de paz.
Agora cheguei de um debate na Escola Infante Dom Henrique. Fiquei emocionada. O debtae foi legal, a galera prestando atenção e tal. Ao final, uma guria, tão querida, veio agradecer por manter vivo o sonho dela de ingressar numa universidade pública. Às vezes, concluo que esse mundo emq ue vivemos é uma enorme patrola de sonhos, tenta destruir todos, de todos nós. Por isso tanta violência, falta de perspectiva... São nas manhãs (ou nos dias) que vejo uma medida simples (reserva de vagas para estudantes de escolas públicas, por exemplo) mudar a vida de uma pessoa, que vejo como vale a pena lutar.
(Ontem fui ao lançamento da Edição número 100 da revista Princípios numa livraria que eu simplesmente amo!!! A Palavraria, na Vasco. Quem não conhece, vale a visita. Muitos autores latinos, muita diversidade...)
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Mais direito para os trabalhadores para o Brasil superar a crise!
Acabo de chegar de uma reunião de todas as centrais sindicais com o Presidente Michel Temer para apresentarmos uma pauta dos trabalhadores para enfrentar a crise.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Perco a calma...
Poucas coisas me fazem perder a calma. Cada vez menos coisas que dizem respeito a mim mesma. Hoje, mais uma vez, não fiz mais do que a minha obrigação: trabalhei desde cedo até tarde. Bastante. Voltei para casa um pouco mais cedo por causa da dor nas costas que tem me acompanhado há algumas semanas. Estou tentando ver o jogo do Inter, tentando estudar, tentando dormir. Comecei dizendo que poucas coisas me tiram a calma porque me acostumei a ouvir jornalistas, leitores do blog, pessoas na rua (...) falarem mal e bem de mim. Se namoro falam, se rio falam, se choro falam... e tens uns que só falam mal... Tudo bem, faz parte. Só me incomodo quando mentem e acabam sendo injustos. E injustiça me revolta.
Há pouco meu pai me ligou. Ele é petista, diga-se de passagem. Entrou para dizer que havia me defendido num blog. Achei esquisito porque ele diverge muito comigo na política. Aí me explicou que um cara me chamou de demagoga e otras cositas mais pelo fato da ZH ter publicado, a partir da leitura do blog, que eu estava triste com a morte do Benedetti. (!!!!!!!!!!!!!!!!!! não escrevo palavrões aqui)
Fui atrás... Fico impressionada com a doidera de algumas pessoas. No fundo, tem gente que pensa que se não concorda comigo na política é porque eu como orelha de criança no almoço e vejo Silvio Santos no domingo. Não conseguem entender que a vida é mais complexa e que nem todos os que nós concordamos, politicamente, gostam de poesia e que os que divergimos podem ter méritos. É a intolerância, o fundamentalismo que tanto condeno.
O mais engraçado é que esse blog adora dar pau na Zh (com suas razões) e quando a Zh fala mal de mim vira referência... É como o povo dos comentários que se julga de esquerda e me chama de musa... Como se alguém que reproduz a opressão contra a mulher pudesse defender a libertação da sociedade... Quanta contradição. Bem, escrevo isso porque apesar de meu time ter marcado um Gol (agorinha), me senti desrespeitada. E isso me irrita. Além do mais... teve um cara que chamou "A trégua" (principal romance de Benedetti) de livrinho... e isso Dom Mario não merece!!!
Boa noite gente!!!
Muitas coisas
No meio de tanta confusão na política, hoje já participei da Comissão de trabalho (votando alguns relatórios importantes de minha autoria) e da posse da Bancada Feminina (que eu prefiro chamar de feminista). Agora pela tarde, além do plenário (que deve ir até tardão) temos Comissão de Turismo e Desporto (Copa e Olimpíadas), Comissão de Crise e a instalação da Comissão Especial do Estatuto da Metrópole, que participarei. Aí será um espaço para discutirmos regiões metropolitanas... Pela noite, espero ver meu timão de verdade derrotao Flamengo.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Reforma Política
Tive um dia normal de bastante trabalho por aqui. Mas estou dando uma atenção especial ao tema da Reforma Política. Vou começar a postar mais aqui sobre o tema.
Saramago
Maio 19, 2009 by José Saramago
Não será com todos nem será sempre, mas às vezes acontece o que estamos vendo nestes dias: que, por ter morrido um poeta aparecem, em todo o mundo, leitores de poesia que se declaram devotos de Mario Benedetti e que precisam de um poema que expresse o seu desconsolo e talvez também para recordar um passado em que a poesia teve lugar permanente, quando hoje é a economia que nos impede de dormir. Assim, vemos que de repente se estabelece um tráfico de poesia que deve ter deixado perplexos os medidores oficiais, porque de um continente a outro saltam mensagens estranhas, de factura original, linha curtas que parecem dizer mais do que à primeira vista se crê. Os decifradores de códigos não têm mãos a medir, há demasiados enigmas para decifrar, demasiados abraços e demasiada música acompanhando sentimentos que são demasiados: o mundo não poderia suportar muitos dias desta intensidade emocional, mas tão-pouco, sem a poesia que hoje se expressa, seríamos inteiramente humanos. E isto, em poucas linhas, é o que está sucedendo: morreu Mario Benedetti em Montevideo e o planeta tornou-se pequeno para albergar a emoção das pessoas. De súbito os livros abriram-se e começaram a expandir-se em versos, versos de despedida, versos de militância, versos de amor, as constantes da vida de Benedetti, junto à sua pátria, aos seus amigos, ao futebol e alguns boliches de trago largo e noites mais largas ainda.
Morreu Benedetti, esse poeta que soube fazer-nos viver os nossos momentos mais íntimos e as nossas raivas menos ocultas. Se com os seus poemas saímos à rua – lado a lado somos muito mais que dois –, se lendo “Geografias”, por exemplo, aprendemos a amar um país pequeno e um continente grande, agora, segundo as cartas que chegam à Fundação, recuperaram-se momentos de amor que deram sentido a tempos passados, e quem sabe se presentes. Isso também o devemos a Benedetti, ao poeta que ao morrer fez de nós herdeiros da bagagem de uma vida fora do comum.
Morreu Benedetti, esse poeta que soube fazer-nos viver os nossos momentos mais íntimos e as nossas raivas menos ocultas. Se com os seus poemas saímos à rua – lado a lado somos muito mais que dois –, se lendo “Geografias”, por exemplo, aprendemos a amar um país pequeno e um continente grande, agora, segundo as cartas que chegam à Fundação, recuperaram-se momentos de amor que deram sentido a tempos passados, e quem sabe se presentes. Isso também o devemos a Benedetti, ao poeta que ao morrer fez de nós herdeiros da bagagem de uma vida fora do comum.
Só a poesia para dar força
Com um grupo de neonazistas sendo preso em Porto Alegre (com a intenção de matar homossexuais e judeus); com os escândalos da dupla Yeda-Feijó (e tendo que ler a Veja!); com a direita sendo irresponsável com a crise e tentando liquidar com a Petrobrás (eles queriam mudar o nome para Petrobrax, lembram?)... com tudo isso, só mesmo esse tantão de poesia que publiquei abaixo para nos dar forças para a luta!!!
Minha história
Pensei que alguns poderiam julgar um exagero minha declarção de tristeza profunda pela morte de Benedetti. Busquei então, meu primeiro discurso em uma tribuna no Parlamento. Minha posse como Vereadora em Porto Alegre, em janeiro de 2005. Vejam em negrito em quem me referencio para seguir em frente em um dos maiores - senão o maior - desafio de minha vida.
(A SRA. MANUELA): Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sr. José Fogaça, Prefeito; Sr. Eliseu Santos, Vice-Prefeito, e nossa primeira Presidenta mulher desta Câmara, Ver. Margarete Moraes, em nome dos quais saúdo a todos que compõem a Mesa, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, demais presentes, ocupar esta tribuna para falar em nome do meu Partido, o Partido Comunista do Brasil, é motivo de muita responsabilidade e emoção. Responsabilidade com a nossa trajetória de lutas em defesa da paz, do desenvolvimento e da soberania nacional, da classe trabalhadora. Emoção, porque a história dos mandatos comunistas em Porto Alegre é parte da luta pela igualdade em nossa Capital.
Em 1947, Eloy Martins, primeiro negro e primeiro operário; e Julieta Batistoli, a primeira mulher a integrar o Poder Legislativo de Porto Alegre, foram comunistas. Passados os duros anos da repressão, voltamos à Câmara com o combativo mandato de Jussara Cony.
Hoje, junto a meu camarada Ver. Raul Carrion, eu, comunista e mulher, tomo posse como a mais jovem Vereadora da história desta Casa. Nosso Partido cresceu 180% nas últimas eleições, e nossa responsabilidade é também fruto do reconhecimento das urnas e da confiança dos porto-alegrenses.
Vivemos um momento ímpar na história de nosso País. Elegemos um operário como Presidente do País, num amplo pacto pelo desenvolvimento, pela geração de empregos e pela distribuição de renda. E nós acreditamos que, nós do Partido Comunista do Brasil, com mobilização popular, juvenil, estudantil, conseguiremos garantir direitos aos trabalhadores, aos jovens, às mulheres e aos homens que constroem o Brasil, e não mediremos esforços para isso. Temos, inclusive, como um dos exemplos de inversão de prioridades e garantia de direitos, os 16 anos de administração democrática e popular de Porto Alegre. Por isso, Exmo. Sr. Prefeito, somos, sim, uma Bancada de oposição, vigilante, atenta para que as conquistas dos porto-alegrenses sejam mantidas, não retrocedendo em nenhum milímetro. Mas também estaremos presentes para dialogar e construir tudo o que significar avanços e conquistas para a nossa população.
Nosso mandato terá como centro a juventude e a garantia dos seus direitos. O ano de 2005 será, conforme anunciou o Presidente e companheiro Lula, o ano da juventude no Brasil. Isso evidencia a atualidade e a necessidade de trabalharmos com e por essa juventude.
O IBGE mostra que, provavelmente, em nossa história, nunca mais seremos um Brasil tão jovem. Mas mostra-nos também que os jovens são os que mais morrem. Cinqüenta por cento da população carcerária e 47% dos desempregados do nosso País são jovens; mostra-nos também que esses jovens, infelizmente, não acreditam na política e nos políticos.
Em 1947, Eloy Martins, primeiro negro e primeiro operário; e Julieta Batistoli, a primeira mulher a integrar o Poder Legislativo de Porto Alegre, foram comunistas. Passados os duros anos da repressão, voltamos à Câmara com o combativo mandato de Jussara Cony.
Hoje, junto a meu camarada Ver. Raul Carrion, eu, comunista e mulher, tomo posse como a mais jovem Vereadora da história desta Casa. Nosso Partido cresceu 180% nas últimas eleições, e nossa responsabilidade é também fruto do reconhecimento das urnas e da confiança dos porto-alegrenses.
Vivemos um momento ímpar na história de nosso País. Elegemos um operário como Presidente do País, num amplo pacto pelo desenvolvimento, pela geração de empregos e pela distribuição de renda. E nós acreditamos que, nós do Partido Comunista do Brasil, com mobilização popular, juvenil, estudantil, conseguiremos garantir direitos aos trabalhadores, aos jovens, às mulheres e aos homens que constroem o Brasil, e não mediremos esforços para isso. Temos, inclusive, como um dos exemplos de inversão de prioridades e garantia de direitos, os 16 anos de administração democrática e popular de Porto Alegre. Por isso, Exmo. Sr. Prefeito, somos, sim, uma Bancada de oposição, vigilante, atenta para que as conquistas dos porto-alegrenses sejam mantidas, não retrocedendo em nenhum milímetro. Mas também estaremos presentes para dialogar e construir tudo o que significar avanços e conquistas para a nossa população.
Nosso mandato terá como centro a juventude e a garantia dos seus direitos. O ano de 2005 será, conforme anunciou o Presidente e companheiro Lula, o ano da juventude no Brasil. Isso evidencia a atualidade e a necessidade de trabalharmos com e por essa juventude.
O IBGE mostra que, provavelmente, em nossa história, nunca mais seremos um Brasil tão jovem. Mas mostra-nos também que os jovens são os que mais morrem. Cinqüenta por cento da população carcerária e 47% dos desempregados do nosso País são jovens; mostra-nos também que esses jovens, infelizmente, não acreditam na política e nos políticos.
Mário Benedetti, em um poema chamado “Que falta aos jovens provar?”, afirma (Lê): “Que falta aos jovens provar/ neste mundo de consumo e fumaça?/ vertigem? assaltos? discotecas?/ também lhes falta discutir com Deus / tanto se existe como se não existe/ estender mãos que ajudam / abrir portas entre o coração próprio e o alheio / sobretudo lhes falta fazer futuro / apesar das ruínas do passado / e dos sábios corruptos do presente”.
Cabe a todos nós, Vereadores, mas especialmente a nós, Maurício e Mauro, a chamada Bancada jovem, construirmos as condições, ou parte delas, para que esses jovens vejam suas perspectivas devolvidas em forma de educação, cultura e emprego. Que assim voltem a sonhar com um Brasil de justiça e que saibam que todos nós, brasileiras e brasileiros, devemos fazer política, participando do movimento estudantil, do glorioso movimento estudantil, do movimento hip-hop, ou do Parlamento.
Aqui também nos depararemos com o assustador número de 150 mil jovens mulheres morrendo, por ano, em nosso País, vítimas dos abortos clandestinos. Ou outras tantas estatísticas que demonstram que a realidade é muito pior quando se é mulher e jovem. Para isso, tenho certeza de que, como já fomos chamadas “as sete mulheres” desta Casa, seremos companheiras para o diálogo com todos os nossos colegas.
Por fim, queria agradecer ao meu Partido, ao Partido Comunista do Brasil, na figura do meu camarada Adalberto Frasson, nosso Presidente Estadual; à União da Juventude Socialista, na figura dos nossos presidentes estadual e municipal, Márcio e Latino; aos meus camaradas Jussara Cony e Raul Carrion, que foram nobres guerreiros construtores desta vitória que é de todos nós comunistas desta Cidade, é da nossa história, e é dos porto-alegrenses; também gostaria de agradecer à minha família. Agora, é muita luta, porque tarda, tarda, tarda, mas não falha. Aqui está presente a aguerrida juventude do Araguaia! Muito obrigada. (Palmas.)
Cabe a todos nós, Vereadores, mas especialmente a nós, Maurício e Mauro, a chamada Bancada jovem, construirmos as condições, ou parte delas, para que esses jovens vejam suas perspectivas devolvidas em forma de educação, cultura e emprego. Que assim voltem a sonhar com um Brasil de justiça e que saibam que todos nós, brasileiras e brasileiros, devemos fazer política, participando do movimento estudantil, do glorioso movimento estudantil, do movimento hip-hop, ou do Parlamento.
Aqui também nos depararemos com o assustador número de 150 mil jovens mulheres morrendo, por ano, em nosso País, vítimas dos abortos clandestinos. Ou outras tantas estatísticas que demonstram que a realidade é muito pior quando se é mulher e jovem. Para isso, tenho certeza de que, como já fomos chamadas “as sete mulheres” desta Casa, seremos companheiras para o diálogo com todos os nossos colegas.
Por fim, queria agradecer ao meu Partido, ao Partido Comunista do Brasil, na figura do meu camarada Adalberto Frasson, nosso Presidente Estadual; à União da Juventude Socialista, na figura dos nossos presidentes estadual e municipal, Márcio e Latino; aos meus camaradas Jussara Cony e Raul Carrion, que foram nobres guerreiros construtores desta vitória que é de todos nós comunistas desta Cidade, é da nossa história, e é dos porto-alegrenses; também gostaria de agradecer à minha família. Agora, é muita luta, porque tarda, tarda, tarda, mas não falha. Aqui está presente a aguerrida juventude do Araguaia! Muito obrigada. (Palmas.)
A Ministra Dilma
Hoje cedo li os jornais como de costume. Vi que Dilma voltou ao hospital, em São Paulo, por sentir dores. Escrevo por dois motivos: o primeiro é prestar minha total solidariedade com essa guerreira. Dilma foi e é uma lutadora pelas melhores condições de vida do nosso povo. Digo isso sem termos ainda, no meu partido, nenhuma posição fechada sobre 2010. Uma mulher com essa força superará um linfoma porque acredita e luta.
O segundo fato que me faz escrever é porque eu não tenho clareza em qual o limite do teor jornalístico da cobertura de uma doença. Já tivemos aulas sobre linfoma depois de Dilma assumir a doença. Então todos já sabemos da gravidade da doença e de suas idas e vindas. Todos sabemos da fragilidade de alguém exposto à quimioterapia. Minha dúvida, sincera, é: qual parte é jornalimo e qual parte é mera especulAÇÃO política???
Minha vontade é que apenas deixem a Ministra trabalhar e se tratar. O povo está torcendo por ela. Mesmo sem ver "as cenas do próximo capítulo".
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Mais Carpinejar
Eu dizia para meu amigo Latino, no domingo, que amo muitos poetas e dois são os que mais leio: Benedetti e Carpinejar. Perdi o primeiro para sempre e sofro só de pensar que falta pouco para eu ter lido tudo o que ele escreveu. O segundo, em compensação está novinho da silva... Leiam "Terceira sede", de Fabrício Carpinejar. Ele simula sua velhice. Belíssimo.
Ácido
As gotas das lágrimas não são feitas de ácido. Fossem, teriam o ajudado a derreter o coração dela.
Mais Benedetti
Corazón coraza
Porque te tengo y no
porque te pienso
porque la noche está de ojos abiertos
porque la noche pasa y digo amor
porque has venido a recoger tu imagen
y eres mejor que todas tus imágenes
porque eres linda desde el pie hasta el alma
porque eres buena desde el alma a mí
porque te escondes dulce en el orgullo
pequeña y dulce
corazón coraza
porque eres mía
porque no eres mía
porque te miro y muero
y peor que muero
si no te miro amor
si no te miro
porque tú siempre existes dondequiera
pero existes mejor donde te quiero
porque tu boca es sangre
y tienes frío
tengo que amarte amor
tengo que amarte
aunque esta herida duela como dos
aunque te busque y no te encuentre
y aunque
la noche pase y yo te tenga
y no.
Já basta (há muito)
de manhãs inauguradas com mais notícias ruins e escândalos sobre o governo Yeda. Já passou, há muito, a hora de termos tudo esclarecido. Com a participação da Assembléia (CPI), do MP e de quem mais tenha a responsabilidade sobre isso.
Eu queria acordar e falar sobre a ida de Lula para o mundo árabe e China. Mas aqui, no Rio Grande, já passa da hora de sabermos a verdade.
domingo, 17 de maio de 2009
Luto
Meu coração, minha alma, minhas emoções... tudo em mim está em luto. Perdi meu grande companheiro de lágrimas, de amores, de blog, de amizades. Perdi meu conselheiro nas horas fáceis e nas mais duras. Perdi meu escritor preferido: Mario Benedetti.
Chau número tres
Te dejo con tu vida
tu trabajo
tu gente
con tus puestas de sol
y tus amaneceres.
Sembrando tu confianza
te dejo junto al mundo
derrotando imposibles
segura sin seguro.
Te dejo frente al mar
descifrándote sola
sin mi pregunta a ciegas
sin mi respuesta rota.
Te dejo sin mis dudas
pobres y malheridas
sin mis inmadureces
sin mi veteranía.
Pero tampoco creas
a pie juntillas todo
no creas nunca creas
este falso abandono.
Estaré donde menos
lo esperes
por ejemplo
en un árbol añoso
de oscuros cabeceos.
Estaré en un lejano
horizonte sin horas
en la huella del tacto
en tu sombra y mi sombra.
Estaré repartido
en cuatro o cinco pibes
de esos que vos mirás
y enseguida te siguen.
Y ojalá pueda estar
de tu sueño en la red
esperando tus ojos
y mirándote.
Lindo
" Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez' ".
Caio Fernando de Abreu
mais uma vez furtado de http://www.tudodocotidiano.blogspot.com/, como já disse a saudade da Crisoca aparece e eu vou até lá e roubo poesias...
sábado, 16 de maio de 2009
Noções
Entre mim e mim, há vastidões bastantes
para a navegação dos meus desejos afligidos.
Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.
Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que
a atinge.
Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza,
só recolho o gosto infinito das respostas que não se
encontram.
Virei-me sobre a minha própria existência, e contemplei-a
Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,
e este abandono para além da felicidade e da beleza.
Ó meu Deus, isto é a minha alma:
qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e
precário,
como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e
inúmera...
Cecília Meireles
para a navegação dos meus desejos afligidos.
Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.
Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que
a atinge.
Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza,
só recolho o gosto infinito das respostas que não se
encontram.
Virei-me sobre a minha própria existência, e contemplei-a
Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,
e este abandono para além da felicidade e da beleza.
Ó meu Deus, isto é a minha alma:
qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e
precário,
como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e
inúmera...
Cecília Meireles
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Parte dois
A parte da manhã foi ótima. Agora estão Ministério do Esporte, da Justiça e Secretaria Nacional de Juventude falando de políticas públicas.
Ao vivo
Não apareci por aqui ontem porque corri muito. Seminários (GLBT e Crack), agenda em Cachoeirinha, TV...
Mas agorinha estou no Seminário de Gestores e Agentes de Juventude, em Canoas. A abertura acabou há minutos e, nesse momento, está falando o Professor João Sicsú, do IPEA. Aborda a crise e o papel do estado em desenvolver países. Depois, falará o Professor Jorge Abrahão, do IPEA, Leonardo Muller, do Ministério do Trabalho e Emprego e por fim o Deputado Juan Cabandié, de Buenos Aires.
Está ótimo... Ainda dá tempo para vir.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Democracia
Hoje fiz muitas coisas por aqui. Mas me emocionei profundamente no ato com Lula e Dilma (e Serra) sobre o Projeto de Lei que regula a abertura dos arquivos da ditadura militar. Me emocionei por poder ver isso acontecer, por meu partido ter tantos lutadores para que a gente viva a democracia, por apoiar Lula e ele ter a coragem de fazer isso.
terça-feira, 12 de maio de 2009
Honestino Guimarães, presente!
Gente, nunca publiquei um discurso meu aqui. Mas esse é sobre um fato relevante e não há porque eu escrever tudo isso, se já falei, não é?
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, amanhã, no Palácio do Itamaraty, o Presidente Lula e a Ministra Dilma Rousseff participarão de um ato de abertura de arquivos da ditadura militar. Todos sabemos que não se trata, de postura revanchista, senão da possibilidade de que o nosso povo conheça a sua história, para que a julgue e não permita que se reproduza em momentos futuros. Tenho origem no Movimento Estudantil Brasileiro, e um dos seus ícones chama-se Honestino Guimarães, que foi Presidente da União Nacional dos Estudantes — entidade de que participei — e desapareceu no Estado do Rio de Janeiro em 1973, fazendo parte da lista de 144 ilustres combatentes democratas brasileiros que estão atéhoje desaparecidos por causa da atuação do regime da ditadura militar. Entretanto, Sr. Presidente, na semana que passou, alertada por um jornalista amigo, li um livro de outra jornalista, outra colega de profissão, Taís Morais, que se chama Sem Vestígios, que relata a história, de acordo com um militar, de alguns episódios dos anos de chumbo deste País. E qual não foi a minha surpresa quando nesse livro, por testemunho de um militar, é esclarecido o desfecho da morte e do enterro de Honestino Guimarães, o nosso jovem líder estudantil, Presidente da UNE, desaparecido.
Depois de mais de 30 anos sem que os estudantes tivessem notícia de seu paradeiro, sem que sua mãe, que ano passado visitou o Congresso, pudesse enterrar o seu filho, sabemos que Honestino Guimarães foi morto no ano de 1974 e levado, junto com outros combatentes pela democracia, para ser enterrado às margens do Rio Araguaia, junto com os que tombaram na Guerrilha do Araguaia. Pois bem, Sr. Presidente, passados mais de 30 anos, cabe a nós lutar para que possamos fazer justiça de maneira indireta e mesmo que tardia no País, para que os estudantes e a mãe de Honestino Guimarães possam enterrar esse ícone, que dá nome a vários espaços da União Nacional dos Estudantes, pela importância que teve. É nesse sentido, Deputado Inocêncio Oliveira, que apresentei à Comissão de Direitos Humanos da Casa requerimento para que se escute a jornalista Taís Morais, a fim de que ela esclareça o desfecho real de Honestino, que consta em seu livro, e que peço ao Ministro da Defesa, Nelson Jobim, também formalmente, que a Comissão que vai ao Araguaia seja composta não apenas pelo Exército, mas também por dirigentes do Partido Comunista do Brasil, que dirigiu a Guerrilha do Araguaia e que teve lá seus militantes assassinados, e por membros da União Nacional dos Estudantes. Se Honestino Guimarães foi enterrado no Araguaia, se nós temos, depois de mais de 35 anos, o desfecho da morte do ex-Presidente da União Nacional dos Estudantes, que esta Câmara ajude o povo e a democracia brasileira na descoberta desses restos mortais, Deputado Fernando Gabeira, que simbolizam a luta da juventude brasileira pela democracia, a mesma juventude que hoje continua lutando para melhorar a política e permitir que mais mudanças aconteçam em nosso País.
Viva Honestino Guimarães!
Seca e providências
Fomos ao Ministro Geddel, da Integração Nacional, debater a situação da seca e dos recursos que serão destinados ao municípios. Mesmo com a chuva, a água ainda é pouca. Interessante o pensamento do Ministro: medidas emergencias sim, mas é preciso que o Rio Grande adote uma postura preventiva dada a nova - e constante -realidade da seca.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Eu não me interesso!!!
Não quero e não preciso saber se Carlos Crusius é ou era marido de Yeda, se eles estão namorando um com outro ou com outros. Não achei a menor graça na declaração dele "ainda bem que não me inventaram um namorado" porque se ele fosse gay também não me importaria. Não me interesso pelo que fazia Magda, viúva de Marcelo Cavalcante. Se tem amigas garotas de programa, não muda em nada a minha vida. Ouvi e li coisas a esse respeito hoje. Fico furiosa, a vida privada de ninguém me interessa. Carlos Crusius, não será mais ou menos honesto por ser casado ou divorciado de Yeda. Ela não será mais ou menos perdida no Governo se estiver solteira ou for casada.
O que eu e muitos queremos saber é se as denúncias são verdadeiras ou falsas. O uso do dinheiro público, a forma como nossos representantes fazem POLÍTICA isso nos diz respeito.
Em síntese: vamos ao que é público. Queremos investigações sérias e rápidas. Isso sim nos interessa! Isso é nosso direito saber!
domingo, 10 de maio de 2009
Feliz dia das mães!
Até quando?
Até quando vamos ouvir, ler, ver novas e antigas denúncias sobre o (des)governo Yeda? Temos urgência em saber se há provas ou não. Para mim, a governadora é a maior interessada em pedir o fim do sigilo com relação a essas (tão faladas) fitas. Assim, se ela for inocente, como afirma, a novela terá acabado. Caso contrário, se estiver tudo ali, gravadinho, o povo tem o direito de saber.
sábado, 9 de maio de 2009
Reencontro
Hoje fui ao Orçamento Participativo, assim como quinta. Fiz outras coisas de trabalho e pessoais. Acabo de chegar do aniversário de um grande amigo: Édson Silva. Foi uma pequena reunião de amigos num lugar com uma vista linda para o Guaíba. Porto Alegre tem urgência em se reencontrar com o seu rio ou lago...
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Uma boa de estrada
Parei para tomar um café em Canoas. Só para descontrair um pouco, uma propaganda de motel, na estrada: "Esse é para quem tá duro". Viram só? Sem publicitário o povo arrasa...
Debates e Região Metropolitana
Já fiz dois debates em escolas hoje, em Porto Alegre. Agora estou indo para São Leopoldo, Canoas e Novo Hamburgo. Bom final de semana.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Uma história de vida
Muitas vezes nos perguntamos se vale a pena lutar tanto para encontrar a felicidade ou se ela está nas grandes ou pequenas coisas. Todos nós temos momentos de divagação, reflexão, alegria, depressão em torno das principais coisas da vida. Para muitos, infelizmente, a principal coisa é o dinheiro. Para outros, saúde, trabalho e amor para ser feliz com a família e com os amigos, por exemplo.
Hoje, pela manhã, numa rápida passagem pelo gabinete, encontrei sentada a Dona Dansi. Ela é uma senhora que no período eleitoral me enviou, por correio, uma linda poesia. Liguei agradecendo. Qual não é a nossa surpresa quando nos deparamos com Dona Dansi no comício? A convidamos para a leitura de seu encantador poema.
Hoje, mais tranquila, conversei com ela durante maravilhosos 30 minutos. Ela contou muitas coisas engraçadas e outras tantas tristes e felizes. Dentre elas, o reecontro com seu ex-namorado (agora atual...). Eles namoravam quando crianças. Ela com 12, ele com 15. Foram ficar juntos agora. Ela com 72, ele com 75. Se vocês a pudessem ouvir iam entender o início do texto. Ela é impressionante.
Mas nada foi um mar de rosas... Ela está escrevendo um livro chamado "Entre o céu e o inferno". Viveu momentos muito tristes mas lutou, trabalhou, realizou o sonho de ser escritora e hoje estava até em Brasília para ver umas primas...
Eu tive que interromper a nossa conversa porque havia um encontro com o Presidente do Paraguai (Lugo) e uma recepção a uma delegação de deputados do Vietnã. Saí correndo, com a certeza de que reencontrarei a Dona Dansi. Ela está até fazendo planos de colocar aparelho dentário, imaginem só...
Apenas escrevi sobre ela porque preferi falar hoje sobre essas oportunidades que todos temos. De ouvir as pessoas, suas histórias e ter a certeza que viver vale... muito.
Muitas coisas boas
O debate sobre a Reforma Política foi muito bom. O plenário da Câmara votou projetos interessantes como a garantia de creches em presídios femininos e medidas que combatem a violência nos estádios de futebol. Também tivemos sessão do Congresso, Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Comunitárias (tão importantes para o Rio Grande) e um ato contra o Presidente do Supremo, Gilmar Mendes. Brasília corre, corre... A gente tem que correr para tentar dar conta de uma partezinha daquilo que é importante.
Cheguei agora de uma reunião com três centrais sindicais (CTB, CUT e Conlutas) para debatermos um Projeto de Lei sobre demissões em massa. Semana que vem apresentaremos. Bom dia para todos!
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Mais transparência e a reforma política
Ontem aprovamos aqui na Câmara uma nova legislação que obriga o Poder Executivo (Federal, Estaduais e Municipais) a divulgarem seus gastos na Internet. Eu havia apresentado um projeto semelhante (melhorado, em minha opinião). Mas já é um grande avanço.
Hoje pela manhã participei do lançamento do site www.reformapolitica.org.br, organizado pelos movimentos sociais. Um espaço de reflexão sobre qual país queremos e qual política queremos para mudar o país. Nesse momento estou no Plenário. Numa Comissão Geral (espaço de debate entre Câmara e sociedade) para debatermos a Reforma. Vamos ver no que dará.
terça-feira, 5 de maio de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Tudo de bom
A parceria com a Faculdade de Economia da UFRGS deu muito certo. Ainda estou aqui no Debate sobre "Perspectivas do Brasil na crise". O auditório ficou lotado, estudantes da economia, professores, comunidade acadêmica, trabalhadores, dirigentes do movimento sindical e do partido.
As falas, do Barroso (IMG), do Professor André Cunha e do Professor Márcio Pochmann foram muito corajosas. Quando chegar em casa conto mais. O que me impressiona é o fato de tanta coisa ter mudado em tão pouco tempo. São dez anos desde meu ingresso na UFRGS. Como já avançamos. Falar em socialismo aqui dentro? É coisa atual.
domingo, 3 de maio de 2009
Leitura
Durante o início de semana, tive uma grandiosa parceira: a dor nas costas. Li, durante a segunda e a terça, um livro comprado no aeroporto. Quem gosta de coisas no estilo do seriado Sex and the City vai gostar. Chama-se o Clube do Conto Erótico, de Lisa Beth Kovetz. São quatro mulheres com vidas e relações absolutamente diferentes. Elas encontram-se, periodicamente, em um clube de literatura. O resto... Bom, leiam o livro!!!
O Argentino
sábado, 2 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
O dia é do (a) trabalhador (a)
Hoje não é Dia do Trabalho. É o dia do trabalhador. Do que rala, produz e ganha muito pouco.
Ontem à tarde fui à Bento Gonçalves, conversei com o prefeito sobre Copa do Mundo e a emenda que destinei para acidade. Depois, prestei contas do mandato na UCS, campus de Bento. Saí de lá e fiz um debate em Carlos Barbosa, para uns 200 estudantes sobre participação, crise e juventude. Muito legal. A gurizada participou pra valer!
Hoje de manhã cedinho fui à São Marcos. Fui acolhida com tanto carinho pela equipe da Prefeitura e pelo Prefeito que cheguei a ficar emocionada! Depois, voltei a Caxias e participei do debate organizado pela CTB, com uns 700 trabalhadores sobre crise econômica e fator previdenciário. Bem legal.
O bom de fazer agenda na Serra é que vemos como esse Rio Grande é lindo!
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