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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Nova pílula contra o câncer é aprovada nos EUA


Washington - A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira a pílula Zelboraf para pacientes com melanoma em etapa avançada ou inoperável, em particular em casos que apresentam uma mutação genética.


Zelboraf (vemurafenib) será lançado no mercado nas próximas semanas voltado para o tratamento de pacientes com tumores cancerosos que expressam uma mutação genética chamada BRAF V600E - proteína regularizadora do crescimento das células do corpo, que sofre mutações em cerca da metade dos pacientes com melanoma avançado.


Fabricado pela empresa Genentech do Grupo Roche, Zelboraf é capaz de bloquear a função da proteína BRAF afetada pela mutação. As autoridades não realizaram provas sobre a eficácia desta droga em pacientes que não apresentam essa mutação genética.


Esse é o segundo recurso para o melanoma avançado, depois que em março, a FDA aprovou também o Yervoy (ipilimumab), que demonstrou que os pacientes vivem mais tempo ao receber a pílula, de acordo com o diretor do escritório que investiga medicamentos contra o câncer, Richard Pazdur.


A agência federal disse ter aprovado tanto a pílula quanto a amostra de forma acelerada, antes das datas previstas para o último trimestre do ano. As autoridades estabeleceram a segurança e a eficácia do Zelboraf mediante uma prova clínica internacional em 675 pacientes com melanoma em estágio avançado que apresentava mutação, mas que não tinham recebido tratamento algum.


Um grupo recebeu Zelboraf e outro recebeu dacarbazina, mais um remédio contra o câncer. Dos pacientes que tomaram Zelboraf, 77% continuam vivos, em comparação com 64% dos pacientes que receberam dacarbazina.


Os efeitos colaterais mais comuns do Zelboraf incluíram dor nas articulações, brotoeja, perda de cabelo, fadiga, náusea e sensibilidade da pele exposta ao sol.


O melanoma é a principal causa de morte por doenças de pele. O Instituto Nacional do Câncer assinala que em 2010 foram diagnosticados 68.130 novos casos de melanoma nos EUA e 8,7 mil mortes só este ano.


Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,nova-pilula-contra-o-cancer-e-aprovada-nos-eua,760444,0.htm 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Novas drogas aumentam sobrevida de pacientes com melanoma avançado

Segundo a OMS, todo ano são registrados cerca de 130 mil casos de melanoma no planeta, tipo mais agressivo de câncer de pele devido à sua alta capacidade de produzir metástase. Um estudo cientifico, apresentado à comunidade médica internacional no início desse mês, promete revolucionar o tratamento do melanoma.


Pesquisadores do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, testaram uma nova terapia para inibir a ação de um gene cujo papel é fundamental no desenvolvimento do melanoma. Os resultados do estudo foram apresentados na a 47ª Conferência Anual da American Society of Clinical Oncology (Asco), realizada em Chicago, de 3 a 7 de junho. O evento é considerado o mais importante encontro da oncologia mundial. Uma equipe de especialistas do Núcleo de Oncologia da Bahia marcou presença no encontro, que abordou os últimos avanços na área.


O estudo comparativo, liderado pelo médico Paul Chapman, foi realizado com 675 pacientes com melanoma metastático que não haviam sido tratados anteriormente, portadores de mutações do gene BRAF. A metade dos pacientes foi submetida à terapia com vemurafenib, droga experimental administrada oralmente. O outro grupo foi tratado com quimioterapia convencional, a dacarbazina, substância que é usada desde 1975.


Depois de três meses, os resultados mostraram que pacientes tratados com o vemurafenib tiveram suas chances de sobrevida aumentadas 63% em comparação com os que usaram a quimioterapia convencional, além de terem apresentado 74% menos risco  de avanço da doença. Além da eficácia nos resultados, menos de 10% dos pacientes tratados com a nova droga apresentaram efeitos colaterais.


“O tratamento representa um avanço significativo no tratamento do melanoma na medida que traz resultados efetivos e possibilita aumentar a longevidade e a qualidade de vida dos pacientes,” destaca a oncologista Clarissa Mathias, do Núcleo de Oncologia da Bahia, que esteve presente na Conferência da Asco.


Por sua capacidade de neutralizar a mutação celular, a nova droga foi considerada eficaz tanto para casos de melanoma em pacientes portadores de mutações genéticas específicas, como para aqueles que apresentam melanoma em estágio avançado com metástases.


Há a expectativa que as agências reguladoras de medicamentos nos EUA e Europa aprovem a nova droga até o fim do ano.


Outra pesquisa apresentada na Conferência Anual da American Society of Clinical Oncology (Asco) revela que a combinação da droga ipilumumab com a quimioterapia também prolonga a vida de pacientes com melanoma em estágio avançado. A nova droga estimula o sistema imunológico a lutar contra a doença.


Com o novo tratamento, a taxa de sobrevida de três anos foi de 20,8% contra 12,2% para os pacientes tratados com a quimioterapia convencional. Em março passado, o novo medicamento, cujo nome comercial é Yervoy, foi aprovado pelo FDA (Federal Drugs Administration), agência reguladora de remédios e alimentos nos EUA. O uso foi aprovado para pacientes com melanoma com metástase e sem chance de cirurgia.


“A expectativa da oncologia mundial é que a combinação dessas novas drogas, que será pesquisada pelos laboratórios a partir de agora, possa ser o caminho futuro no tratamento do melanoma,” explica a oncologista Clarissa Mathias.


Fonte: http://www.consuladosocial.com.br/?p=110333