domingo, 31 de agosto de 2008
sábado, 30 de agosto de 2008
A linha do Tua
A linha férrea do vale do Tua está encerrada por via do último acidente, no dia 22 de Agosto, no qual se lamenta profundamente mais uma morte. O Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT), superintende nessas coisas, e só depois da sua autorização, a linha entre a estação do Cachão e a do Tua poderá entrar de novo em funcionamento. A interdição estende-se também às composições que normalmente a percorrem para efectuar manutenção, e está em vigor por tempo indeterminado. Dizem que é para que não se destruam eventuais provas ou vestígios que possam ser eventualmente úteis á investigação. Quanto a eventuais ideias para explicar o sucedido, nem uma palavra. A comissão de apuramento das razões do acidente nada diz de conclusivo. Corre até a ideia de que nada se encontra ou se verifica ou se sabe, que possa justificar tal acidente.
No entretanto, um grupo de jovens andou por ali a pé, e descobriu um conjunto de parafusos das travessas, desapertados, e que facilmente saíam à mão e também um punhado de travessas podres. E pelos vistos foram entregar essas “provas” ao chefe da estação do Tua, acompanhados de fotografias do que viram.
Mas, mesmo após essa entrega, e dois dias depois, noticiava-se que “a comissão não encontrava causas para o descarrilamento”.
Então os “miúdos” não tinham encontrado os parafusos soltos? Nem tinham visto travessas podres? Estariam a mentir? E as fotografias?
Quanto às travessas, responsáveis pela CP, lá vão dizendo que isso é impossível, que as travessas não apodrecem assim, nem que a linha estivesse desactivada vinte anos…!!!
Dos parafusos, acho que nem falam!!!
E se é verdade que as travessas possam aparentar podridão aos que nada sabem do assunto, será que no que diz respeito aos parafusos é assim também? Os parafusos desapertam-se sozinhos ou são ajudados? Se existe manutenção na linha, essas falhas seriam vistas se o desapertar fosse gradual e motivado pelo uso. Se não são vistas hoje e aparecem amanhã….. que se pode pensar?
Será que a comissão foi ver a linha, ou limitou-se a olhar para os computadores da sala de “trabalho”?
A quem interessa a conclusão anunciada da inconclusividade do inquérito?
A linha, que faz descarrilar comboios em vários locais da sua extensão, como quem muda de camisa, é assim decididamente perigosa e nem vale a pena lutar por ela?
E se é assim, por essa razão, ao ficar encerrada de vez, já não há razão para contestar a barragem.
Haverá interesses escondidos por detrás destas conclusões que o não são?
E os senhores autarcas, que fazem ou que dizem? Umas palavritas “a abater”, umas considerações genéricas, sem uma posição de fundo e de força, a defenderem o que a muitos de nós parece evidente. Que alguém ou muitos, têm interesse em que a linha encerre de uma vez por todas, e que tudo fazem ou fizeram ou farão ou fariam para que tal assim seja.
Ouço falar de regionalização mas nada vejo neste caso que prove que os mesmos que a “defendem” estejam a trabalhar nesse sentido.
Só há litoral na Região Norte? Ou ao contrário do outro ministro, estão todos de férias?
É verdade que o Norte sempre foi abandonado e que é preciso lutar muito para ter um décimo do que tem a capital, mas se sabemos isso, e se sabemos que muitos que cá nasceram se venderam às delícias de Lisboa, lutemos, os que daqui somos e não saímos, com unhas e dentes para acabar com esta situação.
Estamos a falar da História da nossa terra.
Temos que a defender!
Para quando uma “União Regional” em defesa de um dos ícones desta zona que é Património Mundial desde 2001?
Somos ou não somos do Norte?
E o Norte é ou não é uma região que abarca o que foi o “Condado Portucalense”?
E a linha férrea do vale do Tua está ou não no Norte?
Então porque esperamos?
Temos todos de trabalhar para que se faça da conservação desta linha uma prioridade do país.
Não podemos deixar que acabem com a mais bela linha férrea do mundo.
JM
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
A linha do TUA
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Nos mais conceituados livros de turismo do mundo, a linha férrea do vale do Tua, é considerada como a que tem a mais bela paisagem de todas as existentes.
Não está situada perto da capital portuguesa, nem na sua linha de influência directa, e assim, foi deixada ao seu destino: - Chegar a ser a mais bela que existiu!
Estivesse ela em Santarém, Lisboa ou Sintra, e todos os que dizem que mandam, ou querem mandar, teriam já resolvido o problema da linha.
E qual é ele afinal?
Consolidação de um ponto ou outro das escarpas, sinal de rede de telemóvel e rádio em toda a extensão da linha, e pouco mais, pois que mais de uma vez a linha foi considerada segura pelos responsáveis e por técnicos credenciados.
Durante 120 anos, a linha não apresentou problemas de maior, e não houve acidentes a registar. Quando foi necessária a manutenção, lá se foi fazendo, com mais ou menos dificuldade. Depois, um dia aconteceu um acidente, grave, com o lamentar de mortes. Demorou muito tempo até ser reactivada a linha. E mais um e mais outro, e ainda outro, tendo este acontecido há dias com mais uma morte a lastimar. Este último pouco depois da máquina ter sido revista, o que pressupõe o seu bom estado. De cada vez que um acidente acontecia lá iam aparecendo as vozes da desgraça a pedir o encerramento definitivo da linha. Desta vez até o Ministro das Obras Públicas se foi encarregando de admitir a definitiva morte da linha.
De todas estas vezes, muito poucas foram as vozes que se levantaram para defender a continuação deste percurso. Não me lembro até de ter sentido, da parte dos autarcas da região afectada, tanto os locais como os da grande região norte, uma pressão forte sobre o governo, no sentido de resolver o problema, de maneira a passar pela manutenção da linha.
Mas voltemos um pouco atrás. Se calhar não tem nada a ver, mas…
Quando foi que se começou a falar na construção da barragem no Tua, e na sequente inundação da linha por força da cota a que queriam que a água chegasse?
Quando se começou a contestar a sua construção, a inundação da linha e a elevada cota do enchimento da albufeira?
A quem interessa ou a quem dói, a construção ou não da barragem?
Quantos deixam de enriquecer se ela não for construída?
Quem e quantos não aceitam a sua não construção?
Haverá nestas questões alguma causa/efeito? E se houver, encontraremos algum dia os seus responsáveis?
É que já morreram pessoas nesta coisa dos acidentes estranhos da linha férrea do Tua, e parece até que neste último ninguém encontra razões para tal ter acontecido.
Quatro acidentes em ano e meio, depois de cento e vinte anos sem haver um que fosse, é muito estranho, e eu não acredito em coincidências dessas.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
DEMITAM-SE MEUS SENHORES!
Oh senhores Ministros, demitam-se. Vão-se embora. Xô!
Eu sei que pelo menos um dos senhores nem foi de férias, merecidas por certo, e que ficou a trabalhar em prol do país e tudo o mais, mas... Desculpem dizê-lo assim, não é tanto o trabalho, se não se estiver vocacionado ou preparado para o fazer ou se não existir vontade política para solucionar os problemas, que nos interessa, é mais a capacidade para o executar convenientemente (entendendo-se por “convenientemente”, o melhorar a vida dos habitantes do nosso país e solucionar os problemas que ainda possam existir)
Numa qualquer firma comercial, com uma administração a sério, os senhores já teriam ido para o olho da rua, por inaptidão para o serviço, com despedimento por justa causa.
Os senhores Ministros da Administração Interna e da Justiça, cada um nas suas competências, esqueceram-se, ou não, de dar às nossas polícias, os meios necessários para a obtenção de bons resultados. Nelas, nas nossas polícias, há de certeza, óptimos profissionais, que por falta de condições de várias índoles, mais não farão que “ir fazendo”….
Nos últimos tempos, temos vindo a assistir a um crescendo de criminalidade. Todos os dias, mas mesmo todos os dias, há notícias de assaltos, cada vez mais violentos, com mortes dos assaltantes ou de inocentes cidadãos, com cada vez mais recurso a armas, sendo muitas de calibre de guerra.
Mas, que se passa por cá? Brincamos aos polícias e aos ladrões?
Os meliantes cada vez mais se sentem imunes à nossa débil justiça!
Quantos crimes violentos estão por resolver e qual a percentagem de resolução nos últimos anos?
Quantos bandidos estão por aí “a monte”, por falta de recursos para os apanhar, ou em casa à espera que a justiça se decida a fazer seja o que for que a justiça faz?
Quantos crimes são praticados por nacionais e quantos por estrangeiros?
Qual a relação entre aumento da criminalidade violenta e a imigração?
E entre esse aumento e o aumento do desemprego e da pobreza no país?
E ainda, qual a percentagem desse aumento, comparada com o relacionamento entre e com as diferentes etnias que cá vivem presentemente?
Que dizem as nossas leis, e como são aplicadas, quanto à severidade das punições dos crimes deste calibre? (crimes violentos e à mão armada, onde tudo é “suposto” ou “presumido”, desde o crime ao criminoso, mesmo se apanhado a praticar o acto “supostamente ilícito”)
As respostas não serão, por certo, agradáveis de ouvir e de digerir.
Já só somos de brandos costumes no que diz respeito às leis, uma vez que quanto ao crime praticado e à sua violência e periodicidade, estamos conversados.
Os senhores Ministros da Justiça e da Administração Interna, por muito trabalhadores que sejam, deveriam fazer um exame de consciência e, demitirem-se. Já chega de tanta ineficácia. Ouçam o povo, leiam os jornais e… vão-se embora! Pode ser que o partido do governo tenha lá alguém competente, e se não tiver, vá-se também o governo, e pronto….
Assim é que não pode continuar!
Queria ter um país de que me orgulhasse, a todos os níveis, segurança, justiça, educação, saúde e por aí fora, mas com toda esta dependência desta Lisboa centralista, e deste governo que mais parece autista, só penso em ter autonomia regional para, sem estarmos dependentes destes senhores, termos uma política em condições, que permita sermos governados por quem sabe, homens e mulheres do nosso norte, “gajos do carago”, à moda do Porto, de antes quebrar que torcer, de muita força e de muito carácter.
Nem sequer peço muito.
Para já, só que estes senhores se vão embora, e depressinha se faz favor.
Depois, condições para ter-mos governo e bandeira próprias!
Já basta de aguentar com gente assim!
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
GAO - Grupo de Amigos de Olivença
Grupo dos Amigos de Olivença
http://www.olivenca.org/
Pelo seu interesse, transcreve-se a entrevista concedida, por dois dirigentes da Associação Além Guadiana, ao Correio da Manhã de 05-08-2008
CURSO DE PORTUGUÊS DESEJADO EM OLIVENÇA
Com a devida vénia
Movimento quer regiões sem novo referendo
PS trava discussão das regiões, relançada esta quarta-feira em Faro. Mas recusa avançar sem consulta
O recém-criado movimento "Regiões, Sim", com o algarvio Mendes Bota no comando, vai recolher assinaturas para pedir aos deputados que a regionalização avance sem novo referendo. A ideia tem fracasso anunciado.
É que nenhum dos dois grandes partidos parece interessado em lançar já a discussão das regiões administrativas. Por razões diferentes. O PSD do próprio Mendes Bota, desde logo porque a nova líder recusa pura e simplesmente a solução regionalista. Ferreira Leite defende, ao invés, a solução "municipalista, que é tradição do PSD", dizia ontem um seu directo colaborador ao JN.
Claro que nem todo o partido é pelo "não". Luís Filipe Menezes defende abertamente as regiões. E Santana Lopes até sugeriu uma região piloto no Algarve, para fazer de teste à solução.
Aliás, no partido há quem lembre as recentes reservas de Rui Rio, vice-presidente do partido. O autarca portuense lançou há poucos meses um ciclo de debates sobre o tema, depois de há 10 anos ter votado não, no referendo que travou o processo. Uma mudança de posição em vista? O partido julga que não: "Ele está só a evitar que a Elisa Ferreira [possível candidata do PS à Câmara do Porto] possa ficar com essa bandeira. Os mais próximos de Rio parecem confirmar a tese, dizendo que o autarca "não mudou de posição - acha só que é preciso discutir o tema". Assim fará, até Abril, um pouco antes da autárquicas.
No PS tudo parece mais claro... mas também adiado. O porta-voz do partido é, até, peremptório ao rejeitar o desafio que hoje será lançado pelo movimento pró-regiões: "Não o faremos sem referendo e não vamos atrás da agenda de ninguém", nem de quem lança a questão "para combate interno do próprio PSD". Vitalino Canas lembra que a questão só será discutida pelo PS "na próxima legislatura" e até reforça que "os aspectos concretos [datas e número de regiões incluídos] não estão em debate nem resolvidos". De resto, sabe-se, o PS é a favor.
Quanto ao "Regiões, sim", insistirá hoje numa petição a entregar em São Bento. A ideia, diz Mendes Bota ao JN, é "dispensar um novo referendo, resolvendo o assunto por meio de uma revisão constitucional. Mas o movimento aceita também a solução mais modesta: de "serem aliviados os condicionalismos excessivos previstos na Constituição e na Lei Orgânica do Referendo". Uma coisa já se aceita, neste movimento: que uma solução só acontecerá depois das próximas legislativas. O social-democrata (crítico de Ferreira Leite) quer até o referendo para o início da próxima legislatura.
Os regionalistas acreditam que, agora, a decisão dos portugueses seria diferente. Francisco Carvalho Guerra, uma das personalidades do Norte do movimento, acredita que fora da capital as pessoas "perceberam o que perderam ao votarem "não"". "Tirando Lisboa e o Algarve, o país está muito longe do nível de vida comunitário médio. E o Porto está em risco de se tornar numa das regiões mais pobres da Europa", afirmou ao JN.
Também o ex-ministro, Luís Braga da Cruz, diz que "o actual modelo centralizado cria um défice de coesão nacional". Mas, neste caso, o argumento não foi suficiente para integrar o movimento. Por considerar que "a regionalização já falhou uma vez e não pode voltar a falhar".
SÉRGIO DUARTE E DAVID DINIS - JN de 20-08-2008
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terça-feira, 19 de agosto de 2008
Dia Mundial da Fotografia
sábado, 16 de agosto de 2008
ESTAMOS FARTOS DESTES SENHORES !!!
Já começa a ser de mais. Ou melhor já é mesmo de mais. Aqueles gajos de lá de baixo, a par com os dinheiros para o aumento do metro que serve Lisboa, retiraram a hipótese de progressão do Metro do Porto.
Ao contrário do que estava estipulado e prometido pelo governo, em Setembro serão postos a concurso público internacional, somente a exploração da rede e não a exploração e construção de novas linhas do Metro do Porto. Para estas nem sequer há ainda data definida para avançarem, nem para o lançamento de um concurso.
Mas todo o país sabe que há um memorando de entendimento assinado pelo governo e pela Junta Metropolitana, que determina o lançamento do concurso para obra nova de execução ainda durante este ano.
Assim e mais uma vez, o governo do nosso país, falta ao prometido (já estamos mesmo muito habituados a que tal aconteça com estes senhores), desta vez pela voz da secretária de Estado dos transportes, Ana Paula Vitorino.
Por outro lado, estamos a perto de um ano para as eleições, e tudo parece levar a crer que o governo use as obras prometidas como arma eleitoral.
Governo que não cumpre com os compromissos que ele mesmo assume, não merece ser governo de ninguém.
E lá chegamos, não por culpa nossa, à ideia de sempre, A AUTONOMIA da nossa REGIÃO:
Deixem-nos governar a nossa região como bem sabemos, sem termos de estar à espera das migalhas que o governo da República se digne separar - depois de gastos todos os recursos na sua capital - e oferecer como se de um grande favor se tratasse.
Estamos cada vez mais fartos destes senhores!!!
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JM
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sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Com a devida vénia
Já há muito tempo que não me ria tanto e tão à "séria"!!!
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Contereis o riso?
(Horácio)
Versão pós-moderna da Inquisição reuniu na capital para julgar grave crise
de heresia do F. C. Porto que, contra os interesses centralistas, ganha campeonatos
•• Anunciaram os jornais: “A UEFA reconhece e aceita a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que hoje confirmou a presença do F.C.P. na próxima edição da Liga dos Campeões, em futebol".
Perante o desabar da estratégia centralista de Cerco do Porto, delineada pelos herdeiros do Miguelismo, reuniu na Capital a versão pós-moderna do Tribunal da Inquisição. Presidiu o fantasma do Inquisidor de Lisboa, D. João de Melo. O super-aliado Baltasar Limpo, Inquisidor do Porto, que, à revelia da burguesia local, ainda conseguiu realizar dois Autos de Fé no Burgo, era convidado de honra. Outro convidado foi o humanista Radovan Karadzic (com barbas). Estiveram presentes o fantasma do Centralista e Hipócrita-mor, Oliveira Salazar, bem como, ressuscitados na 5.ª dimensão, os avatares dos comandantes da Legião Portuguesae da Brigada Naval, Directores da Pide e Presidentes dos Tribunais Plenários. Dos denunciantes - peças essenciais do regimento do Santo Ofício - compareceram os representantes da "União 5 à Sec" (Cinco a Zero - resultado com que o F.C.P., o réu, mimoseara, recentemente, os interessados na sua condenação).
A agenda da reunião era: «1.º Verificando-se grave crime de Heresia, por parte do F.C.P. que - contra os interesses centralistas - ganha campeonatos; 2.º - Que o mesmo herético, campeão a 20 pontos de distância, insiste em disputar a liga dos Campeões, lesando gravemente os interesses centralistas; 3.º - Que o TAS, ao pactuar com tal moralidade e não atender aos desejos da "União 5 à Sec", cometeu grave crime de heresia; 4º - Qual a punição a atribuir a tais defensores de doutrinas materialistas, desrespeitosas da dignidade dos centralistas perdedores, a quem são devidos investimentos, benesses e subserviências dos súbditos?»
A maioria da Assembleia gritou em linguajar da Capital: «À séria: ao "queima-dero"» (tradução para português de gente: «A sério: devem ir para a fogueira!» ). A minoria defendeu que os réus deviam ser submetidos a torturas, para que não ousassem prejudicar mais o Centralismo. Mas, da multidão de assessores presentes, um avençado do contencioso jurídico advertiu que, desde 20.3.l821 (por influência dos heréticos tripeiros que desencadearam a Revolução Liberal), a Inquisição era extinta. Assim, a decisão era nula. E que, pelo Art.º 16.º do Acto Adicional à Carta Constitucional, a pena de morte para crimes políticos tinha sido abolida em 1852. As torturas eram incompetentes. Embora se retorquisse que nulidade e incompetência eram atributos do Centralismo, o Tribunal, consideradas as repercussões internacionais de tais actos, decidiu que a queima na fogueira seria aplicada a autocarros e não a adeptos do F.C.P. e as torturas seriam convertidas em desinvestimento centralista na cidade do Porto.
O Tribunal da Inquisição pósmoderna solidarizou-se com a vocação perdedora (no campo e no TAS) da "União 5 à Sec" e apresentar recursos da decisão de confirmar o F.C.P. na Liga dos Campeões aos seguintes organismos: Tribunal Internacional de Haia, Congresso e Supremo Tribunal Federal dos EUA, Cúria Romana, Câmara dos Lordes da Grã-Bretanha, Assembleia-Geral da ONU, Reischtag da RFA, Cortes Espanholas, Assembleia Nacional Francesa, Organização Internacional do Trabalho e Parlamento Europeu.
Tratando-se de órgãos democráticos, logo, suspeitos de parcialidade, o Tribunal entendeu apresentar queixa de tão nefanda discriminacão urdida pelo movimento sionista, ao Congresso do Partido Nacional Socialista Alemão, o centralista Adolfo Hitler._
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Olivença
Por iniciativa do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Canidelo, no âmbito das Festas locais, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e a colaboração da Delegação do Porto/Gaia do Grupo dos Amigos de Olivença, foi inaugurada no passado dia 12 de Julho, na localidade, a Rua de Olivença.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Só mesmo cá em Portugal
O militar da GNR que disparou sobre uma carrinha com suspeitos de um assalto em Loures, acabando por matar um rapaz de 13 anos, está sujeito a Termo de Identidade e Residência.
O pai do rapaz que morreu, fruto de um disparo do militar da GNR, e que saíu em liberdade sujeito a apresentação quinzenal na esquadra da polícia da sua zona de residência, é um meliante conhecido da polícia portuguesa, que anda fugido da cadeia há vários anos.
Como disse antes, a propósito do assalto ao BES, a ignorância dos brasileiros, é que matou um deles e feriu gravemente outro.
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A IGNORÂNCIA É POR VEZES FATAL !!!
Estariam cá ainda há relativamente pouco tempo, quando decidiram dar um outro rumo à sua vida. Tinham chegado com poucos recursos e a vida não era fácil.
De aparência pacata, os dois amigos, pois que de dois se tratava, estudaram a maneira de, de uma vez por todas, ficarem bem de vida.
Escolheram companhias que lhes foram ensinando como e onde fazer.
Escolheram o local e a forma de executar.
Colheram o máximo de informações possível, e lá foram de abalada para o projecto da suas vidas. Sabiam tudo o que queriam, e como o queriam. Afinal lá na terra deles era assim, e aqui seria muito mais fácil.
Horas depois, ainda no local do trabalho a que se tinham proposto, as coisas não estavam a correr tão bem como o planeado.
Do lado de fora da porta, um aglomerado de polícias, cercava o banco. Um mediador tentava convencê-los a desistir do assalto. Por fim, com dois reféns e com as pistolas encostadas à cabeça deles, os dois amigos assaltantes, continuando a recusar a proposta de desistência do assalto, e ameaçando matar os reféns, foram baleados, morrendo um instantaneamente, e outro ficando em muito mau estado e em perigo de vida.
Não era para ser assim, lá na terra deles talvez, aqui não. Aqui tudo era pacífico e quem teria a obrigação de disparar, quase nunca tinha ordens para o fazer, e se o fizesse, de imediato seria suspenso e com um processo em cima dos ombros. Não era para ser assim. Não era para acabar assim. De qualquer maneira, a rendição estivera sempre fora de causa. Na terra deles quem se rendia num caso destes, mais valeria morrer…
Se estivessem cá há mais tempo, se as companhias de que obtiveram ajuda para a execução do plano, os tivessem devidamente informado, se tivessem aprendido como é a justiça e as leis de agora em Portugal, (onde já há bandidos que o não são, onde há mais meliantes em casa com prisão domiciliaria do que nas prisões, onde, em vez de acabarem com a droga nas cadeias promovem a troca de seringas aprovando assim implicitamente o seu consumo), se conhecessem o ministro da justiça português, saberiam que tudo aqui se passa de modo diferente e que , se desistissem do assalto, a meio ou mesmo depois da intervenção dos mediadores da polícia, tudo acabaria em bem. No dia seguinte, seriam presentes a juiz e logo de seguida libertados, a aguardar em liberdade o que fosse que viesse a acontecer, que não deveria ser mais do que uma multa a pagar em suaves prestações, com todo o tempo do mundo para refazer as ideias, recomeçando por treinar um pouco, assaltando velhinhas ou supermercados, e voltar, mais tarde, a assaltar outro banco, sem cometerem os erros que ditaram o desfecho do BES.
Mas ninguém lhes disse nada disto, embora na verdade, se o tivessem feito, o mais certo seria não terem acreditado.
A ignorância é por vezes, fatal, e neste caso, foi-o de verdade.
JM
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Publicado no jornal "O Primeiro de Janeiro" em 19 de Agosto de 2008 na página Opinião
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terça-feira, 12 de agosto de 2008
Clube dos Pensadores
Porto, o mais pobre de todos
POBREZA
Beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI)
Dmitri Medvedev
O Presidente russo Dmitri Medvedev anunciou hoje a decisão de pôr fim à operação russa na Geórgia, segundo as agências de notícias russas.
Isaac Hayes 1942-2008
O cantor influenciou várias vertentes da black music de maneira decisiva.
Para os mais velhos e os que conhecem a história da black music, Isaac Hayes foi associado, inicialmente, ao filme Shaft, de 1971, para o qual compôs a trilha sonora premiada com um Oscar (foi o primeiro negro a ganhar o Oscar nessa categoria) e um Grammy (em 1972 ele ganharia outro Grammy pelo sensacional álbum Black moses). O filme é um clássico do Blaxploitation, o cinema de afirmação que estilizou a vida nos guetos negros das grandes cidades dos EUA, nos anos 1970, trabalhando apenas com profissionais black (Tarantino homenageou o subgênero em 1997 com Jackie Brown).
A produção musical de Hayes entre as décadas de 60 e 70 influenciou várias vertentes da black music, contribuindo especialmente para a evolução do soul, do funk e do disco sound. Ao lado de Otis Redding, Sam & Dave e Carla Thomas, foi um dos principais responsáveis pelo sucesso da Stax, gravadora rival da Motown na consolidação pop da black music.
Nos últimos anos, Hayes conciliava suas atividades de músico e actor com suas convicções humanitárias. O intérprete de Theme from Shaft, Soulsville, Soul man, I had a dream e When something is wrong with my baby, estava preparando um álbum para a renascida Stax, que voltou ao mercado em 2007.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Ponte da Arrábida
Um belo pôr do sol
sábado, 9 de agosto de 2008
A minha cidade das pontes
Três das maravilhosas seis pontes que atravessam o Douro na cidade do Porto
Aos poucos, a luz do dia vai esmorecendo com a ajuda das nuvens.
Mais cedo que o habitual!
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Com a devida vénia
O direito à autonomia
Por Paulo Baldaia
Por muitas voltas que dê, volto sempre convencido que Portugal ainda é o melhor país do mundo para viver. A nossa capital compete com todas as outras em beleza e em vida. O nosso povo, embora esteja sempre apenas "mais ou menos", é solidário. O sol brilha por cá um pouco mais que no resto da Europa. Somos o mesmo país de Norte a Sul. E até os madeirenses e açorianos gostam de ser portugueses.
Que eles gostem de ser portugueses é, aliás, uma coisa que - a nós continentais - nos devia encher de orgulho. Em vez de enchermos o peito, cada vez que se fala da autonomia das ilhas, para dar autorização à Madeira e aos Açores de fazerem parte de Portugal, talvez fosse melhor dar-lhes a liberdade de escolher o seu caminho.
A ideia que os continentais fazem dos arquipélagos é a de que eles nos pedem dinheiro para alimentar um estilo de vida. E, assim sendo, como pagamos, compete-nos a nós decidir todas as normas políticas, económicas e administrativas. Não gostamos de ver Bruxelas a impor-nos a proibição de comer jaquinzinhos, mas queremos impor a disciplina da 'colher de pau' à Madeira e aos Açores. Não fazem o que nós queremos, apanham!
As ilhas de Portugal não pedem independências, pedem a necessária autonomia para definir as regras com que organizam o seu dia-a-dia. Estarão a pedir demais? Entrará o país em crise se as ilhas forem aumentado o grau da sua autonomia? É disso que temos medo? Parece que vivemos com o pesadelo de que o sonho deles seja verem-se livres de nós.
O verdadeiro problema na relação do continente com as ilhas é que, no Terreiro do Paço, os políticos estão convencidos que os portugueses do continente exigem deles mais controle sobre os ilhéus. É mentira. A maioria dos continentais nem faz a mínima ideia do que é a vida na Madeira e nos Açores e menos ainda se importa com a forma como eles se organizam.
É por isso que importa ouvir com mais frequência o que pensam os representantes dos Açores e da Madeira, e dos concelhos do interior do continente, sobre as leis que se fazem em Lisboa, a começar pela Lei Fundamental. A Constituição da República não impõe o centralismo aos seus súbditos, mas a interpretação que dela fazem os políticos é sempre para esse caminho que nos leva.
Talvez seja altura, como pedem açorianos e madeirenses, de colocar a autonomia plena das ilhas na Constituição. César anda entre Cavaco e Sócrates à espera de saber como fica o Estatuto do seu arquipélago, Jardim quer abrir a porta constitucional para dar os passos seguintes.
É tempo de os políticos de Lisboa perceberem as vantagens da descentralização e da autonomia. Já não chegam os discursos. Já não se percebem as reservas do Executivo com a Madeira e da presidência com os Açores. Ainda por cima porque fica a sensação de que cada uma das partes escolheu um arquipélago para demonstrar a sua força. Coincidência: na Madeira governa o PSD e nos Açores governam os socialistas, por cá em São Bento está o PS e em Belém um ex-líder social-democrata.
JN - Opinião - 09-08-2008
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Esplanada da praia dos Ingleses - Porto
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Sobre o meu "O Primeiro de Janeiro"
Reporto-vos para a entrada 8.8.08 --- 7.04 (JPP) do blogue ABRUPTO
http//:abrupto.blogspot.com
sobre o "meu" jornal de sempre.
Depois de ler, não sei dizer mais nada... está lá quase tudo o que sinto sobre o assunto.
Talvez um dia eu possa adiantar mais alguma coisita.
jm
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quinta-feira, 7 de agosto de 2008
E ainda e também, porque sim!
Ando perdido na nossa cidade
Minimizou o Porto como marca internacional de qualidade, reduzindo-o ao futebol e seus êxitos. Escolheu lugares comuns e as crises económicas e de emprego, como tema quase único da conversa, culpando única e totalmente as personalidades da nossa região e suas gentes de uma maneira geral, dos problemas imensos em que estamos atolados.
E tudo isto os presentes foram consentindo de uma forma ou de outra, não se vendo ninguém, com coragem e autoridade para acabar com aquilo. Não deixa de ser engraçado que, para uma pessoa que, como eu, acha que o país é demasiado pequeno para haver regionalização, e que uma real descentralização seria verdadeiramente eficaz, vendo coisas destas, começa a fazer sentido um país de regiões, onde cada um coma com a sua, onde as nossas características e capacidades possam ser valorizados.
Para quando um movimento para a promoção e o consumo de produtos da nossa região e das nossas empresas, da nossa pronúncia, das nossas palavras e das nossas pessoas?
Para quando, e de novo, “gajos do carago”, à moda do Porto, de antes quebrar que torcer, de muita força e de muito carácter?
Que apareçam, que eles andam por aí .....
que eu sei!!!
(publicado no jornal "O Primeiro de Janeiro" em 21_09_2007)
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