Turlington, por Inez and Vinoodh
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Gente assim
My Blueberry Nights, de Wong Kar Wai (2007). Com Norah Jones, Jude Law, Natalie Portman e Rachel Weisz
Elizabeth, no decurso de uma longa viagem, vai enviando a Jeremy postais de cada sítio por onde passa.
Elizabeth, no decurso de uma longa viagem, vai enviando a Jeremy postais de cada sítio por onde passa.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Harakiri, meu amor
Ora então um ministro japonês veio dizer que os idosos deveriam era apressar-se a morrer, que era um alívio e um consolo para as despesas do Estado. É muito curioso isto vir de um país com uma muito longeva população, que social e tradicionalmente respeita muitíssimo (ou tem respeitado até agora) a população anciã. Mas deve ser um sinal dos tempos. (Não quererá o ministro, que tem 72 anos, dar o exemplo e praticar um nobre harakiri em prol do Estado Social...?)
Quer dizer: a humanidade tem enfrentado todo um milenar e complexo processo civilizacional essencialmente orientado para o avanço da medicina, da melhoria das condições de vida e da saúde pública, da educação. Tudo, para, em última instância, contribuir-se para o aumento da esperança média de vida e, em suma, simplesmente para todos termos uma vida cada vez mais longa e melhor.
E agora andam os políticos a guinchar sobre aquilo que não é novidade nenhuma e que já era mais que previsível em todos os tratados de demografia desde os anos 70. Que a população está a envelhecer, que os que dependem são mais do que os que contribuem. E tudo isto é verdade, de facto. O que me parece é que agora cada vez mais se dá, à descarada, as boas vindas à morte dos desgraçados dos anciãos, como se os pudéssemos varrer para debaixo do tapete (eu incluída, que daqui a umas décadas também o serei, e trabalharei até à provecta idade de 89 anos sem direito a reforma nenhuma e sem a poesia dos Pearl Jam de uma elderly woman behind the counter in a small town), e a mesma começa a ser, igualmente à descarada, considerada a panaceia para os grandes males dos Estados.
Vivemos um contra-senso. Mas é normal, é tudo normal. Não se preocupem. Um primo meu, há muitos anos, imaginou que a nossa crescente população envelhecida criaria um dia o Partido dos Idosos Unidos. O PIU, portanto. E com um PIU, com certeza, todos venceremos.
Quer dizer: a humanidade tem enfrentado todo um milenar e complexo processo civilizacional essencialmente orientado para o avanço da medicina, da melhoria das condições de vida e da saúde pública, da educação. Tudo, para, em última instância, contribuir-se para o aumento da esperança média de vida e, em suma, simplesmente para todos termos uma vida cada vez mais longa e melhor.
E agora andam os políticos a guinchar sobre aquilo que não é novidade nenhuma e que já era mais que previsível em todos os tratados de demografia desde os anos 70. Que a população está a envelhecer, que os que dependem são mais do que os que contribuem. E tudo isto é verdade, de facto. O que me parece é que agora cada vez mais se dá, à descarada, as boas vindas à morte dos desgraçados dos anciãos, como se os pudéssemos varrer para debaixo do tapete (eu incluída, que daqui a umas décadas também o serei, e trabalharei até à provecta idade de 89 anos sem direito a reforma nenhuma e sem a poesia dos Pearl Jam de uma elderly woman behind the counter in a small town), e a mesma começa a ser, igualmente à descarada, considerada a panaceia para os grandes males dos Estados.
Vivemos um contra-senso. Mas é normal, é tudo normal. Não se preocupem. Um primo meu, há muitos anos, imaginou que a nossa crescente população envelhecida criaria um dia o Partido dos Idosos Unidos. O PIU, portanto. E com um PIU, com certeza, todos venceremos.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Taylorismo
Já dizia o amiguinho Jack Johnson "They say Taylor was a good girl". Eu não sei se esta miúda, a Taylor Swift, é boa menina ou se canta alguma coisa de jeito. (Eu nunca a ouvi, para mim, é uma pequena Swift no grande Gulliver da indústria musical). Só sei que, para além de ter namorado meteoricamente um Kennedy (o que, por si só, é um pleonasmo divertido, se formos a ver a longevidade do clã em causa), para uma rapariga de 23 anos destaca-se por ter um estilo muito próprio e muito interessante, por sinal. Está ali entre o neo-romantismo discreto e o clássico moderno e o preppy naïf, sem nunca ser óbvia ou vulgar, o que não é comum entre as mulheres da idade dela. Eu chamo-lhe o Taylorismo - teorias da gestão da produção à parte, bem entendido.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
A pomada de Descartes
Na farmácia estava um cartaz com um anúncio publicitário ao Halibut, aquela pomada com propriedades cicatrizantes para feridas e coisas assim, para quem não sabe. Era lindo, lindo, rezava assim: “Penso, logo Halibut”. Tenho muita pena que muitas pessoas cheguem às farmácias e, legitimamente, têm tanto em que pensar na vida, naturalmente em muitos casos em questões de saúde, e não apreciam devidamente a subtileza deste prodigioso slogan de inspiração cartesiana. Que nunca se subestime uma ida à farmácia.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Cruzes, credo
Penso que, apesar de não ser um tema da agenda actual (vá-se lá saber porquê), nunca será demais assinalar a dramática importância do tema destas igrejas modernas (católicas, convencionais, sublinhe-se) que têm na fachada principal uma cruz de néon. Ontem à noite, inesperadamente, passei por uma. Filhos, haverá lá coisa mais spooky, creepy, jesuschristsuperstar, sei lá que mais.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Aquilo no Mali
Aquilo no Mali está um bocado mali.
Se alguém me perguntar se fui eu que disse isto, nego tudo.
Se alguém me perguntar se fui eu que disse isto, nego tudo.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Temporalidade
Edwina Mountbatten, a última vice-rainha da Índia – a tal sobre quem se especulou ter vivido um romance com Nehru – manteve, depois de ter regressado a Inglaterra, no pós-1947, o seu relógio de pulso acertado pela hora indiana, até ao último dia da sua vida.
[post reeditado]
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Separar o trigo do joio
A melhor parte de crescer, viver e ter experiências acumuladas é poder aprender, aos poucos, a separar o essencial do acessório. Ir aperfeiçoando esse intrincado processo de distinguir aquilo que é verdadeiramente importante do que não é, saber realçar o principal e relativizar o que pode ser secundário, adaptável, supérfluo, efémero.
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