terça-feira, 31 de outubro de 2006
(Recomeço)
Os livros, a música, a chuva a bater na janela, as viagens, o cinema, os amigos, os sorrisos, a fotografia, os afectos, a tranquilidade, os sonhos, as frivolidades, os pensamentos e os aforismos, as árvores, o silêncio, e a minha cidade do amor.
É o único compromisso que faço.
Filosofia (2)
quinta-feira, 26 de outubro de 2006
SIM
Como sempre, quando nos outros países as questões já são outras, nós ainda nos damos ao luxo de ignorar realidades, discutir uma suposta "ética", dar largas à hipocrisia de gente que se redime de tanto, escudando-se numa bandeira de suposta valorização pela vida.
Eu também sou pela vida. E é por ser tão pela vida, que não queria ver situações como a da foto repetirem-se. Se um ser humano não é bem vindo à partida, por razões económicas, familiares, emocionais, não deve vir. Ninguém pede para nascer. Também ninguém deve ser gerado para sofrer.
As campanhas do Não são pródigas em fotos de criancinhas rechochudas, bebés bonitos e felizes, supostamente para apelar à nossa consciência. Até nessa intenção são hipócritas, pois ignoram convenientemente os milhares de crianças que nascem para nunca serem felizes, para nunca sequer terem uma oportunidade para tal. Vale a pena nascer para isso?
quarta-feira, 25 de outubro de 2006
terça-feira, 24 de outubro de 2006
Biblical hair
Sem cabelo* perco a força.
(* no comprimento, penteado e tonalidade exactos)
Hair tragedy
160 € para reparar o erro.
Quatro horas e três pares de mãos depois.
E também é bom ter amigos assim:
Citoyen du monde, chez-elle
E a vida, com gente assim, tem outro sabor.
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
Ahhhhh...saudade.
Assim começa o blogue de 6 magníficos que eu conheço. Que (me) fazem o favor de recordar e escrever histórias que viveram, de resgatar ao esquecimento vivências que não foram importantes para mais ninguém, senão para quem as teve, num momento qualquer daquela década e meia. Ou para quem, como eu, ainda respirou um pouco da atmosfera daqueles tempos quando apenas caloira, apesar do período áureo já estar a acabar quando tive o privilégio de os conhecer a quase todos, e de me tornar amiga de alguns.
São tempos que marcam e deixam uma saudade pungente. E é impossível a leitura destes relatos não deixar um vago, doce, desalento: não só por saber que tudo acabou, mas também porque aquela forma de vida não vingou no seu propósito de continuidade, não funcionou como um legado para as gerações seguintes (ao contrário do que eu pensava). O que torna tudo mais especial e nostálgico. Durante um curto período, houve um grupo de rapazes que tentou e conseguiu recuperar, viver e praticar a Praxe Coimbrã na única forma em que ela existe: de forma genuína. Contagiaram, com a sua graça, modus vivendi e histórias mirabolantes, quem foi seu contemporâneo.
(...)No ano de 1990 efectuei a minha primeira matrícula na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) e verifiquei que essa Faculdade vivia simplesmente sem saber o que era a Praxe Académica de Coimbra. (...) Encontrei uma Praxe codificada – em algum momento do primeiro trimestre de aulas já conhecia melhor o Código da Praxe do que todos os meus amigos de anos anteriores ao meu – que determinava deveres e obrigações e uma conduta de respeito mútuo entre todos os estudantes – incluindo os caloiros. Mas ao mesmo tempo encontrei a dura realidade em que poucos eram os que conheciam essa Praxe da qual eu gostava e em que os que a praticavam esporadicamente – e provavelmente por causa disso – praticavam-na de forma abastardada.
Edgar Dégas
Verdade de La Palisse
Il est mort devant Paris.
Un quart d'heure avant sa mort,
Il a eté avec sa vie.
(saudades das tuas lições, P., quando tudo era simples, e a vida se resumia ao bibe do colégio e ao pão com manteiga ao lanche.)
O meu sonho kitsch n.º 2
E uma chaise longue (Madame Récamier) vermelha barroca.
O meu sonho kitsch n.º 3
(Não. Espera, esse já é realidade.)
Geografia emocional
but they took a little turn for everybody’s satisfaction…
Coube-nos Paris. Foi nossa, por uns tempos.
tout va bien, c’est super. Allons enfants de la patrie...
Jogamos assim os dados e tratamos por tu os atalhos das capitais europeias, como se de uma brincadeira de crianças se tratasse.
Das propriedades terapêuticas de uma viagem
Énnuie.
Ne me quitte pas
A cidade do amor
Ironias, em Paris:
- estar na que é a "cidade do Amor" para muitos, e ser a mais céptica sobre o amor;
- ficar estarrecida perante Psyché reanimada pelo beijo do Amor, essa sublime libertação da forma aprisionada na pedra de Canova. Enlevada pela anatomia dos afectos, pela harmonia pulcra deste enlace: