sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Estamos quase na Primavera
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Deitar fora o bebé com a água do banho
O género telenovela é um produto de entretenimento muito ingrato, porque é menosprezado e subvalorizado. Talvez seja por serem obras de longo fôlego, por durarem muito tempo e desgastarem a imagem dos actores, por os exporem durante meses a fio, talvez pelo seu ritmo frenético e se sujeitarem à tirania das audiências ou simplesmente pela mediocridade de alguns enredos. De qualquer forma, entre os culebrones latino-americamos, as coisas medonhas da TVI e as novelas da Globo, venham estas últimas. São, sem dúvida, as que têm mais qualidade, tanto em termos técnicos como artísticos.
Mas, no meio disto tudo, quando se fala de novelas caímos no erro de deitar fora o bebé com a água do banho (expressão inglesa muito do meu agrado: throw out the baby with the bath water). Ou seja, acabamos por nem dar o devido valor à enorme qualidade de certas interpretações: é o caso da actriz brasileira Cássia Kiss, na novela Paraíso, que passou recentemente. É que ela é de uma fidelidade à figura que pretende caricaturar (a beata do interior do Brasil, de há trinta anos atrás) e absorve de tal forma o seu papel, que chega a ser assustador. Chamo a isto porosidade representativa. O exagero emocional, os gestos, os tiques e as expressões, ora trágicas ora rocambolescas, fazem da personagem "Dona Mariana" uma das melhores coisas que já vi em termos de representação. E isto não é coisa para se ignorar.
Skimming
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Um ar de Newport ou Martha's Vineyard
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Voltar aos clássicos (2)
Recapitulando o Inverno
Aderi:
Aos botins abertos à frente (eu adoro-os, mas não acho muito práticos para a chuva e o frio, ou seja, só dá para usá-los em Outubro.)
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Hastes de rena - Uma problemática social, uma abordagem empírica
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Educação cinematográfica
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Antiguidades
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Controlo social
domingo, 12 de dezembro de 2010
A Madeira é um Jardim
sábado, 11 de dezembro de 2010
Duas Sylvias
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
É o que eu digo sempre: a macro-cefalia anda de mãos dadas com o terceiro-mundismo
Um post com o alto patrocínio da Victoria's Secret e da filosofia existencialista
Então envergue isto:
Quando o seu companheiro chegar a casa, ignore-o ostensivamente.
Se Gaugain e Brel foram, porque não haverei eu de ir?
Quero ir ao Thaiti. E vou aprender a dançar isto.
Voltar aos clássicos
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Da modéstia
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Haverá coisa melhor que isto?
Melhor que ouvir Ella e Louis em Dezembro, só se for chegar a casa, depois de ter estado a trabalhar num feriado, tomar um banho quente e ver um clássico com a Audrey Hepburn.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Opções estético-filosóficas de uma brunette convicta
Não era o meu estimado Soren Kierkegaard que, no seu existencialismo solipcista, dizia que o Estágio Estético era o primeiro e o mais básico da existência, marcado pelo "desejo" como móbil de actuação e de pensamento, e o qual não nos levava a nenhum nível de realização pessoal? E que o ser humano só se superaria e redimiria após passar pelo Estágio Ético, atingindo por fim, e só com muita abnegação, o Estágio Religioso, onde reside a solução existencial?...
Mas, certamente, Kierkegaard nunca teve umas calças brancas básicas para conjugar com um top de cortar a respiração.
Hey sweet man
Hey Sweet Man, por Madeleine Peyroux.
Ela chama:
Hey sweet man. Who you give your lovin' to? Hey momma's child,
Ain't you been waitin' for me?
E alguém lhe responde:
Hey sweet woman. Ain't no man that love you
Hold on, pretty momma
Someday he'll be searchin' too
Well we need some lovin'
We need it oh-so-bad
Cause it's bad lovin', momma
It's the only thing we ever had
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Metáfora da trave
Exímia nos movimentos. Isometria e perfeição. Todo o gesto articulado, corpo anguloso, numa precisão milimétrica. Sem lugar para um passo em falso. A um tempo, forte e frágil. O corpo, uma haste flexível.
Rigidez: a expressão facial fechada, na tentativa de superação de si mesma. Cabelo severamente aprisionado em elásticos e ganchos. As mãos ressequidas, mergulhadas em pó. A adiada feminilidade concentrada na maquilhagem exagerada. Fato justo e reduzido: invólucro brilhante para um pequeno corpo musculado, deformado, peito liso – o corpo como tela das opções de uma vida; uma escolha vincada no corpo.
Na excelência, o seu auge é breve. Aos vinte anos será velha. A trave estreita (demasiado estreita) é o palco do seu equilíbrio acrobático e precário.
domingo, 5 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
Rid of me
PJ Harvey
Há, seguramente, quinze anos que não ouvia isto. E, subitamente, faz todo o sentido.