01/06/2004
A comida era natural, bem combinada, e a refeição foi leve. Mas, ainda assim, você sentiu os efeitos de uma extravagante orgia alimentar : dores abdominais, náusea, gases e uma sensação geral de mal-estar. Se não há razão para se pensar em comida estragada, comece a considerar a possibilidade de intolerância alimentar, uma reação anormal resultante da incompatibilidade do organismo com certos alimentos. Caso os sintomas – muitas vezes, mais imediatos e intensos – incluam, entre outros, congestão nasal, falta de ar, coceira e ardência da pele, vômito, espirros e uma estranha inchação da boca e da língua, é melhor buscar ajuda médica. Você deve estar fazendo uma reação alérgica que pode ser agravar e culminar em anafilaxia, distúrbio circulatório que traz risco de vida.
Mas, felizmente, essa última possibilidade é mais remota: segundo os especialistas, as verdadeiras alergias alimentares são raras. O mais comum são as intolerâncias desenvolvidas por um organismo saturado pelo consumo freqüente e excessivo de determinados alimentos, em particular daqueles potencialmente geradores de reações – crustáceos, leite e derivados, trigo, chocolate – ou de produtos da indústria alimentícia impregnadas de substâncias químicas , aditivos e conservantes. O problema é que as linhas divisórias entre essas duas ocorrências não ficam muito nítidas para os não especialistas, exceto pela gravidade e decorrências que podem ocasionar. É bom, portanto, conhecer suas diferenças.
A ALERGIA ALIMENTAR
A reação alérgica ocorre quando um organismo sensível à proteína de um certo alimento responde à sua presença na corrente sangüínea como se tratasse de um invasor, um corpo estranho. Acionado o alarme, anticorpos – imunoglobulinas e outros – viajam pela corrente sangüínea despejando histamina, o verdadeiro responsável pela eclosão dos violentos sintomas alérgicos inflamatórios ao longo do corpo. A reação alérgica, que não depende da dose nem do tipo de alimento, pode ser fulminante : muitas vezes o início da refeição ou, em alguns casos, o simples cheiro da comida já provoca coceira e inchação da boca e urticária pelo corpo.
Os alvos mais freqüentes dessa hiperreação são os camarões e frutos do mar (potencialmente alérgenos, pela carga tóxica que podem conter), o glúten (proteína presente no trigo e em outros cereais, capaz de irritar os intestinos e as células cerebrais), e o leite e derivados (de difícil digestão, especialmente para adultos, sua proteína é considerada o alérgeno mais comum).
Mas o que leva um organismo a reagir de forma tão exagerada e desastrosa ? As causas e origens são múltiplas, envolvendo até os períodos pré-natais e do aleitamento (má alimentação da mãe) e as pré-disposições de pessoas com extrema sensibilidade como os asmáticos. Mas a tela de fundo comum é um quadro emocional de auto-estima baixa e a criação em uma família onde a comunicação não é apropriada. O perfil do asmático retrata uma personalidade vulnerável do tipo “esponja” , que se altera facilmente por sentimentos e atitudes dos outros e, não sabendo como agir, “reage“. Situações desarmônicas e estressantes são, com freqüência, o gatilho das crises.
Quando um organismo se mostra reativo, a primeira providência é identificar os produtos alérgenos (os testes sangüíneos são os mais eficazes) e excluí-los definitivamente da dieta.
Matéria divulgada No JORNAL PRANA em Fevereiro/2005
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Ôi Zilda!
ResponderExcluirUm post de muita utilidade pois clareia um popuco esse negócio das alergias que muitas vezes não sabemos nem como agir numa situação dessas.
Bom final de semana!
Valeu!!Obrigada pela presença Mariano.Bjs.
ResponderExcluirMuito esclarecedor seu post, agradeço a oportunidade da partilha.
ResponderExcluirBeijos :))
Valeu Dora!Obrigada.
ResponderExcluiracho que nos devemos preocupar mais com as pessoas que tem doecas raras...precisam de alguma coisa que nos temos de fazer
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