imagem: Jia Lu, Illuminated

"EM CADA CORAÇÃO HÁ UMA JANELA PARA OUTROS CORAÇÕES.ELES NÃO ESTÃO SEPARADOS,COMO DOIS CORPOS;MAS,ASSIM COMO DUAS LÂMPADAS QUE NÃO ESTÃO JUNTAS,SUA LUZ SE UNE NUM SÓ FEIXE."

(Jalaluddin Rumi)

A MULHER DESPERTADA PARA SUA DEUSA INTERIOR,CAMINHA SERENAMENTE ENTRE A DOR E AS VERDADES DA ALMA,CONSCIENTE DA META ESTABELECIDA E DA PLENITUDE A SER ALCANÇADA.

BLOG COM MEUS POEMAS:

http://desombrasedeluzanna-paim.blogspot.com/



sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O SONHO DE MIL GATOS

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Há muitas formas sutis pelas quais os dominadores se impõe em nossa vida.
Essa "sociedade civilizada" que aí está o que é ela senão um conjunto de valores oriundos dos conquistadores que em todos os continentes vieram sistematicamente exterminando os povos nativos e impondo seu modo de vida.

Estamos num momento delicado de nossa história enquanto espécie.
Temos os meios para destruir não só nossa própria espécie mas toda a vida e o próprio SER TERRA.

...O chamado "renascimento" do "esoterismo" que assistimos em nossos dias tem dois lados bem distintos.
Por um lado grupos e pessoas dotadas de seriedade estão vindo a público revelar conhecimentos e práticas, informações que estavam antes mantidas em segredo sendo passadas de boca para ouvido, de um para outro numa linha secreta que visava manter viva a chama desde o fim da última grande civilização global , há aproximadamente 10.500 anos atrás.

Se formos a Angkor, a Esfinge Egípcia, as pirâmides, vamos descobrir que estes monumentos estão astronomicamente orientados com eventos que nos levam a esta data: 10.500 anos atrás.
Uma civilização planetária.

Mas algo aconteceu, mudanças ocorreram e isto foi se perdendo, até que manobras diversas levaram a um eclipsar desses antigos povos e só lendas restaram.
De forma sistemática em todas as partes do mundo novas culturas tentaram destruir as antigas.

Se apropriaram da forma exterior de seu saber, mas não de sua essência.
Os povos nativos sempre tiveram sua forma de ser.
Tal forma de ser tinha como base a harmonia com o Ser Terra no qual vivemos.
A civilização na qual estamos inseridas "coisificou" tudo.
As pessoas se vêem como coisas, se tratam como coisas, a vida foi tornada uma coisa e agora sofremos a consequência disso, quer no caos social, quer no caos psicológico, quer no caos ecológico que vivemos.

Há duas posturas possíveis aqui.
A alienação, em várias formas, mas em essência a velha idéia de que o "que importa com o mundo não me incomoda, interessa ou diz respeito".
Esta a postura dominante, os que assim agem de uma forma ou de outra, por ação ou omissão servem aos que trabalham pela destruição.
Outra postura é a ação incisiva, direta, consciente, que pelo agir muda o mundo, sem ficar pregando, sem ficar escravo de teorias mas mostrando a realidade em atos.

Só atitudes podem mudar a realidade a nossa volta.A Tribo do Arco Íris se caracteriza por atos.
O Arco Íris é um ato.
Ali estão as gotas de chuva, suspensas, plenas em si mesmas e então a magia acontece.

O pai Sol está emitindo sua luz e da interação entre a luz que percorreu o espaço imenso, e as gotas de água, fonte de vida, surge a beleza, surge o Arco Íris, Bifrost para os antigos nórdicos, a ponte que une este mundo a outros.

Em outros tempos poderíamos nos esquivar de uma ação direta e incisiva sobre a realidade, mas hoje frente a realidade que enfrentamos todo ato de alienamento é uma colaboração a destruição contínua da mãe Terra.

Buraco na camada de Ozônio, vazamentos de óleo e petróleo, produtos químicos lançados aos rios, mercúrio dos mineradores, árvores sendo abatidas, animais exterminados pela destruição de seu habitat.
A caça foi tão deturpada quanto a idéia de combate e o termo caçador está tão empestado de falsos significados quanto o termo guerreiro.

Este o mundo que vivemos.
O mundo no qual estamos inseridos.

...Estamos numa batalha, um bom combate.
A convocação aos guerreiros e guerreiras do Arco Íris está sendo feita.
Precisamos de pessoas inseridas na realidade, que estejam no mundo sem ser do mundo.
Fugir do mundo alienando-se do mesmo já mostrou sua falácia.
Precisamos de pessoas que são mais fortes que o mundo, isto é, que estejam plenamente inseridas na chamada "normalidade", no chamado "cotidiano" mas que não estão presos(as).

...Esta é uma grande vantagem deste mundo desequilibrado.
Ele destrói ilusões, é implacável com as falsidades.
Só os que estão prontos para enfrentar a vastidão da eternidade suportam a loucura da realidade cotidiana.

...Dizer coisas, falar de teorias é muito fácil.
Mas eu não acredito em ninguém que não tenha uma vida concreta e efetiva neste mundo com atos que corroborem aquilo que falam.
E entre nós não temos seguidores (as) pois seguidores são algo menos que humanos, algo menos que seres viventes.
Autonomia intelectual e moral é o mínimo que esperamos para pessoas que pretendem cruzar a árdua fronteira do "conhecido" e entrar no "desconhecido".
E o primeiro desconhecido para quem desperta é aqui mesmo, no aqui e agora, pois estamos de tal forma isolados desta realidade, de tal forma iludidos no sono e no sonho que ficamos apenas teorizando, sem nada de fato realizar.

Assim estar no mundo sem ser dele, realizar atitudes na direção da cura do ser Terra no qual vivemos, agir conscientemente rumo a um novo estado de consciência me parece o primeiro e decisivo passo de quem pretende agir rumo a realidade maior que nos circunda e insiste em sussurrar além dos muros de certezas vãs que tantos erguem ao seu redor.

As pessoas querem fugir do incômodo, do vazio, da incerteza, preferem falsas constatações que a ameaçadora força da Eternidade que nos reduz ao que somos de fato: Poeira cósmica.
Mas aí está o mistério, aí o maravilhoso que parece ter escapado de tantos:
Nós que nada somos desafiarmos a incrível solidão e vastidão da Eternidade.

..."Meu caminho é cada manhã
Não procure saber onde estou
Meu destino não é de ninguém
EU não deixo meus passos no chão
Se você não entende não vê
Se não me vê não me entende
Não procure saber onde estou
Se meu jeito te surpreende
Se o meu corpo virasse Sol
Se minha mente virasse Sol"

Estamos em atividade.
Temos que ser cuidadosos.
Me lembro dos Templários, traídos pelos que não conseguiram a eles se ligar.
Me lembro de nossos antepassados espirituais trucidados pelos terríveis conquistadores, com suas armas, cruzes e religiões de pecado, medo e dor.
Estamos em plena batalha. Ou iremos para a extinção de toda a vida neste planeta,com risco mesmo de morte do SER Terra,ou iremos para um novo mundo, um mundo que pode surgir se atingirmos a massa critica, isto é , se um número suficiente de nós conseguir "sonhar" o novo mundo.

É para isso que estamos aqui
Para partilhar esse sonho.
Para tecer esse novo sonho, com a ajuda da grande aranha dourada que teceu o primeiro mundo de nossos antepassados, que ainda tece o sonho destes , que podemos também sonhar.

O velho nagual dizia que entramos num rodamoinho e indo ao fundo cremos ir a algum lugar quando na realidade apenas nos aproximamos da destruição.
Sair desse rodamoinho, voltar a ser livre barco, navegando pela vastidão do mar escuro da consciência é o desafio que se apresenta a cada um de nós.
Sinto agora o vento da noite, a lua crescente no céu, a vida se mostrando no jasmim na minha varanda que renasce após a poda de inverno que realizei na lua nova de Agosto.

A vida retorna após a poda, assim vejo este momento que se aproxima.
Neil Gaimon em sua série SANDMAN conta algo belo quando fala :"Se mil gatos sonharem o mundo deixará de ser como é e voltará a ser um mundo de gatos".

Nós do povo felino entendemos a mensagem.
Sugiro a leitura de "Um sonho de mil gatos".
Aos que perguntam qual é meu objetivo respondo com este conto.
Trabalho apenas para que mil gatos sonhem...

http://www.imagick.org.br/pagmag/guerreir/batalha.html

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

REVALORIZAÇÃO DO PAGANISMO


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Quando falamos na revalorização do paganismo temos que ter muito cuidado. Assim como a questão da volta da Deusa.
A Deusa não é apenas um Deus travestido. É outra abordagem da realidade. Orgânica, ecológica, integrada.
O paganismo não pode ser trazido de volta baseado apenas nos seus segmentos decadentes. São outros paradigmas , totalmente distintos dos atuais.
Tão pouco pode ser uma adaptação fantasiosa e descontextualizada. Paganismo é um amplo movimento de recuperação da
confiança do ser humano em si mesmo, de sua libertação dos deuses únicos que as religiões estabelecidas, em luta pelo poder estabeleceram.

Um único deus no céu para justificar um único poder na Terra. O dos conquistadores.

Paganismo é nos assumirmos como seres limitados , mas desejosos de crescer. É amadurecer em busca da responsabilidade que de fato temos em tomas nossas próprias decisões que não podem mais ficar nas mãos desses pretensos representantes de divindades feitas a imagem e semelhança do que pior há na humanidade.

É a recuperação da autonomia moral e intelectual de cada ser, para que não sirvamos mais aos pretensos e auto intitulados intermediários da Divindade em nosso meio. É recuperar a consciência de que somos Deuses e Deusas e nos esquecemos disso.

É recuperar a consciência da presença da vida em todos as suas faces. Ecologicamente conscientes de que fazemos parte da teia da vida, que somos parte desta trama e que podemos simbioticamente interagir, mas não somos os donos do mundo.

Que tudo que fizermos ao mundo estaremos fazendo a nós mesmos. Quando nos multiplicamos desordenadamente destruindo os
outros sistemas de vida do mundo o câncer se ampliou. Destruímos as defesas do mundo, como sua camada de ozônio e agora temos a SIDA.

Por quanto tempo ignoraremos as evidências?

E por quanto tempo ficaremos presos a cultos de dor, de culpa e de medo que pregam um deus pseudopatriarcal, externo ao mundo , moralista, que manda seu filho, único lavar com seu sangue os "pecados " de todos?

Recuperar o elo do paganismo é recuperar uma outra abordagem da realidade , responsável, que não precisa do sangue alheio para existir, orgânica, viva.
E neste momento temos que tomar um grande cuidado. Ou nos tornaremos outro movimento New Age, que nada tem de novo, apenas uma reedição de fantasias, que afastam ainda mais o ser da questão fundamental:

Recuperar a consciência de si mesmo.

Basta de trocar velhos medos por novos medos, velhas farsas por novas farsas. Temos que ter coragem e estarmos plenos de nós mesmos para essa verdadeira jornada iniciática que nos é proposta. Como na antiga lenda Navajo estamos em busca das armas e da magia para nos libertarmos desses monstros fundamentalistas que ameaçam nosso mundo.

A invasão do mundo por estes grupos sequiosos de poder começou há muito. A invasão destas terras vem por 500 anos sendo realizada e agora enquanto estas palavras são lidas povos nativos ainda estão sendo destruídos, em corpo por fazendeiros, madeireiros e mineradores ou em alma, por padres e pastores.

Até quando seremos útil massa de manobra, coniventes em nossa covardia silenciosa? É uma batalha e nada menos que a própria sobrevivência não só da humanidade, mas de toda a vida sobre a terra está em jogo. Basta prestar atenção nos fatos e compreenderemos que estamos num momento de decisão.

Quando perguntaram ao Doutor Carlos Castañeda qual seria a mais forte razão para a publicação de suas obras ele colocou que ao lado do fato de desejar fechar com chave de ouro sua linhagem ele reconhecia que a única forma de realmente salvar esse mundo hoje está na magia. Partilho totalmente deste parecer do novo Nagual e considero que o retorno do paganismo é de fato o caminho.

Mas é importante compreender que o paganismo nada tem de convertor, não somos sacerdotes sequiosos de poder e por isso impondo com armas nossas idéias. Estamos em busca dos que são como nós, reencontro é nossa trilha.

Estamos apenas propondo um retorno à vida.

Você já viu uma enchente perto de um rio?
A água sobe muito e cobre tudo em volta.

Então quando vem a estiagem e o sol evapora a água pequenas lagoas surgem. Nessas lagoas muitos peixes ficam, agora isolados do rio. Se ali ficarem, mais cedo ou mais tarde a água vai secar e eles morrerão.

Podemos criar um canal que coloque a lagoa isolada em contato de novo com o rio e assim, os peixes, que quiserem, poderão nadar novamente para o fluxo principal. É deste fluxo principal da vida que fomos apartados com estas crenças impostas.

O retorno do paganismo que falamos é esse canal , que pode nos auxiliar a voltar ao fluxo principal da vida. A liberdade de ir rio afora, ou mesmo nadar contra a correnteza, voltando as nascentes para, quem sabe, renascermos de nós mesmos. Com todos os riscos e com toda a beleza de estar vivo de fato.

Sem imposições, sem medo ou culpa.

Livres, plenos, como a vida é.

Pagãos enfim.

http://www.imagick.org.br/pagmag/guerreir/paganismo.html



O neo paganismo, a religião da Terra, o religar-se à Terra enquanto ser vivo e consciente é um caminho que leva à MAGIA e a VIDA.

Em homenagem sincera a tantas mulheres valorosas, homens corajosos, que entregaram suas vidas às chamas, que resistiram a tortura mas nada revelaram dos SEGREDOS, em homenagem a estes heróis e heroinas que com seu sacrificio salvaram outros para que a tradição continuasse nos chamamos bruxos e bruxas.
Porque hoje podemos ,nós seus herdeiros(as) espirituais, dançar em praça pública, dizermo-nos publicamente pagãos (ãs) e sentir que uma nova fase da História se aproxima nos dizemos bruxos e bruxas.
E podemos ver além da confusão que os que sabem que vão perder o poder estão criando para que não percebamos o SOL da primavera retornando, porque temem a verdade, a constatação esta civilização construida no gelo da ganância e egoísmo, ruirá por si.

Os que fizeram seus impe'rios e suas armas de poder no gelo da realidade vazia e estéril que criaram temem que redescubramos a magia, pois o calor da magia os ameaça pela sua simples existência.

Por isso nos chamamos Bruxos e Bruxas, por isso temos caldeirões e colheres de pau, pilões, vassouras e outros instrumentos que usamos para tecer nossas magias, porque nestes simples ato deixamos nossa condição isolada e nos irmanamos em vasta corrente que além do tempo e espaço conectada está com a Deusa.
Pois em cada ato mágico, em cada rito que ritualizamos uma onda de energia vence tempo e espaço e toca nossos antepassados espirituais enquanto ardem na fogueira dos conquistadores, com nossa magia viva hoje lhes dizemos:

"Coragem,venceremos!"




http://www.imagick.org.br/pagmag/guerreir/bruxuxbruxa.html

O RENASCIMENTO DO ESPÍRITO FEMININO


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Ditado Popular: "Atrás de um grande homem existe sempre uma grande mulher. Estas atitudes, dentre outras tantas, surgem numa espécie de reabilitação da antiga prática do culto da feminilidade, observada em sociedade, que possuíam o conhecimento da identidade compartilhada entre matéria e energia.

A palavra "matéria" vem de "mater", mãe em latim, o que subtende o processo renovador perpetuado pelo "útero da criação". E aqui nos achamos diante da inexorável roda do tempo e do destino, simbolizados pela Grande Mãe Cósmica ou Mãe Universal, a Grande Mãe ou a Anima Mundi.

Gerações e gerações desfilam-se numa interminável história da intolerância quantos aos aspectos femininos da divindade feminina. Um exemplo clássico foi à caça às bruxas, perseguidas e queimadas, durante Inquisição na Idade Média.

Os dogmas religiosos que apontavam a mulher sábia, compactuadas com demônios e crenças masculinas foi mantida por uma intensa propaganda, até que ficasse firmemente fixado nas mentes, que as bruxas possuíam ligações com o diabo, que levantavam tempestades no mar, causavam aborto, heresias e tantos outros males que afligisse a raça humana naquela época.

Em lendas da literatura inglesa, fala-se sobre Tróia, que após guerra, seus príncipes e seguidores refugiaram-se na Europa Ocidental. Lá eles adoravam a Grande Deusa Lana ou Danu e foram se estendendo para a Irlanda, onde ficaram conhecidos como os "Thuatha de Danaan" e "Os Filhos da Deusa Dana".

Os latinos adoravam a Deusa Branca (Albina), a primogênita dos Danaids e Cardea: a senhora de Janus, o guardião dos Portais de Hades

Consta em uma passagem do perdido "Evangelho dos Hebreus", que quando Cristo foi enviado à Terra, o Senhor invocou um grande poder chamado Michal, e este poder recebeu o nome de Maria e ela desceu à Terra com Cristo em seu útero e este foi dado à luz. Existem provas que esta doutrina muito antiga, a antiga trindade, o "MA-AB-BEM sagrado", escrita com uma palavra composta "MABEN", a trindade: Mãe-Pai e Filho dos antigos, ou seja: Íris, Osíris e Horus

Embora o Cristianismo tenha tentado substituí-los pela Trindade exclusivamente masculina, os povos do Mediterrâneo sempre almejavam ou cultuavam uma Deusa e a Igreja foi forçada a exaltar e cultuar a Virgem Maria.

Na maioria dos povos, a passagem da criança para a fase adulta comemora-se através de "Ritos de Passagem" e durante estes ritos para se tornarem guerreiros ou aceitos pelas tribos, recebem um espírito guardião, que os tornam guias por toda a sua vida. Essas iniciações incluem purificações, testes de coragem e força, severos e dolorosos.

Ainda existe nos EUA, uma cerimônia indígena denominada "Sundance" - que é um sacrifício de sangue, que requer considerável coragem e capacidade de compreensão do mundo civilizado. Perguntado o objetivo deste ritual masculino do sangue, veio a resposta: "É a única coisa verdadeiramente masculina que podemos oferecer à Terra. A mulher, pela menstruação, faz todos os meses uma oferenda de sangue. Nós homens, não".

"A Bruxaria Hoje", de Gerald Gadner, descreve que as bruxas atuais, secretamente realizam um rito do solstício de Inverno, que "A Sacerdotisa", se posiciona em frente a um caldeirão com fogo aceso, enquanto outras dançam ao seu redor em sentido horário com tochas flamejantes. Elas denominam a "Dança de Roda" ou Yule, e seu propósito é "fazer o sol renascer". "O caldeirão representa a Grande Mãe, o fogo representa a criança solar em seu útero."

"Quando se questiona as razões para essas semelhanças, no fundo sempre se encontra o culto da Grande Mãe de Todos os Seres Vivos", "A Deusa da Lua". Ela já foi conhecida como ISTHAR da Babilônia, ATTAR na Mesopotâmia, ATHER, na Arábia, ASTAR na Abissínia, ATARGATIS na Síria e ASTARTE ou ARTEMIS na Grécia.

Pois ela também é a força do amor. Ela é a Grande Mãe de Todos, a provedora da fertilidade e do poder de reprodução. Toda a vida provém dela. Todas as plantações, frutos, animais e pessoas são seus filhos. Ela é a doadora e ceifadora, a Deusa da Vida, Morte e Renascimento.

A Lua é essencialmente feminina, pois através de suas fases, nova, quarto crescente, quarto minguante e cheia, guarda íntima relação com as transformações inerentes ao mundo natural, estendendo-se às flutuações da alma humana, que faz intermediação entre personalidade e espírito.

Citando "Romeo Graziano Filho" - "As qualidades femininas que buscam manifestar-se em nossa realidade, encontram-se disponíveis no interior da alma, sendo que a imaginação (a nossa capacidade mental de visualização, antecipadamente o que desejamos criar no plano material) é o meio para acessá-las. Imaginação, sensibilidade, inteligência, intuição, preservação, receptividade, criatividade e amorosidade são alguns dos valores do universo feminino."

Então vamos vivenciar o tão sonhado equilíbrio dos sexos. Nós, mulheres, não precisamos nos rebaixar, igualar, menosprezar ou duelar com os homens, não precisamos levantar bandeiras, fazer passeatas, queimar soutiãs em praça pública, nem lutar pela equiparação salarial. Devemos sim, nos equilibrar, equiparar, mas como "Seres Portadores da Luz" e colocar em prática o nosso ser verdadeiro, ou toda a nossa essência espiritual, em conjunto, para a evolução cósmica.


CANÇÃO EM SEGREDO

Dentro desta mulher
um anjo menino
brinca de ciranda na calçada
e tem fome de futuro.

Dentro desta mulher
uma criança se debruça na janela
vendo chegar o amor
e se julga imortal.

Dentro desta mulher
uma guerreira constrói sua vida
depois de parir filhos para o mundo

Dentro desta mulher
outra mulher enterra o seu amor perdido
e mesmo assim espera.

Dentro desta mulher
o mistério das coisas
finge dormir.

Lya Luft


http://www.portalchamatrina.com.br/porenascimentodoespiritofemininostela110506.htm

FORUM SOCIAL MUNDIAL 2009



Toda esta quarta-feira, 28 de janeiro, segundo dia do FSM 2009, foi dedicada ao “Dia da Pan-Amazônia”, que tem como tema “500 anos de resistência, conquistas e perspectivas afro-indígena e popular”. A decisão de dedicar um dia exclusivo à temática da região, que abriga Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além da Guiana Francesa, e é a verdadeira protagonista do evento, partiu do Conselho Internacional (CI) do Fórum Social Mundial.

Três palcos, dois na UFPA e um na UFRA, foram montados para os povos dos noves países da Pan-Amazônia dialogarem política e culturalmente com o mundo, no esforço por uma aliança planetária para a preservação não apenas da região, mas de toda a humanidade.

No palco montado na Universidade Rural do Pará, o tema “Identidade”, integrante do painel “Terra e Território, Identidade, Soberania Nacional e Soberania Popular e Integração Regional”, mobilizou povos originários da região Pan-Amazônica, da América Central e da África.

“Nem guardiões, nem caseiros”
Para os representantes dos grupos Caiapós, da região de Altamira, no Pará, e Guajarás, da margem oriental da Amazônia, os povos originários da região pan-amazônica não são nem guardiões e nem caseiros dos interesses do homem branco. A relação estabelecida entre eles e a floresta é de sobrevivência, garantia histórica de sua preservação.

A interferência branca e seu conceito de desenvolvimento, segundo Caiapós e Guajarás, modificaram o equilíbrio da região, estabelecido por séculos de convivência harmônica entre os povos originários, seus verdadeiros donos, e a floresta. O conceito branco de desenvolvimento produz bens que acabam não retornando às comunidades de onde os recursos naturais são retirados.

“Não somos folclore da humanidade”
Para os povos herdeiros das culturas inca e maia presentes na manifestação, nem liberalismo ou socialismo são a solução para os problemas dos povos originários, uma vez que os paradigmas econômico-financeiros ocidentais têm como foco o indivíduo, o que acabou conduzindo a humanidade ao individualismo capitalista.

Segundo a cosmovisão Maia, que valoriza sobretudo a consciência coletiva dos grupos sociais e tem a natureza como centro de suas preocupações, só uma visão plurinacionalista restabeleceria a harmonia entre os povos, e entre a humanidade e a natureza.

É preciso, no entanto, passar do “folclorismo” à ação. Uma das principais preocupações dos povos originários neste Fórum é fazer a humanidade compreender que o indígena é um sujeito de direitos, um ator político que precisa ser ouvido em função de sua autoridade originária, e não um ornamento a mais na grande festa da democracia que é o Fórum Social Mundial.

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15533

VENTOS:O MISTÉRIO DO FEMININO



O tema "ventos" é um tema bem vasto e faz parte daqueles temas que só podemos aludir sobre, especialmente nós homens, pois nós homens podemos travar amizade com os ventos, mas só uma mulher pode convidar um vento a morar em seu útero. Quando falamos de vento estamos e não estamos falando do que conhecemos como vento. Falamos da sensação do vento, do vento forte e da brisa, do vento trazendo frescor no fim de tarde de verão, no minuano e seu frio implacável. Esse vento fato é do que falamos. O vento, conceito intelectual, o que é vento, deslocamente produzido pela fricção de massas quentes e frias e tal é um conceito que pode ser ampliado. Calor e frio, yang e yin se friccionando para fazer surgir algo que nào estava ali antes.

...A Terra é um ser vivo.

Os ventos fazem parte do poder da Terra.

Nós somos seres de energia.

Podemos transmutar energia.

Nós somos seres de consciência.

Podemos transmutar a consciência.

Nós somos seres vivos.

Podemos transmutar a vida.

Os ventos são poderes, chamá-los de ventos é aludir a algo que está lá mas só pode ser "compreendido" se for sentido.

...O caminho dos Ventos é o mais arriscado de ser trilhado sem orientação. É como tentar aprender a dirigir sem alguém lhe ensinando. Temerário dependendo do tipo do relevo a sua volta. Assim é lidar com os ventos.

...Homens e mulheres aqui na Terra trazem em si essas energias Yang e Yin que estamos falando e existem homens Yin e mulheres Yang, podendo manifestar ou nao essa polaridade também sexualmente. O que ocorre é que a lógica do rebanho ainda perpetua na civilização dominada e as pessoas são úteis quando produtoras e consumidoras das futilidades que o sistema oferece e úteis quando reprodutoras. Uma mulher plena, que não tenha "furos" no corpo energético, uma mulher que tenha enfrentado e integrado sua sombra, pode , após ter feito o rito do sol e trazido a semente do sol para morar em seu útero, convidar o "seu vento" (cada mulher tem "um" vento próprio.) para vir morar em seu útero.

Os xamãs homens desenvolveram o feitiço da cabaça, para nela "guardar" um ente a partir do mirar de como as mulheres usavam suas cabaças internas para nela guardar poder. E a diferença que o que está na cabaça é um ente, como um saci ou um ser inorgânico de outra extirpe, enquanto que a mulher guarda dentro dela um vento, um poder natural.

...Dependendo da sua conformação energética e da quantidade de energia vital em si, podemos nos unir a "mulheres ventos", numa associação que nem pode ser citada pelas palavras, pois as palavras estão impregnadas de emocionalismos piegas e desarrazoados, de carências e irresoluções e este tipo de relação entre um Homem e uma Mulher pela troca de ventos internos é algo que transcende a tolice sem par do romantismo moderno, feito de carências e cinismo. É um sentimento que vem das esferas da não expectativa, do não apego. Chegar aos ventos antes de ter se resolvido, antes de ter-se feito nuvem é arriscar ser parede que barra o vento, ser buraco que em sua própria natureza se afunda fugindo do vento, que ainda assim pode percorrer seu interior.

É o que vejo as vezes no encontro dito "amoroso" das pessoas, onde cobranças, medos, ciúmes e ansiedades preenchem o que poderia ser o partilhar da maravilha de estar vivo entre seres que se sentem felizes pela vida do outro. Há muitas complexidades no caminho dos Ventos, mas ele não pode ser trilhado por "busca do amor perfeito" ou por quaisquer outros interesses egoticistas. Para poder fluir com os ventos temos de ser nada, para nele flutuar temos de ser inteiros.

http://pistasdocaminho.blogspot.com/2009/01/ventos-o-misterio-do-feminino.html#links

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A CAÇA ÀS BRUXAS CONTINUA...



Faz um ano e meio, que transcrevi aqui nesta coluna uma notícia da CNN: no dia 31 de Outubro de 2004, aproveitando-se de uma lei feudal que foi abolida no mês seguinte, a cidade de Prestopans, na Escócia, concedeu o perdão oficial a 81 pessoas – e seus gatos – executadas por prática de bruxaria entre os séculos XVI e XVII.

Segundo a porta-voz oficial dos Barões de Prestoungrange e Dolphinstoun, “a maioria tinha sido condenada sem nenhuma evidência concreta – com base apenas nas testemunhas de acusação, que declaravam sentir a presença de espíritos malignos”.

O mais curioso nesta notícia é que a cidade e o 14º Barão de Prestoungrange & Dolphinstoun, estão “concedendo perdão” às pessoas executadas brutalmente. Estamos em pleno século XXI e aqueles que mataram inocentes ainda se julgam no direito de"perdoar" .

Para minha surpresa, o assunto não terminou aí.

Ainda existem, pelo menos segundo a respeitada agência Reuteurs, bruxas para serem perdoadas pelo sistema. Em uma notícia recentemente publicada, a neta de uma delas acaba de lançar uma campanha pelo “redenção póstuma” de Helen Duncan, uma senhora acusada pelos ingleses durante a Segunda Guerra Mundial. O crime de Duncan foi ter respondido durante uma sessão de espiritismo a pergunta de uma mãe desesperada, que gostaria de saber o paradeiro do seu filho, membro da tripulação do navio HMS Barbham. A médium afirmou que o mesmo acabava de naufragar, e todos haviam morrido.

Era verdade, mas o fato estava sendo mantido em segredo para não afetar a moral dos soldados. A notícia logo se espalhou, e chegou até o governo. Baseado em uma lei de 1735, Winston Churchill mandou prendê-la até o final da guerra.

Helen Duncan morreu em 1956, sem jamais ter sido perdoada. Sua neta, Mary Martin (hoje com 72 anos), já conseguiu até mesmo uma audiência com Ministro do Interior do governo Tony Blair, sem o menor sucesso.

No momento em que escrevo estas linhas, o Barão de Prestoungrange,o mesmo que conseguiu obter o perdão oficial da cidade de Prestopans, está diretamente envolvido no assunto, e já chegou até mesmo a montar um site na internet (www.prestoungrange.org/helenduncan) para angariar apoio internacional.

Diz o Barão:

“Os 300 soldados executados por deserção durante a Primeira Guerra Mundial já foram perdoados. As denúncias que provocaram a morte de um grupo de 20 jovens inocentes em Salem, Massachussets, já foram tratadas com o devido respeito. Nós já nos desculpamos de traficar escravos e adotarmos a pirataria como um meio nobre de enriquecer o Reino Unido. O que falta para perdoar Helen Duncan?”

É simples. No início, Duncan foi acusada de espionagem. Uma gigantesca investigação levada a cabo pelo governo concluiu que era impossível uma mulher como ela ter acesso a segredos oficiais e informações secretas. Como poderia, portanto, saber o que havia passado com a fragata HMS Barbham?

Restava apenas uma única explicação:bruxaria. E para que servem as antigas leis, mesmo que já tenham sido esquecidas por uma civilização que se julga iluminada e longe das superstições de outrora?

Para serem aplicadas.

http://www.warriorofthelight.com/port/index.html

O VÔO DA FLECHA



O caminho do tiro com o arco

A importância de repetir a mesma coisa
Uma ação é um pensamento que se manifesta.
Um pequeno gesto nos denuncia, de modo que temos que aperfeiçoar tudo, pensar nos detalhes, aprender a técnica de tal maneira que ela se torne intuitiva. Intuição nada tem a ver com rotina, mas com um estado de espírito que está além da técnica.
Assim, depois de muito praticar, já não pensamos em todos os movimentos necessários: eles passam a fazer parte da nossa própria existência. Mas para isso, é preciso treinar e repetir.
E como se não bastasse, é preciso repetir e treinar.
Observe um bom ferreiro trabalhando o aço. Para o olhar destreinado, ele está repetindo as mesmas marteladas.
Mas quem conhece a importância do treinamento, sabe que cada vez que ele levanta o martelo e o faz descer, a intensidade do golpe é diferente. A mão repete o mesmo gesto, mas à medida que se aproxima do ferro, ela compreende que se deve tocá-lo com mais dureza ou mais suavidade.
Observe o moinho. Para quem olha suas pás apenas uma vez, ele parece girar com a mesma velocidade, repetindo sempre o mesmo movimento.
Mas aquele que conhece os moinhos sabe que eles estão condicionados ao vento, e mudam de direção sempre que for necessário.
A mão do ferreiro foi educada depois que ele repetiu milhares de vezes o gesto de martelar. As pás do moinho são capazes de se moverem com velocidade depois que o vento soprou muito, e fez com que suas engrenagens ficassem polidas.
O arqueiro permite que muitas flechas passem longe do seu objetivo, porque sabe que só irá aprender a importância do arco, da postura, da corda, e do alvo, depois que repetir seus gestos milhares de vezes, sem medo de errar.
Até que chega o momento em que não é mais preciso pensar no que se está fazendo. A partir daí, o arqueiro passa a ser seu arco, sua flecha, e seu alvo.

Como observar o vôo da flecha
A flecha é a intenção que se projeta no espaço.
Uma vez que foi disparada, já não há mais nada que o arqueiro possa fazer, a não ser acompanhar o seu percurso em direção ao alvo. A partir desse momento, a tensão necessária para o tiro já não tem mais razão para existir.
Portanto, o arqueiro mantém os olhos fixos no vôo da flecha, mas seu coração repousa, e ele sorri.
Nesse momento, se treinou o bastante, se conseguiu desenvolver seu instinto, se manteve a elegância e a concentração durante todo o processo do disparo, ele sentirá a presença do universo, e verá que sua ação foi justa e merecida.
A técnica faz com que as duas mãos estejam prontas, que a respiração seja precisa, e que os olhos possam fixar o alvo. O instinto faz com que o momento do disparo seja perfeito.
Quem passar por perto e ver o arqueiro de braços abertos, com os olhos acompanhando a flecha, irá achar que está parado. Mas os aliados sabem que a mente de quem fez o disparo mudou de dimensão, está agora em contacto com todo o universo: ela continua trabalhando, aprendendo tudo o que aquele disparo trouxe de positivo, corrigindo os eventuais erros, aceitando suas qualidades, esperando para ver como o alvo reage ao ser atingido.
Quando o arqueiro estica a corda, pode ver o mundo inteiro dentro do seu arco. Quando acompanha o vôo da flecha, este mundo se aproxima dele, o acaricia, e faz com que tenha a sensação perfeita do dever cumprido.
Um guerreiro da luz, depois que cumpre seu dever e transforma sua intenção em gesto, não precisa temer mais nada: ele fez o que devia. Não se deixou paralisar pelo medo - mesmo que a flecha não atinja o alvo, ele terá outra oportunidade, porque não foi covarde.

www.paulocoelho.com.br

http://somostodosum.ig.com.br/blog/blog.asp?id=8294

SHAMBHALA



Esta versão da profecia foi trazida até nós pela dedicação de Joanna Macy, uma discípula do seu intérprete, o lama Choegyal Rinpoche, da comunidade de Tashi Jong, no norte da Índia”.

"… Haverá um tempo quando toda a Vida estará em perigo. Grandes poderes barbáricos surgirão. Embora esses poderes empreguem suas fortunas preparando-se para aniquilar-se uns aos outros, eles têm muito em comum: armas de inimaginável poder destrutivo e tecnologias que ameaçam o nosso mundo. Nesta era em que o futuro dos seres sensíveis parece se dependurar pela mais frágil membrana, o império de Shambhala emerge.

Não se pode visitá-lo, porque não é um lugar; não é uma entidade geopolítica. Existe somente nos corações e mentes dos guerreiros de Shambhala. Nem se pode reconhecer um guerreiro de Shambhala quando se vê um, pois não usa farda, uniformes, nem insígnia, e não carrega estandartes. Eles não tem barricadas onde subir para ameaçar o inimigo, ou atrás da qual se esconder para descansar ou renovar as energias. Eles não têm nem mesmo um território próprio. Sempre têm que mover-se nos territórios dos próprios bárbaros.

Agora chegou o tempo quando uma grande coragem - moral e física - é exigida dos guerreiros de Shambhala, pois têm que penetrar no coração dos poderes barbáricos, dentro de seus calabouços, prisões e cidadelas onde as armas são mantidas, e precisam desativá-las. Para desativar as armas, no sentido mais literal da palavra, eles têm que embrenhar-se pelos corredores do poder, onde as decisões são tomadas.

Os guerreiros de Shambhala têm a coragem para fazer isso porque sabem que estas armas são manomaya. Elas são "produtos da mente". Feitas pelas mentes humanas, elas podem ser desfeitas pelas mesmas mentes humanas. Os guerreiros de Shambhala sabem que os perigos ameaçando a vida na Terra não vêm de poderes extraterrestres,deidades satânicas,ou destinos malignos pré-estabelecidos.Eles se originam de nossas próprias decisões,nossos modos de vida,e nossos relacionamentos.

Então, este é o momento em que os guerreiros de Shambhala começam o seu treinamento. Quando Choegyal disse isto, Joanna perguntou, "Como eles treinam?" Treinam, disse ele, na utilização de duas armas. "Que armas?" E ele levantou suas mãos da forma como os lamas seguram os objetos rituais do dorje e o sino na dança dos lamas.

As armas são a compaixão e a perspicácia. Ambos são necessários. É preciso ter compaixão porque ela é o sumo, o poder, a paixão para agir. Significa não ter medo da dor do mundo. Com a compaixão podemos abrir-nos para essa dor, dar um passo a frente, agir. Mas essa "arma" sozinha não é suficiente. Ela pode nos exaurir. Então precisamos da outra - precisamos da perspicácia que nos dá a compreensão da interdependência de todos os fenômenos. Com a perspicácia saberemos que esta náo é uma batalha entre "os bons e os maus",porque a efêmera linha que divide o bem e o mal cruza os meandros de todo coração humano. Com a perspicácia para perceber toda a nossa profunda inter-relação - nossa ecologia profunda - saberemos que as ações empreendidas com a intenção pura têm repercussões por toda a teia da vida,além do que se pode medir ou distinguir. Sozinha, esta perspicácia pode parecer muito fria, muito conceitual para sustentar-nos e manter-nos em movimento; portanto precisamos do calor da compaixão. Juntos, estes dois podem sustentar-nos como agentes de mudanças completas, integrais. São presentes que nos foram oferecidos, e dos quais devemos apossar-nos agora para a cura do nosso mundo.

Estas duas armas do guerreiro de Shambhala representam dois aspectos essenciais do Exercício da Re-Conexão. Um é o reconhecimento e a experiência de nossa dor pela situação de nosso mundo. O outro é o reconhecimento e a experiência de nossa interconexão radical e fortalecedora com toda a Vida. "

http://segredosdoplanetashan.blogspot.com/2008/12/127-parte-teoria-da-terra-oca-9.html

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

KRISHNAMURTI



Não sei quem sou. A água não sabe o que a água é.”

Krishnamurti em conversa com Mary Lutyens
in The Open Door.

Em março de 1983, o descobridor da vacina contra a pólio, Dr. Jonas Salk, visitou Jiddu Krishnamurti em Ojai, na Califórnia, para gravar com ele uma entrevista em vídeo. "Ouvi o sr. dizer uma vez", disse o Dr. Salk "que há pessoas capazes de ajudar as outras com suas qualidades excepcionais". Krishnamurti respondeu: "Ninguém pode guiar ninguém, nem dizer-lhe o que deve fazer, e nada disso faz sentido. Mas como o sol, algumas pessoas podem trazer luz e calor. E quem quiser ficar ao sol, que fique. Os que preferirem a sombra, que permaneçam nela".

- Esse é o tipo de iluminação de que falava?, pergunta Salk.

- Essa é a única iluminação que existe, responde Krishnamurti.

...Antes de morrer, quis gravar uma mensagem em resposta à consulta de uma amiga sobre o que aconteceria, após sua morte, àquela força que ele foi durante tanto tempo e com tanta intensidade. Quando o corpo se extinguisse, respondeu Krishnamurti na gravação, ficariam os ensinamentos, aquele seu modo peculiar de "conhecer o que é pelo conhecimento do que não é". Uma vez mais ele se negava a dar um depoimento pessoal sobre o sentido da sua existência e o significado de tantos anos de palestras, livros, entrevistas, diálogos, encontros. Com ele conversaram longamente, em alguns casos voltando a encontrar-se, Aldous Huxley, David Bohn, Sir Cedric Hardwike, Fritjof Capra, o Dalai-Lama, Mircea Eliade, Indira Gandhi, Yehudi Menuhin e muitos outros....

...Nascido de uma família pobre de Madras, na Índia, foi "descoberto" por C.W. Leadbeater e educado pela Dra. Annie Besant, da Sociedade Teosófica. Leadbeater e Besant, os primeiros europeus com quem o menino falou, diziam ter informações sobre vidas anteriores de Krishnaji (diminutivo carinhoso adotado pelos teosofistas). Um "mestre de sabedoria", Koot Hoomi, recomendava que o menino e seu irmão fossem preservados do meio em que viviam, aprendendo princípios de higiene e saúde mental...

...Krishnaji e seu irmão Nytia passaram a estudar em Londres, e nas férias visitavam Paris. A Sociedade Teosófica tinha grandes planos para eles, mas Nytia sofria então de uma tuberculose que logo se tornou crônica. A partir de 1922, Krislinamurti começou a mostrar-se crítico daquela preparação. Nas cartas que manda a Annie Besant, abria seu coração e mostrava muitas dúvidas. Na metade dos anos 20, os irmãos procuraram uma casa em clima ameno, aconselhável, para a doença de Nytia, e se instalaram em Ojai, nas montanhas da Califórnia.

Num domingo de agosto de 1920, Krishnaji viveu uma experiência psíquica que ele descreveu algo superficialmente à sua protetora. A partir daí, já não será o mesmo e as interpretações teosóficas não o satisfazem. Mrs. Besant diz que as dores de cabeça e o desejo de isolamento do jovem são natural do “desenvolvimento do kundalini, um preparo para a adaptação do corpo ao "Grande Ocupante”. Krishnaji permanece em silêncio, já não escreve mais; nem sequer fala com os que o cercam.

Na reunião de Ommen de. 1929, na Holanda, Krishnamurti faz um discurso sereno mas terrível para os teosofistas, dissolvendo a Ordem da Estrela e dizendo-se desvinculado de toda e qualquer organização. "Afirmo que a verdade é uma terra sem caminhos", disse ele nesse dia, "e ninguém pode chegar a ela através de uma religião,uma seita ou de uma organização."A verdade não pode ser trazida para o vale, por maior que seja o esforço. Imagino que vocês formarão outras ordens como essa que estou dissolvendo hoje. Isso será, uma mais uma espécie de servidão, de armadilha que vai prendê-los ao medo. (...),Não quero seguidores,-porque quem segue alguma coisa ou alguém,está longe da verdade ( ... ) Precisamos ficar livres de todos os temores, do medo da religião, da salvação, da chamada espiritualidade, do medo de amar, do temor da morte, do pavor da própria vida.

Vocês estão acostumados à obediência, à aceitação sem discernimento, e essa é uma forma de corrupção do espírito. Minha decisão não é um impulso, é definitiva. Vocês podem fundar, como disse, outras organizações, e esperar delas alguma coisa. Quanto a mim, estou desligado de tudo isso porque não quero criar outras prisões, nem uma nova decoração para as antigas. Meu único interesse agora é a absoluta e incondicional liberdade do homem".

Nos setenta anos que se seguiram, sob os auspícios de várias fundações Krishnamurti na índia, Inglaterra, Estados Unidos e Canadá, foram criadas escolas e grupos de encontros, mas em nenhuma dessas instituições foram apontados caminhos para o comportamento humano, fosse ele religioso, social ou político...

...O ensino fundamental de Krishnamurti pode ser resumido em poucas frases: o homem é condiciona­do pelo desejo e pelo medo; o pensamento é limita­do e resulta de habilidades inatas e adquiridas; to­das as idéias e opiniões são formas cristalizadas e fortalecem um centro psicológico que retoca a reali­dade constantemente; o presente é única coisa con­creta, sendo o passado apenas memória usada afetivamente e o futuro projeto de ação para preservar o conhecido; nenhum livro ou autoridade pode ajudar o homem a encontrar a verdade,e todos os gurus e líderes são condicionadores da mente humana, sendo por sua vez condicionados;a curiosidade e a paixão da verdade são necessárias para uma busca que recomeça sempre do zero, a cada momento e sempre no aqui e no agora. Esses são os principais pontos dos ensinamentos de Krishnamurti, e segundo ele a ninguém caberá interpretá-los para outras pessoas, devendo servir-se deles para uso estritamente pessoal.

As especulações sobre o sentido da pregação e a própria vida de Krishnamurti nunca cessaram completamente. Ao longo de suas viagens
pelo mundo — primeiro na Holanda, depois na Suíça, em Londres, Paris e nos EUA, na Escola Inglesa de Brockwood ou em Ojai, na Califórnia — voltava sempre a pergunta sobre as razões da sua pregação, os motivos do seu ensinamento, e vinham as inevitáveis comparações com os "homens santos" de todas as religiões. A essas questões Krishnamurti respondia invariavelmente que somente o que ele dizia tinha importância, não ele próprio. Investigar a vida de alguém, conhecer sua intimidade, compará-lo com outros homens vivos ou mortos, era pura distração ou um modo de não cuidar do essencial e urgente que era a realidade de cada indivíduo. Disso, a mensagem cuidava, uma vez que ela propunha o auto-conhecimento como único caminho.

"Tudo o que interessa ao homem está nele próprio,não fora dele, e é disso que ele tem de tratar, conhecendo-se em cada movimento, em cada pensamento, em cada inibição, sem esforço nem tensão, sem buscar um resultado imediato, mas com certa paixão."

Nos seus noventa anos, Krishnamurti recebeu alguns velhos amigos em Ojai. Ali estavam Mary Zimbalist, companheira de seus últimos anos de vida, assim como Pupul Jayakar, responsável pela Fundação na Índia e biógrafa de Krishnamurti. Nessa noite, Pupul lembrou à mesa a revelação do sábio indiano Jagannath Upadhyaya sobre a hipótese de Maitréia ter tomado o corpo de Krishnaji, evocando uma carta do irmão Nytia para Annie Besant (encontrada nos arquivos de Adyar, Índia), falando sobre o "processo" vivido pelo pensador em 1922, ali mesmo em Ojai.

Na época, havia corrido a informação de que Krishnamurti tinha pedido aos que o acompanhavam que não falassem mais no assunto, uma vez que isso não era para ser conhecido. Presente a essa evocação feita por Pupul, Krishnamurti entendeu imediatemente que ela queria sua opinião a respeito, na noite em que completava noventa anos. Disse então, que não era aconselhável ir fundo nessas questões esotéricas, "porque se você abre essa porta, você não pode conter o que está por trás dela."

O sentido de dissociação de Krishnamurti com seu corpo foi para Mary Lutyens, autora de livros sobre ele, um desafio que ficou além de qualquer compreensão. Havia "um outro" que habitava aquele corpo do qual ele cuidava com tanto zelo? Pouco antes de morrer, Krishnamurti falou sobre a energia que passava através dele e iluminava seu espírito. Sua morte, no final de Fevereiro de 1986 em Ojai, foi serena e sua lucidez foi mantida até o último instante. Naquele ano e no anterior,ele deu atenção especial às questões relacionadas com a morte e o medo que ela suscita.

A seu pedido, seu corpo foi cremado em Ventura, California, mas não foi visto por ninguém após a morte. Mary Zimbalist descreveu esses instantes: " As horas que antecederam oito da manhã, quando os encarregados do funeral chagariam, permitiram um espaço abençoado de tempo, que aproveitei sentada em silêncio perto de Krishnaji, olhando seu rosto e sua infinita beleza. Quando o tempo acabou, abracei seus pés, seus pés de criança, delicados e flexíveis."

Fonte: Jornal da Tarde

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Na manhã do dia 7 (Fevereiro de 1986), Mary Zimbalist perguntou a K se podia responder a uma pergunta que Mary Cadogan tinha escrito para ele. Ele pe­diu para Mary lê-la. Era o seguinte: 'Quando Krishnaji morrer, o que realmente acontecerá com esse extraordinário foco de compreensão e ener­gia que é K?'

K respondeu imediatamente e Mary anotou: 'Terá partido. Se alguém penetrar totalmente nos ensinamentos, talvez possa tocá-lo; mas so­mente tentar tocá-lo não resolve'. E, após um momento, acrescentou: 'Se vocês apenas soubessem o que perderam — aquele vasto vazio'.

A pergunta de Mary Cadogan provavelmente ainda estava na cabeça de K quando, no meio da manhã, ele chamou Scott e pediu-lhe que gravasse algo que queria dizer. 'A voz dele estava fraca', observou Mary, mas falou com grande ênfase'. As palavras estavam entrecortadas por pausas como se fosse um esforço pronunciá-las:

"Eu estava dizendo esta manhã que, por setenta anos, esta superenergia — es­ta imensa energia, imensa inteligência — tem usado este corpo. Não creio que as pessoas compreendam a tremenda energia e inteligência que fluíam através deste corpo — é uma máquina de doze cilindros. E durante setenta anos — um longo tempo — e agora o corpo não agüenta mais. Ninguém, a menos que o corpo tenha sido preparado, muito cuidadosamente, protegido e assim por diante — ninguém pode compreender o que acontecia com o cor­po. Ninguém. Não pretendam compreender. Ninguém. Repito isso: ninguém entre nós ou o público sabe o que aconteceu. Eu sei que não sabem. E agora, depois de setenta anos, isso chegou ao fim. Não aquela inteligência e ener­gia, ela está aqui, todos os dias, e especialmente à noite.

E, após setenta anos, o corpo não pode mais suportar — não suporta mais. Não pode. Os indianos têm muitas superstições idiotas sobre isso — que o corpo obedece à nossa vontade e todos os tipos de tolices. Vocês não encontrarão outro corpo como esse, ou aquela suprema inteligência operando em um corpo, por muitas cen­tenas de anos. Vocês não verão isso outra vez. Quando ele partir, partiu. Não há consciência alguma deixada para trás daquela consciência, daquele esta­do. Todos pretenderão ou tentarão imaginar que poderão entrar em contato com aquilo. Talvez possam de algum modo se viverem os ensinamentos. Mas ninguém tem feito isso. Ninguém. E então este é o fato."

Quando Scott pediu para ele esclarecer o que dissera pois temia que pudesse ser mal interpretado, K ficou `muito aborrecido' com ele e disse: 'Você não tem direito de interferir nisso'. Ao dizer para Scott não interferir, parece evidente que K queria que essa declaração fosse conheci­da por todos os interessados.

K viveu apenas nove dias mais. Ele desejava morrer e queria saber o que aconteceria se o tubo fosse removido. Disseram-lhe que ficaria rapidamente desidratado. Ele sabia que tinha o direito legal de tirar o tubo, mas não queria causar possíveis problemas a Mary ou ao médico; além dis­so, 'o corpo' ainda estava sob sua responsabilidade; portanto, até o fim, ele continuou cuidando dele.


Fonte: VIDA E MORTE DE KRISHNAMURTI, de Mary Lutyens, Editora Teosófica

http://holosgaia.blogspot.com/2009/01/vida-e-ultima-mensagem-de-krishnamurti

A BBC E A IMPARCIALIDADE



A decisão tomada pela direção da BBC de não divulgar um pedido de ajuda humanitária que beneficiaria a população civil da Faixa de Gaza atingida pelos bombardeios israelenses tem causado polêmica aqui na Grã-Bretanha.

Segundo o diretor-geral da BBC, Mark Thompson, a divulgação de um pedido de ajuda nestas circunstâncias poderia ser percebida pela audiência da BBC como se a emissora "estivesse tomando partido de um dos lados, num complexo conflito como este entre palestinos e israelenses".

Para Thompson, a BBC tem obrigação de preservar sua imparcialidade jornalística que é um dos pilares dos seus princípios editoriais. Para ele, a percepção da audiência em relação à isenção da BBC poderia ser alterada com a divulgação do pedido.

A campanha de ajuda foi montada pela Comissão Emergencial de Disastres (DEC, na sigla em inglês), da qual fazem parte 13 agências de ajuda humanitária, entre elas, a Cruz Vermelha Britânica, a Christian Aid, a Save the Children e a Oxfam.

A decisão da BBC foi criticada diretamente pelo Arcebispo da Cantuária, a maior autoridade religiosa do país, além de 50 deputados e milhares de ouvintes, leitores e telespectadores da BBC.

Mais de 11 mil e-mails criticando a decisão foram enviados à BBC. Muitos alegam que ao agir desta forma a BBC não demonstra isenção em relação ao conflito, pelo contrário, passa a impressão de que estaria cedendo a pressões de grupos a favor de Israel.

Mas Mark Thompson nega que tenha recebido qualquer tipo de pressão e insiste que a postura da BBC seria a mesma caso o pedido de ajuda humanitária estivesse sendo dirigido a vítimas israelenses atingidas pelos foguetes disparados pelo grupo palestino Hamas. Segundo ele, o único fator que orientou a decisão da BBC foi a manutenção da isenção e imparcialidade jornalística da emissora.

E você, o que acha? Ao divulgar uma campanha deste tipo uma empresa jornalística compromete a isenção? Você acredita que o ouvinte ou o telespectador pode passar a achar que a empresa tomou o lado de alguém ao divulgar um pedido de ajuda humanitária?

http://newsforums.bbc.co.uk/ws/pt/thread.jspa?forumID=8020

VIBRANDO A PAZ!



Dia 30, sexta-feira, é o dia da Deusa Pax, Deusa romana da PAZ. Proponho que cada um de nós se sintonize com esta Deusa e sua egrégora e acenda uma vela branca vibrando na PAZ. Vamos pedir PAZ interior, em nossas vidas e no mundo, que está precisando muito!!!

Sugiro que façamos isto na hora do crepúsculo, pois é um momento de maior força mágica. Outros horários bons são ao nascer do sol, ao meio-dia, e a meia-noite. Mas o mais importante é fazermos esta corrente de PAZ!

Vamos aproveitar e tentarmos ser mais tolerantes e pacificadores neste dia, melhor ainda se formos sempre!

Vamos observar que a verdadeira PAZ está intimamente ligada a um estado de ser mais tranquilo e sereno, que permite-nos a sentir amor dentro de nós, o que gera um sentimento de preenchimento, alegria e plenitude.

http://annaleao.blogspot.com/2009/01/vibrando-paz.html

A MÍDIA DIANTE DA CRISE




...Na manhã desta segunda-feira, Ignacio Ramonet, do Le Monde Diplomatique, Sandra Russo, do jornal argentino Página 12, Marcos Dantas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Pascual Serrano, do site Rebelión, Bernardo Kucinski, professor da Universidade de São Paulo (USP), Joaquím Constanzo, da agência de notícias IPS, Altamiro Borges, do site Vermelho, Luis Hernández Navarro, do jornal mexicano La Jornada, e Joaquim Palhares, diretor da Carta Maior, debateram o comportamento da mídia na recente crise financeira internacional durante a mesa “A Mídia e a Crise”.

Para Ignacio Ramonet, a recente crise financeira internacional destroçou o que ainda restava do neoliberalismo e arrastou consigo boa parte da credibilidade e do poder dos grupos midiáticos, particularmente da imprensa escrita, em função da estreita aliança entre mídia e poder econômico. O tratamento dado pela mídia à crise não teria sido mais do que o reflexo de seu próprio desespero, pois toda crise capitalista tende a se refletir como uma crise nos meios de comunicação. Particularmente em relação à América Latina, destacou que o contexto político não é mais o mesmo, o que tem influído no tratamento dispensado à mídia hegemônica e fortalecido as mídias ditas livres, ou alternativas.

Sandra Russo identificou a existência de um claro movimento de ampliação da cidadania em curso na América Latina, o que tem gerado resistências em setores da classe média e, sobretudo, na elite econômica. Mídias livres devem aproveitar esse momento histórico para influir política e culturalmente nesse novo contexto. Segundo Russo, a mídia tradicional não comunicou adequadamente a realidade da crise financeira internacional por viver fechada sobre si mesma.

Já o professor Marcos Dantas expressou temor de que a institucionalização do termo “mídia” apague responsabilidades. Para o professor carioca, a mídia é feita por profissionais que diariamente fazem escolhas conscientes, e não por um ente abstrato que comanda suas ações. O mundo é visto pelos olhos de quem faz tais escolhas, donde a necessidade de se denunciar essa estrutura. Em função de sua natureza essencialmente antidemocrática, é preciso se buscar novos caminhos e espaços a fim de com ela disputar a agenda do debate público. Um desses caminhos seria a definição de políticas públicas capazes de financiar a multiplicação de vozes representadas pelo movimento de Mídia Livre.

As insatisfatórias explicações sobre a crise
Para Pascual Serrano, a mídia é um dos responsáveis pela recente crise internacional porque faz parte da estrutura financeira do modo de produção capitalista. A sociedade civil organizada sempre defendeu meios de controle sobre a economia, mas teria sido solenemente ignorada pela mídia tradicional, que estranhamente não ofereceu explicações satisfatórias diante da crise, muito embora seus “especialistas” tenham estado sempre de prontidão quando o caso era legitimar a economia capitalista. A estratégia escolhida pela mídia diante da crise, afirmou Serrano, foi a de “vitimização”, como se não existisse responsável algum pela bancarrota capitalista, mas somente vítimas.

Para Serrano, a crise financeira internacional também desvelou a crise do modelo de comunicação vigente: uma “crise de autoridade”, diante da falência da dita objetividade jornalística, e uma “crise de informação”, manifestada sobretudo pela superficialidade com a qual determinados temas são tratados. A Mídia Livre, finalizou Serrano, é o legítimo representante da sociedade civil.

Bernando Kucinski afirmou que a grande imprensa, em um primeiro momento, tentou naturalizar a recente crise internacional através de um discurso genérico, que não distribuiu responsabilidades. Depois, essa mesma imprensa teria tentado alimentar a crise através de um discurso sensacionalista e catastrófico, fato que, especialmente no Brasil, expôs com clareza os objetivos políticos de tal estratégia. Em grande parte isso se deve, continua o professor, à estratégia de “financeirização” do jornalismo econômico brasileiro, patrocinada pelo capital financeiro e pelos grandes bancos, que teria domesticado os setores da imprensa encarregados das notícias sobre economia. Por mais contraditório que possa parecer, finalizou o professor, o melhor tratamento jornalístico dado à crise foi o da imprensa dos Estados Unidos, que vinculou sua origem ao neoliberalismo.

Para Joaquím Constanzo, ao diminuir responsabilidades, a grande mídia tentou ocultar o fato de que a recente crise financeira internacional significou o fracasso do modelo neoliberal. Segundo Constanzo, a Mídia Livre precisa propor novas pautas no debate público latino-americano, mas a disputa pela hegemonia só será possível se esse enfrentamento for profissionalizado.

A responsabilidade das corporações midiáticas perante a crise também foi destacado por Altamiro Borges. Odiscurso de desmonte do papel do Estado patrocinado pelo neoliberalismo foi abraçado por quase todas elas, lembrou. Ele observou ainda que já é possível se perceber um certo clima de pânico no tratamento dispensado pela mídia à recente crise, discurso que legitimaria prováveis “medidas de ajuste” capitalistas como, por exemplo, a conhecida estratégia das demissões em massa. O combate a essas estratégias, acrescentou, passa necessariamente pelo fortalecimento do movimento de Mídia Livre, que não pode se contentar em ser pequeno. É preciso organizar os fóruns regionais de mídia livre, uma das decisões do encontro nacional de midialivristas ocorrido em junho do ano passado no Rio de Janeiro, e se organizar a disputa pelas verbas publicitárias oficiais, em função de seu caráter público.

Para Luis Hernández Navarro, a crise financeira internacional afetou a lógica de funcionamento da mídia tradicional, que antes disso já vivia sua crise particular, cujos principais sintomas seriam a crescente diminuição das vendas de jornais impressos, a monopolização do mercado, a informação tratada como mercadoria, e não como bem público, a incapacidade de lidar com as mudanças profundas que atualmente afetam a comunicação e a perda de prestígio da profissão. Os meios alternativos de comunicação, segundo Navarro, devem almejar a disputa da agenda do debate público com a mídia tradicional e não abrir mão de lutar pela definição de políticas públicas capazes de manter a informação como um bem público.

Os desafios políticos do movimento de Mídia Livre
Joaquim Palhares, diretor da Carta Maior, observou que o atual cenário político internacional parecia inimaginável há oito anos, quando o primeiro Fórum Social Mundial foi realizado sob o peso da então inquestionável hegemonia neoliberal. Na América Latina, particularmente, a mídia hegemônica sempre foi o sustentáculo de tal discurso, em função de sua inegável aliança com o capital financeiro internacional. Porém, destacou Palhares, o mundo mudou, e a internet teria cumprido um papel fundamental nesse processo, que fez de um negro o presidente dos Estados Unidos e de um metalúrgico o presidente do Brasil.

O Fórum de Mídia Livre, acrescentou, precisa construir e fortalecer espaços, sem jamais esquecer o fato de que o enfrentamento com a mídia hegemônica possui um caráter político. Daí a necessidade da articulação de iniciativas concretas de mídia livre tanto na América Latina quanto em nível mundial.

O Fórum Mundial de Mídia Livre é uma conseqüência do I Fórum de Mídia Livre, realizado no Rio de Janeiro em junho de 2008. Reunindo mais de 500 ativistas, jornalistas, professores, estudantes e empresários, o evento significou uma inédita união política entre os principais veículos independentes de mídia brasileiros, sistematizando formas conjuntas de atuação.

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15515

MARCHA PELA PAZ



Marcha pela Paz abre Fórum Social Mundial 2009 : O ponto de partida da caminhada será na praça Pedro Teixeira (Escadinha) ao lado da Estação das Docas. Representando a vinda do FSM da Àfrica para a Amazônia, os povos indígenas da região serão recebidos pelos povos da africanos e afrodescendentes e juntos compartilharão uma Ceia Sagrada. A expectativa é de que mais de 100 mil pessoas participem desta marcha pela paz

BELÉM - Mais de 100 mil pessoas e 5680 organizações devem participar do Fórum Social Mundial 2009 que inicia oficialmente nesta terça-feira (27) em Belém do Pará. Até 1° de fevereiro, representantes de movimentos sociais, povos tradicionais, organizações não governamentais, sindicatos e grupos religiosos de mais de 150 países estarão reunidos para celebrar a 9ª edição do encontro altermundialista, que retorna ao Brasil. Na pauta das principais discussões está a crise econômica mundial, as mudanças climáticas e as alternativas aos modelos de desenvolvimento. O Conselho Internacional do FSM decidiu realizar o Fórum na região amazônica em reconhecimento ao papel estratégico da região para toda a humanidade.

A região é uma das últimas áreas do planeta ainda relativamente preservada, em um espaço geográfico de valor imensurável por sua biodiversidade e que agrega um conjunto amplo e diverso de movimentos sociais que lutam por uma Amazônia sustentável, solidária e democrática. O FSM ocorre nos campi da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e terá mais de 2400 atividades - entre plenárias, conferências, palestras, oficinas, eventos esportivos e culturais - propostas por organizações de todo mundo. A atividade inaugural do FSM será a marcha simbolizando o encontro dos participantes com a cidade que acolhe o evento.

Segundo os organizadores do ato, a celebração representa as boas vindas dos habitantes da Amazônia aos africanos e a passagem do espírito do último FSM centralizado, em Nairobi, no Quênia, para a cidade de Belém, representando toda a Pan-Amazônia. Em seguida, os indígenas darão início à marcha que passará pelas avenidas Presidente Vargas, Nazaré e Almirante Barroso até a Praça do Operário no bairro de São Brás, onde uma programação cultural será promovida por dezenas de etnias indígenas que vieram participar do FSM 2009. A expectativa é de que mais de 100 mil pessoas participem desta caminhada pela paz

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15518

A INICIAÇÃO




Iniciação Real



Há muitas moradas no espaço do coração.

Uma delas é o palácio espiritual, onde estão as jóias da paz.

Dentro desse palácio, existem muitas salas de iniciação. Porém, normalmente, essas salas estão vazias.

Poucos homens adentram esse recinto espiritual em busca da iniciação real.

A maioria é barrada na entrada desse palácio que reside dentro do coração, porque deseja receber a iniciação espiritual portando velhos dramas, carregando antigas mágoas.

Eles chegam aos portões do coração espiritual e querem arrombar a porta com sua arrogância. Entretanto, existem guardas que não permitem a entrada de "brutamontes" que carregam em seu seio o orgulho, a ganância, o ódio.

Esses guardiões, postados na entrada dos salões de iniciação, conseguem observar na aura da pessoa os valores necessários e só deixam passar aqueles com real intenção de crescimento e de progresso, aqueles que querem servir ao grande plano de regeneração da humanidade.

A maioria das pessoas que aporta a esse palácio e a essas salas espera ganhar alguma coisa na iniciação, quando, em verdade, elas precisam perder.

Iniciar-se é perder! É perder a arrogância, o ego.

Ninguém ganha nada ao iniciar-se em um caminho espiritual, só perde.

Perde as tolices, perde o eu. E ao perder a imaturidade, a própria pessoa nota um vasto potencial dentro de si mesma.

As luzes do Bem começam a surgir e ela então nota um tesouro espiritual resplandecente brilhando em todas as partes: dentro de si mesma e em todos os seres.

Então, esta pessoa, iniciada pelos hierofantes* do silêncio, só deseja servir, não deseja poder. Ela já não se prende a nenhuma linha em particular. E nela surge o brilho daquelas jóias da paz dentro de seu coração.

Aos salões da espiritualidade, só têm acesso aqueles de alma aberta e que trabalham generosamente a favor do progresso de todos os seres indistintamente, progresso real de todos.

Ser iniciado é ser um serviçal do Amor Maior que governa a existência e que dá vida a todos.

Não significa erguer a cabeça com arrogância, mas simplesmente erguer os olhos em direção às muitas moradas do Pai Celestial, além da Terra.

Significa agradecer as possibilidades de crescimento, de trabalho digno e a oportunidade de prosseguir.

Ser iniciado significa manifestar cada vez mais intenso brilho no olhar, um olhar que vence toda treva, sem agredi-la.

O iniciado perdeu muito, pois no caminho da iniciação real ele foi deixando as quimeras, as ilusões e desprendendo-se da ganância.

O iniciado não é mais a mesma pessoa. Morreu o homem velho, sequioso do poder; renasceu um ser dourado que alegra-se ao participar de alguma atividade produtiva e generosa a favor da humanidade.

Que todos aqueles que trilham os caminhos da Espiritualidade busquem sinceramente as salas espirituais do palácio que existe dentro do próprio coração. E que cheguem até essas salas portando a humildade real e o imenso desejo de servir ao grande plano de progresso.

Não há diploma nas salas espirituais, não há grau, promessa ou ritual. O que existe é o amor aplicado, o silêncio, a inspiração profunda, em que o aspirante à iniciação percebe, sem que ninguém lhe diga, aquela luz magnânima que a tudo compreende.

Nas salas da iniciação não há palavras, só amor, inspiração e silêncio.
hierofantes* Mestre Iniciador

http://somostodosum.ig.com.br/blog/blog.asp?id=8872

AMOR-NECESSIDADE BÁSICA



A necessidade básica

Sigmund Freud disse em algum lugar que o homem nasce neurótico. Isso é uma meia-verdade. O homem não nasce neurótico, mas ele nasce em uma humanidade neurótica e a sociedade à volta deixa todo mundo neurótico mais cedo ou mais tarde. O homem nasce natural, real, normal, mas no momento em que a criança se torna parte da sociedade, a neurose começa a funcionar.

... a neurose consiste em uma divisão - uma profunda divisão. Você não é um: você é dois ou mesmo muitos... Seu sentimento e seu pensamento tornaram-se duas coisas diferentes: essa é a neurose básica. Sua parte que pensa e sua parte que sente se tornaram duas e você está identificado com a parte que pensa, não com a parte que sente.
E sentir é mais real do que pensar; sentir é mais natural do que pensar. Você nasceu com um coração que sente, mas o pensar é cultivado: ele é dado pela sociedade. E seu sentimento se tornou uma coisa reprimida. Mesmo quando você diz que sente, você somente pensa que sente. O sentimento tornou-se morto e isso aconteceu por certas razões.

Quando uma criança nasce, ela é um ser sensível: ela sente coisas. Ela não é ainda um ser que pensa. Ela é natural, exatamente igual a qualquer coisa natural na natureza - exatamente como uma árvore ou como um animal. Mas nós começamos a moldá-la, a cultivá-la. Ela tem de reprimir seus sentimentos, porque sem reprimir seus sentimentos ela está sempre atormentada.
Quando ela quer chorar, ela não pode chorar porque seus pais não aprovarão. Ela será condenada. Ela não será apreciada, não será amada. Ela não será aceita como ela é. Ela deve se comportar; ela deve se comportar de acordo com uma determinada ideologia, determinados ideais. Somente então ela será amada.

O amor não virá para ela como ela é. Ela somente pode ser amada se seguir certas regras. Essas regras são impostas; elas não são naturais. O ser natural começa a se tornar reprimido, e o não natural, o irreal, é imposto sobre ela. Este irreal é sua mente; e chega um momento em que a divisão é tão grande que você não pode transpô-la.
Você continua se esquecendo completamente qual era - ou é - a sua natureza real. Você é uma face falsa - a face original foi perdida. E você também está com medo de sentir a original, porque no momento em que você a sentir, toda a sociedade estará contra você. Assim, você mesmo é contra a sua natureza real.

Isso cria um estado muito neurótico. Você não sabe o que você quer; você não sabe quais são suas necessidades reais, autênticas. E então você continua atrás de necessidades não-autênticas, porque somente o coração que sente pode lhe dar o sentido, a direção, de quais são as suas necessidades reais. Quando elas são reprimidas, você cria necessidades simbólicas. Por exemplo, você pode continuar comendo cada vez mais e mais, empanturrando-se com comida e você pode nunca sentir que já está satisfeito.

A necessidade é de amor; não é de comida. Mas a comida e o amor estão profundamente relacionados; assim, quando a necessidade de amor não é sentida, ou é reprimida, uma necessidade falsa por comida é criada e você pode continuar comendo. Como a necessidade é falsa, ela nunca pode ser satisfeita e nós vivemos em falsas necessidades.

É é por isso que não existe satisfação.
Você quer ser amado; essa é a necessidade básica - natural. Mas ela pode ser desviada para uma falsa dimensão. Por exemplo, a necessidade de amor, a necessidade de ser amado, pode ser sentida como uma necessidade falsa se você tenta desviar a atenção dos outros para si. Você quer que os outros prestem atenção em você; assim, você pode se tornar um líder político.

Grandes multidões podem prestar atenção em você, mas a necessidade básica real é de ser amado. E mesmo que todo mundo esteja prestando atenção em você, essa necessidade básica não pode ser preenchida. Essa necessidade básica pode ser preenchida até mesmo por uma única pessoa que o ame, que preste atenção em você devido ao amor.

Quando você ama alguém, você presta atenção nessa pessoa. Atenção e amor estão profundamente relacionados. Se você reprime a necessidade de amor, então, ela se torna uma necessidade simbólica; então, você precisa da atenção dos outros. Você pode tê-la, mas, então também, não haverá preenchimento. A necessidade é falsa, desconectada da necessidade natural, básica. Essa divisão na personalidade é a neurose.

OSHO, em O Livro dos Segredos.

http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=08280

TEMPOS DE CRISE



..."Nesta infindável conversa sobre “crise financeira mundial”, ninguém se lembra da “Segunda Lei da Termodinâmica”. Define entropia, a tendência inevitável da dissipação da energia, a lei que afeta todos os fenômenos que acontecem na terceira dimensão, o plano físico-material da realidade. Define, também, o mundo do materialismo e o meio artificial de troca que o governa e domina – o dinheiro.


Ninguém quer pensar no velho ditado, “aquilo que sobe deve cair”. Os manipuladores da realidade, que regem o mundo com sua mão monetária implacável, pensam que a única tendência do dinheiro é subir. Quando cai, ficam apavorados. É só dinheiro, não existe como valor na realidade cósmica, então por que se emocionar? E vagam com medo de dizer a palavra “recessão”. O mito do progresso arrebentou sua bolha.


Os pobres, pobres bancos! Governos solicitam rapidamente somas incrivelmente grandes de dinheiro para salvar do colapso bancos empobrecidos e sua elite. Ninguém se lembra de outro ditado “roubar Pedro para pagar Paulo”. O pagador de imposto é Pedro e Paulo é o banqueiro. Todos estes esforços fazem recordar outra cantiga, “Humpty Dumpty sentou-se no muro, Humpty Dumpty do alto caiu, todos os cavalos e homens do Rei não puderam juntar Humpty” (versão livre de “Humpty Dumpty sat on a wall, Humpty Dumpty had a great fall, all the king’s horses and all the king’s men, couldn’t put Humpty together again”).


Pelo menos , quando o banco de investimento dos Irmãos Lehman faliu e seus funcionários em Londres foram informados que estavam desempregados, tiveram o bom senso de tocar a canção da banda REM - “É o fim do mundo como o conhecemos, mas estou bem”.


Sim, este é realmente o ponto. Quando você segura todas as peças e regras do jogo em suas mãos e sua casa de cartas (cartões de crédito) acaba de cair, ainda assim não quer acreditar que o jogo acabou. Sim, o jogo acabou, o sistema faliu e o dano é irreparável. A biosfera esperou muito tempo por isso, e sabia muito bem que enquanto os banqueiros dominassem o mundo - “o que é bom para os negócios é ruim para a biosfera”.


Agora a mesa virou. Pode ser tarde demais para deter o aquecimento global, mas pelo menos a causa do problema foi ferida mortalmente na Bolsa de Valores mais próxima. Este problema não pode ser sanado, não importa quanto dinheiro os governos empreguem para esse fim. Não se reverte a Segunda Lei da Termodinâmica com dinheiro! Como disse Einstein: você não acaba com um problema no mesmo patamar ou com os mesmos meios que o criaram. Você tem de sair da ostra e ver o que há de novo e realmente acontecendo – no Grande Universo.


Assim, com apenas quatro anos até 2012, porque não sermos inteligentes? Ainda temos um pouco de fundos, principalmente os que são retirados em pânico de bancos de investimentos e hipotecas enquanto o sistema está falindo. Ao invés de guardá-los, mesmo porque nada do velho mundo vai funcionar mesmo, pense em maneiras úteis de utilizar o dinheiro remanescente – como alimentar pessoas, criar hortas e jardins, plantar florestas, investir em novas tecnologias não poluentes e, também, ter a visão de um mundo diferente, um mundo onde tempo já não é mais dinheiro, mas arte.


Ainda existe um pouco do velho mundo, e se você tem meios, pense mesmo em investir num mundo novo, uma nova visão da realidade. Porque não usar o que sobrou para criar as bases da próxima ordem evolutiva – a noosfera?


Veja: dinheiro, bancos, guerra e impostos – tudo isso é História. E o significado de 2012, caso não saiba, é o fim da História. Você não precisa de prova melhor que a frase atual “crise financeira mundial”. Está certo, o fim da História é o começo de algo melhor – um novo tempo em sintonia com os ciclos naturais e ritmos do universo.


“Você não precisa que o homem do tempo lhe diga para que lado o vento sopra” - Bob Dylan.


Um bom lugar para focalizar seu novo senso filantrópico pode ser o Primeiro Congresso Mundial da Noosfera - A Visão da Terra como Obra de Arte, que acontecerá em Bali, de 18 a 22 de Julho de 2009. Se o mundo está afundando, quem vai ajudar? O que precisamos é de uma nova visão, um novo programa, um novo manual de navegação para os propósitos e destino humanos. Se conseguirmos, podemos decidir de maneira inteligente como gastar o resto de nosso dinheiro e ao menos lançar as bases da noosfera – o novo ciclo de evolução humana – em 2012".

http://segredosdoplanetashan.blogspot.com/2008/12/128-parte-mensagens-avulsas-1-calendrio.html

O GOVERNO OCULTO DO MUNDO



Os homens que se encontram no primeiro plano na vida política têm realmente o poder entre suas mãos? Para Serge Hutin, autor de Governantes Invisíveis e Sociedades Secretas, o destino das nações depende, frequentemente, de grupos de homens que não estão investidos de cargos oficiais. Trata-se de sociedades secretas, verdadeiros governos ocultos que decidem o nosso destino sem o nosso conhecimento.
Ao observarmos um formigueiro, as formigas parecem perambular a esmo, numa atividade febril e inútil, quando, de fato, todas as ações individuais têm como fim o mesmo alvo comum, cujas constantes são determinadas da forma mais categórica pela "alma coletiva" do formigueiro. Observando-se toda a seqüência da história, repleta de acontecimentos humanos, de contínuas reviravoltas que se manifestaram durante séculos, somos levados a perguntar se tudo isso tem algum sentido de coerência e se esse conjunto aparentemente caótico constituído pela humanidade pode ser comparado a um imenso formigueiro.

Essa é a questão principal levantada por Serge Hutin, na tentativa de explicar os grandes enigmas da história através da existência de governantes invisíveis e sociedades secretas, que regeriam o mundo.

Examinando-se a história humana de um ponto de vista geral, notamos, de um lado, o equilíbrio, a ordem harmoniosa, a organização sintética. De outro lado, o caos completo, a desorganização, a desagregação. Hutin questiona se essa continuidade de eventos pertence ao acaso ou se até mesmo as forças caóticas não estariam obedecendo a diretrizes detalhadas, sob a orientação de governantes invisíveis.

Robert Payne, um autor inglês, publicou, em 1951, o livro intitulado 'Zero, The Story of Terrorism', no qual relata a existência de dirigentes ocultos que, à sombra de governos visíveis, manejavam essa terrível arma do terrorismo, sobrepujando até os poderosos grupos económicos, cujo papel secundário limitava-se ao financiamento. Fatos estranhos passaram a acontecer após a publicação do livro, desde a compra de todos os estoques disponíveis por misteriosos emissários, até a quase falência da Wingate, uma das sólidas editoras no mercado londrino e, finalmente, a morte inexplicável do autor, alguns meses depois....

...Governantes Invisíveis e Sociedades Secretas,
de Serge Hutin, publicado no Brasil pela Editora Hemus,
examina em profundidade uma tese defendida por muitos estudiosos ligados à corrente do realismo fantástico (entre os quais o falecido Jacques Bergier). Essa tese afirma que, desde os primórdios da história, o mundo é governado na realidade por homens ou grupos de homens só muito raramente conhecidos: os membros de sociedades superse cretas. Sua existência nunca é pressentida, até o momento em que um fato imprevisível os leva a manifestarem-se abertamente.
Esses homens, por sua vez, obedeceriam a determinações de poderosas inteligências ainda mais ocultas e de compreensão praticamente impossível para o comum dos homens. Como escreveu o autor americano Philip José Far-mer, em seu livro O Universo às Avessas: "Poderes sobre-humanos dirigem, do vértice da pirâmide dos governantes visíveis e invisíveis, toda a evolução de todos os sistemas planetários e das galáxias, incluindo todos os homens e os seres que os habitam. Se isso for verdade, a limitada inteligência humana seria incapaz de configurar o conjunto dos ciclos dos planetas e das galáxias, da mesma forma que uma célula de nosso organismo não tem a capacidade de entender a estrutura do conjunto ao qual pertence."

http://www.imagick.org.br/pagmag/sistmag/Governantes/governantes1.html

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O PODER VERSUS O PLANETA TERRA



...Gastam-se fortunas de bilhões e bilhões de dólares americanos na espionagem, nas guerras, nas revanches violentas, na manutenção de um Estado imposto aos povos do oriente médio, sem respeitar o próximo. Difundindo a pobreza e a miséria entre povos que vivem em solos ricos de "ouro negro" mas cujo proveito atinge somente as minorias dominantes em conluio com os países ditos de "primeiro mundo" encabeçados pelos Estados Unidos. Quantos não morrem por dia de Câncer e AIDS? E de fome? Acreditem: são milhões!

Com tanto dinheiro gasto dos contribuintes Americanos em mais violência, assim como em projetos como o Espacial, esquecem-se da saúde, da fome e da miséria que afligem boa parte dos habitantes do planeta. A horda de Átila, o rei dos Hunos, não foi tão nefasta para o mundo (levando à derrocada do Império Romano) do que a dissimulada ação do imperialismo através do capitalismo selvagem que privilegia minorias e cujo desenvolvimento está dizimando com as ditas riquezas naturais, com a NATUREZA, com nosso habitat PLANETA TERRA. Os Estados Unidos não assinaram o protocolo de Kioto. Por que? O PLANETA TERRA é de TODOS. Quem deu direito aos homens de fazer o que bem entendem com ele. É o direito de propriedade justo para com todos? Tudo em nome do progresso e do bem estar da dita civilização, dizem. A chamada besta, ou 666, estará realmente por trás de tudo isso? Quem será? Será uma única pessoa ou ser, ou estará encarnada através do mal no coração das pessoas?

Pouco a pouco, e cada vez mais rápido e nefasto, os valores do quanto mais melhor, do chamado milagre Americano, estão sendo propagados pelo mundo, inclusive no Brasil, e os povos são levados a consumir mais e mais supérfluos, e a concentrar riquezas em detrimento do bem comum. Existe decreto Presidencial que incentiva o endividamento, que no final de tudo acaba sendo uma ilusão de liberdade e de acesso à riqueza. Aposentados e pensionistas bem como os pobres, estão sendo motivados a consumir supérfluos, mediante o endividamento. Mal veêm que estão sendo escravizados e amarrados pelo "sistema". A mídia, mais precisamente a televisão, utiliza imagens para escravizar, propagar a violência, a inveja e o egoísmo. E a educação para os valores realmente válidos e harmônicos com o Planeta e uma vida digna para todos os seres humanos indistintamente de nacionalidade, raça ou credo, como fica?

O poder através das armas e através do dinheiro é a tônica dos governos, indistintamente. A democracia é usada para escravizar e dar a sensação que as pessoas são "livres". A pessoa vota e portanto é dona do seu nariz. Voces acreditam? A realidade é que não há partido político que resista ao poder e ao dinheiro. Aliás, para que mesmo que existem partidos políticos? Existem para frear e arbitrar sobre a ambição humana e fazer justiça equalizando as riquezas e a comida para todos? Fazem isso realmente? A especulação sobre a terra, a grilagem de áreas naturais sob os olhos do dito governo popular ou qualquer outro que seja, para transformar as florestas naturais em pasto para gado. Gado este que enriquece os latifundiários mas cuja carne vai para o estomago de quem pode pagar. Tem alguma coisa errada em tudo isso, não?

Não vamos mudar o mundo, pois creio que não tem jeito. Podemos sim refletir e mudar nossas atitudes e hábitos e tentar educar nossos filhos com valores diferentes em prol da Humanidade e do PLANETA TERRA. Se cada um fizer a sua parte, quem sabe em 5.000 anos teremos uma situação melhor? Ou será que no tão falado Maio de 2012 a Apocalipse se fará mostrar e os "ímpios serão varridos do planeta", dando início à Nova Era? Gostaria de poder afirmar algo, mas o que posso dizer neste momento é que precisamos colocar-nos ao lado do BEM e expurgar todo o MAL que porventura exista dentro de nós, olhando nosso semelhante como parte de nós e não contra nós, apreciando a NATUREZA e suas riquezas como parte da VIDA na TERRA, e usando-a de forma inteligente e ponderada, distribuindo-a para que todos possam desfrutar e saciar suas necessidades fundamentais. Combatendo o supérfluo e as ilusões, terminando com a competição insana para ser melhor que o outro. Simplesmente AMAR VERDADEIRAMENTE AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO!"

Lauro Escobosa Vallejo
Presidente da Associação "Ny Antunes" que trabalha pelo combate à pobreza,
pela preservação do meio-ambiente, pela educação e pela cultura,
em São Thomé das Letras, sul de Minas Gerais

http://www.imagick.org.br/zbolemail/Bol06x08/BE08x09.html