Ao experienciar e vivenciar uma “ocupação secundarista”, em escolas públicas de zonas periferizadas do Rio de Janeiro, através da imersão naqueles cotidianos surgiram elementos a compor um material de pesquisa de base empírica...
moreAo experienciar e vivenciar uma “ocupação secundarista”, em escolas públicas de zonas periferizadas do Rio de Janeiro, através da imersão naqueles cotidianos surgiram elementos a compor um material de pesquisa de base empírica representado pelos gestos, sinais, expressões através de fotos, gravações, filmagens como elementos propositivos a pensar as “ocupações escolares” - movimento e ato pedagógico -, enquanto conceito na área da educação, através da autonomia estudantil, exercício da cidadania crítica e estratégias organizadas através das redes sociais. Neste artigo, que compõe a minha pesquisa de doutoramento em educação, exponho possibilidades de ressignificar a prática docente, através da leitura crítica e reflexiva e produção textual, após a imersão em uma ocupação. Relevo o exercício da leitura de fotografias, a fim de construir os caminhos metodológicos, explorando as possibilidades de, através da recuperação de lembranças estudantis em “rodas de conversas”, efetivar práticas curriculares emancipatórias, conforme Paulo Freire. Ao apresentar lembranças das adaptações, relocações e a construção de outros espaços, sugiro as noções de “heterotopias” de Foucault, “poética do espaço”, de Bachellard, assim como as de “espaçostempos”, de Nilda Alves. A fim de apresentar a beleza e a festa das manifestações estudantis, a euforia, o perigo e os riscos de uma ocupação, sugiro as contribuições de Gustavo Coelho (Guga), através da noção de “éticaestética”.