Experimental Labs
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Entre as muitas angústias que assolam a sociedade contemporânea, tem papel central aquela baseada em um percebido descompasso entre os modelos educacionais tradicionais e a necessidade de as pessoas – em especial os mais jovens –... more
Entre as muitas angústias que assolam a sociedade contemporânea, tem papel central aquela baseada em um percebido descompasso entre os modelos educacionais tradicionais e a necessidade de as pessoas – em especial os mais jovens – adaptarem-se à imprevisibilidade do mundo contemporâneo. As novas gerações precisam de fato estar prontas para tempos difíceis. Crescem em meio à dissolução de referências sociais estáveis, sem sentir representatividade na política institucional e sofrendo os efeitos das crises econômicas, da desumanização do cenário urbano e do iminente colapso ambiental. O problema é que grande parte das tentativas de fazer frente a essas condições adota uma postura que, em vez de ampliar as saídas potenciais, faz justamente o contrário, exacerbando mecanismos que só restringem as possibilidades.
Pelo discurso presente em muitos projetos de renovação da educação formal, a salvação dos estudantes só poderá vir por meio da instrumentalização comercial de sua criatividade, garantindo-lhes um estado de constante adaptação ao mercado. Assim, em um mundo globalizado regido pela informação digital, somente obteria sucesso o indivíduo capaz de destacar-se inovando nas maneiras de tornar a si mesmo continuamente necessário (ou melhor, economicamente relevante) para o sistema que aí está. Tais propostas tentam estimular desde muito cedo o empreendedorismo, entretanto, limitam-se usualmente a um tipo de empreendedorismo excessivamente determinado, que consiste em imaginar ou adaptar produtos para suprir necessidades do mercado global. Por isso, será apresentada uma visão alternativa que coloca a indeterminação como elemento central.
Pelo discurso presente em muitos projetos de renovação da educação formal, a salvação dos estudantes só poderá vir por meio da instrumentalização comercial de sua criatividade, garantindo-lhes um estado de constante adaptação ao mercado. Assim, em um mundo globalizado regido pela informação digital, somente obteria sucesso o indivíduo capaz de destacar-se inovando nas maneiras de tornar a si mesmo continuamente necessário (ou melhor, economicamente relevante) para o sistema que aí está. Tais propostas tentam estimular desde muito cedo o empreendedorismo, entretanto, limitam-se usualmente a um tipo de empreendedorismo excessivamente determinado, que consiste em imaginar ou adaptar produtos para suprir necessidades do mercado global. Por isso, será apresentada uma visão alternativa que coloca a indeterminação como elemento central.
- by luciana fleischman and +1
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- Education, Digital Culture, Experimental Labs
This report is the third of the 2019 series covering Trends in Newsrooms. It reflects the increasing establishment of media labs, worldwide, to help solve some of the pressing problems facing newsrooms and media organisations.It will... more
This report is the third of the 2019 series covering Trends in Newsrooms. It reflects the increasing establishment of media labs, worldwide, to help solve some of the pressing problems facing newsrooms and media organisations.It will provide guidance to anyone considering setting up a lab and an insight into some of the outputs achieved. The report is based on four years of research on Media Labs conducted by a range of partners. Supported by WAN-IFRA’s Global Alliance for Media Innovation, this investigation was produced by a core research team from Pontifical Catholic University of Rio Grande do Sul (PUCRS) and the University of Central Lancashire (UCLan).
Esta dissertação relata as descobertas, hipóteses e conclusões de pesquisa a respeito de um tipo de produção colaborativa que aproxima arte, ciência, ativismo, inovação, design, entre outras áreas. Concentra-se no surgimento, em anos... more
Esta dissertação relata as descobertas, hipóteses e conclusões de pesquisa a respeito de um tipo de produção colaborativa que aproxima arte, ciência, ativismo, inovação, design, entre outras áreas. Concentra-se no surgimento, em anos recentes, dos assim chamados laboratórios experimentais - espaços articulados em rede nos quais tal produção toma corpo. São abordadas sob tal perspectiva denominações tais como labs de mídia, hackerspaces, Fablabs, entre outras. A pesquisa analisa alguns desses modelos sobre o pano de fundo do imaginário tecnoutópico, que afirma as tecnologias de informação como instrumentos de combate à burocratização e à alienação da sociedade. Com o objetivo de questionar a usual associação dos labs experimentais em termos gerais ao desenvolvimento da cibernética e em particular ao histórico do estadunidense MIT Media Lab, a pesquisa explora outros fios narrativos para os múltiplos campos que influenciam a formação dos labs. Debruça-se ainda sobre o diálogo entre, de um lado, o contexto contemporâneo dos labs em diferentes partes do mundo, e de outro a contribuição da ideia de uma cultura digital particularmente brasileira - que ao longo da última década proporcionou a construção de um discurso que aproximava software livre, diversidade cultural e políticas públicas de inclusão social. São debatidos em particular dois eixos da cultura digital brasileira: o compensatório, que buscaria corrigir distorções históricas incluindo populações na chamada era da informação; e o exploratório, que buscaria criticar e influenciar os caminhos futuros da articulação entre tecnologia e sociedade. A dissertação relata ainda pesquisa de campo desenvolvida na Finlândia, onde foram vivenciados a preparação de um festival internacional de arte e tecnologia, visitas a diferentes espaços que se situam no campo dos labs experimentais, e o contato pessoal com integrantes de grupos e coletivos que atuam na fronteira entre cultura e tecnologia. Tais experiências contribuíram para a compreensão de elementos importantes dos labs experimentais, principalmente o aspecto da não conformação às expectativas de uma sociedade cada vez mais regida pela transformação de toda expressão cultural em valor econômico. Esse entendimento é aprofundado ao fim da dissertação na imagem do lab experimental como espaço em branco que, ao mesmo tempo em que funciona como interface entre redes digitais e as dinâmicas particulares dos locais onde se encontram, também situam-se como instâncias de resistência e reinvenção frente ao capitalismo informacional de matriz cibernética.
This dissertation reports on discoveries, hypotheses and conclusions of research on a kind of collaborative production that connects arts, science, activism, innovation, design, among other areas. It focuses on the appearing, in recent... more
This dissertation reports on discoveries, hypotheses and conclusions of research on a kind of collaborative production that connects arts, science, activism, innovation, design, among other areas. It focuses on the appearing, in recent years, of the so-called experimental labs – network articulated spaces in which such a production comes into being. Under that perspective are approached denominations such as media labs, hackerspaces, Fablabs, among others. The research analyses some of these models against the background of techno-utopian imaginary, which asserts information technologies as tools to fight against burocracy and allienation of society. With the goal of questioning the usual association of experimental labs in general to the development of cybernetics and particularly to the history of MIT Media Lab in the USA, the research explores other narrative threads for the multiple fields that influence the formation of labs. Attention is paid to the dialogue between, on one side, the contemporary context of labs in different parts of the world, and on the other the contribution of the idea of a particularly brazilian digital culture – which over the last decade offered the possibility of building a discourse that draws closer free (open) software, cultural diversity and public policies for social inclusion. Two particular axes of the brazilian digital culture are discussed: the compensatory, which seeks to correct historical distortions by including populations in the so-called information age; and the exploratory, that seeks to criticize and influence future paths of the articulation of technology and society. The dissertation reports as well on field research undertaken in Finland, where were experimented the preparation of an international festival on arts and technology, visits to different spaces situated on the field of experimental labs, and personal contact with members of groups and collectives that work on the border of culture and technology. Such experiences contributed to the understanding of important elements of experimental labs, especially the aspect of non-conformation to the expectations of a society increasingly ruled by the transformation of every cultural expression into economic value. This understanding is deepened by the end of the dissertation on the image of the experimental lab as a blank space that, as well as working as an interface between digital networks and the particular dynamics of the places in which they are located, are also situated as instances of resistance and reinvention before the cybernetical informational capitalism. Keywords: cyberculture, media labs, experimental labs, media arts, digital culture.
Terceiro produto do levantamento desenvolvido por Felipe Fonseca e Luciana Fleischman sobre arranjos experimentais colaborativos em cultura digital, sob encomenda do Ministério da Cultura do Brasil (Coordenação-Geral de Cultura Digital).
Primeiro produto de levantamento desenvolvido por Felipe Fonseca e Luciana Fleischman sobre arranjos experimentais colaborativos em cultura digital, sob encomenda do Ministério da Cultura do Brasil (Coordenação-Geral de Cultura Digital).