Este artigo aborda acerca da racionalidade de diversos atores que são determinadas pelas relações de poder articuladas pelo processo de internacionalização do turismo. Também, diante do domínio de mercado turístico reflete-se sobre as...
moreEste artigo aborda acerca da racionalidade de diversos atores que são determinadas pelas relações de poder articuladas pelo processo de internacionalização do turismo. Também, diante do domínio de mercado turístico reflete-se sobre as atuações exógenas que exercem influência sobre a dinâmica do território do arquipélago de Bazaruto, assim como, sobre a lógica horizontal estabelecida por relações de vivência baseadas em laços de fortalecimento solidário. É neste contexto que, buscando materializar esta pesquisa de cunho qualitativo, com base na análise documental e bibliográfica, auxiliada da atividade em campo, interagiu-se com os sujeitos de pesquisa através da realização de entrevistas com membros da comunidade autóctone, empresários turísticos e funcionários da administração do Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto (PNAB). Também, realizou-se a observação direta e encontro participativo tendo em vista a apreensão das questões cotidianas do arquipélago de Bazaruto. Por meio do contato que a comunidade tem com o contexto turístico, a comunidade passa a ter novas exigências e procura as facilidades da vida moderna. Contudo, enquanto a comunidade local se preocupa com a disposição de serviços e a aquisição de bens de consumo tidos como o mínimo para a subsistência, as firmas, mediante a atuação em rede, procuram atender a acumulação de capital pelos níveis de domínio tecnológico, da organização do trabalho e de capital, assim como de expansão de atividades, a exemplo daquelas ligadas ao turismo. A dinâmica territorial torna-se, no entanto, dependente e propícia à abertura de projeções exógenas que se fundamentam na lógica hegemônica de importação e difusão dos modelos de consumo.