Academia.eduAcademia.edu

Espiritualidade Em Empresas De Segurança Privada

2017, Qualitas Revista Eletrônica

Qualitas Revista Eletrônica v.18, n.1, jan./abr.2017 ISSN 1677 4280 ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA Spirituality in private security firms DOI http://dx.doi.org/10.18391/req.v18i1.3008 RESUMO Autores: Jean Carlos Rodrigues de Paula Mônica Mota Tassigny Marcus Vinícius de Oliveira Brasil Fabiana Pinto de Almeida Bizarria Antônio Jackson Alcantara Frota O artigo analisa a percepção de espiritualidade de gestores de empresas de segurança privada com suporte nos princípios de vida interior e comunitária, voltada para a compreensão do significado do trabalho. Realizou-se um survey com 52 gestores executivos de empresas de segurança privada da Cidade de Fortaleza-Ceará, tendo como instrumento de pesquisa a escala de Ashmos e Duchon (2000). Por meio de análise fatorial exploratória, obteve-se como resultados valores organizacionais associados à espiritualidade e voltados para a comunidade. Princípios como “vida interior” ou relacionados com o entendimento sobre o “significado do trabalho” foram também evidenciados. Concluiu-se que os gestores reconhecem sua vida interior como parte de sua realização profissional, embora ainda associem espiritualidade à religião. Por fim, pode-se inferir que a compreensão de que há espiritualidade favorece o sentimento de totalidade e conectividade do papel construtivo da empresa. Data da Submissão: 12 de fevereiro de 2016 Palavras-chave: Espiritualidade. Empresas de Segurança Privada. Trabalho com Significado. ABSTRACT Data do Aceite: 26 de fevereiro de 2017 Autor Correspondente: Fabiana Pinto de Almeida Bizarria e-mail: [email protected] The article analyzes the perception of spirituality in private security companies that support the principles of inner life, community and focused on understanding the meaning of work. We conducted a survey with 52 executive managers of private security firms from the city of Fortaleza, Ceará, with the scale research instrument Ashmos and Duchon (2000). Through exploratory factor analysis it was inferred as organizational values outcomes associated with spirituality and oriented to the community. The use of principles as “inner life” or related to the understanding of the “meaning of work” were also evident. It was concluded that managers recognize their inner life as part of their professional achievement. Although still associate spirituality religion. Finally, one can infer that understanding that there is spirituality favors the feeling of wholeness and connectivity of the constructive role of the company. Keywords: Spirituality. Private Security Companies. Interior life. Working with Meaning. 18 ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA 1 INTRODUÇÃO A disseminação dos serviços de segurança privada tem despertado a atenção da sociedade e de especialistas no assunto nos últimos anos. Percebe-se o visível crescimento de guardas privados e do número de veículos de segurança patrimonial circulando nas ruas das cidades brasileiras (CALDEIRA, 2000; KOWARICK, 2001). O setor de segurança tem sua demanda disseminada em diferentes setores da sociedade, sendo os principais contratantes dos serviços de segurança privada o setor público, os bancos, as indústrias e o setor de serviços (FENAVIST, 2013). Por sua vez, o cenário das organizações tem presenciado duas grandes tendências transformadoras no campo econômico, relacionadas aos mercados, e no âmbito político, na busca de consolidação da democracia e da estabilidade social. Ao mesmo tempo, a alta competitividade e o individualismo que os trabalhadores contemporâneos vivenciam estão repercutindo em processos de adoecimento no trabalho, considerando a falta de significado e de sentido da vida no contexto laboral. A sensação de insegurança e a perda de conexão dos valores pessoais e da subjetividade no âmbito do trabalho têm gerado reflexões sobre como prosseguir nas carreiras (BIBERMAN, 2007). Aspectos da vida comtemporânea trazem novas formas de experimentar o mundo e de se situar nele, como estresse, ritmo agitado de vida, mobilidade geográfica, natureza temporária do trabalho, novas tecnologias, entre outros. De múltiplas questões sobre como lidar com esse novo cenário, surge a discussão sobre o sentido do trabalho, diante do desejo de integrar valores pessoais e profissionais, e a necessidade marcante de status social (ROBBINS, 2005). Como alternativa para lidar com esse contexto, auxiliar na compreensão do comportamento do trabalhador e superar desafios surge uma nova forma de olhar e agir sobre essa realidade: a espiritualidade no trabalho, que implica externar virtudes e qualidades na construção de experiências mais enriquecedoras (VASCONCELOS, 2008). Considera-se que líderes de empresas bem-sucedidos do século XXI tornar-se-ão também líderes espirituais (CACIOPPE, 2008). Com efeito, sentir-se-ão confortáveis com a sua própria espiritualidade e saberão como nutrir o desenvolvimento espiritual dos demais. (CACIOPPE, 2008). Assim, buscou-se analisar a percepção de espiritualidade em empresas de segurança privada com suporte nos princípios de vida interior e de comunidade, direcionada para a compreensão do significado do trabalho. De forma específica, investigou-se se os gestores das empresas de segurança privada da cidade de Fortaleza executam princípios da espiritualidade voltados para a vida interior, para a comunidade, e/ou para o trabalho com significado. 2 ESPIRITUALIDADE NO CONTEXTO PROFISSIONAL Desde os tempos mais remotos de nossa história, há registros de uma dimensão espiritual, evidenciada de acordo com o momento sócio-histórico e cultural da humanidade. Diferentes áreas do conhecimento têm valorizado este tema, seja resgatando-o, redescobrindo-o, seja relacionando às práticas há muito realizadas com o nome “espiritualidade”. A Academy of Management criou, desde 1999, o grupo de interesse de estudos “Gestão, 19 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA Espiritualidade e Religião”. A espiritualidade que é procurada fora das paredes dos templos pode ser encontrada nas relações voltadas para a arte, nas ciências, nas relações afetivas, no núcleo familiar e na filosofia: reflexão a respeito da vida, seu sentido e os sentimentos que estas reflexões expressam (KIVITZ, 2007). Pode-se, ainda, caracterizar esse tema como uma nova tendência mundial, que vem ganhando espaço em vários setores da sociedade e também nas empresas. Há quem afirme que se vive um ambiente maduro para uma reintegração da espiritualidade nas organizações e na liderança espiritual para a realização de um futuro mais sustentável (SRINIVASAN, 2003; JUE, 2007). Estudos sobre espiritualidade nas práticas organizacionais têm procurado identificar a relação com a saúde, e respostas psicossomáticas, com evidências teóricas e empíricas associadas à compreensão de que a espiritualidade nas empresas melhoram a qualidade de vida, reforçam autoestima elevada, maior satisfação com a vida, melhor funcionamento do sistema imunológico, entre outros (REGO, CUNHA, SOUTO, 2007). Neste contexto, a espiritualidade no trabalho, contudo, não está diretamente ligada nem a um sistema religioso, nem a uma tipologia específica, nem mesmo a uma ritualística organizada ou a um proselitismo dentro das organizações (PAUCHANT, 2002). Nestes termos, não envolve rituais, doutrinas ou crenças religiosas institucionalizadas, mesmo que agregue valores comuns à maioria das religiões. Desse modo, a espiritualidade no contexto organizacional pode se vista como uma forma de humanização, visando a uma nova perspectiva de autorrealização no trabalho (PAUCHANT, 2002). Assim, a espiritualidade nos locais trabalho pode ser definida como “(...) o reconhecimento de que os empregados têm uma vida interior, que alimenta e é alimentada pela realização de trabalho, com significado num contexto de comunidade” (ASHMOS; DUCHON, 2000, p. 137). Ressalta-se que, para alguns indivíduos, o trabalho e os amigos do ambiente profissional, em não raros momentos, substitui família e grupos de amigos (KARAKAS, 2010). O trabalho que é executado, o esforço, o ambiente em que este se desenvolve, faz parte da subjetividade e do significado do trabalho (ASHMOS; DUCHON, 2000; GONÇALVES, 2001). Diversos fatores determinam a espiritualidade nas organizações, tais como: trabalhadores desmotivados com a má conduta dos gestores; ambiente de trabalho como sendo o seu principal lugar de convívio; aumento da convivência entre colegas; aumento do interesse em meditar sobre o significado da vida, aumento da crescente pressão e competitividade derivada do contexto de trabalho e a crescente globalização das economias. Mudanças nas organizações e de seus trabalhadores para o campo espiritual foram observadas como provenientes da consciência dos trabalhadores e gestores, em todos os níveis das organizações, na busca de maior significado quando desempenham o seu trabalho (BIBERMAN; WHITTY,1997). Com suporte na percepção da relevância do significado do trabalho, o envolvimento dos empregados em atividades que tenham sentido para suas vidas serve como base para o desenvolvimento da espiritualidade voltada para o contexto laboral, assim como a expressão de uma vida interior e a conexão com a comunidade (ASHMOS; DUCHON, 2000). O ambiente de trabalho representa fonte primária de relacionamentos voltados ao coletivo para muitas pessoas, em virtude do declínio de bairros, igrejas, grupos cívicos e famílias, vistos antes como lugares 20 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA principais para o indivíduo sentir-se conectado. Para haver espiritualidade no trabalho, a vida interior e o trabalho devem ser vividos no meio do coletivo, em comunidade (ASHMOS; DUCHON, 2000). O trabalho e a comunidade são definidos como um contexto no qual os indivíduos experimentam crescimento pessoal, aprendem a ser respeitadas por si mesmos enquanto sujeitos e adquirem um senso de trabalho coletivamente. De forma empírica, Ashmos e Duchon (2000) apresentam a noção de que a espiritualidade no local de trabalho assenta-se nos seguintes elementos: a existência de vida interior nas pessoas, o significado e o propósito do trabalho, o sentido de comunidade. Existe um movimento crescente de estudos organizacionais da espiritualidade nos locais de trabalho, como certa sensibilidade humana em relação a temas como justiça, confiança, tratamento respeitoso e digno. Dessa forma, o trabalho passa a gerar significado para a vida, por meio do desenvolvimento do potencial de realização nas suas relações interpessoais de cooperação e ajuda mútua e da possibilidade dos membros da organização sentiremse inseridos em comunidades humanas que lhes permitam satisfazer necessidades de afiliação e de sensação de pertença (REGO, SOUTO, CUNHA, 2005). Com a intenção de fortalecer a pesquisa da espiritualidade nas organizações, alguns estudos abordaram o tema juntamente com algumas teorias (BEZERRA, 2006), como, por exemplo, o estudo de Tischler (1999), que relacionou o surgimento da espiritualidade no local do trabalho com a Teoria das Necessidades de Maslow (1943), que parte do princípio de que, com uma maior estabilidade, os sujeitos deixam de enfatizar a necessidade de sobrevivência e de segurança para buscar necessidades relacionadas ao próprio desenvolvimento, como a espiritualidade (TISCHLER, 1999). Nesse sentido, a espiritualidade é entendida como uma dimensão que se relaciona com a procura e a expressão de significados, com propósito e sentido de vida em comunidade (ASHMOS; DUCHON, 2000). 3 METODOLOGIA Pesquisa teórica e empírica de abordagem quantitativa. A população da pesquisa é composta por gestores e/ou executivos das empresas de segurança privada na Cidade de Fortaleza, que apresenta o total de 65 estabelecimentos registrados e em pleno funcionamento, segundo dados do Sindicato de Empresas de Segurança Privada do Ceará (SINDESP). Foi extraída uma amostra não probabilística de casos típicos de 52 empresas dessa população finita, conforme estimativa estabelecida. Em toda pesquisa de opinião, a captação de informações dos avaliadores consiste em uma das etapas de maior importância no processo de avaliação. Esta etapa deve ser realizada por meio do emprego de um instrumento de medição eficaz e preciso, caso contrário, as informações obtidas podem não ser representativas da percepção dos avaliadores. Optou-se por utilizar como instrumento para a coleta de dados um questionário com uma tabela de 58 itens, proveniente do instrumento de Ashmos e Duchon (2000), descrevendo em que grau os pesquisados concordam ou discordam das afirmativas propostas no presente questionário. Nesta pesquisa, foi utilizado o modelo Likert (1932), com escala que varia de (1) discordo inteiramente, a 21 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA (5) concordo plenamente. Foram geradas 64 (sessenta e quatro) questões. As 6 (seis) primeiras são variáveis demográficas, e as 58 (cinquenta e oito) restantes verificam o nível de espiritualidade nas organizações. A coleta dos dados foi realizada por meio de formulário do Google Docs, enviado para o email dos gestores pesquisados. A análise dos questionários enviados foi projetada para gerar medidas precisas e confiáveis que permitam uma análise estatística. As questões foram diretas e facilmente quantificáveis, e a amostra foi suficiente, possibilitando uma análise estatística fidedigna. Para estimar a confiabilidade do questionário, aplicou-se o Alfa de Cronbach, que mede a correlação média entre as perguntas, com base em respostas dadas em um questionário O coeficiente α é calculado com suporte na variância dos itens individuais e da soma dos itens de cada avaliador de todos os itens de um questionário que utilizem a mesma escala de medição. A correlação das repostas e o questionário resultaram em um Alfa de 0,916, sendo excelente, pois é maior que 0,9 e o valor de referência é 0.7 (CORRAR; PAULO; DIAS FILHO, 2009). A margem de erro utilizada para o presente estudo é de 5% (0,05), conferindo 95% de confiabilidade. Esse percentual é utilizado com maior frequência, mesmo que seja possível escolher valores entre 3% e 10%, dependendo do questionário (STEVENSON, 2001). Para a análise dos resultados, foi utilizado o método de análise fatorial exploratória, tendo em vista que esta ferramenta é utilizada para decifrar padrões determinantes quando o pesquisador possui um grande número de variáveis (BABBIE, 1999). Esta técnica consiste no exame das relações entre as variáveis, utilizando o coeficiente de correlação como medida de associação entre cada par de variáveis. A matriz de correlações pode permitir identificar subconjuntos de variáveis que estão muito correlacionadas entre si no interior de cada subconjunto, mas pouco associados a variáveis de outros subconjuntos. Neste caso, a aplicação da análise fatorial permite concluir se é possível explicar este padrão de correlações por meio de um menor número de variáveis – os fatores. (FIGUEIREDO FILHO; SILVA JUNIOR, 2010) A organização dos dados deu-se por dois programas: Microsoft Excel 2010, para quantificar as variáveis demográficas e a representação desta por gráficos, e o programa da IBM, o SPSS, versão 20, para a análise fatorial do restante das variáveis. O planejamento da análise fatorial deu-se pelos seguintes estágios: análise estatística descritiva das variáveis; o tipo de extração: principal componente, tipo de rotação ortogonal pelo método Varimax. Foi considerado um padrão de correlação entre as variáveis com valor acima de 0,500. Foram verificadas as comunalidades das variáveis. 4 ANÁLISE DE RESULTADOS Os resultados da pesquisa quanto às variáveis demográficas demostraram que 37 respondentes eram do sexo masculino e 15 do sexo feminino. Os resultados mostram que 36 dos participantes são casados, 15 são solteiros e 1 viúvo. Sendo que somente 10 têm pós-graduação completa, 4 possuem pós-graduação incompleta, 11 obtiveram ensino superior completo, 16 com ensino superior incompleto e 11 tinham ensino médio completo. Ainda, 33 pessoas eram gestores, 11 22 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA respondentes eram executivos e 8 eram sócio/diretores da empresa. A renda salarial de 24 respondentes está entre 4 e 8 salários-mínimos, sendo que apenas 4 respondentes ganham acima de 13 salários-mínimos. Os demais dados salariais apontam: 14 pessoas com ganhos até 3 saláriosmínimos e 10 pessoas ganhando entre 9 e 12 salários-mínimos. Das 58 (cinquenta e oito) variáveis norteadoras testadas, 42 (quarenta e duas) variáveis foram excluídas, por não terem apresentado média maior que 3,80. Considerando a escala de Likert, os resultados positivos são os valores maiores, que confirmaram a prática de espiritualidade nas organizações pelas respostas legendadas como (4) Concordo e (5) Concordo plenamente, sendo estas relevantes para formação dos fatores. Assim, os resultados revelam a existência da espiritualidade no local de trabalho nos elementos: a existência de vida interior nas pessoas, significado e propósito do trabalho, sentido de comunidade (ASHMOS,DUCHON, 2000). Depois da exclusão das variáveis, foi refeita a análise fatorial, obtendo-se três fatores formados por 17 (dezessete) variáveis com média maior que 3,80, conforme tabela 1. Tabela 1 – Estatística descritiva dos dados Estatísticas descritivas 23 Média Desvio padrão Análise N Eu sou feliz no meu trabalho. 4,23 ,645 52 O trabalho que eu faço está relacionado com o que julgo importante na vida. 3,81 ,687 52 Eu faço diferença para as pessoas com quem eu trabalho. 3,85 ,826 52 Eu tive inúmeras experiências no meu trabalho que resultaram no meu crescimento pessoal. 4,17 ,648 52 Eu sei o que dá ao meu trabalho um significado pessoal 3,96 ,522 52 No trabalho, atuamos juntos para resolver os conflitos de forma positiva. 4,02 ,610 52 Sinto-me esperançoso sobre a vida. 4,21 ,723 52 Meus valores espirituais influenciam as escolhas que faço. 4,13 ,817 52 Eu me considero uma pessoa espiritual 4,08 ,813 52 Orar é uma parte importante da minha vida 4,19 ,864 52 Meu departamento encoraja os funcionários a desenvolverem novas técnicas e habilidades. 3,81 ,742 52 Meu departamento se preocupa com todos os funcionários. 3,81 ,715 52 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA Eu me sinto conectado com os objetivos do meu departamento. 3,96 ,685 52 Eu me sinto conectado com a missão do meu departamento. 4,02 ,641 52 Eu me sinto confiante quanto ao meu futuro junto ao meu departamento. 3,81 ,817 52 Eu me sinto conectado com os objetivos desta organização. 3,98 ,610 52 Eu me sinto confiante quanto ao meu futuro junto a esta organização. 3,83 ,785 52 Fonte: Dados da pesquisa (2014). A maior parte das correlações supera 0,5. Isso porque, como a análise fatorial depende do padrão de correlação entre as variáveis observadas, espera-se que variáveis estatisticamente independentes contribuam para a construção de um fator comum. Portanto, o teste final para a inclusão ou exclusão da variável baseia-se no nível de associação entre a variável e o fator extraído, sinalizado pelo valor da comunalidade (FIGUEIREDO FILHO; SILVA JUNIOR, 2010). O próximo passo é verificar os testes de adequação da amostra. A tabela 2 sintetiza essas informações. Tabela 2 – Teste de adequação da amostra Teste de KMO e Bartlett Medida Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) de adequação de amostragem. ,759 Chi-quadrado aprox. 619,313 Teste de esfericidade de Bartlett (BTS) df 136 Sig. ,000 Fonte: Dados da pesquisa 2014. O valor do KMO da amostra é de 0,759, ou seja, superior ao patamar crítico de 0,70. Da mesma forma, o teste BTS é estatisticamente significante (p<0,000). Em ambos os casos, os testes sugerem que os dados são adequados à análise fatorial. As comunalidades representam a proporção da variância para cada variável incluída na análise que é explicada pelos componentes extraídos. Usualmente o valor mínimo aceitável é de 0,5 (CORRAR; PAULO; DIAS FILHO, 2009). Logo, caso o pesquisador encontre alguma comunalidade abaixo desse patamar, a variável deve ser excluída, e a análise fatorial deve ser realizada novamente. Além disso, baixa comunalidade entre um grupo de variáveis é um indício de que elas não estão linearmente correlacionadas e, por isso, não devem ser incluídas na análise fatorial. Na Tabela 3, as variáveis apresentam comunalidades acima do valor crítico. 24 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA Tabela 3 – Comunalidades Comunalidades Inicial Extração Eu sou feliz no meu trabalho. 1,000 ,539 O trabalho que eu faço está relacionado com o que julgo importante na vida. 1,000 ,436 Eu faço diferença para as pessoas com quem eu trabalho. 1,000 ,459 Eu tive inúmeras experiências no meu trabalho que resultaram no meu crescimento pessoal. 1,000 ,650 Eu sei o que dá ao meu trabalho um significado pessoal 1,000 ,673 No trabalho, atuamos juntos para resolver os conflitos de forma positiva. 1,000 ,818 Sinto-me esperançoso sobre a vida. 1,000 ,776 Meus valores espirituais influenciam as escolhas que faço. 1,000 ,779 Eu me considero uma pessoa espiritual 1,000 ,854 Orar é uma parte importante da minha vida 1,000 ,789 Meu departamento encoraja os funcionários a desenvolver novas técnicas e habilidades. 1,000 ,732 Meu departamento se preocupa com todos os funcionários. 1,000 ,590 Eu me sinto conectado com os objetivos do meu departamento. 1,000 ,749 Eu me sinto conectado com a missão do meu departamento. 1,000 ,654 Eu me sinto confiante quanto ao meu futuro junto ao meu departamento. 1,000 ,725 Eu me sinto conectado com os objetivos desta organização. 1,000 ,579 Eu me sinto confiante quanto ao meu futuro junto a esta organização. 1,000 ,698 Fonte: Dados da pesquisa (2014). Mesmo que tenha-se obtido um KMO de 0,759 indicando uma proporção da variação comum as variáveis estudadas, só 29,95% das variáveis explicam o Fator 1; 20,76% das variáveis explicam o Fator 2 e 16,92% o Fator 3, conforme Tabela 4 seguinte: 25 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA Tabela 4 – Rotação da soma dos quadrados dos valores e porcentagens da variância explicativa Somas rotativas de carregamentos ao quadrado Valores próprios iniciais Componente Total % de variação % cumulativa Total % de variação % cumulativa 1 7,286 42,856 42,856 5,092 29,955 29,955 2 2,905 17,089 59,945 3,530 20,766 50,721 3 1,309 7,699 67,644 2,877 16,923 67,644 4 ,998 5,869 73,513 5 ,829 4,877 78,390 6 ,735 4,324 82,714 7 ,592 3,485 86,199 8 ,520 3,058 89,257 9 ,361 2,122 91,379 10 ,290 1,703 93,082 11 ,253 1,486 94,568 12 ,233 1,373 95,941 13 ,208 1,225 97,166 14 ,197 1,160 98,325 15 ,145 ,855 99,180 16 ,080 ,473 99,653 17 ,059 ,347 100,000 Fonte: Dados da pesquisa (2014). Para o resultado da amostra, foram criados três fatores pela análise dos componentes principais, com rotação varimax (normalização kaiser), conforme Tabela 5. Tabela 5 – Cargas fatoriais de cada variável Matriz de componente Componente 1 26 Eu sou feliz no meu trabalho. ,679 O trabalho que eu faço está relacionado com o que julgo importante na vida. ,658 Eu faço diferença para as pessoas com quem eu trabalho. ,546 Eu tive inúmeras experiências no meu trabalho que resultaram no meu crescimento pessoal. ,747 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. 2 3 ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA Eu sei o que dá ao meu trabalho um significado pessoal ,697 No trabalho, atuamos juntos para resolver os conflitos de forma positiva. ,813 Sinto-me esperançoso sobre a vida. ,817 Meus valores espirituais influenciam as escolhas que faço. ,865 Eu me considero uma pessoa espiritual ,918 Orar é uma parte importante da minha vida ,882 Meu departamento encoraja os funcionários a desenvolver novas técnicas e habilidades. ,855 Meu departamento se preocupa com todos os funcionários. ,677 Eu me sinto conectado com os objetivos do meu departamento. ,842 Eu me sinto conectado com a missão do meu departamento. ,743 Eu me sinto confiante quanto ao meu futuro junto ao meu departamento. ,761 Eu me sinto conectado com os objetivos desta organização. ,726 Eu me sinto confiante quanto ao meu futuro junto a esta organização. ,790 Fonte: Dados da pesquisa (2014). O fator 1, chamado de “Valores da organização”, reúne 13 variáveis das 17 válidas, nos quais os itens apresentam os níveis individuais, unidade de trabalho e organizacional, conforme o modelo estudado em questão. Sobre os objetivos específicos, pode-se observar que os resultados mostraram o grau de conhecimento sobre a espiritualidade voltado para a comunidade. A variável substituta “Meu departamento encoraja os funcionários a desenvolver novas técnicas e habilidades” apresentou carga de ,855. Estas são evidências empíricas ligadas à compreensão de que a espiritualidade nas empresas melhoram a qualidade de vida, reforçam autoestima elevada, uma maior satisfação com a vida, melhor funcionamento do sistema imunológico etc (REGO, CUNHA, SOUTO, 2007). Comparando ao modelo de Ashmos e Duchon (2000), as variáveis que formam o fator 1 se distribuem da seguinte maneira (Tabela 6): 27 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA Tabela 6 – Comparação dos resultados na formação do fator 1 com o Modelo de Dimensões de Ashmos e Duchon (2000) pela matriz de componentes rotacionadas 1 Modelo de Dimensões – Ashmos e Duchon (2000) No trabalho, atuamos juntos para resolver os conflitos de forma positiva. 0,813 Eu tive inúmeras experiências no meu trabalho que resultaram no meu crescimento pessoal. 0,747 F1P1 Eu sou feliz no meu trabalho. 0,679 F2P1 O trabalho que eu faço está relacionado com o que julgo importante na vida. 0,658 F2P1 Sinto-me esperançoso sobre a vida. 0,817 F3P1 F3 - Vida Interior Eu faço diferença para as pessoas com quem eu trabalho. 0,546 F6P1 F6 - Conexões Posit. com outros Indivíduos Meu departamento encoraja os funcionários a desenvolverem novas técnicas e habilidades. 0,855 F1P2 Meu departamento se preocupa com todos os funcionários. 0,677 F1P2 Eu me sinto conectado com os objetivos do meu departamento. 0,842 F2P2 Eu me sinto confiante quanto ao meu futuro junto ao meu departamento. 0,761 F2P2 Eu me sinto conectado com a missão do meu departamento. 0,743 F2P2 Eu me sinto conectado com os objetivos desta organização. 0,726 F1P3 Eu me sinto confiante quanto ao meu futuro junto a esta organização. 0,790 F1P1 F2P3 F1 - Condições para Comunidade P1 - Nível Individual F2 - Trabalho com Significado F1 - Comunidade da Unidade de Trabalho P2 - Nível da Unidade de Trabalho F2 - Valores Posit. Da Unid. Trabalho P3 - Nível Organizacional F1 - Valores da Organização F2 - O Indivíduo e a Organização Fonte: Elaborada pelo autor (2014). O fator 2, chamado de “Vida Interior”, reúne 3 variáveis das 17 válidas, nas quais os itens apresentam o nível individual, conforme o modelo de Ashmos e Duchon (2000). Esse Fator explica o objetivo específico sobre a espiritualidade, voltado para a vida interior, apresentando a variável substituta “Eu me considero uma pessoa espiritual”, uma carga de 0,918. Comparando ao modelo de Ashmos e Duchon (2000), as variáveis que formam o fator 2 se distribuem da seguinte maneira (Tabela 7): 28 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA Tabela 7 – Comparação dos resultados na formação do fator 2 com o Modelo de Dimensões de Ashmos e Duchon (2000) pela matriz de componentes rotacionadas 2 Modelo de Dimensões – Ashmos &Duchon (2000) Eu me considero uma pessoa espiritual 0,918 F3P1 Orar é uma parte importante da minha vida 0,882 F3P1 Meus valores espirituais influenciam as escolhas que faço. 0,865 F3P1 P1 - Nível Individual F3 - Vida Interior Fonte: Elaborada pelo autor (2014). O fator 3, chamado de “Trabalho com significado”, apresentou 1 variável que explica o objetivo específico sobre a espiritualidade, voltado para o trabalho com significado, apresentando a variável substituta “Eu sei o que dá ao meu trabalho um significado pessoal”, uma carga de ,697. Na comparação ao modelo de Ashmos e Duchon (2000), ela encontra-se no nível da Unidade de Trabalho (P2), com o fator Valores Positivo da Unidade Trabalho (F2). CONCLUSÃO Este estudo permite afirmar, após análise dos resultados, que a espiritualidade, quando promovida no local de trabalho, pode representar um avanço significativo na performance individual e organizacional no mercado de segurança privada estudado. Constatou-se que o tema espiritualidade ainda é debatido no meio acadêmico como um paradigma emergente (KARAKAS, 2010), o qual poderá ter aplicação prática junto a gestores. Este debate surge numa conjuntura que sugere dificuldades econômico-financeiras, com reflexos sociais, justo quando se demandam acréscimos adicionais de produtividade aos trabalhadores num ambiente em que há uma grande incerteza com relação à estabilidade no emprego. Assim, a conceptualização e medição da espiritualidade no local de trabalho é importante para quem investiga sobre este tema, para que possa entender e observar que existe este novo fenômeno nas organizações (ASHMOS; DUCHON, 2000). Esta pesquisa sobre a espiritualidade no local de trabalho indicou alguns fatores que, na gestão organizacional, podem aumentar o bem-estar dos indivíduos, das comunidades e da sociedade (SHEEP, 2006; GIACALONE; JURKIEWICZ, 2003). Este estudo empírico deixa, assim, uma contribuição para a construção de métodos e medidas que conduzam a um modelo de investigação, de modo a informar sobre a percepção da espiritualidade no local de trabalho e como este atributo pode alterar comportamentos e atitudes no sentido de melhorar o desempenho individual. Em referência à hipótese e ao objetivo geral desta pesquisa, que investigou como as empresas de segurança privada tratam o tema da espiritualidade no ambiente de trabalho, foi devidamente confirmado, já que obteve 56% das repostas “concordo” e 12% “concordo plenamente” em relação as 58 variáveis do modelo de Ashmos e Duchon 29 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA (2000). Foram formandos os fatores: F1 – Valores da organização, F2 – Vida Interior, F3 – Trabalho com Significado, conforme análises dos resultados das pesquisas. Pode-se afirmar que as empresas de segurança privada na cidade de Fortaleza executam princípios da espiritualidade voltados para a vida interior, explicado pelo Fator 2 – “Vida interior”, que obteve uma carga de 0,918 composto pelas variáveis: Eu me considero uma pessoa espiritual; Orar é uma parte importante da minha vida; Meus valores espirituais influenciam as escolhas que faço. Assim, pode-se concluir que o colaborador tem uma vida interior movida pela sua realização no trabalho, que integra a espiritualidade no trabalho. A partir da ideia, comprova-se que tanto líderes quanto colaboradores possuem uma vida interior ou espiritual e precisam, por meio da prática espiritual, desenvolver valores, atitudes e comportamentos, que são necessários para motivar intrinsecamente a si próprios e aos outros para que eles tenham um senso espiritual de bem-estar. É importante ressaltar que, pela interpretação dos resultados das respostas dos questionários enviados para os gestores e ou executivos das empresas de Segurança Privada da cidade de Fortaleza, pode-se interpretar que estes possuem uma tendência em vincular espiritualidade como religião. Mas, como bem definido neste estudo e conforme os direcionamentos de Ashmos e Duchon (2000), o tema abordado sobre espiritualidade não possui nenhum vínculo com religião e/ou algum sistema de crenças, o que denota a total falta de um conhecimento mais aprofundando, por parte das pessoas pesquisadas, deste antagonismo entre esses dois construtos. No que tange aos princípios da espiritualidade voltados para a comunidade, este é explicado pelo Fator 1 – “Valores da organização”, que apresentou uma carga de 0,855, composto pelas variáveis: No trabalho, atuamos juntos para resolver os conflitos de forma positiva; Eu tive inúmeras experiências no meu trabalho que resultaram no meu crescimento pessoal; Eu sou feliz no meu trabalho; O trabalho que eu faço está relacionado com o que julgo importante na vida; Sinto-me esperançoso sobre a vida; Eu faço diferença para as pessoas com quem eu trabalho; Meu departamento encoraja os funcionários a desenvolver novas técnicas e habilidades; Meu departamento se preocupa com todos os funcionários; Eu me sinto conectado com os objetivos do meu departamento; Eu me sinto confiante quanto ao meu futuro junto ao meu departamento; Eu me sinto conectado com a missão do meu departamento; Eu me sinto conectado com os objetivos desta organização; Eu me sinto confiante quanto ao meu futuro junto a esta organização. Nesta questão, pode-se interpretar que a espiritualidade não possui interferência direta e única nas respostas dos pesquisados, pois os temas apresentados podem denotar outros sentimentos voltados para o bem-estar ou até mesmo a realização profissional do indivíduo em seu local de trabalho. Finalmente, com relação à afirmativa de que empresas de segurança privada na cidade de Fortaleza executam princípios de espiritualidade voltados para o trabalho com significado, é devidamente explicada pelo Fator 3 – “Trabalho com significado”, que apresentou uma carga de 0,697, composto exclusivamente pela variável: Eu sei o que dá ao meu trabalho um significado pessoal. Nestes termos, pode-se inferir que existe um sentimento de totalidade e conectividade do papel construtivo da empresa e da compreensão de que há espiritualidade. Apesar dos resultados convergirem com os achados de Ashmos e Duchon (2000), há uma limitação que se 30 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA relaciona com a dificuldade no meio acadêmico em relação à delimitação do conceito da espiritualidade no local de trabalho. Outra limitação da pesquisa deve-se ao fato da amostra utilizada ser por conveniência, o que compromete possíveis generalizações. No que tange à metodologia, quando se procura contribuir para a construção de um conceito, além do estudo quantitativo, os estudos de natureza qualitativa trariam informações adicionais para captar e aprofundar percepções dos inquiridos sobre o tema estudado. Estas investigações poderão ser aplicadas em variáveis diferentes, que contribuam para a construção de um conceito acadêmico para a espiritualidade no local de trabalho. Por fim, é notório que a sociedade atual sente-se ameaçada pela violência urbana. Hoje, percebe-se uma sensação de insegurança constante em nosso meio. É uma contrapartida, onde o progresso e a criminalidade se misturam, assustando e confundindo as pessoas. Pode-se apontar o medo de sair de casa como consequência desta insegurança na sociedade urbana hodierna. Portanto, é importante o envolvimento da comunidade para a criação de uma nova sociedade, mais segura e mais espiritualizada. REFERÊNCIAS ASHMOS, D. P.; DUCHON, D. Spirituality at Work: A conceptualization and measure. Journal of Management Inquiry, U.S.A: Sage Publications, v. 9, n. 2, p. 134-145, June 2000. Disponível em: <http://jmi.sagepub.com/content/9/2/134. full.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2014 BABBIE, E. Métodos de Pesquisas de Survey. Trad. Guilherme Cezario. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 1999. BEZERRA, M. de F. da N. A relação entre a percepção da spiritualidade naorganização e o comprometimento organizacional afetivo, normativo e instrumental: estudo de caso com um grupo de líderes do Banco do Brasil no estado de Pernambuco. 2006. 77 f. Dissertação (Mestrado em Gestão Empresarial) – Faculdade Boa Viagem, Recife, 2006. BIBERMAN, J. Life and Work as a Calling. Interbein, Burbank, v. 1, n. 1, p. 21-24. 2007. BIBERMAN, J.; WHITTY, M. A postmodern spiritual future for work. Journal of Organizational Change Management. vol. 10., n.2, p 130-138, 1997. CACIOPPE, R. Creating spirit at work. Re-visioning organization development and leadership-part II. Leadership & Organization Development Journal, v. 21, n. 2, p. 110-119, 2000. CALDEIRA, T. P. R. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. Trad. Frank de Oliveira e Henrique Monteiro. São Paulo: 34/Edusp, 2000. CORRAR, L. J.; PAULO, E.; DIAS FILHO, J. M. Análise multivariada. São Paulo: Atlas, 2009. FENAVIST. Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores. III ESSEG: Estudo do Setor de Segurança Privada. 2013. Disponivel em: <http://www.fenavist.org.br/downloads/Fenavist_LivroIIIESSEG.pdf>. Acesso em: 8 set. 2014. FIGUEIREDO FILHO, D. B.; SILVA JUNIOR, J. A. da. Visão além do alcance: uma introdução à análise fatorial. Opinião Pública, Campinas, v. 16, n. 1, p. 160-185, June 2010. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0104-62762010000100007&lng=en&nrm=iso>. access on 16 July 2015. GIACOLONE, R. A.; JURKIEWICZ, C. L. Toward a Science of workplace sprituality. In: GIACOLONE, R. A.;JURKIEWICZ, C. L. Handbook ofWorkplace Sprituality and Organizational Perfomance. New York:. M.E. Sharpe Inc, 2003. 31 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32. ESPIRITUALIDADE EM EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA GONÇALVES, M. J. L. A Espiritualidade no local de trabalho e a performance em contexto organizacional portuguÍs. Um estudo empirico. 2001. 65f. Dissertação (Mestrado em Gestão) – Universidade de Coimbra, Coimbra, 2001. HAIR JR. et al. Análise multivariada de dados. Trad. Adonai Schlup Sant’Anna. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. JUE, A. L. The demise and reawakening of spirituality in western entrepreneurship. Journal of Human Values, v. 13, n. 1, p. 1-11, 2007. KARAKAS, F. Spirituality and Performance in Organizations: A Literature Reviewi. Journal of Business Ethics, 94, p.89106., International Journal of Management, v. 26 , n. 2, p. 334-341, 2010. KIVITZ, E. R. Espiritualidade no mundo corporativo: Aproximações entre prática religiosa e mundo profissional. 2007. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião) – UMESP, São Bernardo, 2007. KING, J.; CROWTHER, M. The Measurement of Religion and Spirituality: Lessons from Psychology. Journal of Organizational Change Management SpecialIssues, v. 17, n. 1, p. 83-101, 2004. KOWARICK, L. A espoliação urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. LIKERT, R. A. A Technique for the Measurement of Attitudes. Archives of Psychology, v. 140, p. 1-55, 1932. MASLOW, A. H. A Theory of human motivation. Psycological Review. American Psychological Association, USA, v. 50, p. 370-396, 1943. PAUCHANT, T. Ethics na spirituality at work. Hopes and pitfalls of the searchfor meaning in organizations. Westport: Quorum, 2002. REGO, A.; CUNHA, M. P.; SOUTO, S. Do perceptions of workplace spirituality promote commitment and performance? An empirical study and their implications for leadership. In: SINGH-SENGUPTA, S.; FIELDS, D. Integrating spirituality andorganizational leadership. Delhi: MacMillan, 2007. REGO, A.; SOUTO, S.; CUNHA, M. P. Espiritualidade nas organizações e empenho organizacional: um estudo empírico. Portugal: Universidade de Aveiro, 2005. v. 6. ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. SHEEP, M. L. Nurturing the Whole Person: The Ethics of Workplace Spirituality in a Society of Organizations. Journal of Business Ethics, v. 66, n. 4, p. 357-375, 2006. SRINIVASAN, M. S. The meeting of business and spirituality: its evolutionary significance. Journal of Human Values, v. 9, n. 1, p. 65-73, 2003. STEVENSON, W. J. Estatística aplicada à administração. São paulo: HARBRA, 2001. TISHLER, L. The growing interest in spirituality in business. A long-term socio-economic explanation. Journal of Organizational Change Management, v. 12, n. 4, p. 273-279, 1999. VASCONCELOS, A. F. Espiritualidade no ambiente de trabalho: dimensões, reflexões e desafios. São Paulo: Atlas, 2008. 32 Qualitas Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 v.18 n.1 - jan-abr/2017, p.18-32.