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2021, Estado da Arte [O Estado de São Paulo]
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LINK | https://estadodaarte.estadao.com.br/contingencia-augusto-carvalho/ Distinguir de maneira antropológica as diversas formas de nomear o tempo é um exercício ético de humanização do excêntrico, daquilo que existe fora do meu eixo existencial—humanização do próprio conceito de humano. Além do mais, a antropologia auxilia a tarefa (meta)física de cessar as características lógicas dos fenômenos de ordem temporal. O resultado imediato, neste caso, é assimilar a dupla dimensão ontológica do tempo passado como ao mesmo tempo o anterior e o posterior. A afirmação de que existimos sempre no interior do tempo denota, assim, que habitamos a existência sempre diante de um tempo preciso, o passado. Assim como temos e somos um corpo, temos e somos passados. E para compreender a posição antinômica da passagem do tempo, que possuímos e nos possui, não seria suficiente exibir as formas plurais de sua compreensão. É preciso avaliar o sentido de sua essência ambivalente.
2011
Com a finalização desta dissertação e conclusão do Mestrado em Contabilidade e Finanças, apraz-me agradecer ao meu marido, pais, irmão, sogros e restante família, pela ajuda e compreensão.
Anais da Conferência Internacional 2019 - Ressensibilizando a Cidade: Ambiências Urbanas e Sentidos, 2019
The present work is guided by the observation of urban interventions with a tanatological background and their funerary signs, in direct relation with the spaces in which they are inserted. This allows us to interpret the city as a "necro-city" due to the ambience that emerges because of these evoked absences. Using the Benjaminian key of understanding restricted to the terms "recollection" and "distraction", a reflection is proposed on this cultural practice of making public mourning that is private in nature, whose aim is not only to ease pain, but to also be a quest for reparation in the face of a social break. The method used is that of Vilém Flusser's communicology. Movimentos Em noite escura, um solitário caminhante passeia de maneira despreocupada por uma rua estreita. Chove. De alguma janela, mais distante, uma outra pessoa o observa. E pensa. E confabula de si para si: o que esse estranho quer ali? Sob a marca do diferente, que distingue pela chave da exclusão, outros valores podem ser agregados a aquele que sozinho transita e é valorado por outrem. Em um contexto de grande violência, o medo reage como se pudesse purgar o elemento que, não tendo solicitado autorização a ninguém, direito algum possui de pisar em território alheio. Ainda mais sem um objetivo claro por um caminho traçado. Daquela janela uma pessoa interpretou, com seu próprio olhar, o exterior de sua casa, de seu imóvel, de sua habitação. E concluiu, ainda que sob efeito do medo. Talvez ocorra no futuro eventual arrependimento, caso tenha errado nessa sua conclusão, pois e se tiver sido apenas um morador qualquer respirando o ar noturno? A introdução acima já permite depreender algumas observações. Mas não pela explicitude das palavras. Segue-se um outro exercício de abstração, o do não dito, não mencionado, e em instância última, o velado ou (com o termo mais propício) o acobertado. Não mencionou-se os dados físicos dos objetos que preenchem aquele espaço imaginado/descrito na composição de um território onde é possível imaginá-lo comunitário e que receba o nome significativo de lugar. Objetos esses os quais são as casas e suas calçadas naquilo que determina o sentido da rua, na conjunção com os demais itens que compõem o que bem pode ser chamado de cenário urbano. E já dando os apontamentos iniciais do presente trabalho, este cenário é o que permite o acontecimento da cena, em que cada olho na função de seu olhar é posto em expectativa, gerando por consequencia o expectador. Com a metáfora subjacente, cada janela seria como que uma tela para o próprio mundo ou a sua teatralização. Mas é preciso seguir com as ideias em seu ritmo. Ainda que haja muros de incompreensões, basta uma portinhola para atravessá-los com os sentidos e, por consequência, melhor compor os afetos. Como exemplo, ergam-se paredes e
A criação ex nihilo: sobre a necessidade da contingência, 2023
Este artigo propõe um diálogo entre o materialismo especulativo de Quentin Meillassoux e a psicanálise lacaniana. Mais concretamente, se propõe a analisar alguns aspectos da ontologia factual do filósofo francês para reconsiderar a questão da causalidade e a criação ex nihilo no PIC da APOLa. Ambas as conjecturas, frente ao niilismo na sociedade contemporânea, propõem uma teoria que designaremos "ex-niilista". Será exposta, no campo especulativo da causalidade, a tese sobre a necessidade da contingência para situar e elucidar, dentro da psicanálise, alguns aspectos a respeito da cadeia significante e do objeto a. This article proposes a dialogue between the speculative materialism of Quentin Meillassoux and Lacanian psychoanalysis. More specifically, it poses to analyze some aspects of the french philosopher's factual ontology in order to reconsider the question of causality and creatio ex nihilo in APOLa's SRPs. Both conjectures, in the face of nihilism in contemporary society, propose a theory that we will call "exnihilistic". The thesis on the necessity of contingency will be presented in order to locate, within psychoanalysis, how it can elucidate some aspects regarding signifying theory and object small a.
Sociedade e Estado
Historicamente, a contingência é pensada por Aristóteles, pela primeira vez, no seu texto peri hermeneias onde o filósofo introduz o conceito endechómenon, traduzido mais tarde como contingência. A descoberta da contingência reflete um novo estado de espírito nas obras de Weber, Parsons e Luhmann como na filosofia ocidental em Husserl, Heidegger, Camus, Sartre e outros, que se dão conta da dramaticidade das relações e fenômenos contingentes. Apesar da longa tradição da consciência da contingência no pensamento ocidental, é o advento do…
Actas del 2º Congreso de la SFU Montevideo, 2015
Em seguida à publicação da primeira e segunda parte das Ideias para uma filosofia da história da humanidade (1784-1785), Kant afirma em duas resenhas à obra herderiana que as teorias antropológicas do seu ex-aluno perpetuariam a metafísica. Seja em relação aos conteúdos, em particular no uso a ideia de força orgânica, seja no o que diz respeito ao método, em particular o fato de que Herder chegue a conclusões a partir da analogias, as argumentações desenvolvidas nas Ideias ultrapassariam os limites da experiência, marcados por um "incomensurável abismo entre o contingente e o necessário." De fato Herder, sem mencionar Kant explicitamente, no próprio ensaio condenava o uso dos conceitos de germens e disposições naturais, elementos essências da teoria das raças kantiana. Kant percebe as críticas herderianas não apenas come um simples ataque a própria antropologia, como lamenta, sobretudo, uma má compreensão do valor teórico daqueles elementos criticados por Herder. No ensaio Das diferentes raças humanas de 1775-1777, a suposição da existência de só uma espécie humana e o recurso a germens e disposições naturais internas à força generativa eram finalizados a explicar a transmissão hereditária das características raciais conciliando a contingência dos fatores ambientais que determinam o surgimento das raças com a necessidade da permanência hereditária das características raciais.
O problema da influência da sorte na ação humana sempre foi um tema preponderante na filosofia e na arte. A tensão entre o controle das nossas vidas e a possibilidade de sermos afetados por circunstâncias alheias ao nosso domínio, bem como a possibilidade de levarmos uma vida razoavelmente imune a tais circunstâncias, já era marcante na filosofia grega, sendo até hoje objeto de reflexão. Se é inegável que a sorte tem um papel importante, e influencia tanto o que acontece conosco como o nosso caráter e a forma como respondemos ao mundo, há uma área, no entanto, que julgamos alheia à ela: a moral. Uma das nossas intuições morais mais básicas é que não podemos ser censurados por aquilo que foge ao nosso controle. Cremos que o foco da avaliação moral deve se centrar única e exclusivamente naquela ação em que éramos senhores da situação e das circunstâncias. Essa intuição tão cara a nós, contudo, choca-se com um fato incontornável da nossa experiência moral: nós realmente avaliamos moralmente as pessoas por ações não só voluntárias, mas também por ações que, mesmo involuntárias, decorreram delas. A tensão entre aquela intuição e esse fato é o ponto de partida do problema da sorte moral.
Trabalho de Conclusão de Curso , 2019
Este trabalho trata-se de um estudo bibliográfico das premissas discipuladoras da teologia e práxis puritana dos séculos XVI e XVII. Com o interesse de nos aprofundarmos neste assunto, buscamos traçar um panorama histórico do puritanismo em meio ao contexto da Reforma Protestante inglesa, fruto da cisão entre os reis ingleses e a Igreja Católica Romana, a qual deu início à Igreja Anglicana e outros movimentos dissidentes, dentre os quais podemos localizar o movimento puritano. Em continuidade a esta pesquisa, destacamos o significado do discipulado na contemporaneidade e consequentemente, o que podemos identificar como pontos discipuladores dentro da teologia puritana e como estes impactaram o contexto social e eclesiástico da época. Por fim analisamos como este pensamento por ser melhor aproveitado em nosso contexto contemporâneo de maneira salutar à criação de uma cosmovisão piedosa e bíblica. Diante destas premissas, sintetizamos que o objetivo deste trabalho está focalizado no interesse em aprimorar as formas discipuladoras contemporâneas, à luz de uma comparação entre o puritanismo inglês dos séculos XVI e XVII e sua aplicabilidade no contexto da sociedade hodierna.
Revista Brasileira de Ciências Sociais, 2007
We examine the problem of the loss of tautologies in many-valued logics together with the pertinent philosophical issues. The notion of conservative implication is introduced and the concept of tautology revised and relativised.