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As razões tautológicas da contingência

2021, Estado da Arte [O Estado de São Paulo]

LINK | https://estadodaarte.estadao.com.br/contingencia-augusto-carvalho/ Distinguir de maneira antropológica as diversas formas de nomear o tempo é um exercício ético de humanização do excêntrico, daquilo que existe fora do meu eixo existencial—humanização do próprio conceito de humano. Além do mais, a antropologia auxilia a tarefa (meta)física de cessar as características lógicas dos fenômenos de ordem temporal. O resultado imediato, neste caso, é assimilar a dupla dimensão ontológica do tempo passado como ao mesmo tempo o anterior e o posterior. A afirmação de que existimos sempre no interior do tempo denota, assim, que habitamos a existência sempre diante de um tempo preciso, o passado. Assim como temos e somos um corpo, temos e somos passados. E para compreender a posição antinômica da passagem do tempo, que possuímos e nos possui, não seria suficiente exibir as formas plurais de sua compreensão. É preciso avaliar o sentido de sua essência ambivalente.

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