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2020, Pesquisa FAPESP
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patriarcal, a quase heroína poderia no máximo, conforme o despacho do Exército, servir aos homens nos campos de batalha. Como enfermeira, no melhor dos casos.
Voluntários sem pátria O retorno dos veteranos da Guerra do Paraguai não foi nada heroico: soldados precisaram reconstruir a própria vida na terra natal, com pouco dinheiro e muitas promessas Projeto de um monumento que seria levantado no Rio em homenagem aos soldados que voltavam da guerra [Fonte: FBN] 09/07/15 23:05 Voluntários sem pátria -Revista de História Página 2 de 4 http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/voluntarios-sem-patria 09/07/15 23:05 Voluntários sem pátria -Revista de História Página 4 de 4 http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/voluntarios-sem-patria
O título talvez seja enganador porque, num sentido técnico, não estou sem país. Legalmente, sou uma "súdita de Sua Majestade Britânica". Mas num sentido espiritual mais profundo, sou de fato uma mulher sem pátria, como tentarei deixar claro no decorrer deste artigo. Ter um país implica, antes de tudo, a posse de uma certa garantia de segurança, a certeza de ter um lugar que você pode chamar de seu e do qual ninguém pode alienar você. Esse é o significado essencial da ideia de país, de cidadania. Despojando-se desse ideal, resta a pura zombaria. Até a Guerra Mundial, a cidadania representava efetivamente essa garantia. Salvo uma eventual exceção nos países europeus mais atrasados, o cidadão nativo ou naturalizado tinha a certeza de que em algum lugar desse globo ele estava em casa, em seu próprio país, e que nenhuma reviravolta na fortuna pessoal poderia privá-lo de seu direito inerente de estar ali. Além disso, ele tinha liberdade para visitar outras terras e, onde quer que estivesse, sabia que gozava da proteção de sua cidadania. Mas a guerra mudou completamente a situação. Juntamente com inúmeras vidas, ela também destruiu o direito fundamental de ser, de existir em um determinado lugar com algum grau de segurança. Essa condição peculiar e desastrosa de coisas foi provocada por uma usurpação de autoridade que é absolutamente assustadora, nada menos que uma arbitrariedade. Todo governo agora se arroga o poder de determinar que pessoa pode ou não continuar a viver dentro de seus limites, o que faz com que milhares, até mesmo centenas de milhares, sejam literalmente expatriados. Obrigados a deixar o país em que vivem no momento, eles são deixados à deriva no mundo, com seu destino à mercê de algum burocrata investido de autoridade para decidir se podem entrar em "sua" terra. Muitos homens e mulheres, até mesmo crianças, foram forçados pela guerra a essa terrível situação. Caçados de um lugar para outro, levados de um canto para outro em sua busca por um local onde possam respirar, eles nunca têm certeza se não podem receber a qualquer 1 Tradução de Larissa Tokunaga a partir do original "A Woman Without a Country", publicado pela Cienfuegos Press. A versão em inglês pode ser acessada aqui: https://archive.org/details/AWomanWithoutACountryByEmmaGoldman/mode/2up?view=theater Nota da tradutora: O texto foi redigido por Goldman em 1937, época em que se encontrava exilada na Inglaterra. Após ser expatriada dos EUA em 1919, acusada de conspirar contra o alistamento militar obrigatório na Primeira Guerra, e abandonar a Rússia em 1921, tendo presenciado o autoritarismo bolchevique, Emma Goldman passou o ocaso de sua vida transitando entre Inglaterra, França, Canadá e Espanha. Foi um período de desencantamento muito denso em relação aos horizontes revolucionários, uma vez que o contexto estava crivado pela ascensão de regimes autoritários e iminência da Segunda Guerra Mundial. Desalojada e no entrelugar, Emma redige sua autobiografia Vivendo Minha Vida e oferece suporte às mulheres da Revolução Espanhola, nunca cessando de levar a cabo sua militância antipatriótica e refletindo sobre a ilusória narrativa de democracia estadunidense.
O presente artigo tem o objetivo de discutir as relações entre a regionalização da Clínica Psicodinâmica do Trabalho -uma das abordagens clínicas surgidas na França da Psicologia do Trabalho -e características sociais, históricas, culturais e econômicas do trabalho no Brasil a partir de apontamentos sobre a produção científica em Clínica do Trabalho no país desde 1994. O texto é parte da dissertação de mestrado "Dispositivos para a escuta clínica do sofrimento no trabalho: entre as clínicas da cooperação e das patologias" (2014) da primeira autora sob a orientação da segunda e se divide em sete seções: Mundo do Trabalho, onde versamos brevemente sobre a história do trabalho no mundo ocidental; Trabalho no Brasil, em que tratamos das particularidades da constituição do trabalho contemporâneo no país; Psicodinâmica do trabalho, seção DA ESCRAVIDÃO À SERVIDÃO VOLUNTÁRIA: PERSPECTIVAS PARA A CLÍNICA PSICODINÂMICA DO TRABALHO NO BRASIL Página
1998
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas
Trabalho, Educação e Saúde, 2006
Os processos de sujeição voluntária parecem consubstanciais à expansão do capitalismo. A transformação ocorrida no caráter da propriedade, tornando-a móvel e flexível, sob a forma dinheiro, tem sua contrapartida em nova mobilidade dos trabalhadores, expropriados do controle do conjunto do processo produtivo e tornados disponíveis como mera capacidade produtiva. A liberdade contemporânea não é mero engodo, pois expressa longa luta pela redução dos laços de controle de tipo senhorial, levada a efeito pelos camponeses e pelos trabalhadores urbanos. Mas também não pode ser considerada como expressão de uma real libertação humana, uma vez que repousa sobre formas de expropriação que, de maneira aparentemente 'natural', impõem aos trabalhadores sua própria sujeição. Na atualidade, o aprofundamento da separação realizada entre a propriedade econômica e as possibilidades de intervenção política agrava as condições dessa "servidão voluntária" e vem sendo, de forma quase sar...
TRAVESSIA - revista do migrante, 2000
Euclides da Cunha, quando se referia aos sertanejos, que observou em luta contra as tropas do governo em Canudos, afirmava que eram antes de tudo fortes, mas também “expatriados dentro da própria pátria”. Referia-se não só ao seu próprio estranhamento diante daquele outro homem, tão diferente do civilizado do litoral, mas também ao secular processo de exclusão social dos homens livres pobres por todo o interior do país, não só dos processos de decisão política, mas também da exclusão à terra, ao trabalho que garante a mais elementar sobrevivência, à condição de cidadão. [...]
Hoje os que se acham donos do Brasil -e que o são, em ultimíssima análise, porque os deixamos se acharem, e daí a o serem foi um pulo (uma carta régia, um tiro, um libambo, uma PEC) -preparam sua ofensiva final contra os índios. Há uma guerra em curso contra os povos índios do Brasil, apoiada abertamente por um Estado que teria (que tem) por obrigação constitucional proteger os índios e outras populações tradicionais, e que seria (que é) sua garantia jurídica última contra a ofensiva movida pelos tais donos do Brasil, a saber, os "produtores rurais" (eufemismo para "ruralistas", eufemismo por sua vez para "burguesia do agronegócio"), o grande capital internacional, sem esquecermos a congenitamente otária fração fascista das classes médias urbanas. Estado que, como vamos vendo, é o aliado principal dessas forças malignas, com seu triplo braço "legítimamente constituído", a saber, o executivo, o legislativo e o judiciário.
Investigar as bases de sustentação do poder e a legitimidade do direito imposto são algumas das grandes questões perseguidas pela filosofia e ciência política. Nesse sentido, o presente trabalho se propõe a indagar o porquê da obediência de uma multidão a um tirano partindo da perspectiva de Étienne de La Boétie, jurista e filósofo francês do século XVI cuja principal obra, Discurso da Servidão Voluntária, foi precursora dos movimentos de resistência pacífica da história contemporânea.
CEUR Workshop Proceedings (CEUR-WS.org, ISSN 1613-0073)
Ideology and Politics Journal, 2023
Στο Μ., Σκουμιός & Χ., Σκουμπουρδή (Επιμ.), Το εκπαιδευτικό υλικό στα Μαθηματικά και το εκπαιδευτικό υλικό στις Φυσικές Επιστήμες: μοναχικές πορείες ή αλληλεπιδράσεις;, 2016
К вопросу о хронологии выпуска ранних медных монет Крыма в составе государства Джучидов, 2023
Modelos femeninos en la literatura y el cine en el mundo hispánico. Peter Lang, 2024
Enchanted, Stereotyped, Civilized: Garden Narratives in Literature, Art and Film, edited by S. Planka and F. Cubukcu, 435-454. Würzburg: Königshausen & Neumann ISBN 978-3826064449
Analisa Kebijakan Publik, 2020
Scientific Reports, 2020
Revue forestière française, 2001
Turkiye Klinikleri Journal of Medical Sciences, 2010
Measurement Science and Technology, 2018
Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 1997
Urdimento, 2017
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), 2022