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2020, Cadernos do Cepaos - Documentos Ocasionais / Occasional Papers
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As relações entre a paisagem do Rio de Janeiro e a música em Villa Lobos e Chico Buarque de Holanda
Resumo: A partir de reflexões sobre a temática Música, Cultura e Sociedade, encontramos a capoeira, cuja prática traz a simultaneidade e complementariedade entre música, corpo, movimento e cultura, como um fenômeno a ser estudado. O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica sobre a capoeira, considerando sua importância não só como prática esportiva, mas principalmente como uma manifestação cultural que envolve uma produção córporo-sonoro-musical. Abstract: From reflections on the theme Music, Culture and Society, we find capoeira, whose practice brings simultaneity and complementarity between music, body movement and culture as a phenomenon to be studied. This article it is a literature review about capoeira, considering its importance not only as a sports practice, but mainly as a cultural event involving a body-sound-music production.
Este trabalho deriva de uma pesquisa de tese que estudou o romance Drácula e as características góticas encontradas no texto. Ao trabalharmos com uma perspectiva que abrangia também os aspectos sonoros durante a análise, foi possível perceber que há, no romance, marcas importantes que dizem tanto sobre a literatura gótica, quanto sobre os entrelaçamentos nas relações entre música, sociedade e natureza, formando, assim, uma paisagem sonora.
O presente trabalho, pretende ser uma contribuição a uma área de representações artísticas, fazendo um registro da trajetória da produção musical na época de ditadura, período que repercute a censura das músicas que eram produzidas na época, pois os militares achavam que iam contra os valores e a moral pelo fato de ser subversivas. A grande repercussão que o regime militar exerceu sobre os diversos seguimentos da sociedade brasileira na década de 60, é o fator primordial dessa pesquisa. A coragem de muitos artistas brasileiros, dentre eles, destaca-se: CHICO BUARQUE, que apesar da censura na época, ele tentou conscientizar a grande massa popular por meio de suas composições metafóricas onde as letras permitiam, que seus ouvintes adquirissem uma opinião crítica a cerca do regime político, e em muitos casos a tornarem oposição contra o mesmo. Tais acontecimentos motivaram-me a buscar conhecimentos sobre este período e sua influencia na MPB. A década de 60, é marcada por efervescência no campo político social do país. Uma vontade de participar ativamente da política interna é desapontada em diversas camadas da sociedade. "Tudo isso, expressa a grande inquietação social em parte explicada pela situação critica da economia do país é que na esfera polícia, se refletia em episódios tensos". (BOLLE, 1980, p. 93). Dois momentos marcantes dessa época, a renuncia de Jânio Quadros e 1961 e a posse de seu Vice Presidente João Goulart, com idéias de reformas sociais e econômicas que deram origem ao golpe de 1964. O governo de Goulart, é marcado pelo o agravamento da crise política, bem como, pelos conflitos sociais e políticos do país. Após os primeiros anos, o governo militar torna-se mais rígido, apesar da censura imposta pelo presidente e no governo de Costa e Silva, que a ditadura se consolida, e é outorgado o AI-5. A censura é instaurada no teatro, na televisão, no cinema, na música e até nas universidades. Isso elimina quase totalmente a possibilidade de germinar uma cultura crítica. "podemos dizer, que o AI-5, foi um golpe dentro do golpe, um golpe de misericórdia na caricatura de democracia. Caímos, aí sim, na clandestinidade" (GABEIRA, 1984, p.119). Em dezembro de 1964, estreou, um Shoping Center de Copacabana, o Show "Opinião", misturando samba, baião e jazz, com críticas políticas e sociais. Nara Leão, cantora iniciante, em 1964, foi transformada posteriormente em musa símbolo da esquerda, graça a interpretação de "Carcará ", durante o espetáculo o show foi visto por mais de cem mil pessoas, passando por diversas partes do país e em todas elas, toda a vez que era cantada carcará, como o pássaro ruim que "pega, mata e come", e instantaneamente identificada com o regime militar e sua atuação: Carcará, pega mata e come Carcará, não vai morrer de fome Carcará, mais coragem do que hôme, Carcará, pega mata e come Carcará, lá no sertão É um bicho que avôa que nem avião É um pássaro malvado Tem um bico volteado que nem gavião Carcará, quando vê roça queimada Sai voando e cantando, Carcará Vai fazer sua caçada Carcará, come inté cobra queimada Más quando chega o tempo da ivernada No sertão não tem mais roça queimada Carcará, mesmo assim não passa fome Os burrego, que nascem na baixada Carcará, pega mata e come Carcará, não vai morrer de fome Carcará, mais coragem do que hôme Cacará, pega mata e come Carcará, é malvado e valentão É a águia lá do meu sertão Os burrêgo novinho não podem andá Ele pega no umbigo inté matá Carcará... Curiosamente, a ave Carcará, tornou-se em 1999, o símbolo do Serviço de
(...) Por isso falo da surdez das ciências sociais e da necessidade da sua exposição à música. Ao contrário dos tempos clássicos do quadrivium, a música hoje não é ciência. Mas tem um ritmo, uma harmonia e uma melodia muito próprios que fazem a cidade soar. A cidade da música excessiva grita e silencia, ao mesmo tempo. Esse é o verdadeiro espetáculo musical da cidade contemporânea, feito de uma relação muito complexa com os silêncios. Essa é a musicalidade única da cidade dos nossos dias. Saibamos escutá-la.
Revista Entre Lugar, 2021
O artigo em questão explora dois campos de congruência semântica da categoria paisagem. O primeiro, relacionado com o campo semântico da região, está associado às perspectivas próximas ao positivismo e a abordagem material da paisagem. O segundo campo, relacionado com a categoria lugar, transcende a materialidade e situa-se no contexto das correntes reativas ao neopositivismo, sobretudo àquelas vinculadas ao movimento intelectual conhecido como virada cultural. A relevância do artigo reside justamente na reflexão sobre as grandes diferenças do sentido da paisagem e a necessidade de contextualizarmos a categoria, sob o risco do seu emprego descuidado conduzir a falhas comunicativas indesejáveis, tanto em construções textuais como em outras formas discursivas.
Resumo: Este artigo tem por objetivo trazer à luz a ideia de que a prática musical, mais do que relacionada a estéticas, está antes relacionada a um processo minucioso de desenhos de territórios, e que tais territórios não são apenas sonoros, mas também táteis e visuais. O ponto de partida é a escuta para Pierre Schaeffer, subsídio para adentrar a ideia de ritornelo e territorizalização desenvolvidos por Deleuze e Guattari, em Mil Platôs, pensamento no qual a música e os sons têm um lugar privilegiado. Palavras-chave: prática musical, Pierre Schaeffer, música Em um livro que marcou profundamente o modo de se pensar a música no séc. XX, o Traitée des objects musicaux, 1 o compositor francês Pierre Schaeffer tentou expor quais seriam as bases necessárias para pensar uma música que não fosse apenas guiada pelas estruturas rítmicas da percussão tradicional ou da canção, e sim uma música que nascesse nos sons, e que, como os sons, deixasse que qualquer uma de suas partes se relacionasse com qualquer outra. Explico melhor, Schaeffer ao invés de pensar a música pensa alguns modos com os quais o homem ouve aquilo que chama de música. Apaixonado pelo som ele então distingue claramente que quando ouvimos música nem sempre estamos ouvindo o som. Ele nota que o som vem sempre acompanhado de camadas de linguagem, de relações humanas, e que dificilmente se ouve apenas o som. Ora, para que Schaeffer imagina ouvir o som? Já não seria o suficiente ouvir a música? Talvez assim fosse para um homem no séc.
RESUMO A presente pesquisa se constitui como um projeto experimental que analisa a música na periferia e particularmente o tecnobrega de Belém, na Amazônia Brasileira. O trabalho teve o propósito de acompanhar o processo de criação do projeto Música na Laje, um programa sobre a diversidade musical e cultural da periferia de Belém. O programa tem o objetivo de falar sobre as formas que a periferia encontra para se comunicar e de como as novas mídias trouxeram possibilidades de expansão dessa comunicação. Para criar um produto metalinguístico que usa da cultura da periferia para falar sobre a cultura da periferia, fizemos uma pesquisa bibliográfica para entender o processo de formação dessa corrente, usando a música brega paraense como exemplo.
Eivados de um frenesim de santidade, os cristãos dos primeiros tempos tudo tentavam para garantir, com certezas absolutas, um lugar privilegiado junto do Deus que veneravam. Particularmente a partir do movimento encetado por S. Bento, no século VI, de uma forma quantitativamente significativa, alguns crentes começaram a demonstrar um interesse especial pela vida comunitária em que os objectivos dessa vida apontassem para a maior glorificação de Deus e para a prática de devoções, assentes num ascetismo conducente a uma vida que os guiasse nessa senda de santidade. Floresceram, a partir desse século, numerosos conventos e mosteiros, onde o «exemplo-guia» da conduta a seguir era o de um santo com virtudes consideradas essenciais para a conquista desse lugar especial na outra vida. Bento de Núrsia, no mosteiro do Monte Cassino, de quem foi primeiro abade (529), transformou o dia dos seus monges em momentos de oração, meditação e de trabalho, numa rotina diária movida por esse ideal da perfeição, atingida através destes meios. Chamava-lhe o «trabalho de Deus». No século IX, a dinastia Carolíngia incentivou os monges a seguirem a regra de S. Bento e, no dealbar do século XI, mosteiros beneditinos já se espalhavam por toda a Europa ocidental. Mas este movimento perfeccionista de «trabalhar» a santidade na terra através de vidas isoladas do mundo «normal» é bastante anterior e já se conhecem seguidores na Península Ibérica, referidos em pelo menos três concílios peninsulares do século IV: Elvira (304/6), I Concílio de Saragoça (380) e I Concílio de Toledo (400). Mencionam «virgens consagradas a Deus» e os dois últimos já falam em «monges». 1 Para não falar da peregrina Egeria que, neste mesmo século, descreve com entusiasmo a sua viagem à Terra Santa, dirigindo o seu Itinerarium a um convento de monjas, quase de certeza, do noroeste hispânico, provavelmente do conventus de Bracara 2 . Deste período, sobressaem dois nomes importantes para a «regulamentação» destas comunidades: S. Martinho mas, principalmente, S. Frutuoso, ambos em Dume e na Sé de Braga, como bispos, nos séculos VI (meados) e VII (primeira metade). A S. Frutuoso é atribuída a Regula Communis que, para além de prever uma espécie de Pacto 1 Jorge, Ana Maria C. M. -«As instituições e o elemento humano», História Religiosa de Portugal (1º vol.). Lisboa: Círculo de Leitores, 2000, p. 203 2 Egéria: Viagem. Ed. de Alexandra B. Mariano e Aires A. Nascimento. Lisboa: Edições Colibri, p.12 entre o monge e a vida que vai escolher, tem também a particularidade de legislar sobre a vida nos mosteiros dúplices (ou mistos), como viria a ser o caso do Mosteiro de Santa Maria de Guimarães. Mumadona mandou erigir o seu mosteiro dúplice na primeira metade do século X. A regra que adoptaram para a vida comunitária não suscita consenso. Cuidadoso, Gaspar Estaço escreve 3 : «De que Ordem fosse este da Condessa eu o não acho expressamente: só consta do seu testamento onde refere os livros, que ela lhe deu, entrar no numerário deles a Regra do santo Abade Pacómio (…) Entrava também naquele número um Livro que continha estas três Regras: a de São Bento, e a de Santo Isidoro, e a de São Fructuoso (…) Morales é de parecer que estes Mosteiros antigos de Frades e Freiras eram da Ordem de São Bento por estar já muito extendida por Espanha e por toda a Europa.» 170. «Grande é a distância que vai dos cantores aos músicos; uns só repetem e os outros sabem o que é a Música. Com efeito aquele que faz o que não entende, pode definir-se como uma besta» (tradução de Eduardo Magalhães) (História da Música, Tomo I desde os tempos mais remotos até ao século XVI. Porto: Casa Moreira de Sá, 1920.) 9 Ibidem 10 Corruptela da palavra latina «Cantor»
Resumo: Este artigo estuda a relação que a música estabelece com o crente. Através da realização de 30 entrevistas a residentes no Concelho de Moimenta da Beira procurou-se perceber até que ponto a música ajuda a chegar até Deus. As conclusões mostram que a música dá um grande suporte à religião, já que ajuda o indivíduo, com mais ou menos fé, a encontrar o seu equilíbrio, seja pela via da contemplação, através do reconhecimento da grandeza e beleza de Deus, seja pela dimensão comunitária, tornando as celebrações mais vivas e agradáveis e, neste contexto, é também ela um instrumento funcional que unifica e dá sentido ao indivíduo e à própria comunidade. Abstract: This article studies the relationship that music establishes with the believer. By conducting 30 interviews with residents in the Council of Moimenta da Beira it was attempted to understand to what extent music helps to reach God. The findings show that music gives great support to religion, as it helps the individual, with more or less faith, to find their balance, either by means of contemplation, through recognizing the greatness and beauty of God, either by the community dimension, making celebrations more vivid and enjoyable, and in this context, it is also a functional tool that unifies and gives meaning to the individual and the community itself.
The coming storm in the Middle East, 2024
Heliyon, 2019
Archaeological and Anthropological Sciences, 2023
As inteligências do telejornalismo , 2024
Teachers College Record: The Voice of Scholarship in Education
Revista Clínica Española, 2007
Environmental Management, 2016
História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 2012
ABC Journal of Advanced Research, 2012
arXiv: Numerical Analysis, 2016
Estacao Cientifica, 2014