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Há uma tendência nos estudos atuais no sentido de considerar a ética aristotélica, de algum modo, determinista. O presente artigo busca analisar uma passagem específica do livro IX da Ethica Nicomachea, onde Aristóteles questiona se devemos continuar amigos de um homem bom que se tornou mau. Essa passagem é interpretada de modos distintos pelos comentadores, tais como, por exemplo, Bodéüs e Irwin, que tratam a passagem a partir de perspectivas distintas. Irwin a entende como tratando da mudança de caráter do agente, enquanto Bodéüs nega categoricamente esse tipo de leitura. A intenção precípua deste artigo é mostrar as possíveis nuanças interpretativas, bem como propor, incipientemente, uma indicação de solução, embora não definitiva, dada a complexidade que advém de variadas passagens do corpus aristotelicum sobre o tema. Palavras-chave: mudança de caráter, amizade, homem bom, determinismo, libertarianismo.
A tese realiza um exame da noção de "excelsitude" (kolokagathia) na Ethica Eudemia de Aristóteles. No último capítulo do tratado (VIII.3, 1248b8-1249b25), a excelsitude é apresentada como a virtude completa do homem, unificando sob o atributo comum chamado 'excelso' ou 'belo' (to kalon) todas as virtudes parciais estudadas nos livros precedentes. Defendo a existência de uma teoria do excelso que subjaz todas as suas menções na Ethica Eudemia. Essa teoria conecta o último capítulo sobre a virtude completa (VIII.3) ao capítulo que afirma ser o 'excelso' um atributo comum aos humanos e aos entes imóveis (I.8), bem como aos capítulos a respeito da virtude do caráter como aquiescência à razão (II.1 e III.1). Assim, a primeira parte de VIII.3, 1248b8-1249a21, que articula a virtude completa como exercício do 'excelso', é indispensável para a compreensão da teoria eudêmia da virtude do caráter; já a segunda parte de VIII.3, 1249a21-b25, dedicada à busca do padrão da virtude ou padrão da excelsitude ('horos tes kalokagathias'), explica de que modo os humanos compartilham com os entes imóveis - em especial a divindade - o atributo 'excelso'. Na medida em que o exame do padrão da virtude é sobretudo um exame da economia da alma humana, o capítulo sobre a excelsitude mostra-se também como o estudo mais detalhado da 'virtude da alma' (he tes psyches arete) mencionada ainda no capítulo II.1.
HIstoriaEHistória, 2007
Este artigo pretende fazer um apanhado das principais características e conceitos relacionados à amizade clássica-a philia grega e sobretudo a amicitia romana. Por fim, será analisado qual é papel dado pelos pós-estruturalistas à amizade e, como esperam que a "reinvenção da amizade" possibilite uma mudança nas relações sociais.
Dissertatio, 2009
This paper examines what Aristotle could have meant in Nicomachean Ethics 1106b 14-16, when he says that moral virtue is more exact than craft. Aristotle’s meaning cannot be that moral knowledge is more exact than technical knowledge. Neither the practical knowledge that an agent has about the precepts guiding his actions nor the philosophical knowledge framed in a moral theory could be described as “more exact than craft-knowledge”. My point is that Aristotle’s meaning is better understood if he is taken to be talking about the requirements for doing virtuously a virtuous action. Being successful at doing a virtuous action is "more exact” than being successful at making a good craft-product in the sense that more criteria for successfulness are required.
Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, Brasil, CNPq resumo No livro dois da Ética Nicomaqueia, Aristóteles afirma com clareza que a prática reiterada de ações virtuosas leva à constituição de uma determinada disposição de caráter, ou seja, o hábito funcionaria como uma segunda natureza, em função da fixidez e estabilidade da disposição por ele constituída, o que aparentemente impediria qualquer modificação no que concerne ao caráter. O problema é que várias passagens do Corpus Aristotelicum parecem contradizer esta asserção, permitindo uma leitura diferente daquela que sugeriria a ideia do hábito como algo que operasse de modo similar à natureza. Este artigo propõe-se investigar se é possível uma leitura que permita, nas Éticas, bem como em outras obras do Corpus Aristotelicum, a possibilidade da mudança de caráter, da decadência ou da reforma moral, bem como sua implicação na investigação sobre o problema do determinismo e da responsabilidade moral. palavras-chave hábito; disposição de caráter; responsabilidade moral; determinismo; Aristóteles; Ética Nicomaqueia O modo pelo qual adquirimos a virtude moral É deveras reconhecido o modo pelo qual Aristóteles concebe a aquisição da virtude moral. Ele delineia seu argumento no segundo livro da Ética Nicomaqueia, onde afirma que a virtude moral é adquirida pela prática reiterada de ações virtuosas, ou seja, pelo hábito (1103a17) de agir de determinada maneira, diferentemente da virtude intelectual cuja aquisição tem origem no ensinamento. Recebido em 30 de maio de 2013. Aceito em 15 de julho de 2013.
2019
Os estudiosos da área de Estudos Clássicos há muito chamam a atenção para o fato de que o vocabulário empreendido por Eurípides, em suas tragédias é significativamente diferente daquele utilizado pelos outros dois trágicos clássicos, a saber Ésquilo e Sófocles. Certamente, as discussões e reflexões empreendidas pelos personagens do dramaturgo desmembram uma série de questões que se referem tanto ao contexto bélico no qual Atenas estava inserida, bem como ao contexto cultural ateniense fomentado pelas argumentações e questionamentos de filósofos e sofistas. Nesse sentido, tendo como ponto de partida a tese de que o texto da tragédia euripideana confere à linguagem uma dimensão diferente quando comparada aos outros trágicos dos quais nos chegaram as peças, é que pretendo analisar a maneira segundo a qual o ethos dos personagens Fedra e Hipólito são construídos ao longo do Hipólito, de Eurípides.Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educació
The Latin philosopher, Lucius Annaeus Seneca (4 a.C. – 65 d.C.), was born in Cordoba, Spain, of a bourgeois family, but soon claimed Roman citizenship. The collection of his letters of protreptic genre (προτρεπτικός = stimulating, persuasive, capable of going ahead) given to his friend or disciple Lucilius, whom was imperial attorney in Sicily province, it was years of politic turbulence under Nero Emperor’s tiranny. Seneca shows up on his moral letters as Stoic’s membership how to answer to perversion of taste, as a consequence of cultural decadence and oldness of arts in general, between much more theoric and practic problems (analising human psychology, fruits of observation and learning); in defense of classic Attic aesthetic turned to essencial need and truth, far away to entertainment and superficial speculation. Since, it is valuable an universal reality, the big models, the simplicity and the sobriety, but not servil imitation. Seneca saw Roman dominated by decadence of costumes and mediocre writers wrapped into pedant preciosities. His method apparently asystematic, but, in fact, so much coherent, demanding reflection and control of reason. Those letters constitute an exemple of how pale was the first century (a. D.), signalizing already the climbing dawn of poetry and deterioration letters in Rome, neither for its frequent reference to aspects of life (travels, costumes, persons, histories, traditions, etc.). The sense of social responsibility between others themes are exceptional importance to the history of thought. KEY WORDS: Speech acts, Seneca, Stoicism, Epistolography, Latin Language.
Ética e paideia em Plutarco, 2008
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2013
É tese conhecida da ética aristotélica que o conhecimento necessário para a atribuição de responsabilidade pelo que se faz é o das circunstâncias. Isso inclui identificar corretamente os elementos particulares que ocorrem na situação de ação: os instrumentos que se utilizará, como eles funcionam, para que; as pessoas em relação a quem se age; qual o fim preciso e particular que se vai alcançar com a ação etc. Desconhecer uma dessas circunstâncias pode fazer com que o agente aja involuntariamente, quando, ao que tudo indica, ele não merecerá ser responsabilizado pelo que faz. Já o conhecimento do valor moral da ação (se é boa ou má) nada tem a ver com a responsabilização do agente que a realiza, revelando apenas, se a ação foi escolhida deliberadamente, algo acerca do seu caráter. A argumentação aristotélica nesse ponto parece se fazer com vistas a opor-se a uma tese socrático-platônica: não pode ser o caso que o agente, desconhecendo o valor moral de sua ação, venha a realizá-la por ignorância, pois isso significaria: 1) atribuir-lhe involuntariedade e 2) uma consequente desresponsabilização. O Sócrates do diálogo O Protágoras aceita 1), mas na República fica claro que 2) é recusada, o que serve a fins protéticos de exaltação da busca pelo conhecimento. É socrático-platônica, assim, a tese da assimetria entre as boas e más ações – as primeiras são voluntárias, as últimas, involuntárias. Por que Aristóteles restringe apenas à ignorância das circunstâncias a causa do ato involuntário? Que tipo de consequência filosófica e ética a tese socrático-platônica da assimetria implica? Qual a vantagem filosófica e ética de defender a tese da simetria, isto é, que somos responsáveis tanto pelas boas quanto pelas más ações, quando as realizamos? O objetivo deste trabalho é apresentar indicações de respostas a tais questões, tendo como base o texto da Ética Nicomaqueia III 1-5 (1109b27-1115a6) e alguns comentadores.
Trans/Form/Ação, 2006
O artigo aborda o tema da estilização do caráter no pensamento de Friedrich Nietzsche, através da apropriação de alguns dos temas centrais da sua filosofia, tais como a crítica avaliativa da modernidade ocidental, o pensamento do 'eterno retorno' e o sentido da 'extemporaneidade' [unzeitgemässe]. Através de um percurso pelo conjunto da sua obra e pelos textos de alguns dos seus comentadores, procura-se estabelecer uma interpretação do significado da sabedoria ativa através do desenvolvimento e embaralhamento, ao mesmo tempo livre e cuidadoso, dos temas referidos acima.
Doispontos, 2011
resumo Pretende-se mostrar neste artigo que a noção macIntyriana de amizade, que, segundo este autor, seria uma recuperação da noção aristotélica de amizade (philia), ao deixar de contemplar o seu aspecto político, explicitamente marcado por Aristóteles, reduziria a noção de amizade ao seu aspecto social ou cívico, enfraquecendo, assim, a natureza política do homem.
Annales, Ser. Hist. Soc., 2010
Jurnal Teknologi Informasi: Jurnal Keilmuan dan Aplikasi Bidang Teknik Informatika, 2023
Analytica Chimica Acta, 2011
Biolinguistic Perspectives, 2009
Pulmonary Pharmacology & Therapeutics, 2009
Psychology of Violence, 2012
Journal of Physics: Conference Series, 2019
Chemical Communications, 2012
Celestial Mechanics, 1976
Biodiversity Data Journal, 2021
EURASIP Journal on Image and Video Processing, 2018
Stochastics and Partial Differential Equations: Analysis and Computations, 2017
Revista Ombuds electoral , 2024