CONHECENDO
OS ARTRÓPODES
DO SEMIÁRIDO
• Adolfo R. Calor • Albane Vilarino • Alexandre Vasconcellos • André da Silva Ferreira
• Bruno Cavalcante Bellini • Charles Morphy D. Santos • Everton S. Dias • Francisco
Eriberto de L. Nascimento • Freddy Bravo • Hemille Mariane Dias Oliveira • Ivan Castro
• Jaqueline Ribeiro de Carvalho • John W. Wenzel • Larissa L. Queiroz • Leonardo S.
Carvalho • Luiza Burgos de Souza Leite • Maíra Xavier Araújo • Marcos Aragão • Michelly
Thainá Neves Cardoso Santos Novais • Rodolfo Mariano • Rogério Campos • SergioRicardo
Andena • Solange Maria Kerpel • Tácio Duarte • Thamara Zacca • Ubirajara de Oliveira
ORGANIZAÇÃO: Freddy Bravo • Adolfo R. Calor
ConheCendo
os artrópodes
do semiárido
OrganizaçãO
Freddy Bravo
adolfo r. Calor
1a edição
são paulo
métis produção editorial
2016
Conhecendo os artrópodes do Semiárido
Copyright © 2016 by Autores.
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer meio
de comunicação para uso comercial sem a permissão escrita dos proprietários dos direitos
autorais. A publicação ou partes dela podem ser reproduzidas para propósito não-comercial
na medida em que a origem da publicação, assim como seus autores, seja reconhecida.
Os textos são de responsabilidade dos autores.
Capa, projeto gráfico e editoração: Patricia Kiss
Imagens da capa: © Bruno Castelo B. Damiani, © Leornardo S. Carvalho, © Freddy Bravo,
© Leornardo S. Carvalho, © Michelly Novais, © Marcos Aragão
ISBN: 978-85-69038-01-6
Métis Produção Editorial
Avenida Paulista, no 1765 - 7o andar - Conj. 72
01311-200, São Paulo, SP.
www.metiseditorial.com.br
[email protected]
Ficha catalográfica
B826c
Bravo, Freddy e Calor, Adolfo Ricardo.
Conhecendo os artrópodes do Semiárido / Freddy
Bravo e Adolfo Ricardo Calor. 1.ed. – São Paulo: Métis
Produção Editorial, 2016.
192 p.
ISBN 978-85-69038-01-6
1. Ciências Naturais. 2. Evolução. 3. Zoologia. 4.
Sistemática biológica.
CDD: 500
CDU: 57
apresentaçãO
O
s artrópodes, classificados no filo Arthropoda, são animais de corpo
segmentado cujos segmentos se agrupam em unidades funcionais
denominadas tagmas. Nos insetos, por exemplo, são reconhecidos três
tagmas: a cabeça, o tórax e o abdome. As pernas destes animais são ar-
ticuladas e todo o corpo é coberto com uma cutícula rígida, conhecida
como exoesqueleto, formada principalmente da proteína quitina. Formam o grupo de animais com maior número de espécies entre todos os
seres vivos. São artrópodes os crustáceos, aranhas, escorpiões, quilópodes, diplópodes, insetos, entre outros.
Este e-book tem como objetivo principal apresentar ao público em
geral alguns grupos de artrópodes que foram estudados pelos integrantes
do Projeto de Pesquisa em Biodiversidade – Semiárido/ Invertebrados.
Buscou-se utilizar uma linguagem mais acessível ao público leigo, mas
não menos correta. Os capítulos que tratam de artrópodes contemplam
os grupos do Semiárido desmistificando a ideia de que o Semiárido e a
caatinga são regiões pobres em animais.
Agradecemos a Charles Morphy D. Santos por ter aceito escrever os
capítulos 1, como autor, e 2 como co-autor deste e-book, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) que,
através do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), permitiram
a pesquisa que deu origem a esta publicação.
Freddy Bravo
Novembro de 2016
15 tricópteros no
semiárido nordestino
adolfo r. Calor 1
everton s. dias 2
Larissa L. Queiroz 3
albane Vilarino 4
1
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia, Laboratório de Entomologia
Aquática, PPG Diversidade Animal, e-mail:
[email protected]
2
Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosoia, Ciências e Letras de Ribeirão
Preto, PPG Entomologia, e-mail:
[email protected]
3
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia, Laboratório de Entomologia
Aquática, PPG Diversidade Animal
4
Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosoia, Ciências e Letras de Ribeirão
Preto, PPG Entomologia, e-mail:
[email protected]
Tricópteros no Semiárido nordestino
O
s insetos da ordem Trichoptera, apesar de pouco conhecidos em
algumas regiões do país, em outras são reconhecidos por vernácu-
los de origem indígena como grumichá ou curumixá ou ainda por “joão
pedreiro” na região amazônica, termos que fazem referência ao hábito
construtor de casas, redes e abrigos com seda e, geralmente, a partir de
material encontrado no substrato de seu habitat, como areia, pequenas
pedras, pedaços de folhas e galhos (Figs 1 A–H).
Figura 1. Larvas de Trichoptera.
A: larva e casa em espiral típica de
Helicopsychidae; B: casa tubular
de larva de Leptoceridae; C: larva
predadora de Polycentropodidae
se alimentando de ninfa de
Ephemeroptera; D: casa feita
de folhas típica de Phylloicus
(Calamoceratidae); E: rede
construída por Hydropsychidae;
F: rede construída por
Polycentropodidae; G: abrigo
de Hydropsychidae; H: larva
de Hydroptilidae. Fotos com
permissão dos autores: M. Leopold
(A) (aquaticbugs.tumblr.com.);
M.Z. Arrieta (E); J. Hamrsky ( B,
C, D, F, H)(lifeinfreshwater.net).
155
Tricópteros no Semiárido nordestino
Assim como os demais insetos holometábolos (metamorfose completa), os tricópteros têm sucessivos estágios juvenis (chamados de larvas) passando por um estágio de pupa na qual ocorre uma grande alteração do desenvolvimento (metamorfose) e de onde eclode o adulto alado
(Figs 2A–E). Após a cópula, as fêmeas colocam seus ovos em corpos
d’água, onde eclodem os imaturos fechando o ciclo de vida.
Figura 2: Trichoptera
adultos.: A, B: adulto de
Polycentropodidae fotogrado em
lençol de coleta luminosa; B, C,
D: adultos de Leptoceridae na
vegetação e em lençol de coleta
luminosa. Fotos com permissão
do autor: J.T. Taracido.
Diferentemente de vários outros insetos, as larvas de tricópteros
vivem em ambientes aquáticos, especialmente riachos e rios, o que permite chama-los de insetos aquáticos. Assim como seus parentes terrestres mais próximos (borboletas e mariposas) as larvas de tricópteros
produzem seda que é uma importante ferramenta em sua vida no am156
Tricópteros no Semiárido nordestino
biente aquático sendo utilizada na construção de túneis, redes ou casas
portáteis que servem tanto para proteção como para captura de alimento. Estas construções podem ser tanto de seda pura como de fragmentos
vegetais ou grãos de areia, amalgamados pela seda.
Os tricópteros apresentam uma grande diversidade com espécies
que possuem larvas especializadas em diferentes hábitos (detritívoros,
predadores e herbívoros), e que constituem um importante componente
da biota de riachos e têm grande participação na transferência de energia e nutrientes entre níveis tróficos (servem de recurso alimentar para
peixes e outros artrópodes, por exemplo). Essa diversidade também é refletida na diferente susceptibilidade das espécies a impactos ambientais
(extenso espectro de respostas ao stress ambiental) que nos permite utilizá-las como indicadores biológicos, assim, a partir da composição faunística do corpo d’água, é possível inferir sobre a qualidade de sua água.
No Brasil, há mais de 703 espécies de tricópteros atualmente conhecidas, mas estima-se que exista bem mais do que este número ainda
a serem descritas. Entre as espécies conhecidas no país, há representantes de 16 famílias, sendo estas membros das duas subordens, Annulipalpia (Ecnomidae, Hydropsychidae, Philopotamidae, Polycentropodidae
e Xiphocentronidae) e Integripalpia (Anomalopsychidae, Atriplectididae, Calamoceratidae, Glossosomatidae, Helicopsychidae, Hydrobiosidae, Hydroptilidae, Leptoceridae, Limnephilidae, Odontoceridae e Sericostomatidae). Por sua vez, no Semiárido nordestino, apesar do esforço
dos últimos anos, há grandes lacunas de conhecimento acerca dos insetos aquáticos.
Entre as espécies de tricópteros conhecidas no Semiárido, há re157
Tricópteros no Semiárido nordestino
presentantes de 12 famílias, assim apenas quatro famílias não foram
encontradas no Semiárido, Anomalopsychidae, Atriplectididae, Limnephilidae, Sericostomatidae. As três primeiras apresentam apenas um
gênero conhecido no país, enquanto a quarta apresenta distribuição
restrita ao Sul-Sudeste.
tricópterOs OcOrrentes nO
semiáridO
Calamoceratidae
É uma família com distribuição no mundo todo e aproximadamente 200 espécies, oito gêneros viventes. No Brasil, apenas um gênero
é conhecido, Phylloicus. Este gênero neotropical apresenta cerca de 60
espécies descritas, sendo 20 delas registradas no Brasil, sete das quais
no Semiárido (Phylloicus abdominalis, P. bidigitatus, P. fenestratus,
P. monneorum, P. obliquus, P. paprockii, P. tricalcaratus). Os adultos
são notáveis por seu hábito diurno a crepuscular, incomum entre os tricópteros. As larvas destacam-se por construírem casas usando folhas do
substrato (Fig. 1B).
ecnomidae
A família apresenta aproximadamente 400 espécies descritas. As
larvas do gênero Austrotinodes, único que ocorre no país, constroem
tubos de seda, incorporando pequenos grãos de areia, que geralmente
estão ancorados em rochas ou vegetação submersa. Os adultos são geralmente coletados por redes, raramente por atração luminosa. Austrotinodes paraguayensis ocorrente na Chapada Diamantina (Abaira, distrito de Catolés) é a única espécie registrada para o semiárido.
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Tricópteros no Semiárido nordestino
Glossosomatidae
A família, de distribuição cosmopolita, possui aproximadamente 700 espécies descritas distribuídas e 21 gêneros. No Brasil, há cinco
gêneros conhecidos (Canoptila, Itauara, Mortoniella, Protoptila e Tolhuaca), sendo que suas larvas constroem casas com formas similares a
“cascos de tartaruga” com seda, grãos de areia e pequenas pedras, frequentemente com aberturas dorsais, que favorecem o fluxo hídrico e
consequentemente as trocas gasosas.
helicopsychidae
As larvas constroem casas portáteis helicoidais (Fig. 1A), disto
deriva-se o nome. A família apresenta cerca de 250 espécies descritas em dois gêneros: Rakiura (Nova Zelândia) e Helicopsyche (cosmopolita). No Brasil, a família é representada apenas pelo gênero
Helicopsyche, que é relativamente abundante no Semiárido. Destaque
para H. helicoidella, espécie descrita apenas com base no estágio larval
e não teve seu adulto associado até o momento, o que impossibilita seu
reconhecimento.
hydrobiosidae
Esta família possui cerca de 400 espécies distribuídas em 50 gêneros, mas apenas Atopsyche ocorre no Brasil. Suas larvas possuem hábito
predador e, ao contrário da maioria dos tricópteros, é de vida livre, encontradas em riachos de água corrente a grandes rios ou ainda em ambientes higropétreos (áreas de respingos de cachoeiras, por exemplo).
Apresentam as pernas anteriores modificadas em quelas, algo bastante
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Tricópteros no Semiárido nordestino
característico para a família. Há duas espécies descritas com ocorrência
no Semiárido: Atopsyche diamantina e A. kamacan.
hydropsychidae
Apresenta cerca de 1.500 espécies descritas, a segunda maior família da ordem (Figs. 5 e 7). No Brasil, há registro de nove gêneros com
mais de 110 espécies descritas. No Semiárido, sete gêneros foram encontrados: Blepharopus, Centromacronema, Leptonema, Macronema,
Macrostemum, Smicridea e Synoestropis.
Blepharopus
apresenta
uma
única
espécie
conhecida
(B.
diaphanus) ocorrendo desde a Venezuela até a Argentina. Seus indivíduos
são frequentemente capturados próximos a grandes corpos d’água corrente. Os adultos possuem asas aparentemente quadriculadas bem distintas.
Centromacronema é um pequeno gênero neotropical com apenas 17 espécies descritas. No Brasil, há registros de quatro espécies:
Centromacronema auripenne, C. obscurum, C. pioneira e C.
poyanawa, no entanto, somente C. pioneira apresenta ocorrência no
Semiárido no estado da Bahia.
Leptonema é um dos maiores gêneros da família com mais de 125
espécies descritas. São indivíduos de tamanho médio a grande, abundantes em águas correntes. No Brasil, há registro de 31 espécies, sendo
que seis apresentam distribuição no Semiárido (Leptonema aspersum,
L. colombianum, L. pallidum, L. rostratum, L. sparsum, L. viridianum).
O gênero Macrostemum apresenta 105 espécies, sendo que 15
destas ocorrem no Brasil. As espécies do gênero são geralmente reconhecidas pelo forte contraste de cores presentes nas asas anteriores. No
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Tricópteros no Semiárido nordestino
Semiárido são conhecidas cinco espécies (Macrostemum arcuatum, M.
bravoi, M. maculatum, M. hyalinum e M. santaeritae).
Macronema, um gênero com espécies relativamente coloridas,
apresenta 34 espécies descritas, sendo uma fóssil. No Semiárido apenas duas espécies foram identificadas (Macronema immaculatum e
M. lineatum).
Smicridea é o gênero mais diverso e abundante da família, com
cerca de 200 espécies descritas, cerca de 50 ocorrendo no Brasil, apenas
três delas registradas para o Semiárido (Smicridea coronata, S. palmar
e S. palifera).
Synoestropsis, por sua vez, apresenta apenas 10 espécies descritas.
Assim como alguns outros gêneros, ocorre em corpos d’água mais volumosos. Os adultos são característicos por não possuírem peças bucais,
além de tamanho grande e corpo esverdeado ou amarelado. No Brasil,
há registros de seis espécies, mas apenas Synoestropsis grisoli foi registrada no Semiárido.
hydroptilidae
Os hidroptilídeos ou microtricópteros, conhecidos pelo tamanho
bastante reduzido (raramente com mais de 5 mm), compõem a família
mais diversa de Trichoptera com aproximadamente 2.200 espécies descritas distribuídas em 75 gêneros (Fig. 1H). No Brasil, há mais de 100
espécies em 25 gêneros, sendo Neotrichia e Oxyethira os mais especiosos no país.
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Tricópteros no Semiárido nordestino
Leptoceridae
Uma das três mais diversas de Trichoptera (Figs. 2C–E), a família apresenta cerca de 2.000 espécies descritas. No Brasil, há registros
de cerca de 50 espécies. No Semiárido, há predominância de dois gêneros, Nectopsyche e Oecetis, mas também ocorrem Amazonatolica,
Grumichella, Notalina, Triplectides. As larvas ocorrem em uma grande
variedade de habitats, de pequenos riachos a grandes rios, cachoeiras
ou até ambientes semi-terrestres. Constroem casas tubulares com uma
ampla gama de materiais minerais e vegetais ou ainda apenas com sede,
geralmente são detritívoros ou herbívoros, mas há também raspadores
e predadores (Fig. 1B).
odontoceridae
Família relativamente pequena com 126 espécies descritas, distribuídas em 17 gêneros viventes e três fósseis, sendo a maioria endêmica
e com poucas espécies (1–4), com exceção de Marilia e Psilotreta, que
possuem distribuição cosmopolita e maior diversidade. No Brasil, ocorrem três gêneros, Marilia (o mais especioso, 43 espécies conhecidas),
Barypenthus e Anastomoneura, apenas este último não ocorre no Semiárido. As larvas são encontradas em riachos de pequeno a médio porte, geralmente com fundo arenoso, mas também ocorrem em poças ou
riachos com lento fluxo de água. São onívoros, alimentam-se de plantas
vasculares, algas e outros artrópodes, e constroem suas casas tubulares
de seda e grãos de areia ou outros fragmentos minerais.
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Tricópteros no Semiárido nordestino
philopotamidae
A família apresenta 25 gêneros e cerca de 1.200 espécies ao redor do mundo. No Brasil, há três gêneros registrados: Alterosa,
Chimarra (o mais diverso com cerca de 800 espécies) e Wormaldia, apenas este último não ocorre no Semiárido. Recentemente, novas espécies de
Alterosa e Chimarra foram descritas com ocorrência no Semiárido. As
larvas constroem redes com malha fina, geralmente ancoradas a superfície inferior de rochas ou troncos no riacho.
polycentropodidae
Polycentropodidae apresenta 26 gêneros e aproximadamente
900 espécies (Figs. 2A–B). No Brasil, cinco gêneros são conhecidos:
Cernotina, Cyrnellus, Nyctiophylax, Polycentropus e Polyplectropus.
Recentemente, novas espécies de Polycentropus e Polyplectropus foram descritas com ocorrência no Semiárido. As larvas constroem retiros
de seda, frequentemente abertos nas extremidades, portando redes de
captura (Fig. 1F). São predadores (Fig. 1C), mas também podem ingerir
fragmentos vegetais.
Xiphocentronidae
Com 7 gêneros e 176 espécies a família ocorre em regiões tropicais de todo o mundo. No Brasil, há registros de dois gêneros Xiphocentron e Machairocentron sendo conhecidas apenas seis espécies, duas
destas ocorrem no Semiárido, Xiphocentron kamakan e Xiphocentron
maiteae . Assim como na família Calamoceratidae os adultos são mais
ativos durante o dia. As larvas se alimentam raspando algas aderidas
163
Tricópteros no Semiárido nordestino
a rochas e constroem longos tubos de seda fixos ao substrato, algumas
vezes cobertos de detritos, que podem estender por vários centímetros e
até ficar parcialmente acima da superfície da água.
cOnsiderações finais
Na última década, houve incremento significativo do conhecimento da fauna de Trichoptera no Semiárido nordestino. A comparação do
conhecimento atual com o de uma década atrás revela claramente que a
baixa diversidade de insetos aquáticos no Semiárido (como constava na
literatura) é resultado direto do baixo esforço de coleta ou mesmo da ausência completa de levantamentos taxonômicos. O esforço de coleta do
PPBio Semiárido resultou em uma quantidade de material biológico que
está em estudo por alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado
e, certamente, permitirá conhecer quais espécies ocorrem na região, assim como compreender a distribuição de espécies que também ocorrem
em outras áreas.
BiBliOgrafia sugerida
Costa, A.M.; Quinteiro, F.B. & Calor, A.R. 2014. Trichoptera do Semiárido I: Annulipalpia. Cap. 17,
p. 215–228. In: Bravo, F. & Calor, A. R. (Eds.) artrópodes do semiárido: biodiversidade
e conservação. Feira de Santana, Printmídia, 296p.
Quinteiro, F.B.; Costa, A.M. & Calor, A.R. 2014. Trichoptera do Semiárido II: Integripalpia. Cap. 18,
p. 229–244. In: Bravo, F. & Calor, A. R. (Eds.) artrópodes do semiárido: biodiversidade
e conservação. Feira de Santana, Printmídia, 296p,.
Quinteiro, F.B. & Calor, A.R. 2015. A Review of the Genus Oecetis (Trichoptera: Leptoceridae) in
the Northeastern Region of Brasil with the Description of 5 New Species. pLos one, 10:
e0127357. doi:10.1371/journal.pone.0127357
164
Tricópteros no Semiárido nordestino
Vilarino, A. & Calor, A.R. 2015a. New species of Xiphocentron Brauer 1870 (Trichoptera:
Xiphocentronidae) from Northeastern Brasil. Zootaxa, 3914: 46–54.
Vilarino, A. & Calor, A.R. 2015b. New species of Polycentropodidae (Trichoptera: Annulipalpia)
from Northeast Region, Brasil. Zootaxa, 4007: 113–120.
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