USO DE TECNOLOGIAS MÓVEIS NO AMBIENTE ESCOLAR
Everton Nunes Costa
Pós-Graduação em Administração e Segurança em Redes de Computadores –
Faculdade Estácio SEAMA
Avenida José Tupinambá 68900-000 – Macapá-AP – Brasil
[email protected]
Orientado pelo Prof. Ms: Marcos Mendes
Resumo
A crescente evolução de tecnologias de informação e comunicação (TIC) torna os telemóveis
como uma das principais tecnologias utilizadas pela sociedade. Como a educação não acompanhou
tal crescimento e o mal uso destes podem prejudicar o desempenho de alunos, o artigo a seguir
mostra que é possível ter uma educação rápida, segura e acessível em qualquer lugar e a qualquer
momento com ajuda destes dispositivos. Além do uso de computadores, alguns autores discutem a
possibilidade do uso das principais tecnologias móveis utilizadas hoje (smartphones e tablets) no
ensino-aprendizagem. Apesar de serem dispositivos que estão no cotidiano da sociedade, é
necessário que haja uma interação do professor com os telemóveis para saber a melhor forma de
utilizá-los na educação, pois há necessidade de haver metodologia adequada e não deixá-los como
uma informatização da educação. O objetivo deste artigo é mostrar a evolução das tecnologias de
informação e comunicação, redes móveis, as melhores formas de utilização de tecnologias móveis no
ensino-aprendizagem, e como o mundo e o Brasil estão diante desse cenário.
Palavras-chave: TIC, tecnologias móveis, ensino-aprendizagem.
Abstract
The increasing development of information and communication technologies (ICT) makes
mobile as one of the key technologies used by the company. Since education has not followed such
growth and misuse of these can harm the performance of students, the following article shows that it is
possible to have a quick, safe and affordable education anywhere and anytime with the help of these
devices. Besides the use of computers, some authors discuss the possibility of using major mobile
technologies used today (smartphones and tablets) in teaching and learning. Although they are
devices that are in everyday society, there must be an interaction of the teacher with mobile phones to
know how best to use them in education as there needs to be adequate methodology and not leave
them as a computerization education. The purpose of this article is to show the evolution of
information and communication technologies, mobile networks, the best ways to use mobile
technologies in teaching and learning, and how the world and Brazil are in this scenario.
Keywords: ICT, mobile technologies, teaching and learning.
Introdução
Após a criação de dispositivos de comunicação portáteis, as empresas de
informática estudam e tornam os dispositivos cada vez mais sofisticados, capazes
de uma interação em tempo real, milhares de imagens, mensagens, dados diversos
são compartilhados a cada segundo no mundo, a internet é o meio mais utilizado
como troca de informações. Entre as tecnologias mais utilizadas, temos a chamada
tecnologia móvel, hoje utilizada por várias pessoas, onde tal tecnologia associada a
uma rede wireless torna alguém atualizado, o chamado “ser conectado”.
Acompanhando o crescimento das tecnologias móveis, fez-se necessário explorar e
filtrar os ganhos para o meio educativo. Com isto, surge como idéia o uso da
tecnologia móvel no meio educativo, apesar de grande parte das instituições
educacionais não utilizarem a tecnologia, algumas empresas já desenvolvem
softwares voltados para o ambiente escolar. Em foco é possível construir uma
sociedade rica de informação, capaz de analisar hipóteses e realizar experimentos,
tudo com mais velocidade e informação segura. Tais fatores serão estudados em
literaturas, sites, e outros artigos, os resultados analisados mostrarão a possibilidade
de uma nova forma de ensino-aprendizagem.
Tecnologia
Após a revolução industrial no século XVIII, o mundo sofreu algumas
mudanças, não somente no processo de administração e produção, a sociedade
teve que se adequar às novas tecnologias, porém, por citar tecnologias normalmente
as pessoas imaginam aparelhos telemóveis, notebooks, tablets, computadores
avançados entre outros, logo se descreve, segundo significados.com, que tecnologia
“é um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto de instrumentos,
métodos e técnicas que visam a resolução de problemas. É uma aplicação prática
do conhecimento científico em diversas áreas de pesquisa” ou segundo Reis “a
tecnologia possui múltiplos significados que variam conforme o contexto, podendo
ser vista como: artefato, cultura, atividade com determinado objetivo, processo de
criação, conhecimento sobre uma técnica e seus respectivos processos”(Reis, 1995,
apud ALMEIDA& MORAN, 2005, p. 40),alguns instrumentos são comparados às
tecnologias por estarem se atualizando a todo momento, entre os mais comentados
estão os voltados à área de tecnologia de informação e comunicação como
telefones
celulares,
tablets,
notebooks,
ultrabooks
etc.
Acompanhando
tal
crescimento, os cientistas e estudiosos cresceram sua ambição pelas inovações,
elas foram surgindo, e a cada surgimento, a história vinha sendo feita, ou seja, o
crescimento da tecnologia da informação influencia e auxilia significativamente a
globalização. Em meados da década de 50 começa a corrida na área da informática,
os grandes computadores iniciam suas atividades, mesmo que sendo para realizar
alguns cálculos matemáticos, a máquina já era a revolução da época.
Nas décadas de 70, 80 e 90 tivemos grandes novidades, entre eles o
lançamento do computador pessoal, a difusão da Internet no mundo e o celular, tais
tecnologias que logo mais adiante serão indispensáveis para as pessoas,
organizações estatais e privadas.
“Em 1977, Ken Olsen era presidente da Digital Equipment Corporation, então o segundo
maior fornecedor de computadores de todo o mundo (depois da IBM). Quando lhe
perguntaram por que a Digital não estava seguindo a tendência do mercado de
computadores pessoais, ele disse: ‘Não há nenhuma razão para qualquer indivíduo ter
um computador em casa’. A história mostrou o contrário, e a Digital não existe mais. Por
que as pessoas compram computadores para usar em casa? No início, para
processamento de textos e jogos; porém, nos últimos anos, esse quadro mudou
radicalmente. Talvez agora a maior motivação seja o acesso à Internet.” (Tanenbaum,
2003).
Tecnologia móvel
Entre o fim do milênio passado e início do novo, alguns termos passaram a
ser utilizados na área de redes de computadores, entre eles estão os de natureza
sem fio e mobilidade, isto por motivos de novas tecnologias surgirem para substituir
e facilitar algumas atividades, principalmente na área da comunicação. Em meio à
discussão dos termos mobilidade e sem fio, “há muitos ambientes de rede nos quais
os nós de rede são sem fio, mas não são móveis...e formas limitadas de mobilidade
que não requerem enlaces sem fio” (Kurose & Ross, 2005),“mobilidade relaciona-se
com portabilidade, isto é, a capacidade de se levar, para qualquer lugar, um
dispositivo de Tecnologia de Informação” (Kalakota & Robinson, 2002), como
exemplo, temos um laptop ou um PDA (Personal Digital Assistants) desconectado
de rede sem fio podem ser considerados dispositivos móveis. Para Alexandra
Weilenmann, “tecnologia móvel é aquela que é criada para ser usada enquanto se
está em movimento. Porém, ressalta que uma tecnologia móvel também é assim
designada por possuir portabilidade” (Weilenmann, 2003). Logo, se considera que o
celular é um dispositivo móvel que possui portabilidade e que pode se conectar a
uma rede sem fio para realizar downloads e uploads. Sendo assim, já que o laptop,
dependendo da sua conexão, é uma portabilidade de um computador de mesa,
sendo móvel ou não, considera-se também que o tablet é uma tecnologia móvel que
possui portabilidade.
Redes sem fio - wireless
Acompanhando o crescimento de redes de computadores surgem as redes
sem fio, que já vinham sendo analisadas muito antes pelo físico italiano Guglielmo
Marconi, em 1901, “demonstrou como funcionava um telégrafo sem fio que
transmitia informações de um navio para o litoral por meio de código morse..os
sistemas digitais modernos tem desempenho melhor, mas a idéia é a mesma”
(Tanenbaum, 2003).
De início, estas redes podem ser divididas entre 3 categorias: “interconexão
de sistemas; LANs sem fios; WANs sem fios” (Tanenbaum, 2003). As redes de
interconexão de sistemas são conhecidas por interconectar componentes de um
sistema, são conexões de curto alcance como exemplo, temos o, até hoje utilizado,
bluetooth com padrão 802.15. LANs sem fios e seus padrões foram desenvolvidas
na década de 1990, entre os padrões destacamos a mais utilizada, o WiFi (Wireless
Fidelity – fidelidade sem fio) ou LAN sem fio IEEE 802.11. A evolução das redes
móveis prossegue para as WANs sem fio, o 3G (terceira geração) com os padrões
UMTS (Universal Mobile Telecommunications System – sistema universal de
telecomunicações móveis) – evolução de redes GSM (Global System for Mobile
Communications - Sistema Global para Comunicações Móveis) – e CDMA 2000
(Code Division Multiple Access - Acesso Múltiplo por Divisão de Código) – evolução
de redes CDMA. A evolução de redes WANs sem fio prossegue para o 4G (quarta
geração) com as tecnologias WiMAX (Worldwide Interoperability for Microwave
Access - Interoperabilidade Mundial para Acesso de Micro-ondas) no padrão 802.16,
e LTE (Long Term Evolution – Evolução de longo prazo), este sendo o padrão mais
utilizado mundialmente.
Entre os diversos padrões 802.11, os que se destacam são - 802.11a,
802.11b, 802.11g como mostra na tabela abaixo:
Padrão
802.11b
802.11ª
802.11g
Faixa de frequência
2.4 – 2.485 GHz
5.1 – 5.8 GHz
2.4 – 2.485 GHz
Taxa de dados
Até 11 Mbps
Até 54 Mbps
Até 54 Mbps
Fonte: Kurose e Ross, 2005 - 401p
Para muitos, as LANs sem fios eram a promessa do futuro, porém algumas
pessoas tropeçaram em suas palavras como Bob Metcalfe (inventor da Ethernet)
que disse:
"Os computadores móveis sem fios são como banheiros móveis sem tubulação —
verdadeiros penicos portáteis. Eles serão comuns em veículos, construções e em shows
de rock. Meu conselho é que as pessoas instalem a fiação em suas casas e fiquem lá"
(Metcalfe, 1995, apud TANENBAUM, 2003).
Segundo esta frase, a história foi outra, com o crescente surgimento das
tecnologias móveis, as redes sem fio foram sendo cada vez mais utilizadas, isto foi
um ganho para a sociedade, pois, em alguns instantes, “as pessoas querem usar
seu equipamento eletrônico portátil para enviar e receber ligações telefônicas, fax e
correio eletrônico, navegar pela Web, acessar arquivos remotos e se conectar a
máquinas distantes”. (Tanenbaum, 2003).
Evolução da rede móvel
Depois da utilização de telefonia móvel no início do século XX pelos militares
norte-americanos, a mesma sofreu mudanças, e em meados de 1946 começou a
utilizar transmissores que ficavam em topos de edifícios os quais utilizavam um
único canal, e para utilização era necessário apertar um botão para ativar o
transmissor e desativar o receptor. Em seguida surge a segunda geração de
telefonia móvel, totalmente digital, e como não havia padrão internacional para reger
a tecnologia, as potências foram criando e realizando experimentos, porém, logo em
seguida um novo sistema começa a ser seguido, o D-AMPS (Digital Advanced
Mobile Phone System - Sistema Avançado de Tecnologia Móvel Digital) e o padrão
internacional foi o IS-54, apesar de utilizar tecnologia digital telefones de primeira e
segunda geração podiam operar simultaneamente (Tanenbaum, 2003). Após o
aparecimento do D-AMPS, surge o concorrente GSM, este utilizado em quase todo o
mundo, com algumas melhorias sem comparação ao D-AMPS como qualidade de
voz e mais largura de banda. O CDMA surge, porém não foi bem aceito pela
indústria da época, mas a fabricante Qualcomm persistiu na ideia e além de
conseguir tornar-se a melhor solução técnica existente naquele período, logo em
seguida o CDMA foi a base para os sistemas 3G, internacionalmente seu padrão é
descrito como IS-95.
Com a evolução da tecnologia da informação, o crescimento, tanto da
transmissão de dados quanto da tecnologia móvel, mudou a cabeça da sociedade,
deixando “muitas pessoas entusiasmadas com um dispositivo leve e portátil que
atua como telefone, reprodutor de CDs, reprodutor de DVDs, terminal de correio
eletrônico, interface da Web, máquina de jogos, processador de textos e muito mais”
(Tanenbaum, 2003).
Para o início do 3G, em 1992, a ITU (International Telecommunication Union –
União Internacional de Comunicações) apresentou o projeto IMT-2000 (International
Mobile Telecommunications – Comunicações Móveis Internacional) onde o número
2000 tinha 3 significados: 1- o ano em que o sistema deveria entrar em serviço, 2- a
frequência na qual deveria operar (MHz), 3- a largura de banda na qual o serviço
deveria operar (kHz).Para conseguir evoluir para a nova tecnologia, as operadoras
precisaram realizar grandes upgrades em suas redes existentes, o que levou ao
estabelecimento de duas famílias distintas da tecnologia 3G: a 3GPP e a 3GPP 2.
A 3GPP (3rd Generation Partnership Project - 3 ª Geração Parceria no
Projeto) é uma união de grupos e associações da área de telecomunicação que foi
fundada em 1998 onde realizavam experimentos para a implantação de redes 3G
descendentes do GSM, sua evolução foi de tal forma:
•
GPRS (General Packet Radio Service – Serviço de Rádio de Pacote Geral) –
até 144 Kbps;
•
EDGE (Enhanced Data rates for Global Evolution) – até 384 Kbps;
•
UMTS Wideband CDMA (WCDMA) – até 1,92 Mbps;
•
HSPDA (High-Speed Downlink Packet Access – Acesso de alta velocidade de
pacotes downlink) – até 14 Mbps;
•
LTE – até 100 Mbps (considerada de quarta geração).
GPRS e EDGE são considerados 3G pelo padrão IMT-2000, porém em
algumas situações são chamados 2,5G por não trocarem grande quantidade de
dados. LTE é o próximo passo da rede móvel baseada em GSM, o chamado 4G.
A 3GPP2 é outra união de grupos formada para ajudar operadoras norteamericanas e asiáticas que utilizam o CDMA a evoluírem para o 3G, sua evolução
foi da seguinte forma:
•
1xRTT – com velocidade de até 144 Kbps;
•
EV-DO – aumentou a velocidade para 2,4 Mbps;
•
EV-DO Rev. A – com velocidade de até 3,1 Mbps;
•
EV-DO Rev. B – atingia velocidades de até 4,9 Mbps;
•
UMB – programada para chegar a 288 Mbps (considerada de quarta
geração).
A 1xRTT é conhecida de 2,5G por ser uma transação para o EV-DO, a EV-
DO Rev. A surgiu em 2006 e seria substituída pela quarta geração, a UMB. Porém,
algumas tecnologias vinham disputando para qual ser o padrão internacional 4G, as
candidatas eram a UMB, a LTE e WiMAX.
LTE e WiMAX se destacaram na “competição” pelo mercado de tecnologia de
rede móvel, as duas tecnologias têm semelhanças no sistema de funcionamento e
implantação, porém tem por diferença básica os canais de transmissão, WiMAX
utiliza um único canal de transmissão e recebimento de dados, enquanto o LTE
utiliza dois, quebrando a banda em um canal de envio e outro de recebimento.
Para que ser considerada tecnologia 4G a ITU estabeleceu algumas regras a
serem consideradas, entre elas estão:
•
Taxas de pico de 1 Gbps para Downlink e 500 Mbps para Uplink;
•
Largura de banda maior que 70 MHz para o downlink e 40 MHz para o uplink;
•
Taxa de transferência média para o usuário três vezes maior do que no LTE;
•
Capacidade três vezes maior do que no LTE, refletida como a eficiência do
espectro;
•
Capacidade de pico – Downlink: 30 bps/Hz, Uplink: 15 bps/Hz;
•
Flexibilidade do espectro: suporte à agregação espectral e largura de banda
escalável;
•
Mobilidade igual à do padrão LTE;
•
Cobertura deve ser otimizada;
•
Compatibilidade com redes anteriores.
Apesar de algumas nações já utilizarem as duas tecnologias, o LTE vem se
destacando, pois segundo o site tecmundo.com.br a iSuppli informa que sua
previsão de mercado para os usuários de internet de alta velocidade já apontavam,
em 2011, que em 2014 o número de assinantes de serviços LTE deveria passar dos
303 milhões, ao passo que o WiMAX deve contar com apenas 10% disso, 33,4
milhões. Após um novo levantamento em janeiro de 2013, o crescimento da
utilização da tecnologia deve ser maior, passando da marca de 1 bilhão de usuários
em 2016, tais dados podem ser consequência da evolução do LTE, que hoje atua
com LTE-Advanced ou LTE-A.
Entre as empresas no mundo que disponibilizam o LTE-A, estão a russa Yota
que fornece planos de 300 Mbps por, o equivalente no Brasil a, 98 reais, já a sulcoreana SK Telecom disponibiliza, sem adicional, o LTE-A a todos os seus usuários,
segundo a companhia a taxa de downloads podem chegar a 150 Mbps e 37,5 Mbps
para uploads.
Os EUA já aguardam o novo 4G, pois a companhia Verizon já informa que vai
liderar “com folgas” a nova tecnologia nos EUA.
Alguns já cometeram o erro de citar o LTE-A como o 5G, porém, como os
próprios desenvolvedores informam o LTE-A é uma grande evolução do LTE. Logo,
se considera que o LTE-A é o 4G tão esperado, e que o LTE não pode ser
denominado como 4G por motivos de não cumprir com exigências necessárias
solicitadas pela ITU.
No Brasil, segundo teleco.com.br, o padrão 4G adotado foi o LTE após
licitação feita pela ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) em 2012, e as
empresas que adquiriam foram Vivo, Tim, Claro, Oi, Sky e Sunrise.
Lideranças da área tecnológica defendem o crescimento da tecnologia móvel,
segundo o site ipnews.com “dos 110 milhões de assinantes do serviço de banda
larga, 80% está na telefonia móvel”, e Carlos Duprat, diretor do SindiTelebrasil
(Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e
Pessoal), informa que:
"A banda larga fixa está em franca expansão, mas certamente nos mercados onde ela se
encontra. Esse é o mercado das capitais. Mas eu sinto que a agregação da nova
demanda não se dará pela banda larga fixa, mas pela móvel. Ela precisa ser objeto de
políticas públicas que poderiam vir no novo PNBL (Programa Nacional de Banda Larga)."
(Carvalho, 2013).
Segundo o site tecnologia.ig.com.br, o ano de 2013 finaliza com 74 cidades
contendo a tecnologia 4G ou 923,4 mil acessos até novembro e o cronograma da
ANATEL prevê expansão da tecnologia para todas as cidades que sediarão os jogos
da Copa do Mundo de Futebol da FIFA, todas as capitais e todas as cidades com
mais de 500 mil habitantes, considerando que 730.57 terminais de banda larga já
foram adquiridos. Para 2014, a ANATEL pretende licitar outra faixa de frequência
para o uso de 4G, a utilizada por canais de televisão, 700MHz.
Tablets e Smartphones
As empresas de telefonia “caminhavam” tranquilamente, forneciam seus
serviços, celulares e estudavam para inserir no mercado algum produto que viesse
satisfazer todos os clientes, enquanto estudavam, Steve Jobs e sua equipe da Apple
revolucionam o mundo mais uma vez e lançam, em 2007, o iPhone, um celular com
tela sensível ao toque, sistema operacional próprio e capaz de realizar várias
atividades, além da beleza surpreendente para época. Começa ali a nova era de
celulares, os smartphones (telefone inteligente).
Geralmente, os smartphones possuem características como conexão com
redes de dados, sincronização de seus dados e funcionalidades de um PDA.
Após o lançamento do iPhone as principais empresas de telefonia móvel,
Nokia, Samsung, LG, Blackberry e Motorola, se viram contra o tempo e iniciam as
vendas de seus smartphones sem deixar de lado os, menos inteligentes, celulares
comuns.
De início Blackberry e Nokia disputavam frente à Apple, porém, a Samsung
veio inovando e atualmente, após a lançar vários smartphones da família Galaxy, se
detém como a empresa que mais vende smartphones no mundo. Em meio a
novidades da Samsung, Apple fez pouquíssimas inovações no iPhone, o que deixam
os consumidores menos felizes sendo que, o último a ser lançado, o iPhone 5S,
revolucionou o mundo em ser o primeiro smartphone a possui processador com
tecnologia 64 bits.
Hoje, a impressão que se tem é de inovações muito baixas, neste quesito as
fabricantes preocupam-se em não manter-se muito afastadas uma da outra, ou seja,
que os aparelhos possuem recursos semelhantes com o concorrente. Em meio as
inovações também vieram as batalhas nos tribunais por quebra de patentes, Apple e
Samsung protagonizam hora ou outra. “Mesmo assim, a indústria está repleta de
tecnologias que esperam seus grandes momentos de estréia no mercado, por mais
que muitas delas ainda precisem de um retoque ou aprimoramento” (Arruda, 2013).
A venda dos smartphones só vem crescendo, tanto no Brasil quanto no
mundo. Segundo a IDC (International Data Corporation – Corporação de Dados
Internacionais), em seu site br.idclatin.com mostra que no terceiro trimestre de 2013,
foram comercializados 17,9 milhões de aparelhos no país e, desse total, 10,4
milhões referem-se a smartphones, um crescimento de 147% em relação ao mesmo
período do ano anterior, já mundialmente o crescimento também impressiona, no
terceiro trimestre de 2013 as vendas de smartphones atingiram cerca de 468
milhões de unidades, um aumento de 39% frente ao mesmo período no ano
passado.
O Brasil quer acompanhar este crescimento, a medida tomada foi minimizar
os preços dos aparelhos que suportam 4G, implementada pelo governo federal,
onde foi solicitada a desoneração dos impostos federais PIS/Cofins dos mesmos. A
medida foi aprovada pela Lei 12.715/2012, que incluiu smartphones com valores até
R$ 1.500 na Lei do Bem e foi regulamentada por decretos e portarias do Ministério
das Comunicações. A previsão da pasta era de que, com a medida, o preço dos
aparelhos fabricados no Brasil ficasse até 30% mais baratos que os importados.
Com esta estratégia o governo pretende chegar a 30 milhões de smartphones
vendidos (Ministério da Comunicação, 2013).
A entrada dos tablets no mercado mundial não é de agora, na década de 80 e
90 algumas empresas iniciaram com a ideia de produzir um equipamento portátil
capaz executar tarefas similares a de um PC, o chamaram de Tablet PC. Porém,
não tiveram o retorno esperado e em 1995, surge o PDA da Palm, este bastante
utilizado. Em seguida, surge o notebook, netbook, smartphones e finalmente em
2010 a Apple, mais uma vez, revoluciona lançando o iPad, tablet com formato de
prancheta de 7 a 10 polegadas, tela sensível ao toque, sistema operacional próprio,
leve e com funções de computador.
As concorrentes foram lançando seus tablets e hoje as principais fabricantes
são: Apple (iPad), Samsung (Galaxy Tab), Motorola (Xoom), Toshiba Tablet,
Blackberry (Playbook), Lenovo (IdeaPad U1 Hybrid), HP (Slate 500), Coby (Kyros) e
Eken Tablet PC. O futuro dos tablets, também, é incerto, logo já tem pessoas
aguardando tablets com tela flexível.
Os tablets são os telemóveis mais utilizados na m-learning, e segundo Souza
(2013) “ele oferece oportunidades únicas dentro de sala de aula e ajuda na transição
de casa para a escola”.
As novidades, talvez, mais aguardadas nos telemóveis são: bateria mais
eficiente, tela flexível, utilização de celulares na medicina, vários pagamentos, NFC
(um rastreador de objetos pelo celular) e o carregador wireless.
Tecnologias de Informação e Comunicação na educação: e-learning
Ao acompanhar o crescimento da sociedade na área de TIC, claramente
desafios viriam entre eles a contribuição desta na educação, pois percebeu-se que a
educação não caminhou conforme tal evolução. Porém, não se considera que a TIC
chegou somente para ser informatização do ensino, reduzindo-as a meros
instrumentos, é necessário saber utilizá-la, escolher qual melhor aplicar no ensinoaprendizagem, pois tais ferramentas proporcionam ao professor e aluno uma
aprendizagem diferencial, elevando fatores como rapidez na aquisição da
informação, participação, clareza e compartilhamento.
Já existem professores que utilizam alguma TIC como uma de suas
ferramentas de apoio no ensino-aprendizagem, com isto o termo informática
educativa ou e-learning pode ser utilizado, considerando que e-learning, segundo
Bruno de Souza no site educamovel.com, “utiliza várias ferramentas e mídias, como
a Internet, intranets, CD-ROM, apresentações multimídia, etc. As ferramentas de
conteúdo e pedagógicas utilizadas variam de acordo com as necessidades
específicas de cada indivíduo e a cada organização” (Souza, 2013).
Entre as tecnologias mais utilizadas na educação, os computadores, Internet,
programas diversos, datas-show, blogs, chats, fóruns e tablets são os que mais
aparecem. Até mesmo sites de relacionamentos e micromoblogs, como o twitter,
podem ser utilizados para facilitar a comunicação de professor e aluno, Gentile
(2012) mostra o twitter como exemplo de contribuição no ensino-aprendizagem:
“Emma Chandler, professora de Estudos Sociais da Emerson Park School, em Londres,
usa o Twitter para se comunicar com os alunos justamente por ter percebido que era a
ferramenta predileta de comunicação entre eles. Manda de três a quatro mensagens por
aula, com o plano de aula do dia, questões simples para verificar o conhecimento sobre
determinado conteúdo e notícias relacionadas ao tema. ‘Os mais tímidos passaram a se
comunicar mais comigo’, afirmou ela”.
A expansão da interconexão mundial de computadores abre espaço para a
cibercultura, que é o novo ambiente comunicacional-cultural, ou seja, o computador
e a Internet definem a lógica comunicacional. Cada vez mais surgem informações,
emissores
e
receptores
online.
Organizações
estatais,
privadas
e
não
governamentais surgem e dependem intensamente de informações online. O
cidadão não pode estar alheio a este ambiente, “na cibercultura, a lógica
comunicacional
supõe
rede
hipertextual,
multiplicidade,
interatividade,
imaterialidade, virtualidade, tempo real, multissensorialidade e multidirecionalidade”
(Lemos 2002; Levy, 1999, apud SILVA, 2005).
O hipertexto pode ser utilizado no ensino-aprendizagem, e estes são textos
onde a ordem da leitura das informações é dependente do leitor, pois possuem links
e mídias, tais informações serão coletadas de forma sequencial ou não. Os
hipertextos podem ser modificados tanto pelo professor quanto pelo aluno e a cada
informação contida no mesmo, maior será a facilidade de aprendizado, “o professor
e aluno passam a não ter somente estes papéis, os mesmos participam na
elaboração do conteúdo da comunicação e na criação do conhecimento” (Silva,
2005). O esquema clássico de comunicação fechado, paralisado, imutável e
intocável, passa a ser algo aberto, modificado na medida em que responde às
solicitações daquele que as consulta, assim o receptor está convidado à livre criação
e o professor passa de transmissor de saberes para formulador de problemas e
coordenador de equipes de trabalho.
Entre os retornos que os professores podem ter na utilização de TIC na
educação, destacam-se a velocidade de transmissão e a mensagem, pois esta pode
ser manipulada e segundo Levy “imagem, som e texto não têm materialidade fixa.
Podem ser manipulados dependendo unicamente da opção crítica do usuário ao
lidar com mouse, tela tátil, joystick, teclado, etc.” (Levy, 1998, apud BEHRENS,
2005), pessoas com necessidades especiais podem ter ótimos resultados, pois “a
faculdade de raciocinar pode ser diminuída, ou mesmo destruída, pelo déficit de
emoção” (Morin, 2000), sobre estas pessoas com necessidades especiais,
Schlünzen informa:
“Logo, pude verificar que é possível melhorar o processo ensino-aprendizagem de
crianças com necessidades especiais físicas, as quais construíram conhecimento,
aprenderam de forma contextualizada e significativa. O computador foi o potencializador
de suas habilidades, o currículo foi construído durante as atividades desenvolvidas,
houve mudanças na prática pedagógica do professor e nas relações com os pais, entre
outros resultados expressivos. Neste ambiente, o ritmo e o tempo, as habilidades, as
potencialidades e as dificuldades de cada criança foram respeitados, possibilitando que
cada uma encontrasse seu caminho isotrópico”. (Schlünzen, 2005)
Para o crescimento é necessário contribuição do governo em parceria com a
rede privada e esta mudança requer investimentos, segundo Feitosa (2013), “na
atualidade muitas escolas estão cada vez mais fazendo uso dos recursos
computacionais”, e cita alguns programas do governo beneficiando o crescimento da
e-learning, entre eles estão a Universidade Aberta do Brasil (UAB) – programa do
governo federal que tem como foco a formação de professores para atuar no ensino
básico – e o projeto Um Computador Por Aluno (UCA) – visa a distribuição gratuita
de microcomputadores aos alunos da rede pública de ensino.
Tecnologia móvel na educação: M-Learning
Nos dias atuais, a utilização de telemóveis vem desde cedo, pois “as crianças
já estão utilizando bastante cedo um telemóvel, para os pais, isto gera um controle
sobre os filhos e serve como uma grande ferramenta no momento de alguma
ocorrência importante”(Quevedo, 2008, apud, MOURA, 2011, pag. 3). Isto mostra
que, com o crescimento das vendas dos aparelhos telemóveis, das redes móveis, da
utilização de novas tecnologias na educação, a sociedade começa uma nova fase,
que é aderir ao ensino-aprendizagem a tecnologia móvel, logo o conceito m-learning
é empregado. É necessário destacar que m-learning não é “miniaturização” de elearning, eles vêm de fato complementar a educação e sendo utilizados de forma
não construtiva não há retorno esperado, porém “quando utilizados com objetivos
educacionais específicos e definidos, são capazes de promover a interação e
auxiliar no processo de ensino-aprendizagem” (Machado, 2010).
A utilização da tecnologia móvel em sala de aula possibilita ao educador e
aluno, uma criação temporal favorável desprezando a utilização somente de slides,
vídeos e o uso da imaginação, sendo que nem todos têm tal habilidade, ficando esta
àqueles com grande capacidade de abstração. Com m-learning possível o aluno
interferir no fluxo de acontecimentos do meio estudado e simular várias diferentes
situações, esta podendo ser realizada “em qualquer lugar, a qualquer hora e de
muitas formas diferentes. Podemos aprender sozinhos e em grupo, estando juntos
fisicamente ou conectados.” (Moran, 2013).
Os
telemóveis
deixam
as
aulas
mais
atraentes,
despertando
o
desenvolvimento da autonomia, criatividade, curiosidade e socialização promovendo
a construção de crescimento do aluno. O professor pesquisador de Harvard
Cristopher Dede (Dede, 2011, apud POSSER, 2013) diz que “graças aos
dispositivos como tablets e smartphones, é possível unir de maneira tão integrada o
mundo dentro e fora da escola, porque os alunos terão esses aparatos em mãos”.
Entre os telemóveis mais utilizados hoje, os tablets e smartphones se
destacam, neles há facilidade de acessos, são pequenos e não pesam na mochila.
As telas sensíveis ao toque os tornam aparelhos com facilidades de navegação, e o
professor torna-se um gerenciador de informações, ao invés de giz e quadro negro,
ele passará a ministrar a aula em grupos ou pessoal por aluno. “Durante a STD
TechKnowledge 2013 e Aprender Tecnologias 2013 foi apresentado uma série de
iniciativas e idéias de como utilizar o iPad como ferramenta pedagógica” (Souza,
2013).
Em várias instituições no Brasil e no mundo já se inicia o investimento nesta
área. Como exemplo no Brasil, ocorreu no mês de novembro de 2013, um simpósio
na UFPE onde se discutiu as relações das novas tecnologias com a educação, entre
elas o papel das tecnologias móveis nesta relação. Algumas instituições entregam
tablets ou notebooks a alunos como parte do material e o acesso via smartphones é
facilitado quando se tem uma conexão disponível para downloads, logo, após os
downloads necessários, o conteúdo pode ser acessado, em qualquer lugar, mesmo
que não haja conexão móvel, “foi o que aconteceu no Sistema de Ensino Integral de
Campinas (SP), onde foi adquirido iPads e distribuiu, professores, administradores e
alunos utilizam o tablet e os benefícios foram enormes” (GALISTEU, 2013). Isto
mostra o quanto as pessoas se aproximam da leitura através da utilização de mlearning. Kishore (2012) acredita que:
“O tablet pode entrar no sistema educacional com uma proposta de valor muito modesta:
uma alternativa ambientalmente correta, potencialmente barata e mais versátil do que os
livros. Uma vez inserido no sistema com uma função primária claramente definida, seus
outros recursos podem gradativamente ser integrados ao sistema educacional,
transformando-o ao longo do tempo”. (Kishore, 2012)
Aplicativos educacionais
Com o objetivo de buscar formas diferentes e talvez, mais eficazes de ensino,
aparecem os objetos de aprendizagem, como uma espécie de programação voltada
para área da educação, na tentativa de, forma mais eficiente, trazer meios que
contribuam com que o professor garanta um desenvolvimento da criatividade e da
criticidade dos alunos. Porém, existem algumas barreiras, entre elas está o fato de
que nem todos os dispositivos móveis suportam quaisquer aplicativos. Logo, para tal
é necessário haver uma parceria entre instituição e fornecedor.
Atualmente, algumas empresas já atuam no ramo para o desenvolvimento de
aplicativos voltados para a educação entre elas estão as principais fornecedoras de
dispositivos móveis, Samsung (sistema Android), Apple (sistema iOS) e Nokia
(Windows Móvel).
Apple em sua biblioteca de apps, a Apple Store, possui uma área separada
em disponibilizar os aplicativos educacionais, estão voltados para língua inglesa,
matemática, ciências, história, geografia, desenvolvimento de idiomas, artes, música,
produtividade e acessibilidade (para pessoas com necessidades especiais).
O sistema Android também possui em sua biblioteca (Play Store) livros e
diversos apps voltados para área educacional.
No site de canais de vídeos da internet, o YouTube, são encontrados diversos
vídeos educativos de empresas que publicam em seus canais.
A empresa de telefonia Vivo estreou em 2013 no Brasil o “Vivo Educação
Móvel” e atende a 15 milhões de clientes desde o lançamento em 2009. No Brasil o
programa oferece informações relacionadas à saúde, carreira profissional,
aprendizado de idiomas, uma biblioteca com mais de 9 mil títulos e o serviço para
dúvidas sobre a língua portuguesa, tais serviços são acessados via sms ou pelo
sistema do celular (Android e iOS).
Com a evolução da utilização das tecnologias móveis na educação as
empresas focalizam nesta área para crescimento em conjunto com a sociedade,
Kishore (2012) cita que “uma nova safra de grandes corporações poderá surgir a
partir de negócios ligados à educação”.
Inclusão do professor
Nos dias de hoje não é tão difícil para os professores se familiarizarem com
as tecnologias que podem ser utilizadas na educação, pois a velocidade de acesso
as estas é grande. As TICs se inovam em meses após o lançamento da última
novidade e sempre a cada lançamento os tutoriais vêm acompanhados para
remoção de qualquer dúvida, sem contar as informações detalhadas encontradas
em vídeos e fóruns de discussão.
Todas as tecnologias surgem como auxílio, porém “é preciso que haja no
ambiente escolar um profissional qualificado tecnicamente e pedagogicamente, além
de um plano metodológico que seja contextualizado com as demais disciplinas”
(Feitosa, 2013), é necessário também ousadia do próprio profissional em buscar
enriquecer seus conhecimentos em meio a cursos online, fóruns e sites
relacionados, “mudar não é tão simples, pois o ser humano resiste às mudanças até
o momento que percebe os pontos positivos e o crescimento, tornando-se, então,
parte desta transformação” (Paiva, 2012). Em relação ao aluno, praticamente, não
há necessidade de familiarização, sendo que os mesmos já utilizam seus telemóveis
no seu cotidiano.
Lucia de Souza (2011) nos diz que “o docente tem que está atualizado,
acompanhando as transformações advindas do aceleramento tecnológico e procurar
se adequar a eles, ‘pois ele também é um aprendiz’. Propor desafios.” Além de
criatividade, interação com os alunos, e mostrar que em suas mãos existe uma
grande ferramenta para seu próprio crescimento, sendo assim a educação
acompanhará a TIC, segundo Moran “a sociedade evolui mais do que a escola e,
sem
mudanças
profundas,
consistentes
e
constantes,
não
avançaremos
rapidamente como nação” (Moran, 2007, apud, PEREIRA, N. SCHUHMACHER, E.
SCHUHMACHER & DALFOVO, 2011).
Logo, não são os telemóveis que podem prejudicar o ensino-aprendizagem, e
sim quem os manipularão, professores e alunos.
Segurança
Quando se fala de educação, tratamos de informação segura sendo
compartilhada pelo professor até o aluno e vice-versa. Logo, é necessária definição
de regras para tratar o segmento das aulas e os limites dos alunos, com isto o
ensino terá o seu resultado eficiente.
Entre as tecnologias que se destacam na segurança da informação de
dispositivos móveis, o MDM (Mobile Device Management – Gerenciamento de
dispositivos móveis) é a que mais cresce no mundo, já muito utilizado em países
europeus, norte-americanos e asiáticos, os MDMs proporcionam gestão da
aplicação móvel utilizada em sala de aula para que professor e aluno não percam o
foco. Aplicativos não pertinentes às aulas, o estado “modo avião” são alguns dos
exemplos que podem ser bloqueados para não interferir no ensino. Com isto,
somente o professor pode liberar o acesso a tal e, a vídeos no YouTube, por
exemplo. Todas as atualizações podem ser realizadas a partir do MDM
remotamente.
No mercado existem, provavelmente, cerca de 50 a 60 fornecedores que se
intitulam MDMs, entre eles estão McAfee, Symantec. Akka (2013) dispõe alguns
fatores importantes na aquisição do melhor MDM para as instituições: Definição da
estratégia móvel; definição do número de dispositivos; customização; modelo de
licenciamento.
Conclusão
Visto que a educação não acompanhou o crescimento das tecnologias de
informação e diante do crescimento destas na sociedade, foi observado que vários
estudiosos da área pedagógica e tecnológica não estão satisfeitos em ver as
inovações disponíveis sendo pouquíssimas utilizadas para o crescimento do ensinoaprendizagem. Nas escolas há vários talentos e com as ferramentas tecnológicas
poderão mostrar com facilidade e rapidez o quanto são criativos, compartilhando
suas ideias com a sociedade.
Algumas instituições já utilizam tecnologias móveis para aumentar o
desempenho dos alunos, e os resultados só mostram o quão é fascinante e fácil
realizar os experimentos, logo é necessário haver investimentos, professores
precisam se aperfeiçoar na área tecnológica e novas metodologias têm que ser
inclusas para que o resultado seja o esperado.
As principais ferramentas voltadas para a tecnologia de informação e
educação que servem para enriquecimento da educação, ou seja, tecnologias
móveis e redes móveis estão se atualizando, a sociedade está acompanhando,
porém os líderes de instituições e o governo precisam acompanhá-las.
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