Teaching Documents by Gabriela Isbaes
1. Quais as razões da relevância do estudo da economia romana, hoje? As pesquisas no mundo e no B... more 1. Quais as razões da relevância do estudo da economia romana, hoje? As pesquisas no mundo e no Brasil. A preocupação com a economia antiga explica-se por sua centralidade no mundo contemporâneo. O pressuposto moderno de que o homem é movido por interesses materiais, de forma racional, como um homo oeconomicus, induz ao estudo da profundidade histórica do tema. O mundo romano foi, desde o século XIX, centro desse interesse, em particular pela afluência revelada pela Arqueologia: estradas pavimentadas, aquedutos, pontes, construções de edifícios, amenidades como água encanada e esgoto, a circulação de mercadorias atestada por ânforas e outros artefatos, entre tantos outros. Uma questão natural foi e tem sido o motivo de essa afluência não ter gerado o capitalismo moderno. Há pontos de vista variados, que enfatizam a diferença da sociedade romana, em relação à moderna, enquanto outros pendem para a relevância da semelhança. Para uns, os antigos pensavam o mundo com categorias variadas, mas próprias, a partir de noções que não são universais, como diferenciação social por estamentos, interditos e tabus próprios. A interpretação contrastada do personagem Trimalcião, liberto enriquecido, como em Rostvozeff e Veyne, mostra bem isso. Outros enfatizarão, a partir do
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1. Quais as razões da relevância do estudo da economia romana, hoje? As pesquisas no mundo e no B... more 1. Quais as razões da relevância do estudo da economia romana, hoje? As pesquisas no mundo e no Brasil. A preocupação com a economia antiga explica-se por sua centralidade no mundo contemporâneo. O pressuposto moderno de que o homem é movido por interesses materiais, de forma racional, como um homo oeconomicus, induz ao estudo da profundidade histórica do tema. O mundo romano foi, desde o século XIX, centro desse interesse, em particular pela afluência revelada pela Arqueologia: estradas pavimentadas, aquedutos, pontes, construções de edifícios, amenidades como água encanada e esgoto, a circulação de mercadorias atestada por ânforas e outros artefatos, entre tantos outros. Uma questão natural foi e tem sido o motivo de essa afluência não ter gerado o capitalismo moderno. Há pontos de vista variados, que enfatizam a diferença da sociedade romana, em relação à moderna, enquanto outros pendem para a relevância da semelhança. Para uns, os antigos pensavam o mundo com categorias variadas, mas próprias, a partir de noções que não são universais, como diferenciação social por estamentos, interditos e tabus próprios. A interpretação contrastada do personagem Trimalcião, liberto enriquecido, como em Rostvozeff e Veyne, mostra bem isso. Outros enfatizarão, a partir do
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Imagem: Revista de História da Arte, 2024
Desde a antiguidade, a sexualidade, enquanto esfera da vida dos seres humanos, tem sido registrad... more Desde a antiguidade, a sexualidade, enquanto esfera da vida dos seres humanos, tem sido registrada, regulada e discutida de variadas formas. Dentre os inúmeros vestígios encontrados acerca dessa faceta de nossas existências, alguns dos que mais chamam a atenção provêm do sítio arqueológico de Pompeia, na Itália. A erupção do vulcão Vesúvio, que atingiu a cidade romana no ano 79 d.C., preservou soterrados diversos objetos da cultura material como afrescos, lucernas, estátuas, pingentes, relevos e mosaicos, os quais demostram aspectos da sexualidade de seus habitantes. Escavados desde o século XVIII, tais artefatos têm sido analisados e alocados em uma sala especial do Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, conhecida como Gabinetto Segreto. A história e a organização desse espaço passaram por diversas nuances, que envolvem restrições de público, fechamento e, hoje, a abertura total, processos regulados por ideários políticos e ditames morais. Nesse sentido, o artigo aborda a história do Gabinetto ao longo dos seus mais de 200 anos de existência, para em seguida discutir acerca do “censorhip mith”, ou mito da censura relacionado ao espaço, ideia proposta por Kate Fischer e Rebecca Langlands (2011). Para tanto, são analisadas publicações realizadas em jornais o Rio de Janeiro do século XIX, nas quais averíguam-se as menções e recepções à sala secreta, e como elas corroboram na defesa de que houve mito da censura ao local por meio de relatos de visitantes, viajantes e conhecedores da coleção. Assim, enfatizam-se os múltiplos significados que os objetos pompeianos de – aparente – cunho sexual, adquiriram ao longo do tempo e, sobretudo, na contemporaneidade, com o avanço das pesquisas sobre a sexualidade romana.
Phoînix, 2024
São analisadas neste artigo, exposições realizadas por museus e universidades no século XXI e que... more São analisadas neste artigo, exposições realizadas por museus e universidades no século XXI e que têm como tema as mulheres na antiguidade, em especial a greco-romana. A ideia foi a de identificar como essas instituições trabalharam e interpretaram os artefatos disponíveis em suas coleções, e como podem contribuir para o desenvolvimento de discursos que versam acerca da vida das mulheres antigas em meio a um ambiente historiográfico aberto às discussões feministas e de gênero. Nesse artigo serão consideradas as seguintes exposições: “250 Mujeres de la Antigua Roma” (2022), virtual, promovida pelo grupo Conditio Feminae, da Universidade de Sevilha, na Espanha; “Imperatrici, Matrone, Liberte” (2021), promovida pela Galeria Ufizzi, em Florença, na Itália; e uma pequena exibição intitulada “Rediscovering ancient women” (2021), do Phoebe A. Hearst Museum of Anthropology, vinculado à Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. O interesse em analisar essas exposições está no fato de que elas possuem a possibilidade de visitação online, o que viabiliza o alcance das informações a um público diverso, nem sempre vinculado aos círculos acadêmicos. Ao tomarmos os museus e coleções como espaços de construções de memória, tais exibições podem permitir uma leitura menos misógina da antiguidade para o público em geral.
Romanitas – Revista de Estudos Grecolatinos,, 2022
A inserção do corpo como objeto de investigação da História
remonta à segunda metade do século XX... more A inserção do corpo como objeto de investigação da História
remonta à segunda metade do século XX, quando os diálogos com as
epistemologias de gênero são construídos e permitem pensar as diferentes
formas de se subjetivar que os indivíduos tiveram ao longo do tempo.
No caso da Antiguidade, alcançamos esses corpos por meio dos vestígios
arqueológicos, os quais trazem, entre tantas informações, aspectos culturais
relativos à corporeidade dos antigos. Tendo isso em vista, analisam-se
representações do corpo feminino nos afrescos do sítio arqueológico de
Pompeia. Intenciona-se compreender se essas representações indicavam
uma adequação das mulheres a padrões estéticos e comportamentais,
ou se podem servir também para demonstrar certa agência feminina no
controle de seus corpos, ou seja, uma heterogeneidade de concepções
sobre estes, durante o período imperial romano.
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remonta à segunda metade do século XX, quando os diálogos com as
epistemologias de gênero são construídos e permitem pensar as diferentes
formas de se subjetivar que os indivíduos tiveram ao longo do tempo.
No caso da Antiguidade, alcançamos esses corpos por meio dos vestígios
arqueológicos, os quais trazem, entre tantas informações, aspectos culturais
relativos à corporeidade dos antigos. Tendo isso em vista, analisam-se
representações do corpo feminino nos afrescos do sítio arqueológico de
Pompeia. Intenciona-se compreender se essas representações indicavam
uma adequação das mulheres a padrões estéticos e comportamentais,
ou se podem servir também para demonstrar certa agência feminina no
controle de seus corpos, ou seja, uma heterogeneidade de concepções
sobre estes, durante o período imperial romano.
remonta à segunda metade do século XX, quando os diálogos com as
epistemologias de gênero são construídos e permitem pensar as diferentes
formas de se subjetivar que os indivíduos tiveram ao longo do tempo.
No caso da Antiguidade, alcançamos esses corpos por meio dos vestígios
arqueológicos, os quais trazem, entre tantas informações, aspectos culturais
relativos à corporeidade dos antigos. Tendo isso em vista, analisam-se
representações do corpo feminino nos afrescos do sítio arqueológico de
Pompeia. Intenciona-se compreender se essas representações indicavam
uma adequação das mulheres a padrões estéticos e comportamentais,
ou se podem servir também para demonstrar certa agência feminina no
controle de seus corpos, ou seja, uma heterogeneidade de concepções
sobre estes, durante o período imperial romano.
conhecimento como instrumento de ensino e aprendizagem escolar é que se apresenta, nesse artigo, as reflexões e resultados obtidos e compilados durante o ano de 2017, em atividades do projeto de História - “Bairros, patrimônio e memória: a história da cidade de Bauru a partir de seus espaços urbanos”, financiado pelo Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES). As atividades foram desenvolvidas por um grupo de graduandos e professores do curso de História da Universidade do Sagrado Coração de Bauru – SP, com alunos do 6º ano da escola Estadual Edison Gasparini, localizada no Bairro de nome homônimo. Dois desafios foram cruciais para o desenvolvimento desta proposta e nos motivaram a refletir a respeito do tema: primeiro,
como o uso de ferramentas das Tecnologias da Informação e Comunicação (TDIC’s) poderia contribuir para a construção de conhecimentos relacionados à história do local com alunos dos anos finais do ensino fundamental (EF), e, segundo, como envolvê-los na
formulação deste saber. Desse modo, os resultados compartilhados nesse texto têm por objetivos apresentar as possibilidades de produção de conteúdo em história local com o uso destas tecnologias e a sua articulação com o ensino. Além disso, de contribuir para a
disseminação e popularização de informações a respeito destas práticas, que poderão nortear futuras situações escolares no processo de ensino-aprendizagem em História.
Palavras-chave: Cultura visual. História. Imagens. História Cultural
Abstract: This article interages with researches that discuss about the field of visuality as an important aspect of social life and social processes. It shows some perspective of cultural History and visual culture as favorable paths for news investigations by using images and it suggests as these vertentes can auxiliate historians in more adequate use of these visual materials. This way, the appropriate use of images can auxiliate the construction of a more plural and omnibus History.
Key-words: Visual Culture. History. Images. Cultural History
local em que se vive, para nele ser possível atuar de forma consciente e cidadã. Frente a
este desafio do conhecimento do mais próximo, do que nos diz respeito, de onde
vivemos e devemos agir em primeiro lugar, bem como da construção e aplicação deste
conhecimento como instrumento de ensino e aprendizagem escolar é que se apresenta,
nesse artigo, as reflexões e resultados obtidos e compilados durante o ano de 2017, em
atividades do projeto de História - “Bairros, patrimônio e memória: a história da cidade
de Bauru a partir de seus espaços urbanos”, financiado pelo Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES). As atividades foram desenvolvidas por um
grupo de graduandos e professores do curso de História da Universidade do Sagrado
Coração de Bauru – SP, com alunos do 6º ano da escola Estadual Edison Gasparini,
localizada no Bairro de nome homônimo. Dois desafios foram cruciais para o
desenvolvimento desta proposta e nos motivaram a refletir a respeito do tema: primeiro,
como o uso de ferramentas das Tecnologias da Informação e Comunicação (TDIC’s)
poderia contribuir para a construção de conhecimentos relacionados à história do local
com alunos dos anos finais do ensino fundamental (EF), e, segundo, como envolvê-los na
formulação deste saber. Desse modo, os resultados compartilhados nesse texto têm por
objetivos apresentar as possibilidades de produção de conteúdo em história local com o
uso destas tecnologias e a sua articulação com o ensino. Além disso, de contribuir para a
disseminação e popularização de informações a respeito destas práticas, que poderão
nortear futuras situações escolares no processo de ensino-aprendizagem em História.