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Cristianismos primitivos

1 Aula 12: 11/06/2020 História Antiga HH 185ª 2020 Pedro Paulo A. Funari Gabriela Isbaes Cristianismo antigo. Leitura para a aula: 1. HOORNAERT, Eduardo. As comunidades cristãs nos primeiros séculos. In: História da cidadania. São Paulo: Editora Contexto, 2006. 2. VEYNE, Paul. Quando o nosso mundo se tornou cristão Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010, capítulos primeiro e segundo. Roteiro Os desafios do estudo do ponto de vista histórico do Cristianismo na Antiguidade, no mundo e no Brasil. O Cristianismo é relevante não apenas como crença compartilhada em todos os continentes com um imenso contingente, mas, do ponto de histórico, pela sua presença na cultura mundial (calendário da Era Comum = d.C.; usado no mundo todo; difusão das histórias judaicas e cristãs também no mundo islâmico; cultura popular referente ao Cristianismo também pelas outras civilizações, como árvore de Natal na China e Papai Noel na Índia). Para o historiador, importa conhecer o Cristianismo pela sua presença na História cultural, desde a antiguidade, até hoje, nas recorrentes referências (e.g. John Steinbeck, A Leste do Éden, 1952; Código Da Vinci, 2000, Dan Brown, entre inúmeros). O desafio consiste em abordar como tema histórico, antropológico, cultural, narrativo, arqueológico, ou mesmo religioso, mas sempre de um ponto de vista externo à fé do estudioso. Exemplos notáveis desse esforço são Michel de Certeau (católico jesuíta) ou Paul Ricouer (protestante calvinista), grandes teóricos da disciplina histórica. No mundo, os estudos são crescentes e a partir de diversas disciplinas e pontos de vista. Seguem importantes o conhecimento e discussão detalhada (exegese) das fontes canônicas (Antigo e Novo Testamento), mas também de outras muitas mais (como Evangelhos apócrifos, literatura gnóstica e outras descobertas nos séculos recentes; arqueológicas, epigráficas, manuscritas). Em termos de abordagem, além da chamada histórico-crítica (filológica e histórica), multiplicam-se as perspectivas: social, cultural, a partir dos excluídos, feminista, pós-moderna, entre outras. No Brasil, essas perspectivas estão presentes nas diversas disciplinas, da Arqueologia (Márcio Teixeira Bastos) à História (André Chevitarese), às Ciências da Religião (Paulo Nogueira), entre muitos outros. Os textos indicados 2 O belga (flamengo) Eduardo Hoornaert (n. 1930), no Brasil desde a década de 1950, representa bem a abordagem social, a partir dos excluídos. Sacerdote católico por 28 anos, antes de casar-se e ter quatro filhos no Brasil, Hoornaert insere-se na perspectiva inclusiva e pluralista, sendo o grande referente contemporâneo na História do Cristianismo. No capítulo sobre Cidadania mostra bem a relação passado e presente, com a ênfase nos excluídos. Paul Veyne, também de 1930, um dos principais historiadores vivos, dedicou uma obra já clássica, em apenas dez anos. De redação clara e destinada ao grande público, trata bem de alguns aspectos das religiosidades cristãs primitivas a partir de uma perspectiva não teleológica, sem que uma predestinação, divina ou natural, entre como categoria explicativa da História. 3 4 Imagem islâmica persa de Maria e Jesus 5 Natal na China, 2019. 6 Natal na Índia. 7 8 Código Da Vinci na Índia. 9 10 11 12 13 Texto de Nag Hammadi 14 Barco do Mar da Galileia, da época de Jesus. 15 Inscrição de Pilatos. 16 https://www.timesofisrael.com/in-a-stone-box-a-rare-trace-of-crucifixion/ In a stone box, the only trace of crucifixion An ossuary at the Israel Museum contains the sole physical evidence ever found for the Roman practice of execution on the cross 17 18 19