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Adriana Friedmann

Unesp, Instituto de Artes, Post-Doc

Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Faculty Member

USP, FE - Faculdade de Educação, Faculty Member

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Ciências Sociais, Faculty Member

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Pós Doutora em Artes, Doutora em Antropologia, Mestre em Educação, Pedagoga. Especialista, docente universitária, palestrante, pesquisadora, ativista e consultora nacional e internacional de ONGs, fundações, secretarias, escolas nas temáticas da infância, pesquisas com crianças, brincar, espaços, arte, linguagens expressivas, por mais de cuarenta anos. Criadora e coordenador do NEPSID - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento - www.nepsid.com.br. Criadora e coordenadora do Mapa da Infância Brasileira - www.facebook.com/mapainfanciabrasileira. Criadora e coordenadora do curso de Pós Graduação 'A vez e a voz das crianças: escutas antropológicas e poéticas das infâncias'. Autora de vários livros e artigos na área, dentre eles: 'A vez e a voz das crianças', 'Olhares sensíveis para as crianças e seus mundos', O desenvolvimento da criança através do brincar', 'Linguagens e culturas infantis', 'O Universo simbólico da criança', 'A arte de brincar', 'Escuta e observação de crianças: processos inspiradores para educadores', 'Protagonismo infantil', 'História da Sociologia e da Antropologia da Infância'.

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Books by Adriana Friedmann

O MUNDO QUE SEI - Relatorio Destaques Pesquisa

O MUNDO QUE SEI, 2023

A pesquisa O mundo que sei, que faz parte do projeto com o mesmo nome lançado em 2023 que já viro... more A pesquisa O mundo que sei, que faz parte do projeto com o mesmo nome lançado em 2023 que já virou minissérie documental e série de podcasts.
A pesquisa é resultado de várias frentes de investigação: uma etnográfica com 170 crianças em cinco territórios da cidade de São Paulo, liderada pela antropóloga Adriana Friedmann; uma qualitativa com 10 famílias e uma quantitativa com 1.000 pais, mães e cuidadores em todo o Brasil (Camila Holpert).

The childhood designates a polysemic concept that remits a multiplicity of dimensions or fields. ... more The childhood designates a polysemic concept that remits a multiplicity of dimensions or fields. If this concept is reduced to the term "child", it enters in the psychological field; the term "childhood" in the demographic field, which also reveals to be of economic order; if it talks about "child" it enters in the properly anthropologic or socio-anthropological field. The area that this last dimension defines constitutes the real susceptible object of being broached to the social sciences, regarding this level of population. The researches referring to this subject demand proper methods. With regards to the inter subjective moment related to the society, this corresponds to the level of micro-sociological analysis; such methods may demand from the researcher that he "becomes a child" in order to be able to reconstitute through imagination the universe of children cultures, regarding the institutional, social moment, corresponding to the level of macro-sociological analysis. It has to be taken into consideration the structural phenomena particularly those which concern the domination that affects the children as well as other age population, that subscribe to a historical perspective. This process of general structure is also applied to the child universe; it is the one which constitutes the heuristic key of all research about this universe.

Este e um momento fundamental para as crianças brincarem de forma espontânea

O que grandes Cidades e Políticas Intersetoriais podem fazer pela Primeira Infância

by Adriana Friedmann and Roselene Crepaldi

Escuta, vozes e participação das crianças e adolescentes nas tomadas de decisão

Territoriar: Educação Integral e as práticas em desenvolvimento, 2019

Escuta e observação de crianças: processos inspiradores para educadores

Quem está na escuta - Diálogos, reflexões e trocas de especialistas que dão vez e voz às crianças.

Esta publicação sinaliza caminhos, constrói pontes e abre atalhos para uma temática bastante cara... more Esta publicação sinaliza caminhos, constrói pontes e abre atalhos para uma temática bastante cara nos dias de hoje: a importância em ouvir, observar e dialogar com o universo da criança. No entanto, ainda que as práticas de escuta infantil estejam cada vez mais disseminadas em esferas e ambientes distintos, no público e no privado, na cidade, na escola e em instituições diversas, é urgente ampliar o debate sobre questões que iluminam abordagens históricas, metodológicas e éticas.

Changemaking: the power of the school community

Changemaker Schools is an initiative of Ashoka, a global organization that brings together the fi... more

Protagonismo: a potência da comunidade escolar

Tão importantes quanto a matemática ou o ensino de línguas, essas competências ainda são, no enta... more Tão importantes quanto a matemática ou o ensino de línguas, essas competências ainda são, no entanto, desconsideradas por muitas escolas, profissionais da educação e famílias, fato que justifica a relevância desta publicação e de outras ações do Escolas Transformadoras, como as rodas de conversa e o reconhecimento de escolas que trabalham com foco nessas competências e auxiliam, assim, a influenciar e a provocar uma mudança na sociedade. Lançado no Brasil em setembro de 2015, o Programa procura mostrar que a educação está se abrindo a um novo diálogo, marcado por valores que colocam os sujeitos no centro do processo educativo, compreendendo-os como protagonistas de sua própria vida, de seu território e do mundo. O desafio é grande, por isso o Programa conta com uma comunidade ampla e diversa, formada por equipes de escolas, empreendedores sociais,

Programa Nota 10 Primeira Infância

Fundamentos do desenvolvimento infantil

Reflexões e pensamentos sobre o direito de brincar

Paisagens e culturas infantis

Tese Doutorado

Agradecimentos A (Prof. Dra.) Lúcia Helena Rangel Vitalli pelas conversas cativantes , por ter me... more Agradecimentos A (Prof. Dra.) Lúcia Helena Rangel Vitalli pelas conversas cativantes , por ter me desafiado a trazer as crianças para o protagonismo desta obra e, sobretudo, pela confiança e parceria. Ao Prof. Dr. Edgard de Assis Carvalho em quem descobri um grande mestre que introduziu um novo universo de conhecimentos na minha vida. Ao Prof. Dr. Marcos Ferreira Santos, queridíssimo amigo, mestre e parceiro, com quem partilho o desafio de abrir portas para o universo sensível, inclusive na academia. A Pâmela por tantas horas de conversas e leitura cuidadosa, amorosa e sensível dedicadas ao acompanhamento do meu processo. À Sirlene Giannotti, querida amiga e parceira, pela leitura crítica e sensível e pela possibilidade de troca de ideias. À Stela Bataglia pelos apontamentos e sugestões conferidos ao texto. Às professoras Silvia Borelli, Marina Dias e à minha querida amiga e colega Gisela Wajskop por terem acolhido a leitura deste trabalho e o convite a debatê-lo. Ao CNPQ pela possibilidade de desenvolver este trabalho. À Folha de São Paulo, Copipaz e Ifan pela cessão das imagens e materiais produzidos pelas crianças. Às equipes de pesquisadores que colaboraram nas investigações citadas neste trabalho.

Aos Mestres com carinho - Reflexões e auto desenvolvimento para Educadores

os que já morreram. Estamos entrelaçados, identificados por algo em comum que nos une, nos conect... more os que já morreram. Estamos entrelaçados, identificados por algo em comum que nos une, nos conecta, formando redes emocionais, sociais, de ideias, de ideais. INTRODUÇÃO O trabalho que venho desenvolvendo com formação de educadores por mais de 30 anos têm me ensinado muitos caminhos e me inspirado para levar aos educadores a consciência da importância que tem, para um trabalho consistente, inteiro e significativo, o investimento no seu auto desenvolvimento. Tenho tido muitos mestres inspiradores, alguns teóricos da área educacional, mas principalmente pessoas que, a partir do contato com suas próprias inquietações, potenciais, desejos e limitações, têm tido a coragem de tocar 'nas feridas' e 'nas pérolas' próprias e nas dos outros. Assim mesmo, empreendi um caminho de formação 'com minha cara', muito inspirada no lúdico, mas, sobretudo a partir das minhas verdades, não para convencer ninguém delas, mas para auxiliar sim na busca das verdades, pérolas e feridas de cada um, no sentido de identificar o próprio caminho, o próprio jeito de ser e fazer. A partir dos cursos de formação de facilitadores, de professores, de educadores, palestras e oficinas proferidas, resolvi reunir neste livro, por achar uma tarefa essencial para todos os educadores deste século XXI, sugestões de como se cuidar, como se trabalhar, como se redescobrir para estar mais inteiro, mais si mesmo, enfim, mais humano, no trabalho com o outro, seja ele criança, adolescente ou adulto. Não são receitas, mas reflexões, sugestões, idéias para levar à prática. Não duvido que isto requer certa coragem, mas vejo como necessário e urgente sairmos da imobilidade a que instituições, currículos pré formatados ou pressões de todo tipo, têm nos levado, e despertar, sem tanta dor, para poder assim acordar àqueles que estão sob nossos cuidados. Acredito no caminho do professor, não como aquele que professa verdades ou que detém conhecimentos, mas como um potencial facilitador, Educador, aquele que auxilia o outro no seu despertar e no seu processo de desabrochar. Tudo já está contido no ser humano desde seu nascimento e hoje é essencial termos consciência de que somos peças chaves, enquanto educadores, para o florescimento das sementes de cada um, para 'regar' e cuidar destas plantas a partir das suas necessidades de alimento, luz e calor e não deixá-las murchar ou morrer por conta dos excessos, das faltas ou dos alimentos não adequados. Coração que diz a verdade da alma Cabeça que pensa os caminhos Olhos que gravam momentos Mãos que criam maravilhas Pele que encosta, acaricia, arrepia Ouvidos que escutam pacientemente Pés que nos guiam e escrevem nossa história Costas que carregam o peso dos anos Boca que beija, beija, beija Olfato que me guia Corpo que abraça e ama Amorosamente Para transcender.

Papers by Adriana Friedmann

Jogos tradicionais na cidade de São Paulo

Paisagens infantis: uma incursão pelas naturezas, linguagens e culturas das crianças

Esta tese, ancorada em conceitos da Antropologia da Infância, tem, como objeto de estudo, um conj... more Esta tese, ancorada em conceitos da Antropologia da Infância, tem, como objeto de estudo, um conjunto de manifestacoes multiculturais de criancas e grupos infantis, pertencentes a diferentes faixas etarias, contextos socioeconomicos e culturais, expressas dentro do territorio brasileiro. A selecao primou pela diversidade de suas expressoes: imagens pictoricas, episodios ludicos espontâneos, producoes plasticas, dizeres, relatos, imaginacoes e outras formas. A coleta foi possibilitada por material obtido em diferentes fontes: duas pesquisas desenvolvidas junto a criancas por um Jornal do estado de Sao Paulo, de grande alcance; um documentario sobre brincadeiras e jogos realizados em diversos contextos culturais e projeto de incentivo a expressao infantil pela arte, desenvolvido em instituicoes de educacao formal e nao formal. As referencias teoricas que alicercaram as concepcoes de infância e sua multiculturalidade foram dadas por Cohn, Sarmento, Qvortrup, Corsaro, Hardman, entre os mais significativos. A analise das producoes, constituiu-se em uma incursao reflexiva e sensivel aos universos expressivos e labirinticos das criancas, possibilitada pela concepcao de que as diferentes manifestacoes infantis podem romper estruturas rigidas e alcar voos, permitindo-lhes a criacao de cultura, e de que expressam aspectos sutis das identidades envolvidas. Para este fim, o trabalho adentrou areas da antropologia, filosofia, psicologia, arte e educacao dialogando com diversas fontes teoricas, entre elas Morin, Deleuze, Durand, Bachelard, Jung, Ariel, Bauman, Ostrower. A leitura realizada pautou-se pela ideia de circularidade entre producao de conhecimento e sensibilidade, entre teoricos, filosofos, artistas e criancas, entre observador e publico observado, considerados na totalidade de suas existencias. O objetivo do trabalho foi experimentar e propor leituras circulares nos caminhos de observacao, escuta e leitura dos universos infantis, na busca de uma compreensao mais apropriada das linguagens e expressoes verbais e nao verbais das criancas e de suas infâncias, vividas em condicoes da pos-modernidade. Neste sentido, este trabalho buscou aticar o dialogo entre a antropologia e a educacao, apontando a necessidade de imersao no universo infantil, na alfabetizacao ludica dos educadores e seu permanente auto-desenvolvimento, a fim de que se possam ressignificar propostas educacionais a partir das criancas, vistas em seus contextos. Esta tese, ao defender a importância de se dar voz as criancas, ouvi-las e compreende-las, nas expressoes de seu universo e de suas culturas, enfatiza o papel fundamental conferido aos educadores e prega a necessidade de mais pesquisas sobre esta tematica

Alô, Quem fala?

Editora Blucher eBooks, Oct 9, 2018

A Arte de Adentrar Labirintos Infantis

Editora Blucher eBooks, Oct 9, 2018

O direito de brincar: a brinquedoteca

História do percurso da sociologia e da antropologia na área da infância

Veras, 2011

O presente artigo pretende contribuir para situar o leitor a respeito da história e do estado da ... more O presente artigo pretende contribuir para situar o leitor a respeito da história e do estado da arte dos estudos, teorias e autores relevantes na área de Ciências Sociais – Sociologia e Antropologia – no âmbito da Infância. O artigo apresenta as principais ideias que norteiam esses estudos e aponta para a importância de uma interlocução com as áreas de Psicologia do Desenvolvimento e Educação. Alguns caminhos metodológicos utilizados por antropólogos são citados, assim como referências bibliográficas essenciais.

O MUNDO QUE SEI - Relatorio Destaques Pesquisa

O MUNDO QUE SEI, 2023

A pesquisa O mundo que sei, que faz parte do projeto com o mesmo nome lançado em 2023 que já viro... more A pesquisa O mundo que sei, que faz parte do projeto com o mesmo nome lançado em 2023 que já virou minissérie documental e série de podcasts.
A pesquisa é resultado de várias frentes de investigação: uma etnográfica com 170 crianças em cinco territórios da cidade de São Paulo, liderada pela antropóloga Adriana Friedmann; uma qualitativa com 10 famílias e uma quantitativa com 1.000 pais, mães e cuidadores em todo o Brasil (Camila Holpert).

The childhood designates a polysemic concept that remits a multiplicity of dimensions or fields. ... more The childhood designates a polysemic concept that remits a multiplicity of dimensions or fields. If this concept is reduced to the term "child", it enters in the psychological field; the term "childhood" in the demographic field, which also reveals to be of economic order; if it talks about "child" it enters in the properly anthropologic or socio-anthropological field. The area that this last dimension defines constitutes the real susceptible object of being broached to the social sciences, regarding this level of population. The researches referring to this subject demand proper methods. With regards to the inter subjective moment related to the society, this corresponds to the level of micro-sociological analysis; such methods may demand from the researcher that he "becomes a child" in order to be able to reconstitute through imagination the universe of children cultures, regarding the institutional, social moment, corresponding to the level of macro-sociological analysis. It has to be taken into consideration the structural phenomena particularly those which concern the domination that affects the children as well as other age population, that subscribe to a historical perspective. This process of general structure is also applied to the child universe; it is the one which constitutes the heuristic key of all research about this universe.

Este e um momento fundamental para as crianças brincarem de forma espontânea

O que grandes Cidades e Políticas Intersetoriais podem fazer pela Primeira Infância

by Adriana Friedmann and Roselene Crepaldi

Escuta, vozes e participação das crianças e adolescentes nas tomadas de decisão

Territoriar: Educação Integral e as práticas em desenvolvimento, 2019

Escuta e observação de crianças: processos inspiradores para educadores

Quem está na escuta - Diálogos, reflexões e trocas de especialistas que dão vez e voz às crianças.

Esta publicação sinaliza caminhos, constrói pontes e abre atalhos para uma temática bastante cara... more Esta publicação sinaliza caminhos, constrói pontes e abre atalhos para uma temática bastante cara nos dias de hoje: a importância em ouvir, observar e dialogar com o universo da criança. No entanto, ainda que as práticas de escuta infantil estejam cada vez mais disseminadas em esferas e ambientes distintos, no público e no privado, na cidade, na escola e em instituições diversas, é urgente ampliar o debate sobre questões que iluminam abordagens históricas, metodológicas e éticas.

Changemaking: the power of the school community

Changemaker Schools is an initiative of Ashoka, a global organization that brings together the fi... more

Protagonismo: a potência da comunidade escolar

Tão importantes quanto a matemática ou o ensino de línguas, essas competências ainda são, no enta... more Tão importantes quanto a matemática ou o ensino de línguas, essas competências ainda são, no entanto, desconsideradas por muitas escolas, profissionais da educação e famílias, fato que justifica a relevância desta publicação e de outras ações do Escolas Transformadoras, como as rodas de conversa e o reconhecimento de escolas que trabalham com foco nessas competências e auxiliam, assim, a influenciar e a provocar uma mudança na sociedade. Lançado no Brasil em setembro de 2015, o Programa procura mostrar que a educação está se abrindo a um novo diálogo, marcado por valores que colocam os sujeitos no centro do processo educativo, compreendendo-os como protagonistas de sua própria vida, de seu território e do mundo. O desafio é grande, por isso o Programa conta com uma comunidade ampla e diversa, formada por equipes de escolas, empreendedores sociais,

Programa Nota 10 Primeira Infância

Fundamentos do desenvolvimento infantil

Reflexões e pensamentos sobre o direito de brincar

Paisagens e culturas infantis

Tese Doutorado

Agradecimentos A (Prof. Dra.) Lúcia Helena Rangel Vitalli pelas conversas cativantes , por ter me... more Agradecimentos A (Prof. Dra.) Lúcia Helena Rangel Vitalli pelas conversas cativantes , por ter me desafiado a trazer as crianças para o protagonismo desta obra e, sobretudo, pela confiança e parceria. Ao Prof. Dr. Edgard de Assis Carvalho em quem descobri um grande mestre que introduziu um novo universo de conhecimentos na minha vida. Ao Prof. Dr. Marcos Ferreira Santos, queridíssimo amigo, mestre e parceiro, com quem partilho o desafio de abrir portas para o universo sensível, inclusive na academia. A Pâmela por tantas horas de conversas e leitura cuidadosa, amorosa e sensível dedicadas ao acompanhamento do meu processo. À Sirlene Giannotti, querida amiga e parceira, pela leitura crítica e sensível e pela possibilidade de troca de ideias. À Stela Bataglia pelos apontamentos e sugestões conferidos ao texto. Às professoras Silvia Borelli, Marina Dias e à minha querida amiga e colega Gisela Wajskop por terem acolhido a leitura deste trabalho e o convite a debatê-lo. Ao CNPQ pela possibilidade de desenvolver este trabalho. À Folha de São Paulo, Copipaz e Ifan pela cessão das imagens e materiais produzidos pelas crianças. Às equipes de pesquisadores que colaboraram nas investigações citadas neste trabalho.

Aos Mestres com carinho - Reflexões e auto desenvolvimento para Educadores

os que já morreram. Estamos entrelaçados, identificados por algo em comum que nos une, nos conect... more os que já morreram. Estamos entrelaçados, identificados por algo em comum que nos une, nos conecta, formando redes emocionais, sociais, de ideias, de ideais. INTRODUÇÃO O trabalho que venho desenvolvendo com formação de educadores por mais de 30 anos têm me ensinado muitos caminhos e me inspirado para levar aos educadores a consciência da importância que tem, para um trabalho consistente, inteiro e significativo, o investimento no seu auto desenvolvimento. Tenho tido muitos mestres inspiradores, alguns teóricos da área educacional, mas principalmente pessoas que, a partir do contato com suas próprias inquietações, potenciais, desejos e limitações, têm tido a coragem de tocar 'nas feridas' e 'nas pérolas' próprias e nas dos outros. Assim mesmo, empreendi um caminho de formação 'com minha cara', muito inspirada no lúdico, mas, sobretudo a partir das minhas verdades, não para convencer ninguém delas, mas para auxiliar sim na busca das verdades, pérolas e feridas de cada um, no sentido de identificar o próprio caminho, o próprio jeito de ser e fazer. A partir dos cursos de formação de facilitadores, de professores, de educadores, palestras e oficinas proferidas, resolvi reunir neste livro, por achar uma tarefa essencial para todos os educadores deste século XXI, sugestões de como se cuidar, como se trabalhar, como se redescobrir para estar mais inteiro, mais si mesmo, enfim, mais humano, no trabalho com o outro, seja ele criança, adolescente ou adulto. Não são receitas, mas reflexões, sugestões, idéias para levar à prática. Não duvido que isto requer certa coragem, mas vejo como necessário e urgente sairmos da imobilidade a que instituições, currículos pré formatados ou pressões de todo tipo, têm nos levado, e despertar, sem tanta dor, para poder assim acordar àqueles que estão sob nossos cuidados. Acredito no caminho do professor, não como aquele que professa verdades ou que detém conhecimentos, mas como um potencial facilitador, Educador, aquele que auxilia o outro no seu despertar e no seu processo de desabrochar. Tudo já está contido no ser humano desde seu nascimento e hoje é essencial termos consciência de que somos peças chaves, enquanto educadores, para o florescimento das sementes de cada um, para 'regar' e cuidar destas plantas a partir das suas necessidades de alimento, luz e calor e não deixá-las murchar ou morrer por conta dos excessos, das faltas ou dos alimentos não adequados. Coração que diz a verdade da alma Cabeça que pensa os caminhos Olhos que gravam momentos Mãos que criam maravilhas Pele que encosta, acaricia, arrepia Ouvidos que escutam pacientemente Pés que nos guiam e escrevem nossa história Costas que carregam o peso dos anos Boca que beija, beija, beija Olfato que me guia Corpo que abraça e ama Amorosamente Para transcender.

Jogos tradicionais na cidade de São Paulo

Paisagens infantis: uma incursão pelas naturezas, linguagens e culturas das crianças

Esta tese, ancorada em conceitos da Antropologia da Infância, tem, como objeto de estudo, um conj... more Esta tese, ancorada em conceitos da Antropologia da Infância, tem, como objeto de estudo, um conjunto de manifestacoes multiculturais de criancas e grupos infantis, pertencentes a diferentes faixas etarias, contextos socioeconomicos e culturais, expressas dentro do territorio brasileiro. A selecao primou pela diversidade de suas expressoes: imagens pictoricas, episodios ludicos espontâneos, producoes plasticas, dizeres, relatos, imaginacoes e outras formas. A coleta foi possibilitada por material obtido em diferentes fontes: duas pesquisas desenvolvidas junto a criancas por um Jornal do estado de Sao Paulo, de grande alcance; um documentario sobre brincadeiras e jogos realizados em diversos contextos culturais e projeto de incentivo a expressao infantil pela arte, desenvolvido em instituicoes de educacao formal e nao formal. As referencias teoricas que alicercaram as concepcoes de infância e sua multiculturalidade foram dadas por Cohn, Sarmento, Qvortrup, Corsaro, Hardman, entre os mais significativos. A analise das producoes, constituiu-se em uma incursao reflexiva e sensivel aos universos expressivos e labirinticos das criancas, possibilitada pela concepcao de que as diferentes manifestacoes infantis podem romper estruturas rigidas e alcar voos, permitindo-lhes a criacao de cultura, e de que expressam aspectos sutis das identidades envolvidas. Para este fim, o trabalho adentrou areas da antropologia, filosofia, psicologia, arte e educacao dialogando com diversas fontes teoricas, entre elas Morin, Deleuze, Durand, Bachelard, Jung, Ariel, Bauman, Ostrower. A leitura realizada pautou-se pela ideia de circularidade entre producao de conhecimento e sensibilidade, entre teoricos, filosofos, artistas e criancas, entre observador e publico observado, considerados na totalidade de suas existencias. O objetivo do trabalho foi experimentar e propor leituras circulares nos caminhos de observacao, escuta e leitura dos universos infantis, na busca de uma compreensao mais apropriada das linguagens e expressoes verbais e nao verbais das criancas e de suas infâncias, vividas em condicoes da pos-modernidade. Neste sentido, este trabalho buscou aticar o dialogo entre a antropologia e a educacao, apontando a necessidade de imersao no universo infantil, na alfabetizacao ludica dos educadores e seu permanente auto-desenvolvimento, a fim de que se possam ressignificar propostas educacionais a partir das criancas, vistas em seus contextos. Esta tese, ao defender a importância de se dar voz as criancas, ouvi-las e compreende-las, nas expressoes de seu universo e de suas culturas, enfatiza o papel fundamental conferido aos educadores e prega a necessidade de mais pesquisas sobre esta tematica

Alô, Quem fala?

Editora Blucher eBooks, Oct 9, 2018

A Arte de Adentrar Labirintos Infantis

Editora Blucher eBooks, Oct 9, 2018

O direito de brincar: a brinquedoteca

História do percurso da sociologia e da antropologia na área da infância

Veras, 2011

O presente artigo pretende contribuir para situar o leitor a respeito da história e do estado da ... more O presente artigo pretende contribuir para situar o leitor a respeito da história e do estado da arte dos estudos, teorias e autores relevantes na área de Ciências Sociais – Sociologia e Antropologia – no âmbito da Infância. O artigo apresenta as principais ideias que norteiam esses estudos e aponta para a importância de uma interlocução com as áreas de Psicologia do Desenvolvimento e Educação. Alguns caminhos metodológicos utilizados por antropólogos são citados, assim como referências bibliográficas essenciais.

Narrativas poéticas e antropológicas: desvelando a vez e as vozes das crianças e das infâncias

Narrativas poéticas e antropológicas: desvelando a vez e as vozes das crianças e das infâncias, 2020

Artigo em que reúno diversas temáticas, resultado das pesquisas - trabalhos de conclusão de curso... more Artigo em que reúno diversas temáticas, resultado das pesquisas - trabalhos de conclusão de curso - das alunas da primeira turma de Pós Graduação 'A vez e a voz das crianças'.
Temas em pauta importantíssimos para o exercício de escutar crianças, dar espaço de autoria e participação e, principalmente, compreender suas realidades, emoções e interesses.
O artigo foi publicado no site da Casa Tombada - onde o curso é ministrado - e tem link de acesso para todos os TCC'S.
https://acasatombada.com.br/saberes-da-casa-narrativas-poeticas-e-antropologicas-desvelando-a-vez-e-a-voz-das-criancas-por-adriana-friedmann/

Infâncias sem fronteiras: interlocução entre história, educação e outras áreas de conhecimento

Infâncias sem fronteiras, 2020

Histórias das infâncias Como esquecer ou ignorar a(s) história(s) de outro(s) ser(es) humano(s)? ... more Histórias das infâncias Como esquecer ou ignorar a(s) história(s) de outro(s) ser(es) humano(s)? Na nossa cultura não se dá a importância devida à história: uma e outra vez começa-se e recomeça-se do zero, em todas as áreas, 'reinventando a roda', como se uns e outros, pessoas e/ou grupos, estivéssemos sozinhos neste mundo, como se não tivéssemos antepassados, raízes e tantas influências por trás de quem nós somos. Conhecer a história e as histórias das infâncias é fundamental para compreender como evoluímos, como nos constituímos e até como, em alguns aspectos, ficamos estagnados ou regredimos enquanto seres humanos. Sem as referências do passado é impossível compreender e aprofundar o presente e avançar para o futuro. Sem referências, afundamos, mesmo que achemos que estamos 'descobrindo a pólvora', inovando!! Referências dizem respeito a pessoas e grupos que já vivenciaram determinadas situações, que já passaram por um ou outro lugar: pessoas e grupos que foram protagonistas e escreveram a história da humanidade, de quem herdamos as raízes, valores e culturas. A esse respeito, apresento aqui alguns recortes históricos sobre as infâncias universais e brasileiras, reconhecendo que não é possível dar conta de todas as abordagens.
Falo também sobre outras áreas de conhecimento que olharam para as infâncias e para as crianças, dentre elas: a educação, a psicologia do desenvolvimento, as neurociências, as ciências sociais, o urbanismo, a legislação.

‘Há um equívoco ao se pensar que escutar crianças é fazer suas vontades’

O São Paulo, 2019

"Escutar tem a ver com estar junto, estar presente, abrir-se para aprender coisas que as crianças... more "Escutar tem a ver com estar junto, estar presente, abrir-se para aprender coisas que as crianças vivem, expressam ou sabem, conhecimentos estes diferentes dos adultos. Estar junto, pedir licença, perguntar o menos possível, registrar. Surpreender-se frente ao inusitado, ao não planejado que parte da espontaneidade das crianças!

Brincar na infancia: berço das naturezas linguagens e culturas das crianças

Brincar na infância: berço das naturezas, linguagens e culturas das crianças 1 Adriana Friedmann ... more Brincar na infância: berço das naturezas, linguagens e culturas das crianças 1 Adriana Friedmann Quando brinca, a criança está falando. No seu tempo, que é só dela, a criança escreve com seu corpo uma melodia. Com seu gesto, sua mão, seu olhar e seu sorriso imprimindo a pegada do seu coração. Como nós, adultos, quando dançamos, pois a palavra consegue dizer com o coração, sem pensar, só dizer.

Children's Protagonism

Brincar livre e saudável para as crianças de hoje

Quando falamos no brincar, associamos este ato às crianças e às infâncias. Quando pensamos no bri... more Quando falamos no brincar, associamos este ato às crianças e às infâncias. Quando pensamos no brincar, nos remetemos à nossa própria infância. Quando defendemos o brincar, cada um evoca as crianças com quem convive. Quando sentimos o brincar ou relembramos o que se sentíamos ao brincar, o corpo e a alma relembram o que é SER CRIANÇA. O brincar é um fenômeno presente no universo infantil. De que crianças estamos falando? Não podemos mais pensar nem almejar que exista 'a criança', como um ideal a ser atingido, mas pensar sim 'nas crianças' e suas diversas realidades. As crianças formam-‐se a partir da sua herança genética; da educação familiar, formal e comunitária que recebem; da influência do contexto no qual crescem; e dos vínculos que estabelecem com as pessoas mais próximas, sobretudo nos primeiros anos de vida. Assim, a diversidade de crianças, realidades e infâncias, sobretudo olhando para as diferentes regiões, situações socioeconômicas e contextos do nosso país, constituem uma variedade impossível de ser classificada. É necessário olhar para as realidades concretas para se pensar no fenômeno do brincar. Porquê 'fenômeno'? Porque desde a antiguidade, os bebês nascem com o impulso lúdico, embora esta idéia só venha a ser descoberta por Schiller no final do século XVIII. Porque o brincar surge, aparece em todas as vidas infantis, atravessando a história e a geografia do mundo. Se nos detivermos e olharmos para as crianças de hoje – sempre considerando-‐as nos seus contextos-‐, se verdadeiramente conseguirmos nos despojar de teorias, juízos e preconceitos e nos abrirmos para ouvi-‐las, vamos descobrir um universo, ao mesmo tempo familiar e desconhecido para nós. As crianças de hoje têm um repertório de conhecimentos, de estímulos, de criatividades que as levam a mesclar, nas suas brincadeiras, no seu jeito de brincar e de se comportar, todos esses elementos, assim como os seus conteúdos e potenciais individuais. Mas, ao mesmo tempo, as crianças de hoje são pressionadas pela sociedade, são hipnotizadas pela mídia e o mercado, são muitas vezes privadas de viverem suas infâncias plenamente. As crianças de hoje são vítimas de uma realidade que, em grande parte as isola do contato com a natureza, do contato com os pais ou cuidadores. As crianças de hoje carecem de ritmos, de tempos e de espaços para brincarem livremente. As crianças de hoje não têm tido oportunidades para serem crianças! Pensemos nas crianças das grandes cidades, nas crianças das zonas rurais, à beira de rios, nas praias; nas crianças que moram em comunidades isoladas – ribeirinhas, indígenas, quilombolas-‐; pensemos nas crianças que moram em apartamentos, em casas ou em favelas; pensemos nas crianças que moram em abrigos, que passam o dia todo nas instituições; pensemos nas crianças que passam horas na frente da TV, computadores, vídeo games etc. Pensemos em todas as crianças com seus sofrimentos, suas feridas psíquicas, vivendo episódio emocionais que irão afetar seu desenvolvimento integral, seus temperamentos e comportamentos. Todas vivendo realidades diferentes e, ao mesmo tempo, com necessidades similares para o seu desenvolvimento acontecer de forma saudável. Falar em 'desenvolvimento integral saudável' é dizer que as crianças, já desde o útero materno, passam por uma série de etapas em que seu corpo, suas emoções, seu raciocínio, sua capacidade de se vincular e comunicar-‐se com outros, suas habilidades e seus valores, passam por etapas lineares-‐ com avanços e retrocessos-‐ e por processos profundos

Dar voz às crianças: desafio e prioridade

'Aos educadores e pais de todos os cantos, Gostaria de me manifestar aqui, como porta voz das cri... more 'Aos educadores e pais de todos os cantos, Gostaria de me manifestar aqui, como porta voz das crianças, para convidá-los a se deterem por alguns momentos e escutarem o que as crianças têm a dizer. A maior parte de nós, esqueceu que um dia já foi criança. Esqueceu o quanto adorava brincar, esconder-se, compartilhar e guardar segredos, brincar de super-herói, de casinha, de médico, de pega-pega, de empinar pipa; em fim, de ficar à toa, rabiscar o mundo, sair disparados correndo ou dançando; o quanto cada um de nós curtia pintar, desenhar, sonhar. Aprendemos muito com nossos pais e avós e, mais tarde, com nossos vizinhos, primos e amigos da escola. Sentíamos receio de não sermos aceitos, de sermos rejeitados pela nossa turma, de levar bronca dos nossos pais e professores. Detestávamos quando éramos pressionados ou quando descobriam nossos segredos e planos – e, pior, quando acabavam com eles. Claro que, como qualquer

Vozes da infância brasileira

A partir dos estudos de autores de referência da Antropologia da Infância (Sarmento, Cohn, Friedm... more A partir dos estudos de autores de referência da Antropologia da Infância (Sarmento, Cohn, Friedmann e outros); e pautados por princípios éticos (Kramer, ERIC e outros) desenvolvemos entre 2015 e 2016 processos de escuta e pesquisas com crianças, considerando suas brincadeiras, produções plásticas, expressões corporais, musicais e outras narrativas.

Protagonismo infantil

O termo 'protagonismo' vem do latim "protos" -principal, primeiro, e de "agonistes"lutador, compe... more O termo 'protagonismo' vem do latim "protos" -principal, primeiro, e de "agonistes"lutador, competidor. No teatro e no cinema se utiliza muito este conceito para falar no principal personagem de uma trama. No sentido figurado, protagonista é a pessoa que desempenha ou ocupa o papel principal em uma obra literária ou em um determinado acontecimento. No campo da sociologia, 'protagonismo' remete a fatores de ordem política, sugerindo uma abordagem mais democrática nas ações sociais.

Por uma Cultura Ética para as Infâncias

A Comunidade Colaborativa de Aprendizagem Mapa da Infância Brasileira (MIB) tem no seu DNA, desde... more A Comunidade Colaborativa de Aprendizagem Mapa da Infância Brasileira (MIB) tem no seu DNA, desde a sua idealização, no desenvolvimento de pesquisas com crianças e de todo o processo de construção e articulação desta plataforma, profundo compromisso e preocupação com todas as crianças, suas vozes, seus direitos, suas expressões e suas produções. Clique aqui e confira um pequeno glossário de termos da cultura e ética para as infâncias. O MIB-ao ter como principal objetivo criar valor a partir das trocas e diálogos entre os colaboradores, por meio da publicação de conteúdos, comentários, trocas junto aos mais diversos grupos infantis; e/ou a partir das vozes, expressões e produções das próprias crianças-defende a criação e a disseminação de oportunidades e espaços expressivos para que as crianças tenham possibilidade de viver infâncias significativas. O MIB promove e sugere reflexões sobre o respeito devido às crianças cujas imagens, ações ou produções venham a ser veiculadas nesta plataforma ou em quaisquer veículos de comunicação. Nesse sentido, o MIB faz um chamamento para que todos os membros desta comunidade – pessoas físicas, ONG's, redes, fundações, coletivos, outras plataformas, formadores de opinião, atores sociais, governos e apoiadores – se juntem nesta campanha pelo respeito e pela ética, quanto ao uso e à divulgação de conteúdos produzidos sobre crianças. Ao postar conteúdos com crianças ou sobre crianças, é essencial ter todo cuidado ao expor suas imagens, falas e produções. Os adultos responsáveis devem autorizar a veiculação das mesmas e dos conteúdos de autoria das crianças. Sempre que possível é importante que as próprias crianças estejam cientes e autorizem, por sua vez, a veiculação das informações em que elas estão implicadas. Ao divulgar conteúdos relacionados a iniciativas ou pesquisas junto a crianças, chamamos a atenção para que se esteje atento a preservação da identidade das crianças: elas, enquanto atores sociais e autores das suas próprias vidas e das suas produções, precisam ter seus direitos respeitados e assegurados.

O olhar antropológico por dentro da infância: adentrando nas casinhas das crianças

Olhares atentos pela fresta da janela da vida das crianças Encantamento, alegria, surpresa, cumpl... more Olhares atentos pela fresta da janela da vida das crianças Encantamento, alegria, surpresa, cumplicidade, compaixão, impulso de estar junto, curiosidade; essas são algumas das emoções que é possível experimentar quando observamos crianças nos seus 'habitats'. Mas importante é saber que quando chegamos perto, começamos a brincar, dançar, cantar, pintar ou conversar com elas, já algo mudou naquele mundinho que era só delas antes da gente aparecer. Olhar antropológico, olhar pesquisador, olhar curioso, olhar inquieto. Olhar do olho, do corpo, do coração e da cabeça. E tantas emoções e pensamentos abrindo espaço dentro do nosso ser. Para início de conversa é preciso entender o que é a Antropologia: uma ciência social que estuda os seres humanos, a partir de um olhar sensível, orgânico, 'microscópico', observando os seus comportamentos, gestos, expressões, culturas, rituais, linguagens e temperamentos, que acontecem no cotidiano dos diversos grupos. No âmbito da Antropologia surgiu, na década de 80, um interesse e olhar para os grupos infantis, apontando que as crianças têm linguagens e culturas próprias, são atores sociais e têm voz, interesses e necessidades diversas que variam, conforme os contextos nos quais elas crescem e se desenvolvem. A grande diferença dos grupos infantis com outros grupos é que as crianças estão em permanente desenvolvimento, motivo pelo qual a observação, escuta e conhecimento das mesmas, torna-se muito mais complexo e desafiador. Desafiador também porque quem observa, geralmente o adulto, já foi criança um dia e, ao mesmo tempo em que observar estas crianças causa estranhamento, causa também, em determinadas situações, familiaridade, um 'déjà vu' de situações provavelmente vivenciadas na própria infância de cada um. Ainda, deparamo-nos com o fato de que crianças pequenas – os bebês – por não falarem, se manifestam a partir de outras linguagens expressivas, a saber: a brincadeira, a expressão musical, artística, corporal, gestual, entre outras. Outras formas de expressão do 'estado da arte' das crianças se manifestam a partir das doenças, atitudes, reações, temperamentos, todas elas 'falas' absolutamente reveladoras e simbólicas do universo infantil. Estas expressões perduram no decorrer de toda a vida do ser humano, mesmo depois da aquisição da linguagem falada e escrita. Cada indivíduo tem maior facilidade de expressão através de uma ou outra linguagem mas, infelizmente, elas vão sendo deixadas de lado no decorrer da escolarização. Reconhecer estas aptidões e potencializá-las, é um dos grandes desafios dos educadores. Isto é respeitar a singularidade de cada criança. É importante compreender também que as crianças, chegam ao mundo com uma herança biológica; possuem uma identidade, temperamento e essência únicas e diversas; e crescem em contextos familiares e comunitários multiculturais que influenciam o seu desenvolvimento enquanto seres humanos.

Mapa da Infância Brasileira – MIB: comunidade colaborativa que une diferentes atores na área da infância

O interesse pelos temas que se relacionam com as infâncias e as crianças vem crescendo em várias ... more O interesse pelos temas que se relacionam com as infâncias e as crianças vem crescendo em várias áreas no Brasil e no mundo. Espaços para crianças internos e externos, como parques e praças, espaços lúdicos, brinquedotecas, etc.; em instituições, bibliotecas, hospitais, condomínios, centros de compras, lazer e alimentação, dentre outros, têm crescido no decorrer dos últimos anos. Crianças têm tido cada vez mais oportunidades de assistir a espetáculos e apresentações criativas e instigantes, graças ao crescente número de excelente qualidade de produções culturais, cinema, teatro, música e literatura, dentre outras. Instituições públicas e privadas têm investido em propostas educacionais e sociais comprometidas com as infâncias, superando a sensação de 'oportunidade de negócios', no atendimento às crianças. Estudos, publicações e pesquisas vêm aumentando para muito além das áreas sociais, de educação e saúde, nos âmbitos das neurociências, do direito, da economia, da cultura, da política, para citar os principais.

História do percurso da sociologia e da antropologia na área da infância

214 revista acadêmica de Educação do ISE Vera Cruz v.1, n.2 (2011) | História do percurso da soci... more 214 revista acadêmica de Educação do ISE Vera Cruz v.1, n.2 (2011) | História do percurso da sociologia e da antropologia na área da infância História do percurso da sociologia e da antropologia na área da infância Adriana Friedmann é educadora, doutora em Antropologia e Mestre em Metodologia do Ensino. Coordena o curso de Pós-graduação em "Educação Lúdica em contextos escolares, não formais e corporativos" do ISE Vera Cruz. É cofundadora da Aliança pela Infância e consultora de várias fundações nacionais e internacionais que atuam na área da Infância. É autora de vários livros sobre o brincar e a infância. Contato: [email protected] Resumo O presente artigo pretende contribuir para situar o leitor a respeito da história e do estado da arte dos estudos, teorias e autores relevantes na área de Ciências Sociais -Sociologia e Antropologia -no âmbito da Infância. O artigo apresenta as principais ideias que norteiam esses estudos e aponta para a importância de uma interlocução com as áreas de Psicologia do Desenvolvimento e Educação. Alguns caminhos metodológicos utilizados por antropólogos são citados, assim como referências bibliográficas essenciais. Palavras-chave: infância; crianças; antropologia; pesquisas, culturas infantis.

Childhood and children in Brazil

We need to think and talk about different regions, cultures and socio-economical classes. Histori... more We need to think and talk about different regions, cultures and socio-economical classes. Historically, in Brazil, most of the parents, despite their social class, are overprotective with their children. They overcome their children wishes and needs by buying toys, games, clothes, video games etc. Most of them do it trying to satisfy the kid's wishes, to mitigate their own guilt from being absent, or to meet their own desires that evidence their belonging to a special social group. While mothers are very present in child's lives, most fathers are very absent. In middle classes father and mother helps each other to educate their children, sharing tasks. Children are very consented. They are big consumers and spend many hours watching TV or playing video games. They are very pressured by their families to have a successful future, therefore, they attend schools that pressure them to improve and develop much more their thinking capacity than their creativity or autonomy. Those children are educated in a very particular aseptic and rich environment and most of them are dissatisfied, lot suffering from depression, hipper activity, agressivity, obesity, bipolarity or other emotional disturbs. The causes may be the lack of adequate attention and lot of pressure and expectations to be successful and stand out in competitive environments. Middle class parents are more consciousness and worry a lot about a significant educational school and environments for their children. People that are more instructed participate more in the educational process and try to offer different opportunities and stimulus to their children. Poorer families have a very suffering daily routine, trying to arrange vacancy at kindergarten for their kids while they need to work. Therefore, is common for them to ask relatives or neighbours for help to take care of their children. Kids stay alone at home most of the time in unsafe environments, or all day long at kindergarten, not always with adequate or free activities. If we think about the different regions, we also have a diversity of realities related to multicultural environments and origins. For example, in the southwest part of the country, focusing in urban cities, children and parents are very influenced by marketing and are very absent from children lives. Especially in high economical classes, parents work all day long and children are very busy, not only attending schools but also participating in many other activities like music lessons, sports, clubs etc. On those contexts children consume and ask for toys, foods, etc. and are most raised by nannies and private drivers. Children are not used to go or play outside their homes

Educar para a paz depende de nos

Benews, 2022

Educar para a paz depende de nós O brincar é a primeira linguagem da criança e uma excelente aber... more Educar para a paz depende de nós O brincar é a primeira linguagem da criança e uma excelente abertura para que os adultos possam educar para a paz. A criança traz o seu jeito de brincar, mas pais e educadores podem oferecer propostas de brincadeiras em grupo, uma cooperativa para que todos ganhem juntos ao mesmo tempo.

Entrevista Criança e Natureza

1. Em que consiste a escuta das crianças e como esse conceito se concretiza na prática? Escutar c... more 1. Em que consiste a escuta das crianças e como esse conceito se concretiza na prática? Escutar crianças tem a ver com o adulto se conectar com suas realidades, vivências, necessidades e interesses. Sobretudo para conhecê-las e compreender como e o quê estão expressando no mundo. Escutar tem a ver com observar, tomar distância, e muito além do que elas dizem 'verbalmente', trata-se do adulto se conectar com as expressões não verbais: dos seus corpos, gestos, movimentos, brincares, produções artísticas, comportamentos, reações etc. Trata-se do adulto mudar sua postura: daquele que interfere, ensina, corrige, para aquele que se coloca como aprendiz, silencia, registra, não somente o que observa e escuta, mas também os insights que ele tem ao se conectar com a(s) criança(s). Na prática tem a ver com oferecer tempos e espaços para atividades livres, coletivas ou individuais, através das quais as crianças possam escolher do quê, com quem, onde e com o quê irão brincar, interagir, etc. Tem a ver com facilitar caminhos e 'ferramentas' para que as crianças se expressem: desenhando, brincando, fotografando, lendo, escrevendo, representando, etc. E acolher as ideias criativas das próprias crianças. 2. O que é essencial na escuta das crianças e que armadilhas envolvem esse processo? Essencial é entender que cada criança tem um temperamento específico, uma singularidade única, saberes e valores trazidos do seu núcleo familiar. Entender que as crianças já têm um conhecimento que, geralmente nós desconhecemos. Respeito é essencial: pela privacidade das crianças, pelos seus tempos, pelos seus 'tesouros', segredos e emoções. As crianças estão sempre em processo e não é, pelo fato de um dia ou em determinado momento, agirem de uma certa forma, que logo depois elas irão se mostrar ou comportar de outro jeito. Uma das mais preocupantes 'armadilhas' é a do adulto se pautar pelas suas próprias expectativas ou referências de 'normalidade'. E, assim, acaba se fechando, comparando cada criança com seus próprios padrões. Escutar é abrir-se para o desconhecido, para aquilo que irá nos surpreender. Outra armadilha tem a ver com o impulso do adulto fazer mil e uma perguntas para as crianças: nem sempre o que elas respondem corresponde ao que realmente estão sentindo. As crianças, do lugar da sua 'esperteza' acabam muitas vezes respondendo àquilo que o adulto quer escutar. Escutar não tem a ver com perguntar. Outra armadilha é confundir o que é da criança e o que é do observador: ao nos conectarmos com o outro, acabamos espelhando nossas emoções ou vivências, tanto no que diz respeito ao que já passamos como crianças, quanto às emoções-positivas ou negativas-que possam aflorar na hora de estar com as crianças. Por isso, é importante entender que escutar crianças e conhecê-las não acontece em um único encontro. Outra armadilha é ignorar o contexto sócio-cultural no qual cada criança está inserida: este tem imensa influência nos seus comportamentos. 3. Em que aspectos as crianças podem contribuir na construção de políticas públicas?

Entrevista Revista Pátio Infantil

2015 1. Recentemente, sua tese de doutorado abordou a criança na contemporaneidade. Pode contar u... more 2015 1. Recentemente, sua tese de doutorado abordou a criança na contemporaneidade. Pode contar um pouco sobre essa pesquisa? Minha tese de doutorado, desenvolvida no âmbito da Antropologia da Infância, teve como principal foco apontar para a importância de dar voz às crianças a partir de algumas expressões verbais e não verbais fazendo incursões nos universos infantis, no sentido de escutá-las, conhecer suas culturas, suas realidades, suas angústias, seus interesses e necessidades. O material apresentado traz recortes de diversas pesquisas que coordenei no decorrer de alguns anos e que mostram manifestações infantis: desenhos, expressões plásticas, narrativas, brincadeiras e outras formas espontâneas de expressão. Fizeram parte desta tese: registros de crianças brincando em diversas culturas; painéis produzidos por crianças (2005) no projeto 'Cores da Paz pelas crianças do Brasil', falando de não violência e paz através da arte; pesquisa (2007) que recolheu mais de 6000 desenhos e narrativas de crianças entre 6 e 12 anos pelo país todo, através das quais elas falaram do que é ser criança hoje; brincadeiras de mais de 10.000 crianças no 'Mapa do Brincar' (2009), contando do que, onde, com quem e com que brincam através de textos e desenhos. A tese, que traz idéias de vários pensadores da área de Ciências Sociais voltados para a infância e teve como principal objetivo propor formas de observar e escutar diversas manifestações de crianças, na busca de uma compreensão das suas linguagens e de suas infâncias. Quis atiçar o diálogo entre a Antropologia e a Educação, apontando para a necessidade de conhecermos estes universos infantis e poder ressignificar propostas e programas voltados para as crianças, vistas em seus contextos. 2. O que caracteriza a criança na sociedade contemporânea? Uma das importantes contribuições da Antropologia da Infância é chamar a atenção para a diversidade de grupos infantis e de infâncias; e, neste sentido, precisamos falar de crianças. É premente hoje pensar na diversidade de realidades e infâncias. Do ponto de vista global, todas as crianças estão hoje expostas à mídia, ao mercado e às redes sociais. Elas têm vivido um bombardeio de informações e de pressões que não vão de acordo com os ritmos naturais de desenvolvimento. E inúmeros excessos: de estímulos antes do tempo, de brinquedos e de incentivo ao consumo, de atividades, de cuidados, de alimentos etc. Pais geralmente ausentes no cotidiano das crianças e, muitos programas educacionais que não têm olhado para necessidades, interesses e potenciais

Agressividade e hiperatividade das crianças de hoje é forma de reivindicarem mais atenção

Agressividade e hiperatividade das crianças de hoje é forma de reivindicarem mais atenção

Agressividade e hiperatividade das crianças de hoje é forma de reivindicarem mais atenção', diz a... more Agressividade e hiperatividade das crianças de hoje é forma de reivindicarem mais atenção', diz antropóloga Tatiana Dias 13 Nov 2016 (atualizado 15/Nov 11h54) Pesquisadora da infância, Adriana Friedmann convida os adultos a entrarem no que chama de 'labirinto' do universo infantil FOTO: PHILIPPE PUT/FLICKR/CREATIVE COMMONS PESQUISADORA CONVIDA ADULTOS A 'MERGULHAREM' E SE 'PERDEREM' NO UNIVERSO LABIRÍNTICO DAS CRIANÇAS Durante grande parte da história da humanidade, as crianças foram vistas como seres de segunda classe. Eram abandonadas, doadas, vendidas, trocadas; pais biológicos pouco participavam de sua criação -elas eram rapidamente treinadas para executar funções de adultos. O castigo era visto como uma ferramenta necessária de socialização e adaptação ao mundo adulto. Com a evolução da psicologia, pedagogia e do ideário de direitos humanos, o mundo adulto passou a se interessar em compreender melhor o universo infantil. Nas últimas décadas, tem crescido a ideia de que as crianças têm habilidades e uma cultura própria. Mas a sociedade ainda não sabe, de fato, como entrar e compreender esse universo. Em outras palavras, o mundo adulto não sabe como escutar as crianças. Essa é a visão da pedagoga Adriana Friedmann, mestre em Educação, doutora em Antropologia, criadora do Mapa da Infância Brasileira e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento. Para ela, a relação entre adultos e crianças ainda é marcada pela forte hierarquia -e isso compromete a comunicação entre os dois mundos. Na sociedade atual, embora exista o esforço em várias partes, dificilmente a relação com as crianças é simétrica, "de verdadeira escuta". Isso porque os adultos enxergam as crianças com base em seus próprios valores, e, pressionados pelo mundo externo, não têm tempo ou atenção para adentrar no que ela chama de "labirintos". Em entrevista ao Nexo, Friedmann fala sobre como o mundo adulto vê as crianças -e como essa relação de comunicação pode ser aprimorada. Você diz que, ao escutar uma criança, se entra em um labirinto. E que somos analfabetos na compreensão do universo infantil. Por quê? ADRIANA FRIEDMANN A maior parte dos adultos que têm sob seus cuidados criançaseducadores, cuidadores e gestores -tem se pautado por parâmetros, teorias, referências e contribuições que têm sua origem em várias disciplinas do conhecimento -psicologia do desenvolvimento, pedagogias, pediatria, neurociências, legislação e direitos. A partir desses conhecimentos essenciais 'enquadramos', classificamos e comparamos as crianças das mais diversas culturas, regiões, contextos e temperamentos. Os adultos colocam-se muito mais no papel de quem ensina, corrige, dita regras e orienta, do que no papel de quem escuta ou observa para conhecer e reconhecer cada criança ou grupo infantil nas suas singularidades. A metáfora que utilizo -'entramos em um labirinto ao escutar crianças' -diz muito do desafio para que os adultos possam desapegar-se, mesmo que temporariamente, das suas crenças e convicções no que diz respeito a 'como deveria ser e/ou agir uma criança 'normal'; para que se animem a se 'perderem' e mergulharem nos universos infantis e a se abrirem para conhecer a essência, os temperamentos, as necessidades, os interesses e potenciais de cada criança com quem vivem ou convivem. Muito sabemos na teoria mas a realidade dos universos infantis nem sempre coincide com esses referenciais padrão. As crianças que estão na frente de cada cuidador e educador todo dia, toda hora, são as bússolas que podem conduzir os adultos nesses labirintos infantis. Que técnicas nós, os adultos, podemos utilizar para compreender melhor a expressão de uma criança? ADRIANA FRIEDMANN Um primeiro caminho consiste no adulto voltar-se para as suas próprias memórias de infância e resgatar emoções e vivências significativas. Todos nós fomos marcados, de forma positiva e negativa, nas nossas infâncias, pelas nossas brincadeiras, segredos, esconderijos, brinquedos preferidos, medos, vínculos, amigos, e tantas outras situações e emoções. Cada adulto poder resgatar este período das suas vidas é um passo inicial para compreender as crianças de hoje. Há várias possibilidades

Entrevista programa Rádio Vozes

Muito além do ouvido: o que é efetivamente escutar uma criança

Lunetas, 2019

Entrevista no site Lunetas sobre Escuta de crianças.

Escutar crianças vai muito além do que ouvir suas falas verbais

Essa é uma das máximas defendidas por Adriana Friedmann, especialista e consultora nas temáticas ... more Essa é uma das máximas defendidas por Adriana Friedmann, especialista e consultora nas temáticas da infância e do brincar e referência nos estudos sobre escuta e observação de crianças. Há mais de 30 anos, Adriana dedica-se a um profundo estudo das linguagens infantis e nos lembra de que, para 'escutar' uma criança, precisamos nos atentar àquilo que está além do verbal: " Corpos, gestos, brincadeiras, expressões plásticas e musicais, comportamentos, movimentos, doenças: tudo isso constitui as linguagens essenciais da criança " , afirma a pedagoga. Mas, para nos abrirmos a este tipo de escuta, em que o corpo revela tanto ou mais do que a palavra, é preciso reeducar o olhar e encontrar novos canais de compreensão sobre a infância. Seu novo livro 'Escuta e Observação de Crianças: processos inspiradores para educadores' é um convite a mergulhar neste novo olhar e nas diversas possibilidades de escuta e observação de crianças. A publicação apresenta as pesquisas desenvolvidas por 14 pesquisadoras que, sob a orientação de Adriana, desenvolveram trabalhos em diferentes espaços, com crianças de diferentes realidades e contextos. Conversamos com Adriana Friedmann, que nos contou sobre o novo material, lançado neste mês em São Paulo, e comentou sobre o cenário da escuta de crianças no Brasil. Para ela, estamos no caminho, mas ainda há uma longa trajetória a ser percorrida. Confira! Território do Brincar – Há anos, você dedica-se a escutar e observar as crianças. O que notou de transformação ao longo deste tempo? No que avançamos?

Para ouvir crianças é preciso resgatar nossa sensibilidade.

Papo Brinque-Book

Carta de uma criança que ainda há de ser

Caminhos para uma Aliança pela Infância, 2003

'Carta de uma criança que ainda há de ser', personalizando as emoções de uma criança, foi publica... more 'Carta de uma criança que ainda há de ser', personalizando as emoções de uma criança, foi publicada em 2003 no livro 'Caminhos para uma Aliança pela Infância' e no meu livro 'O Universo Simbólico da Criança'.
Para atiçar nossa reflexões, nossas emoções e nossa postura com relação às crianças.