Papers by Marina M T Silva
Este trabalho é um desdobramento da pesquisa pautada nas narrativas de parto de mulheres e
homen... more Este trabalho é um desdobramento da pesquisa pautada nas narrativas de parto de mulheres e
homens com diferentes experiências de parturição, desenvolvida pelo grupo de pesquisa Narrativas do Nascer,
vinculado ao Departamento de Antropologia e Museologia da UFPE. Aqui se pretende refletir sobre a visão de mulheres que participaram de um grupo de apoio ao parto e nascimento humanizados realizado em Recife/PE, em relação às intervenções que elas e/ou outras mulheres foram submetidas ou conseguiram evitar durante o nascimento de seus filhos. Para tanto, foram utilizados relatos espontâneos fornecidos por essas mulheres durante um dos encontros promovidos pelo grupo do qual participaram durante a gravidez, cujo tema principal era “relatos de partos”. Nota-se que tais mulheres buscam melhorar as condições de atenção ao parto e criticar a crescente desumanização do nascimento, recorrendo, muitas vezes, às discussões sobre a humanização em saúde, às recomendações da Organização Mundial de Saúde e à Medicina Baseada em Evidências. A argumentação desenvolvida tende a questionar o aumento de cesáreas eletivas e a construção da noção de risco em relação ao parto natural. Essa última é compreendida como modo de justificar o controle que, paulatinamente, passou a ser exercido sobre o corpo da mulher na gestação e parto, e pode ser identificada pela transformação de um evento fisiológico em um acontecimento tecnocrático, marcado pelas diferenças em cada cultura. Isto possibilita o questionamento dos indicadores de saúde e de respeito aos direitos humanos, especialmente se articulados às noções de gênero.
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homens com diferentes experiências de parturição, desenvolvida pelo grupo de pesquisa Narrativas do Nascer,
vinculado ao Departamento de Antropologia e Museologia da UFPE. Aqui se pretende refletir sobre a visão de mulheres que participaram de um grupo de apoio ao parto e nascimento humanizados realizado em Recife/PE, em relação às intervenções que elas e/ou outras mulheres foram submetidas ou conseguiram evitar durante o nascimento de seus filhos. Para tanto, foram utilizados relatos espontâneos fornecidos por essas mulheres durante um dos encontros promovidos pelo grupo do qual participaram durante a gravidez, cujo tema principal era “relatos de partos”. Nota-se que tais mulheres buscam melhorar as condições de atenção ao parto e criticar a crescente desumanização do nascimento, recorrendo, muitas vezes, às discussões sobre a humanização em saúde, às recomendações da Organização Mundial de Saúde e à Medicina Baseada em Evidências. A argumentação desenvolvida tende a questionar o aumento de cesáreas eletivas e a construção da noção de risco em relação ao parto natural. Essa última é compreendida como modo de justificar o controle que, paulatinamente, passou a ser exercido sobre o corpo da mulher na gestação e parto, e pode ser identificada pela transformação de um evento fisiológico em um acontecimento tecnocrático, marcado pelas diferenças em cada cultura. Isto possibilita o questionamento dos indicadores de saúde e de respeito aos direitos humanos, especialmente se articulados às noções de gênero.
homens com diferentes experiências de parturição, desenvolvida pelo grupo de pesquisa Narrativas do Nascer,
vinculado ao Departamento de Antropologia e Museologia da UFPE. Aqui se pretende refletir sobre a visão de mulheres que participaram de um grupo de apoio ao parto e nascimento humanizados realizado em Recife/PE, em relação às intervenções que elas e/ou outras mulheres foram submetidas ou conseguiram evitar durante o nascimento de seus filhos. Para tanto, foram utilizados relatos espontâneos fornecidos por essas mulheres durante um dos encontros promovidos pelo grupo do qual participaram durante a gravidez, cujo tema principal era “relatos de partos”. Nota-se que tais mulheres buscam melhorar as condições de atenção ao parto e criticar a crescente desumanização do nascimento, recorrendo, muitas vezes, às discussões sobre a humanização em saúde, às recomendações da Organização Mundial de Saúde e à Medicina Baseada em Evidências. A argumentação desenvolvida tende a questionar o aumento de cesáreas eletivas e a construção da noção de risco em relação ao parto natural. Essa última é compreendida como modo de justificar o controle que, paulatinamente, passou a ser exercido sobre o corpo da mulher na gestação e parto, e pode ser identificada pela transformação de um evento fisiológico em um acontecimento tecnocrático, marcado pelas diferenças em cada cultura. Isto possibilita o questionamento dos indicadores de saúde e de respeito aos direitos humanos, especialmente se articulados às noções de gênero.