Papers by Eric M Duarte
À luz da ideia de revolução cientifica como quebra de paradigmas exposta por Thomas Kuhn no livro... more À luz da ideia de revolução cientifica como quebra de paradigmas exposta por Thomas Kuhn no livro “A estrutura das revoluções cientificas”, tentarei neste breve artigo traçar em linhas gerais como a mudança conceitual sobre a natureza do movimento executada por Galileu Galilei implicou no primado da subjetividade em Descartes; desta forma, pretendo explicitar como uma mudança no paradigma levou a total transformação da forma como vemos o mundo. Para tanto, usarei como biografia base o “Diálogo sobre os dois máximos sistemas de mundo” de Galileu Galilei, onde aparece um argumento que, para Aristóteles, é garantia certíssima da imobilidade da terra: o argumento da torre. Para provar sua tese sobre a astronomia; a saber, a realidade do sistema heliocêntrico copernicano, que implica na mobilidade da terra; Galileu precisa vencer esse problema na física e, por sua vez, isso só será possível com uma mudança conceitual filosófica na natureza do movimento. Ainda na biografia base, mas como texto lateral, utilizarei a primeira e a segunda “Meditações metafísicas” de René Descartes; na primeira, nos importa ver como o argumento do sonho é superado pela duvida metafísica. Na segunda, como Descartes, após se encontrar sem nenhum ponto fixo onde pudesse se apoiar, chega ao cogito; este que será a base inabalável de um novo edifício do conhecimento, capaz de substituir o aristotélico, que já não se sustentava devido às descobertas na física e na astronomia (Revolução cientifica galileana/copernicana). Como biografia secundária: o texto “Galileu e Platão” de Alexandre Koyré e “Descartes: a metafísica da modernidade” de Franklin Leopoldo e Silva. Assim, partindo da quebra do paradigma no conceito de movimento, que tira as qualidades secundárias do estudo da natureza, pretendo chegar a essa interiorização radical: o cogito; que fez com que a filosofia moderna fosse o surgimento das filosofias que colocam o sujeito como pivô do processo de conhecimento e acaba por inaugurar o mundo onde nós vivemos.
V. 8, n. 2, jul./dez 2017 by Eric M Duarte
O intuito deste breve artigo é, à luz da ideia de revolução científica como quebra de paradigmas,... more O intuito deste breve artigo é, à luz da ideia de revolução científica como quebra de paradigmas, exposta por Thomas Kuhn no livro A estrutura das revoluções cientificas, traçar em linhas gerais como a mudança conceitual sobre a natureza do movimento, executada por Galileu Galilei na física, implicou no primado da subjetivi-dade na filosofia de Descartes. Desta forma, pretende-se explicitar como uma mudança no paradigma levou à total transformação a forma como vemos o mundo. Para tanto, a bibliografia aqui citada tem como base o Diálogo sobre os dois máximos sistemas de mun-do de Galileu, no qual aparece um argumento que, para Aristóteles, é garantia incon-testável da imobilidade da terra: o argumento da torre. Depois, a partir das Meditações Metafísicas de René Descartes, será observado como o argumento do sonho é superado pela dúvida metafísica e como Descartes, após encontrar-se sem nenhum ponto fixo em que pudesse se apoiar, chega ao cogito. Assim, partindo da quebra do paradigma sobre a natureza do movimento, este artigo enseja chegar a essa interiorização radical: o cogito, pensamento central da filosofia moderna e gênese das filosofias que colocam o sujeito como pivô do processo de conhecimento.
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V. 8, n. 2, jul./dez 2017 by Eric M Duarte