Amanhã é dia de triatlo em Peniche, pela 30ª vez consecutiva.
Esta magnífica prova desportiva, aqui iniciada a 15 de Agosto de 1984, conta
com uma Prova Aberta de Aquatlo, na distância Super-Sprint. Para receber
condignamente esta prova, é necessário uma prévia preparação do terreno, em
especial o da partida e chegada na Ribeira Velha, que implica a colocação de
centens de grades a delimitar o espaço da prova. E é precisamente aqui que
entra o Portugal das “quintinhas”. Seria
o título mais adequado ao que diariamente assistimos. Desta vez, uma das
quintas diz que é proibido estacionar neste espaço no dia 31 de Maio. Quem dessa
quinta fiscaliza, cumpre à risca as ordens recebidas e até às 10:00 ninguém
estacionou. De repente, dois outros funcionários da outra quinta, chegam e
desfazem o que se esteve a fazer durante a noite e parte da manhã. Conclusão,
chegaram os montadores das grades e com uma quantidade de carros estacionados
no interior deste espaço, dificultou e muito o trabalho dos que tinham que
fazer essa montagem. Não sei se conseguiram retirar todas as viaturas, mas isso
não é importante. Importante mesmo, é manter o status quo das quintinhas.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Possivelmente o mesmo golfinho que dois populares salvaram
na baía de Peniche de Cima, levando-o das areis para o mar, voltou a aparecer hoje
de manhã, mais ou menos no mesmo local. Desconheço qual a entidade que o
retirou do areal e o colocou no mar, na Ribeira Velha junto à Estação de
Socorros a Náufragos. Sei que no final da manhã, apareceram técnicos do Centro
de Reabilitação de Animais Marinhos e tomaram conta da situação e identificaram
o animal. Segundo esses técnicos, tratava-se de um golfinho-riscado(Stenella
coeruleoalba), e devido à sua tenra idade poucas possibilidades teria de
sobreviver longe do seu grupo, que pode oscilar entre os 10 a 500 indivíduos da mesma espécie. A
possibilidade de levar este animal para as suas instalações ficou posta de
parte, uma vez que elas estão completamente cheias de outros animais e na zona
não existe outro local compatível com a tentativa de recuperação destes
animais. Pelo início da tarde, sozinho,
conseguiu sair do Porto de Pesca e, na minha fraca opinião, irá morrer longe do
Porto de Peniche.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Ainda há
pouco tempo foram colocadas e já andam à deriva. Felizmente que há sempre
alguém atento e que logo avisaram a autoridade marítima. Estas mesmas pessoas
que, no mesmo local, conseguiram repor um golfinho juvenil em água mais
profunda e aparentemente a salvo. Ainda há gente boa e colaborante, sem
interesses.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
São factos. A crise existe, o desemprego existe, e muito do
nosso sistema produtivo está em decadência e outra grande “fatia”, pura e simplesmente desapareceu. A pesca
atravessa um dos seus piores momentos de toda a sua história. Um dos nossos
desígnios é sem dúvida o mar, e tudo o que com ele está relacionado. É aqui que
entra a minha vaidade como Penicheiro. José Augusto Nicolau, resolveu pura e
simplesmente remar contra a maré. A pequena empresa, NIGEL, herdada de seus
pais, é hoje um exemplo de sucesso. A empresa, familiar, com 55 anos de
existência, está agora na sua terceira geração. Pai e filhos, administram esta
empresa com o mesmo carinho e amor com que o seu pai e avô a iniciou. E nestes
tempos de retracção, entenderam por bem não hesitar e remodelar toda a unidade
fabril. Desde o telhado ao chão, instalação eléctrica, geradores de frio,
câmaras frigoríficas, etc, etc e, de raiz, uma moderníssima unidade de tratamento de resíduos industriais.
Assim, convictos de que a actual crise, como temporal, passará e tendo, já hoje, um enorme potencial na exportação, talvez mais de 50% da
produção, permite-lhes olhar para o
futuro de outro maneira. O investimento de 3 milhões de euros que esta empresa
fez, significa a sua sustentabilidade e, logicamente, a sustentabilidade de mais de cem postos de trabalho.
terça-feira, 28 de maio de 2013
Mais
um aniversário que agradeço a Deus, à minha Família, aos Amigos, que tive a
sorte de ter durante todos estes anos. Hoje fui relembrar uma das minhas três paixões
de Cidades por onde passei nos tempos de “”estudante””. Leiria. Fui visitar
todos os locais por onde andei nos anos 60. Onde estudei, onde vivi e onde “cabulei”.
A pior visão aconteceu precisamente onde morei. A rua do Arco ( Rua Infante D.
Henrique ) a casa está em ruínas, o Arco “foi-se” restando apenas a janela do
meu quarto. Mas Leiria continua linda, o centro está todo em franca recuperação
de ruas, imóveis, etc. Ainda se sente vida em Leiria. A lindíssima Sé Catedral
de Leiria, do século XVI, duas vezes parcialmente destruída, 1755 no terramoto e
em 1811, nas invasões Francesas, continua a fazer parte da minha visita
obrigatória. Desta vez não fui bafejado pelo som do seu imponente órgão.
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