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Posso simplesmente não dizer nada?
Posso simplesmente te querer?
Posso levar meus olhos a passear pela tua ausência,
sentindo o teu buscar nas minhas retinas
que enxergam flores em janelas debruçadas de dor?
Posso querer te mostrar meu olhar pelo mundo e meu mundo,
que se limita ao meu pensar atravessado pela tua poesia suplicante?
Quero querer e poder navegar meus olhos transbordantes de cinza,
que são tingidos pelas flores róseas, lilases e vermelhas das azaleias,
dos ipês e dos gerânios.
No meu cinza não há deserto,
há uma aquarela pintada pela vontade de viver amando o que pode ser amado,
de carregar para dentro de mim - trazido na palma da mão –
o universo todo que me encanta,
desde as palavras até os palácios que vi e aqueles que imaginei.
Posso te dizer que me encantas com um pulsar inexistente de poesia falecida?
Posso?
Posso simplesmente te querer?
Posso levar meus olhos a passear pela tua ausência,
sentindo o teu buscar nas minhas retinas
que enxergam flores em janelas debruçadas de dor?
Posso querer te mostrar meu olhar pelo mundo e meu mundo,
que se limita ao meu pensar atravessado pela tua poesia suplicante?
Quero querer e poder navegar meus olhos transbordantes de cinza,
que são tingidos pelas flores róseas, lilases e vermelhas das azaleias,
dos ipês e dos gerânios.
No meu cinza não há deserto,
há uma aquarela pintada pela vontade de viver amando o que pode ser amado,
de carregar para dentro de mim - trazido na palma da mão –
o universo todo que me encanta,
desde as palavras até os palácios que vi e aqueles que imaginei.
Posso te dizer que me encantas com um pulsar inexistente de poesia falecida?
Posso?