terça-feira, 12 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

Virando a página e poesia de Emily Dickinson

Peguei na internet

A metáfora é antiga: a vida é como um livro aberto. E alguns ainda fazem alguma brincadeira, dizendo que a vida é um livro aberto com algumas páginas arrancadas, enfim, é uma imagem interessante, visualizar-nos escrevendo a história da nossa existência!

Queria virar a página e mesmo com muitas atribulações por aqui, pouco tempo, cansaço, resolvi mudar de assunto, mas ainda permanecer com poesia.

Quando fui procurar a imagem de um “livro aberto” na rede, achei esse e mais uma frase, atribuída ao Saramago e resolvi colocar aqui, pois me pareceu apropriado (apropriado a quê?! a tudo!!!). Diz o seguinte: "É ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas não se pode derramar lágrimas sobre um disco rígido”. Sem mais comentários, volto o meu barco para o rumo que eu ia dar, antes de encontrar a frase.

Como o mês de maio é conhecido como o mês das mães, das noivas, de Maria (estudei em colégio de freiras, mês de maio era mês de muita reza), é um mês de mulheres. Por essa razão, este mês, quando eu atualizar o blog, vou postar poesias de mulheres. Nenhuma referência a feminismo - por favor - só quero sentir e compartilhar o pulsar, o olhar, as referências de mulheres que escrevem coisas belas, como foi o caso do poema da Adélia. Por agora, viro a página e encontro Emily Dickinson.


***

À noite, como deve sentir-se solitário o vento
Quando todos apagam a luz
E quem possui um abrigo
Fecha a janela e vai dormir

Ao meio-dia, como deve sentir-se imponente o vento
Ao pisar em incorpórea música,
Corrigindo erros do firmamento
E limpando a cena.

Pela manhã, como deve sentir-se poderoso o vento
Ao se deter em mil auroras,
Desposando cada uma, rejeitando todas
E voando para seu esguio templo, depois.

[Emily Dickinson]