25 janeiro 2025

3º Domingo do Tempo Comum (Ano C) -Domingo da Palavra de Deus

  A minha partilha deste fim de semana:

A liturgia deste domingo convida-nos a refletir sobre a Palavra de Deus: ela é o centro à volta do qual se articula e se constrói a comunidade de Deus. Essa Palavra não é uma doutrina abstrata, para deleite dos eruditos; mas é, primordialmente, um anúncio libertador que Deus dirige a todos os homens e que incarna em Jesus e nos cristãos.

No Evangelho Jesus, no cenário da sinagoga de Nazaré, proclama a Palavra de Deus e atualiza-a. Ele, a Palavra feita “carne”, apresenta o “programa” que se propõe concretizar no mundo: libertar os seres humanos de tudo aquilo que os priva de vida e lhes rouba a dignidade. Com Jesus começa um tempo novo, um “jubileu” de alegria, de graça, de paz e de felicidade sem fim.

Reflexões Bíblicas
Neemias 8,2-4a.5-6.8-10
Salmo 18 B (19)
1 Coríntios 12,12-30
Evangelho de São Lucas 1,1-4; 4,14-21

Salmo 18 B (19)

Refrão: As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida.

A lei do Senhor É perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples.

Os preceitos do Senhor são retos
e alegram o coração;
os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.

O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são retos.

Aceitai as palavras da minha boca
e os pensamentos do meu coração
estejam na vossa presença:
Vós, Senhor, sois o meu amparo e redentor.



Aleluia – Lucas 4,18

Aleluia. Aleluia.
O Senhor enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres,
a proclamar aos cativos a redenção.
 
Evangelho de São Lucas 1,1-4; 4,14-21

Já que muitos empreenderam narrar os factos
que se realizaram entre nós,
como no-los transmitiram os que, desde o início,
foram testemunhas oculares e ministros da palavra,
também eu resolvi,
depois de ter investigado cuidadosamente tudo desde as origens,
escrevê-las para ti, ilustre Teófilo,
para que tenhas conhecimento seguro do que te foi ensinado.
Naquele tempo,
Jesus voltou da Galileia, com a força do Espírito,
e a sua fama propagou-se por toda a região.
Ensinava nas sinagogas e era elogiado por todos.
Foi então a Nazaré, onde Se tinha criado.
Segundo o seu costume,
entrou na sinagoga a um sábado
e levantou-Se para fazer a leitura.
Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías
e, ao abrir o livro,
encontrou a passagem em que estava escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque Ele me ungiu
para anunciar a boa nova aos pobres.
Ele me enviou a proclamar a redenção aos cativos
e a vista aos cegos,
a restituir a liberdade aos oprimidos
e a proclamar o ano da graça do Senhor».
Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se.
Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga.
Começou então a dizer-lhes:
«Cumpriu-se hoje mesmo
esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».


Palavra para o caminho...

Descobrir o outro… nesta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Ao longo desta semana, reservar tempo para melhor conhecer o outro, aquele que é diferente de mim na fé: ler um artigo de imprensa, ouvir uma conferência, escutar um programa de rádio, participar num encontro organizado localmente; enfim, procurar fazer o esforço em descobrir a fé e o pensamento de um cristão de outra confissão.



Com o meu abraço, na
paz de Cristo!
Emília Simões

Imagens Google

 

2º Domingo do Tempo Comum (Ano C)

Nota introdutória: Por lapso, ontem transcrevi as leituras referentes ao 3º Domingo do tempo Comum (próximo domingo), pelo que peço desculpa a quem já tinha comentado e a quem tenha também passado em silêncio. Fica a retificação.

A minha partilha deste Domingo:

A Palavra de Deus que a liturgia nos propõe neste segundo domingo comum utiliza a metáfora do “casamento” para descrever a relação de amor e de comunhão entre Deus e o seu Povo. Inclui um veemente convite a entrarmos nessa história de amor que Deus se dispõe a construir connosco.

No Evangelho Jesus, no cenário da festa de casamento de um jovem casal de Caná da Galileia, apresenta o programa que se propõe concretizar: trazer o “vinho bom”, o “vinho” da alegria e do amor, à relação entre Deus e os homens. Da ação de Jesus – das suas palavras, dos seus gestos, do seu amor até ao extremo – nascerá a comunidade da nova “aliança”, a comunidade que vive no amor a Deus e que se dispõe a dar testemunho desse amor no mundo.

Referências Bíblicas:
Isaías 62,1-5
Salmo 95 (96)
1 Coríntios 12,4-11
Evangelho de São João 2,1-11


Salmo 95 (96)

Refrão: Anunciai em todos os povos as maravilhas do Senhor.

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.

Dai, ó Senhor, ó família dos povos,
dai ao Senhor glória e poder,
dai ao Senhor a glória do seu nome.

Adorai o senhor com ornamentos sagrados,
trema diante d’Ele a terra inteira;
dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,
governa os povos com equidade.


 Evangelho de São João 2,1-11

Naquele tempo,
realizou-se um casamento em Caná da Galileia
e estava lá a Mãe de Jesus.
Jesus e os seus discípulos
foram também convidados para o casamento.
A certa altura faltou o vinho.
Então a Mãe de Jesus disse-Lhe:
«Não têm vinho».
Jesus respondeu-Lhe:
«Mulher, que temos nós com isso?
Ainda não chegou a minha hora».
Sua Mãe disse aos serventes:
«Fazei tudo o que Ele vos disser».
Havia ali seis talhas de pedra,
destinadas à purificação dos judeus,
levando cada uma de duas a três medidas.
Disse-lhes Jesus:
«Enchei essas talhas de água».
Eles encheram-nas até acima.
Depois disse-lhes:
«Tirai agora e levai ao chefe de mesa».
E eles levaram.
Quando o chefe de mesa provou a água transformada em vinho,
– ele não sabia de onde viera,
pois só os serventes, que tinham tirado a água, sabiam –
chamou o noivo e disse-lhe:
«Toda a gente serve primeiro o vinho bom
e, depois de os convidados terem bebido bem,
serve o inferior.
Mas tu guardaste o vinho bom até agora».
Foi assim que, em Caná da Galileia,
Jesus deu início aos seus milagres.
Manifestou a sua glória
e os discípulos acreditaram n’Ele.


Palavra para o caminho....

Na segunda leitura, São Paulo fala do mesmo Espírito, do mesmo Senhor, do mesmo Deus que realiza tudo em todos: os nossos dons são-nos oferecidos. O mesmo e único Espírito distribui os seus dons a cada um, segundo a sua livre vontade. No uso que fazemos dos nossos dons, procuremos a humildade: sobretudo não desprezemos aqueles que receberam, pelo menos aparentemente, dons menos vistosos ou menos impressionantes! Deus age à sua maneira, que não é a nossa. Geralmente, estamos habituados a olhar o outro à nossa maneira e não à maneira de Deus, a ver quase só os seus defeitos e não os seus dons. Ao longo da semana, procuremos valorizar o dom que o irmão é para nós, em particular, aqueles com quem nos encontramos em casa, na comunidade, no trabalho, no estudo…

 

 Com o meu abraço,
na paz de Cristo.
Emília Simões

Fontes: Portal dos Sacerdotes Dehoaninos
Imagens Google