22 de novembro de 2024

O INSTINTO PODEROSO DA VIDA TEM DE OBEDECER À RAZÃO E AO BOM SENSO? - II


PRAIA DA ROCHA - VERÃO 2012
Há mais vida para além da Razão e do Bom Senso ?

Werther é o protagonista da obra de Goethe com o mesmo nome. 

Werther via nas crianças o “gérmen de todas as virtudes, descobria na sua pertinácia o que virá a ser constância e força de caráter ….. que os há-de fazer deslizar através dos escolhos da vida, e tudo isto tão franco, tão puro !...”

Um médico vindo da cidade encontrou Werther no chão com os pequenitos a treparem para cima dele e a fazerem-lhe picardias, todos numa grande algazarra.

“O doutor achou aquilo abaixo da dignidade de um homem sensato…. A quem queria ouvi-lo, que as crianças eram já mal educadas, mas que esse Werther acabava agora de as estragar completamente.”

O amor de Werther pelas crianças levava-o a repetir sem cessar: “Não serdes vós semelhantes a um deles.”

E acrescentava: “Essas crianças, nossos iguais, que deveríamos tomar por modelos, tratamo-los como nossos vassalos !... Não devem ter vontades ! … Não temos nós as nossas ? Onde estão os nossos privilégios ? Por sermos mais velhos e mais sisudos ? Deus do céu !”

São estes velhos, “sensatos e sisudos” , que tornam os seus filhos parecidos consigo: “crianças velhas”.

Há, de facto, mais vida para além da razão e do bom senso e aprendemo-lo com as crianças.

É o instinto de cada um, aquele irresistível impulso do amor e da compaixão. A consciência do que é bom e do que é mau; do que é virtuoso e da nefasta feitiçaria do que é vicioso.

Acima de tudo a empatia com o próximo, o sentimento de que para amar o meu próximo terei de amar a Deus.

20 de novembro de 2024

O INSTINTO PODEROSO DA VIDA TEM DE OBEDECER À RAZÃO E AO BOM SENSO?



SERÁ QUE O INSTINTO PODEROSO DA VIDA TEM DE OBEDECER À RAZÃO E AO BOM SENSO?

Foi um tema desafiante para amigos, sem formação académica, com mais alguns anos que eu e que na década 50/60 do século passado se destacaram como atores, encenadores, radialistas… merecendo a atenção de figuras públicas da cidade do Porto com sólida formação cultural com quem participava-mos numa tertúlia.

Na busca de uma resposta ao tema em questão predominavam referências a um trio de filósofos: Platão, Aristóteles, com destaque para Sócrates. Humanistas como Dante, Goethe com Werther e Erasmo com o Elogio da Loucura.

Trata-se de uma breve síntese, só por si um prato forte de mais e de difícil digestão para um provinciano do profundo Nordeste Transmontano. 

Por hoje limito-me divulgar algumas fotos reveladoras de um instinto, uma tendência irresistível, uma aptidão natural, um impulso responsável pela grande arte do criador Miguel Ângelo de uma perfeição só possível com inspiração divina.