GASTRO 3

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AMBULATÓRIO - GASTRO

CAMILA MAUÉS - GRUPO C - CLÍNICA CIRÚRGICA I - 23/09/2024


CASO CLÍNICO
Executivo de 37 anos volta à clinica para acompanhamento de dor recorrente na região superior do abdome.
Apresentou-se há
três semanas queixando-se de aumento na frequência e na intensidade da dor epigástrica, com sensação de
queimação, a qual vem sentindo ocasionalmente há mais de dois anos. Agora sofre com a dor de 3 a 4 vezes por
semana, em geral quando está com o estômago vazio, e é frequentemente acordado por ela à noite. A dor quase
sempre é aliviada em minutos com ingestão de alimentos ou com antiácidos, mas volta em 2 ou 3 horas. Ele
admite que as tensões no trabalho aumentaram recentemente e que, por causa de longos períodos de trabalho,
está ingerindo mais cafeína e se alimentando mais de fast foods. Sua história médica e a revisão dos
sistemas não têm nada digno de nota, salvo os antiácidos.
Seu exame físico é normal, incluindo o guáiaco nas fezes, que foi negativo para sangue oculto. Você aconselhou
mudança na dieta e prescreveu um inibidor de bomba de prótons. Os sintomas regrediram completamente com
as mudanças na dieta e o uso diário da medicação. Os exames laboratoriais feitos na primeira consulta não
mostraram anemia, mas o teste de anticorpos contra Helicobacter pylori foi positivo.
1. QUAL PROVÁVEL DIAGNÓSTICO:

Úlcera péptica associada à infecção por Helicobacter pylori.


- Os sintomas de dor epigástrica, sensação de queimação, alívio com a
ingestão de alimentos e antiácidos, e a recorrência da dor, especialmente
quando o estômago está vazio, são típicos de úlcera gástrica ou duodenal.
- A positividade do teste para H. pylori também apoia essa hipótese, uma vez
que a infecção por esse patógeno é uma das principais causas de úlceras
pépticas.
2. QUAL DEVE SER O PRÓXIMO PASSO?

- Confirmação por EDA através de biópsia e teste de urease


- Terapia de erradicação de H. pylori por 14 dias:
1. Amoxicilina: 1g duas vezes ao dia.
2. Claritromicina: 500mg duas vezes ao dia.
3. Inibidor da Bomba de Prótons (IBP): Omeprazol 20mg duas vezes ao dia.
- Continuar o uso do IBP por pelo menos 4 a 8 semanas, dependendo da resposta clínica,
para promover a cicatrização da úlcera e aliviar os sintomas.
- Após completar o tratamento de erradicação e curso inicial do IBP, reavaliar o paciente
3. OBJETIVOS
SABER IDENTIFICAR AS CAUSAS COMUNS DE DOR ABDOMINAL COM BASE NOS DADOSDA
HISTÓRIA
● Gastrite ou úlcera péptica: dor epigástrica, queimação, alívio com alimentos ou
antiácidos.
● Doença do refluxo gastroesofágico: queimação retroesternal, piora após refeições.
● Colelitíase ou colecistite: dor em hipocôndrio direito, piora após refeições gordurosas.
● Pancreatite: dor abdominal superior que pode irradiar para as costas, associada a
náuseas.
● Dispepsia funcional: desconforto abdominal sem causa orgânica aparente.
● Infecções gastrointestinais: dor associada a diarreia, febre, e vômitos.
3. OBJETIVOS
RECONHECER AS CARACTERÍSTICAS CLINICAS DO DIAGNÓSTICO EM QUESTÃO, BEM COMO OS
FATORES QUE AUMENTAM A PREOCUPAÇÃO COM CÂNCER GÁSTRICO
- Dor epigástrica: sensação de queimação na região epigástrica, que é uma queixa comum em pacientes
com úlcera péptica.
- Dor que ocorre com mais frequência quando o estômago está vazio, o que é típico de úlceras duodenais, e
geralmente melhora após a ingestão de alimentos ou antiaácidos.
- Aumento na frequência e intensidade da dor, com relatos de episódios de dor de 3 a 4 vezes por semana
ao longo de dois anos.
- Alívio dos sintomas após a ingestão de alimentos ou uso de antiaácidos, que é característico da úlcera
péptica.
- O paciente é acordado pela dor, indicando a gravidade e a persistência dos sintomas.
- O uso frequente de antiaácidos sugere um manejo de sintomas de dor epigástrica, mas também pode
indicar uma condição subjacente, como úlcera péptica.
- O resultado positivo para anticorpos contra H. pylori indica a presença da bactéria, que é um fator causal
3. OBJETIVOS
COMPREENDER O PAPEL DA INFECÇÃO POR HELICOBACTER PYLORI E O USO DE AINE NA
ETIOLOGIA DA UP

● Helicobacter pylori: Esta bactéria é uma das principais causas de gastrite crônica e úlcera
péptica. Ela provoca inflamação na mucosa gástrica, o que pode levar à erosão da mucosa e
formação de úlceras.
● AINE (Anti-inflamatórios Não Esteroides): O uso de AINE pode causar irritação na mucosa
gástrica e inibir a síntese de prostaglandinas, que protegem a mucosa. Isso aumenta o risco
de formação de úlceras e sangramentos.
3. OBJETIVOS
COMPREENDER O USO E A INTERPRETAÇÃO DOS EXAMES PARA H. PYLORI

Os exames para diagnóstico da infecção por H. pylori incluem:


● Teste respiratório com ureia marcada: O paciente ingere ureia marcada; se H. pylori estiver
presente, a urease produzida pela bactéria converte a ureia em amônia e dióxido de carbono,
que podem ser medidos na respiração.
● Pesquisa de antígenos fecais: Detecta antígenos de H. pylori nas fezes.
● Endoscopia com biópsia: Permite a visualização direta do estômago e a coleta de amostras
para análise histológica e teste de urease.
Interpretação:
● Um resultado positivo indica presença ativa de H. pylori e necessidade de tratamento.
● Um resultado negativo após tratamento indica erradicação da bactéria, sendo importante
confirmar a eficácia do tratamento.
REFERÊNCIAS
● Hooi J. K. Y., et al. Prevalência global da infecção por Helicobacter pylori: revisão
sistemática e metanálise.Gastroenterologia. 2017;153(2):420–9.
● Suzuki S. et al. The Ideal Helicobacter pylori Treatment for the Present and the Future.
Digestion. 2022;103(1):62-68.

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