3 Relação de Ajuda I (Comunicação em Saúde)

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03-05-2024

RELAÇÃO DE AJUDA I

LIÇÕES – 35 e 36

SUMÁRIO: Comunicação em Saúde


COMUNICAÇÃO EM SAÚDE
CONCEITO

A Comunicação em saúde é um sustento


indispensável que apoia a construção da saúde e
facilita o atingir de objectivos, adquirir informação
e desenvolver destrezas e habilidades.

É um meio para gerar mudanças positivas que vão


melhorar a saúde e a vida.
Comunicação em saúde remete para o estudo e utilização
de estratégias de comunicação, para informar e influenciar
as decisões das pessoas e das comunidades com base em
conhecimentos, atitudes e práticas no sentido de
promoverem a sua saúde e ainda a melhoria da
comunicação, do acolhimento e da humanização dos
cuidados de saúde.

Alguns estudiosos definem a Comunicação em Saúde


como o estudo da natureza, alcance e função, assim como
os meios pelos quais os tópicos de saúde alcançam e
afectam as audiências apropriadas.
AS DIFERENTES ÁREAS DE IMPACTO
DA COMUNICAÇÃO EM SAÚDE

a) Individual: a mudança em saúde tem como alvo


principal o individuo, considerando-se que as
situações são alteradas pelos comportamentos
individuais.
Nesta perspectiva, a comunicação em saúde pode
influenciar a motivação, os conhecimentos, as
atitudes, a auto-eficácia e a capacidade de mudança
de comportamentos em saúde;
b) Rede Social: O impacto na saúde de cada
indivíduo pode ter influência das relações
individuais e grupais.
Portanto, os programas específicos de
comunicação em saúde poderão actuar pela
influência do grupo, podendo os líderes de um
determinado grupo ser interlocutores
privilegiados para campanhas de comunicação e
de prevenção;
c) Organizações: Inclui geralmente grupos
formais com uma estrutura definida, tais como
associações, clubes, locais de trabalho, escolas,
cuidados de saúde primários, ou seja, aqueles
grupos que podem transmitir mensagens de
saúde, fornecer apoio e colocar em acção
estratégias e mudanças políticas que conduzam
à mudança comportamental individual;
d) Comunidade: Ao nível das comunidades
poderão ser planeadas por instituições como
escolas, estruturas de saúde, empresas, grupos
comunitários ou departamentos
governamentais iniciativas e acções que apoiem
estilos de vida e ambientes saudáveis
suportados no desenvolvimento de estruturas e
políticas promotoras do bem estar e saúde das
comunidades;
e) Sociedade: A sociedade, no seu conjunto,
exerce grande influência no comportamento
individual e grupal ao nível de normas e valores,
atitudes e opiniões, leis e políticas, ambiente
económico, político, cultural e informacional.

OS PAPÉIS DA COMUNICAÇÃO EM SAÚDE

Dos muitos papéis que a comunicação em saúde


pode assumir destacam-se:
- Aumentar o conhecimento e a consciência de uma
questão, problema ou solução de saúde;
- Influenciar percepções, crenças e normas sociais;
- Demonstrar ou ilustrar habilidades/competências;
- Mostrar os benefícios das mudanças de
comportamento;
- Aumentar a procura dos serviços de saúde;
- Reforçar conhecimentos, atitudes e comportamentos;
- Refutar mitos e equívocos;
- Ajudar a aglutinar as relações organizacionais;
- Advogar para um problema de saúde ou para um
grupo populacional
AS DIFICULDADES DE COMUNICAÇÃO
ENTRE TÉCNICOS E UTENTES

As dificuldades de comunicação entre técnicos e


utentes centram-se, nos seguintes aspectos:

- Transmissão de informação pelos técnicos de


saúde;
- Atitudes dos técnicos de saúde e dos utentes
em relação à comunicação;
- Comunicação afectiva dos técnicos de saúde;
- Literacia de saúde dos utentes.
PROBLEMAS DE TRANSMISSÃO DE
INFORMAÇÃO
Quanto à transmissão de informação pelos
técnicos de saúde os principais problemas podem
ocorrer por:

a) Informação insuficiente ou imprecisa


relacionada com comportamentos de saúde (por
exemplo regimes alimentares), ou com a natureza
da doença, exames complementares e
tratamentos;
b) Informação excessivamente técnica sobre
aspectos relacionados com a doença ou com
exames complementares;

c) Escassez de tempo dedicado à informação em


consultas e intervenções.

d) A baixa literacia de saúde dos utentes remete


para a dificuldade que estes apresentam em
compreender o seu estado de saúde e os
diferentes aspectos relacionados com planos de
tratamento e mudanças necessárias.
CONSEQUÊNCIAS DOS PROBLEMAS DE
COMUNICAÇÃO

Os problemas de comunicação entre os técnicos


de saúde e os utentes podem ter consequências
diversas, tais como:

- Insatisfação dos utentes com a qualidade dos


cuidados;

- Mais dificuldade no processo de adaptação à


doença;
- Erros de avaliação por haver focalização no
primeiro problema apresentado, que nem
sempre é o mais importante, e não se
identificarem ou valorizarem queixas
relacionadas com crises pessoais, dificuldades de
adaptação e/ou psicopatologia;

- Comportamentos de adesão mais insatisfatórios;

- Comportamento inadequado de procura de


cuidados (por excesso, recorrência ou procura
alternativa);
- Erros no processo de estabelecimento de
diagnóstico que inclui a recolha de informação, a
integração da informação obtida e a verificação
do diagnóstico. Sobretudo a recolha de
informação e a verificação do diagnóstico
dependem da qualidade da comunicação
NOVAS TECNOLOGIAS
No contexto da comunicação em saúde é hoje
fundamental falar da utilização de recursos
tecnológicos e de meios de comunicação.

O acesso e procura de informação, por parte dos


cidadãos, faz-se em grande parte através da
utilização das tecnologias de informação e
comunicação.
Os média têm actualmente na área da saúde um
papel relevante. Através deles é possível
transmitir de forma alargada informações que se
pretende fazer chegar às pessoas
Pois, a internet é um recurso importantíssimo
para a informação e educação para a saúde.
Referência Bibliográfica:
• COELHO, Maria Teresa Vieira, Comunicação
Terapêutica Em Enfermagem: Utilização Pelos
Enfermeiros, pdf

• https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/
10216/82004/2/33990.pdf

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