Riscos Obstétricos

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RISCOS

OBSTÉTRICOS
RISCOS
OBSTÉTRICO
S
A equipe de
enfermagem deve
estar atenta a
qualquer das
condições descritas
no quadro ao lado,
em que se
apresentam os casos
que devem receber
atenção redobrada
durante o Pré-Natal,
por meio de
orientações e planos
de cuidados voltados
para cada caso,
permanecendo o
acompanhamento no
Pré-Natal de risco
habitual.
RISCOS
OBSTÉTRICOS
Já no quadro ao lado,
apresentam-se os
casos que devem ser
o mais rápido
possível
identificados e
direcionados ao
serviço referência
para atendimento no
alto risco e/ou
serviço
hospitalar/emergênci
a. Porém, ressalta-se
que apesar do
encaminhamento, a
unidade tem que
oferecer suporte e
orientações a estas
gestantes.
RISCOS
OBSTÉTRICOS
Nos casos ao lado,
encaminhar para
atendimento de
Urgência/Emergên
cia.
RISCOS OBSTÉTRICOS

COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER NA GRAVIDEZ


A vida in útero divide-se em dois grandes períodos:
• Período embrionário – O período embrionário é também
denominado de “organogénese” que vai até à 12ª semana de
gestação. É um período extremamente importante, pois é durante
este tempo que se formam todos os órgãos. É o período de maior
sensibilidade às agressões e o de maior vulnerabilidade para o
aparecimento das malformações fetais, sendo assim, o período mais
delicado. De 10 a 25% das mulheres sofrem aborto espontâneo até a
12ª semana de gestação – decorrente, justamente, de malformações
do embrião.
• Período fetal - às 12 semanas de gravidez temos um feto já
completamente formado e aqui começa a fase fetal que vai até ao
nascimento. Este é um “período de amadurecimento” o longo do qual
os órgãos já formados acabam por adquirir a sua estrutura definitiva,
essencial para a vida autónoma fora do organismo materno.
RISCOS OBSTÉTRICOS

COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER NA


GRAVIDEZ
Doenças mais comuns no período gestacional
Anemia
Vaginose Bacteriana
ITU
Rubéola
Citomegalovírus
Toxoplasmose
Tieroidite
Sarampo
Diabetes Gestacional
Pré-eclâmpsia ou DHEG (Doença Hipertensiva específica
da gestação) e Eclâmpsia
RISCOS OBSTÉTRICOS

COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER NA


GRAVIDEZ
Diabetes Gestacional
O diabetes gestacional é uma condição caracterizada pelo
aumento dos níveis de glicose no sangue, chamada
hiperglicemia, que é reconhecida pela primeira vez durante
a gravidez. A condição é causada devido à resistência à
insulina provocada pelos hormônios da gestação e ocorre,
geralmente, no terceiro trimestre.
A estimativa é que a prevalência de diabetes gestacional
no Sistema Único de Saúde (SUS) seja de 18%. Geralmente,
esse tipo de diabetes se cura logo após o parto. Porém, é um
fator de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2.
Dessa forma, é importante manter os cuidados e
acompanhamento médico mesmo após ter o bebê.
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COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER NA GRAVIDEZ


Diabetes Gestacional
São considerados fatores de risco para o desenvolvimento de
DMG:
 Idade materna avançada (> 35)
 Obesidade, sobrepeso ou ganho excessivo de peso na gestação
atual
 Deposição central excessiva de gordura corporal
 História familiar de diabetes em parentes de primeiro grau
 Crescimento fetal excessivo, polidramnia, hipertensão ou pré-
eclâmpsia na gestação atual
 Antecedentes obstétricos de abortamentos de repetição, malformações,
morte fetal ou neonatal, macrossomia ou DMG
 Síndrome de ovários policísticos
 Baixa estatura (menos de 1,5 m)
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COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER NA


GRAVIDEZ
Diabetes Gestacional
Entre as complicações causadas pelo diabetes mellitus mal controlado na
gestação, temos: aborto espontâneo, malformações fetais, pré-eclâmpsia,
natimortalidade, macrossomia, hipoglicemia e hiperbilirrubinemia
neonatais.
Diagnóstico
Em situações de viabilidade financeira e disponibilidade técnica total,
todas as mulheres devem realizar a glicemia de jejum (até 20 semanas de
idade gestacional) para diagnóstico de DMG e de DM diagnosticado na
gestação. Todas as gestantes com glicemia de jejum inferior a 92 mg/dL
devem realizar o TOTG com 75g de glicose entre 24 e 28 semanas. Se o
início do pré-natal for tardio (após 20 semanas de idade gestacional) deve-
se realizar o TOTG com a maior brevidade possível. Estima-se que assim
sejam detectados 100% dos casos.
As opções de exame de diabetes gestacional são: Curva glicêmica e
glicemia de jejum.
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COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER NA


GRAVIDEZ
Diabetes Gestacional
Diagnóstico
Quando é considerado diabetes gestacional?
Cada um dos tipos de exame possuem valores de referência diferentes
(Ideal). Para a curva glicêmica, os valores são:
• Em jejum: abaixo de 92mg/dl;
• Após 1h: abaixo de 180mg/dl;
• Após 2 horas: abaixo de 153 mg/dl.
Para o diagnóstico de diabetes gestacional, valores acima de 200
mg/dL já confirmam a doença. Já para glicemia de jejum, as referências
são:
• Valores entre 92 mg/dL e 100 mg/dL: considerados anormais próximos
ao limite e devem ser repetidos em uma outra ocasião;
• Valores acima de 100 mg/dL: bastante suspeitos de diabetes, mas
também devem ser repetidos em uma outra ocasião.
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Diabetes Gestacional
Sintomas
Porém, em alguns casos, a doença pode causar alguns sinais. Entre os
principais sintomas de diabetes gestacional, estão:
• Aumento da sede;
• O aumento da micção;
• O aumento da fome;
• Ganho de peso;
• Infecções urinárias frequentes;
• Visão turva.
No entanto, a própria gravidez pode causar essas sensações na maioria
das mulheres, portanto, nem sempre elas podem indicar diabetes
gestacional. Por isso, o médico deve solicitar exames para avaliar a
glicose no sangue pelo menos três vezes durante a gestação.
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COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER NA GRAVIDEZ


Diabetes Gestacional
Tratamento
 Seguir uma dieta para diabetes gestacional, com o consumo de
certos tipos de alimentos em porções saudáveis, é uma das
melhores maneiras de controlar o açúcar no sangue e evitar o
ganho de peso. Uma dieta saudável inclui frutas, legumes e
grãos integrais e limita carboidratos altamente refinados,
incluindo doces, pães e massas brancas.
 A atividade física regular tem um papel fundamental no plano de
bem-estar antes, durante e após a gravidez.
 Se a dieta e o exercício não são suficientes, há injeções de
insulina que ajudam a baixar o açúcar no sangue. Alguns
médicos podem prescrever, ainda, medicamentos via oral para
controle de açúcar no sangue, como hipoglicemiantes.
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COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER NA GRAVIDEZ
Diabetes Gestacional
Complicações possíveis
Diabetes gestacional: riscos para o bebê
• Peso excessivo ao nascer;
• Nascimento de bebê prematuro;
• Síndrome do desconforto respiratório;
• Hipoglicemia logo após o nascimento;
• Diabetes tipo 2 mais tarde na vida;
• Diabetes gestacional não tratada pode levar à morte de um bebê antes ou logo após o
nascimento.
É importante ressaltar que o diabetes gestacional pode matar o bebê se não tratada
corretamente.
Diabetes gestacional: riscos para a gestante
O diabetes gestacional também pode aumentar o risco da mãe de ter:
• Pressão arterial elevada e pré-eclâmpsia;
• Diabetes no futuro.
Entre as mulheres com história de diabetes gestacional que atingem o seu peso corporal
ideal após o parto, menos de 1 em cada 4 eventualmente desenvolve diabetes tipo 2.
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COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER NA GRAVIDEZ


Pré-Eclâmpsia ou DHEG

A pré-eclâmpsia ocorre quando uma mulher grávida tem pressão arterial


elevada (acima de 140/90 mmHg) a qualquer momento após a sua 20ª
semana de gravidez, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto.
A condição também é chamada de toxemia ou doença hipertensiva
específica da gravidez (DHEG). Ela só ocorre durante a gravidez, sendo que
em alguns casos pode ocorrer mais cedo, antes da 20ª semana.
Até mesmo um ligeiro aumento da pressão arterial pode ser um sinal de
pré-eclâmpsia.
O nome pré-eclâmpsia foi dado uma vez que essa condição favorece a
eclâmpsia, um tipo de convulsão que acontece na gravidez e pode ser fatal
para a mãe e bebê. Se não for tratada, a pré-eclâmpsia pode levar a sérias -
até mesmo fatais - complicações para a gestante e seu bebê.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a hipertensão é responsável por
13,8% das mortes maternas no Brasil, sendo a principal causa de morte
durante a gravidez no país.
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GRAVIDEZ

Pré-Eclâmpsia ou DHEG

A pré-eclâmpsia é classificada como uma das quatro doenças


hipertensivas que podem ocorrer durante a gravidez. Os outros três são:
• Hipertensão gestacional: Mulheres com hipertensão gestacional têm
pressão arterial elevada, mas sem excesso de proteína na urina ou
outros sinais de danos em órgãos. Algumas mulheres com hipertensão
gestacional podem, eventualmente, desenvolver pré-eclâmpsia;
• Hipertensão crônica: A hipertensão crônica é a hipertensão arterial
que estava presente antes da gravidez ou que ocorre antes de 20
semanas de gravidez. Como a pressão arterial elevada geralmente não
tem sintomas, pode ser difícil determinar quando começou;
• Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica: Esta condição ocorre
em mulheres que têm pressão arterial elevada crônica antes da
gravidez e desenvolvem o agravamento dessa pressão com presença de
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Pré-Eclâmpsia ou DHEG

Causas

A causa exata da pré-eclâmpsia é desconhecida. Especialistas


acreditam que ela começa na placenta - o órgão que nutre o feto
durante a gravidez.
No início da gravidez, novos vasos sanguíneos se desenvolvem e
evoluem para enviar eficientemente o sangue para a placenta.
Em mulheres com pré-eclâmpsia, estes vasos sanguíneos não
parecem desenvolver-se adequadamente. Eles são mais estreitos
do que os vasos sanguíneos normais e reagem de forma diferente
à sinalização hormonal, o que limita a quantidade de sangue que
pode fluir através delas.
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COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER NA GRAVIDEZ
Pré-Eclâmpsia ou DHEG
Fatores de Risco

Alguns fatores que aumentam o risco de pré-eclâmpsia são:


• Histórico familiar de pré-eclâmpsia;
• Pré-eclâmpsia em uma gravidez anterior;
• Crescimento intrauterino restrito;
• Primeira gravidez;
• Gravidez múltipla;
• Gravidez após os 35 anos;
• Fertilização in vitro ou outro tipo de reprodução assistida;
• Histórico de descolamento prematuro da placenta;
• Tendência ao surgimento de trombose;
• Intervalo de 10 anos ou mais entre as gestações.
Além disso, em caso de doenças, como diabetes mellitus, doenças renal
crônica, hipertensão, obesidade e lúpus eritematoso sistêmico, o risco de pré-
eclâmpsia também tende a ser maior.
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Pré-Eclâmpsia ou DHEG

Sintomas

Os sintomas de pré-eclâmpsia podem variar de acordo com a


gravidade:
1. Pré-eclâmpsia leve
Na pré-eclâmpsia leve os sinais e sintomas geralmente incluem:
• Pressão arterial entre 140 x 90 e 160 x 110 mmHg;
• Presença de proteínas na urina;
• Inchaço e rápido ganho de peso.
Na presença de pelo menos um dos sintomas, a grávida deve ir ao
pronto-socorro ou hospital para medir a pressão arterial e fazer
exames de sangue e de urina, para confirmar se tem ou não pré-
eclâmpsia.
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Pré-Eclâmpsia ou DHEG
Sintomas

2. Pré-eclâmpsia grave
Os sintomas de pré-eclâmpsia grave incluem:
• Pressão arterial superior a 160 x 110 mmHg;
• Dor de cabeça bilateral ou frontal forte e constante;
• Dor no lado direito do abdômen;
• Diminuição da quantidade de urina e da vontade de urinar;
• Alterações na visão, como vista embaçada, escurecida ou sensação de ver
estrelas;
• Sensação de ardência no estômago.
• Náuseas ou vômitos
• Confusão
• Convulsão
Se a gestante apresentar estes sintomas, deverá ir imediatamente para o hospital.
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Pré-Eclâmpsia ou DHEG
Complicações

Quanto mais grave a pré-eclâmpsia for e quanto mais cedo ela


ocorre, maiores serão os riscos para a gestante e seu bebê.
As complicações da pré-eclâmpsia podem incluir:
• Falta de fluxo sanguíneo para a placenta;
• Descolamento prematura da placenta;
• Síndrome de HELLP, caracterizada pela elevação das enzimas
hepáticas e baixa contagem de plaquetas;
• Sangramentos;
• Edema agudo de pulmão;
• Insuficiência do fígado e dos rins;
• Prematuridade do bebê;
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GRAVIDEZ

Pré-Eclâmpsia ou DHEG
Complicações

Riscos para o bebê


Com a diminuição do fluxo de sangue para o bebê, a pré-eclâmpsia,
além de colocar a vida do bebê em risco, pode prejudicar seu
crescimento no útero e aumentar as chances de prematuridade,
desconforto respiratório (displasia bronco pulmonar), hemorragia
intraventricular e morte.
Além disso, o risco de alterações do desenvolvimento na infância é
maior quando existe histórico de pré-eclâmpsia.
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Pré-Eclâmpsia ou DHEG
Diagnóstico

Para o diagnóstico de pré-eclâmpsia, a gestante deve apresentar Pressão arterial


elevada. Além disso, um ou mais dos seguintes cenários após a 20ª semana de
gravidez também pode acontecer:
• Contagem de plaquetas baixa;
• Proteína na urina (proteinúria);
• Insuficiência da função hepática;
• Sinais de problemas nos rins além da proteína na urina;
• Líquido nos pulmões (edema pulmonar);
• Dores de cabeça de início recente;
• Distúrbios visuais.
Anteriormente, a pré-eclâmpsia era diagnosticada somente se a grávida
apresentasse pressão arterial elevada e proteína na urina. No entanto, especialistas
agora sabem que é possível ter pré-eclâmpsia, SEM proteína na urina. (Mas,
tem que ter mais uma alteração além da HAS)
A pressão arterial acima de 140/90 mmHg é anormal durante a gravidez. No
entanto, uma única leitura de pressão arterial elevada não significa que você tem
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COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER NA GRAVIDEZ

Pré-Eclâmpsia ou DHEG
Diagnóstico

Qual exame detecta pré-eclâmpsia?

Além das medidas de pressão, pode ser necessário fazer alguns exames,
incluindo:

• Exames de sangue para determinar contagem de plaquetas e


funcionamento do fígado e rins;
• Exames de urina, para identificar altos níveis de proteína;
• Ultrassom fetal com estudo Doppler, para saber como está o bebê;
• Verificar a frequência cardíaca do bebê.
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Pré-Eclâmpsia ou DHEG
Tratamento

 Mudanças de estilo de vida


Toda gestante hipertensa ou com alto risco de hipertensão deve
inicialmente fazer mudanças em seu estilo de vida, como ingerir pouco
sódio, manter o peso, dormir adequadamente e fazer caminhada
regularmente.

Se, mesmo com a adoção desses hábitos, a pressão persistir alta, deve-se
fazer uso de medicamentos.
 Hospitalização
 Parto
Se o diagnostico da pré-eclâmpsia ocorre perto do fim da sua gravidez,
pode ser recomendada uma indução do trabalho de parto.

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