Anestesia para Cirurgia Abdominal

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ANESTESIA PARA

CIRURGIA
ABDOMINAL
INSTITUTO NOSSA SENHORA APARECIDA
SERVIÇO DE ANESTESIOLOGIA
UMUARAMA-2017
R2-MARCELO SORDE.
Técnicas e agentes anestésicos: ação sobre
o funcionamento do sistema digestivo
• Sistema nervoso autônomo em sua inervação

• Componente simpático do SNA

• a motilidade gastrointestinal

• a secreção das vísceras

• Contrai os esfíncteres

• Relaxa a vesícula bilhar


Técnicas e agentes anestésicos: ação sobre
o funcionamento do sistema digestivo
• ativação do componente parassimpático

• ações exatamente opostas


Técnicas e agentes anestésicos: ação sobre
o funcionamento do sistema digestivo
• drogas anestésicas infuenciam o
funcionamento

• esfíncter esofágico inferior (EEI) é uma porção


do esôfago distal

• apresenta uma pressão intraluminal


aumentada
Técnicas e agentes anestésicos: ação sobre
o funcionamento do sistema digestivo
• Influência de fibras simpáticas (T6-T10)

• Parassimpáticas via nervo vago

• Medicações anestésicas que aumentam o


tônus do EEI: pâncuronio, vecurônio,
neostigmine, ranitidina, metoclopramida e
metoprolol.
Técnicas e agentes anestésicos: ação sobre
o funcionamento do sistema digestivo
• Diminuem o tônus do EEI: atropina, opioides,
nitroprussiato, dopamina, halotano e
enflurano.

• Succinilcolina não altera o tônus, pressão


intragástrica facilita a regurgitação.
Técnicas e agentes anestésicos: ação sobre
o funcionamento do sistema digestivo
• anestésicos inalatórios:

• efeitos hepáticos: lesão hepática (imunomediada) + halotano,


isoflurano, sevoflrano ou desflurano

• Envolvida necrose hepática mecanismo é imunológico, exigindo


exposição prévia a um anestésico volátil.

• Molécula de trifluoracetato = metabolismo da droga = haptenos =


corpos estranhos.

• Exposição subsequente= trifluoracetato = resposta imune = dano


hepático agudo.
Técnicas e agentes anestésicos: ação sobre
o funcionamento do sistema digestivo
• Opioides efeito gastrointestinal:

• contratilidade da musculatura lisa

• tônus e atividade propulsora.

• Também provoca do tônus do esfíncter de


oddi.
Anestesia em pacientes portadores de doenças sistêmicas com
repercussões
digestivas ou abdominais, com distúrbios da absorção e/ou
metabolismo
• Pacientes com doença hepática significativa:

• Anestesia regional: Avaliar coagulograma.

• Cirurgias de grande porte o sangramento é


provável --- Certificar-se da disponibilidade de
hemácias, plaquetas e fatores de coagulação.
Anestesia em pacientes portadores de doenças sistêmicas com
repercussões
digestivas ou abdominais, com distúrbios da absorção e/ou
metabolismo
• Magnitude da cirurgia = monitoramento
invasivo destes pacientes.

• Ultrassom = mais segurança na inserção do


acesso central

• Doença hepática avançada e cirrose --cautela


ou evitar dispositivos via esofágica
Anestesia em pacientes portadores de doenças sistêmicas com
repercussões
digestivas ou abdominais, com distúrbios da absorção e/ou
metabolismo
• Ascite significativa = indução anestésica com a
sequência rápida.

• DII, doença de Crohn e colite ulcerativa --


medicamentos utilizadas são os esteroides >
mantidos até antes da cirurgia...

• Necessária suplementação em antecipação à


insuficiência adrenal.
Anestesia em pacientes portadores de doenças sistêmicas com
repercussões
digestivas ou abdominais, com distúrbios da absorção e/ou
metabolismo
• Perioperatório, pacientes gravemente
desnutridos: Podem estar imunossuprimidos e
apresentar fraqueza muscular.

• Pacientes críticos - doentes (queimaduras e


trauma) = alimentação enteral e necessidade de
tratamento cirúrgico.

• O risco de aspiração pulmonar deve + ou -
benefício da ingesta nutricional adequada.
Anestesia em pacientes portadores de doenças sistêmicas com
repercussões
digestivas ou abdominais, com distúrbios da absorção e/ou
metabolismo
• Sonda de alimentação posicionada após
ligamento de Treitz

• Anestesia em pacientes com intoxicação


aguda de álcool = efeito aditivo depressor dos
anestésicos e do álcool.

• Esvaziamento gástrico e do tônus


EEI.
Cirurgia Bariátrica
• Procedimento cirúrgico descrito em 1954.

• Bypass jejunoileal a técnica utilizada.

• Abandonada na década de 80.


Cirurgia Bariátrica
• A evolução das técnicas foram direcionadas
para restrição do trato gastrointestinal.

• levando ao emagrecimento pela diminuição


da quantidade ingerida.

• melhora da qualidade de vida, diminuição de


comorbidades.
Fisiopatologia da Obesidade
• Classificação da obesidade:

• IMC :
Fisiopatologia da Obesidade
Fisiopatologia da Obesidade
• Etiologia multifatorial.

• Fatores ambientais e sociais.

• Padrões de dieta e atividade física.


Fisiopatologia da Obesidade
• A susceptibilidade individual/ biológica.

• Determinar um balanço energético.

• Em consideração: síndromes genéticas,


endocrinopatias, tumores secretores, entre
outros.
Fisiopatologia da Obesidade
• regulação do apetite, ocorre a nível central

• Porção médio--ventral do hipotálamo o centro


da saciedade

• Hipotálamo lateral o centro da fome.


Fisiopatologia da Obesidade
• Equilibrio entre esses dois centros .

• Estimuladores da fome: O GH

• Estrogênio gera saciedade.

• No trato gastrointestinal: CCK é estimulador de


saciedade; grelina (secreta pelo estômago)
estimula a fome. Leptina, (estimulando a região
da saciedade).
Fisiopatologia da Obesidade
• Alterações do sistema respiratório do
paciente obeso:

• consumo O2.

• do metabolismo celular.

• na produção de CO2.
Fisiopatologia da Obesidade
• da complacência pulmonar e torácica.

• do trabalho respiratório.

• do diafragma = volumes e as capacidades


pulmonares reduzidos.

• Capacidade residual funcional (CRF suportem


um tempo muito menor de apneia.
Fisiopatologia da Obesidade
• Obeso hipertenso em potencial.

• Candidato a doença coronariana.

• Portador de apneia do sono.


Fisiopatologia da Obesidade
• Apneia do sono = distúrbios ventilatórios =
hipoxia crônica = hipertensão pulmonar =
vasoconstrição da pequena circulação
pulmonar.

• Do ponto de vista endócrino, são mais


suscetíveis a diabetes, hipotireoidismo e
dislipidemias.
Técnicas, indicações, contra-
indicações e complicações
• Nem o peso absoluto, nem o IMC de forma isolada se
associaram a dificuldades de intubação.

• Baixa capacidade residual funcional e uma reserva


ter em mãos dispositivos auxiliares para o manejo da
via aérea.

• Cânulas oro e nasofaríngeas, guias, máscaras laríngeas.

• Otimizar o posicionamento desses pacientes


Técnicas, indicações, contra-
indicações e complicações
• Propofol em infusão prolongada dose utilizada
em peso ideal corrigido.

• Se acumula muito pouco nos tecidos adiposos.

• Pode ser usado pelo peso real do paciente.

• Excelente indicação para indução e manutenção


da anestesia em obesos.
Técnicas, indicações, contra-
indicações e complicações
• Os ºopioides altamente lipofílicos.

• Volume de distribuição (exceção do


*remifentanil).

• *Clereance é o mesmo em obesos e não obesos.

• ºDoses levando-se em conta o peso ideal.


Técnicas, indicações, contra-
indicações e complicações
• Remifenta esterases plasmáticas = volume de
distribuição entre indivíduos obesos e não
obesos.

• Pode-se, utilizar o peso real para o


remifentanil.

• Porém, sugere-se que, esta droga considere-


se o peso ideal, como todos os opioides.
Técnicas, indicações, contra-
indicações e complicações
• Bloqueadores neuromusculares são hidrofílicos.

• Perfil próximo entre pacientes obesos e não-obesos.

• Calculada com base no peso ideal.

• Exceção é a succinilcolina.

• Hipótese atividade pseudocolinesterase plasmática


aumentada nesses pacientes.
Técnicas, indicações, contra-
indicações e complicações
• Sevoflurano apresenta uma curva FA/FI igual
entre pacientes magros e obesos.

• Isoflurano em pacientes obesos, diferença


significativa entre as duas curvas.

• Venosa total e balanceada são bem


estabelecidas para se anestesiar pacientes
obesos.
Anestesia para procedimentos
videolaparoscópicos
• Insuflação do pneumoperitônio = alterações
ventilatórias e hemodinâmicas.

• de 30 a 40% na complacência
toracopulmonar.

• Elevação do diafragma da CRF


Anestesia para procedimentos
videolaparoscópicos
• de atelectasias.

• esperado da pressão parcial de CO2 arterial


(PaCO2).

• Platô 15 a 30 minutos após insuflação.


Anestesia para procedimentos
videolaparoscópicos

• Entre as complicações respiratórias,


destacam-se cinco principais:
Anestesia para procedimentos
videolaparoscópicos
Anestesia para procedimentos
videolaparoscópicos
• Alterações hemodinâmicas = uma combinação
de diversos fatores:

• O próprio pneumoperitônio.

• A posição do paciente
Anestesia para procedimentos
videolaparoscópicos
• A hipercapnia decorrente da absorção do
CO2.

• A pressão intra-abdominal (IAP) tendem a ser


< 15mmHg.

• Uma IAP maior que 10mmHg já ocasiona


alterações hemodinâmicas (abaixo):
Anestesia para procedimentos
videolaparoscópicos
• do débito cardíaco.

• da pressão arterial.

• da resistência vascular pulmonar e


periférica.

• Frequência cardíaca leve aumento.


Anestesia para procedimentos
videolaparoscópicos
• da IAP = compressão da cava.

• Retenção do sangue venoso nos MII.

• do retorno venoso.
Anestesia para procedimentos
videolaparoscópicos
Anestesia para procedimentos
videolaparoscópicos
• Dor pós-operatória tende a ser menor.

• Diminuição consumo de analgésicos.

• Analgesia multimodal em pacientes


submetidos a técnica laparoscópica.
Anestesia para procedimentos
videolaparoscópicos
• Náuseas e vômitos pós-operatório.

• Uso perioperatório de opioides aumenta a


incidência.

• Propofol reduz a incidência.

• Anestesia geral é certamente a técnica mais


segura e a mais utilizada.
Anestesia para procedimentos
videolaparoscópicos
• Técnica laparoscópica = benefícios em relação a
técnica aberta.

• Cada vez mais utilizada.

• Conhecimento da fisiopatologia das alterações


hemodinâmicas e respiratórias.

• Sabê-las manejar da forma correta.


REFERÊNCIAS
• Clinical Anesthesia. Barash et al, 7º edição.

• Tratado de Anestesiologia, SAESP, 7º edição.

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