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“Aqueles que estão enamorados com a PRÁTICA
sem a CIÊNCIA são como um marinheiro que entra em um navio sem leme de direção e bússola e nunca sabe para onde está indo”. Leonardo da Vinci
Biomecanica dos MMII
Prof. Ms. Giordano Marcio Gatinho Bonuzzi
Isquio Femur parte medial . E vamos brincar de biomecânica????????????????????????????? ???? Silva et al 2008 • Silva et al. (2008) verificaram que: A atividade de Bíceps femoral (posteriores de coxa) não variou entre os exercícios. Contudo, no LEG PRESS HORIZONTAL houve uma maior atividade de Glúteo máximo e menor atividade de Reto femoral do que no LEG PRESS 45°. Em ambos os exercícios a maior angulação de flexão de joelhos foi de 90°, para tanto, a maior flexão de quadril atingida foi diferente, 105° no LEG PRESS 45° e 125° no LEG PRESS HORIZONTAL. Quanto maior flexão de quadril, como no LEG PRESS HORIZONTAL, menor se encontrará o comprimento do músculo reto femoral e mais alongado estará o músculo glúteo máximo, resposta explicada pela curva-comprimento- tensão. Tal alteração na curva comprimento-tensão do músculo reto femoral reduz a sua capacidade de produzir força (fenômeno esse conhecido como insuficiência ativa), enquanto que exige maior atividade de glúteo máximo para realização do LEG PRESS HORIZONTAL • - Ao posicionar os pés mais afastados durante o agachamento (dobro da largura dos ombros), somente o glúteo máximo apresentará maior atividade do que com os pés mais próximos (largura dos ombros), enquanto que para o quadríceps (anterior de coxa) e os isquiotibiais (posteriores de coxa) não há diferença [Paoli et al., 2009]. Contudo, tal estratégia aumenta a sobrecarga compressiva nos joelhos [Escamilla et al., 2001]; • - Apontar os pés para dentro ou para fora não fazem diferença para o trabalho de nenhum dos músculos do quadríceps. Ainda, rodar os pés para dentro ou exageradamente para fora, aumenta a sobrecarga de joelhos e quadril [Signorile et al., 1995]; • - Durante o Leg Press com os pés mais altos, realmente os músculos isquiotibiais são mais ativados do que com os pés mais baixos. Contudo, tais músculos nunca terão mais importância do que glúteo e quadríceps, independente dos pés estarem mais alto ou mais baixo [Escamilla et al., 2001]. Rodrigo Aspe e Paul Swinton (2014)
• -A respeito da atividade muscular produzida entre os
agachamentos; posterior e o sobre a cabeça, não ocorreram diferenças estatisticamente significativas para glúteo máximo, vasto lateral, bíceps femoral e gastrocêmio lateral. O agachamento sobre a cabeça teve uma maior atividade na fase excêntrica de reto abdominal e obliquo externo, contudo a magnitude foi baixa. Enquanto na fase concêntrica, a intensidade foi substancialmente elevada para os músculos eretores da coluna o agachamento posterior em comparação ao sobre a cabeça. • Flanagan, et al. Squatting exercises in older adults: kinematic and kinetic comparisons. Medicine and science in sports and exercise, v. 35, n. 4, p. 635, 2003. Nesse paper, os autores avaliaram idosos em dois tipos de agachamento assistido; num primeiro momento se levantando de uma cadeira, e outro sem a cadeira agachando livremente (figura). Ambas situações foram realizadas somente com o peso corporal. Um aspecto que me chamou atenção foi que ambos trouxeram resultados bem distintos para dois movimentos que são aparentemente idênticos. Sem sombra de dúvida os agachamentos empregados no estudo são extremamente funcionais para o cotidiano do idoso, ou até de um jovem capenga. Contudo as principais diferenças encontradas pelos autores foram que enquanto o agachamento se levantando da cadeira utiliza uma estratégia mais pronunciada de extensores do quadril, o agachamento sem o artefato evidenciou uma maior estratégia de extensores do joelho e plantiflexores! • Zebis (2013) que usou um foam. Na maioria das vezes vemos textos na internet com suposições, de grande parte infundadas de sequer uma analíse crítica mais aprofundada, já que não temos mensurações de sobrecarga articular neste exercício. Convido você leitor a refletir algumas coisas como por exemplo “o joelho de corredor”, esse é um dos nomes dados a condromálacia femoropatelar. Um nome desse já seria critério suficiente para dizermos que “correr faz mal”. Logo corrida parece ser uma atividade que tem uma sobrecarga intensa no joelho, certo? Algumas mensurações de compressão patelofemoral são de 3,1MPa para uma leve corrida, isso será muito ou pouco? Para se ter idéia o agachamento tradicional com uma barra nas costas de 1,5 vez a corporal eleva esses valores lá para seus 11-13MPa. Ironias da vida, mas quem carrega o fardo da condromálacia femoropatelar é a corrida e não o agachamento em si. As relações de sobrecarga tem mais a haver com a manipulação de variaveis como volume, intensidade e descanso em cima do exercício prescrito. E acredito ser pouco provável que a flexão nórdica irá causar mais compressão patelofemoral que um agachamento livre com 120kgs nas costas. “A porque a patela está em contato com o chão” Entao coloque um foam ou estepe dobrado como os estudos e também treinadores fazem quando não possuem a máquina no ginásio! • Fry et al. (2003) avaliaram dois agachamentos; o restrito evitando que o joelho fosse projeto a frente dos dedos do pé através de uma tábua (figura b), e o agachamento irrestrito onde era permitido a projeção do joelho (figura a). Apesar do estudo ser antigo e possuir algumas limitações, ele utilizou uma distância bitrocantéria igual nas duas formas. O torque exercido no joelho foi ligeiramente superior no agachamento irrestrito (mais de 33N.m) em comparação ao restrito, demonstrando que limitar que esta articulação ultrapasse os dedos do pé pode até ter alguma implicação numa menor compressão patelofemoral. Contudo, para alcançar uma maior amplitude de movimento no agachamento com restrito, os individuos exerceram um torque no quadril quase 11 vezes maior que no agachamento irrestrito. Isso quer dizer que; na tentativa de evitar que o joelho seja projetado á frente, aumenta-se a sobrecarga no quadril, assim como exige também uma maior inclinação do tronco, possibilitando o aumento de sobrecarga principalmente na região lombar. Dessa forma parece prudente que o agachamento seja realizado de maneira irrestrita, com alguma projeção natural do joelho a frente dos dedos pé, no melhor padrão de movimento possível. • Escamilla e cols (2009) avaliaram sujeitos no agachamento wall curto (primeiro da esquerda para direita), com os pés projetados mais a frente (wall longo) como a foto do meio, e um agachamento unilateral. A CPF foi similar entre os exercícios até aproximadamente 100 graus da descendente, contudo na fase ascendente (concêntrica) a CPF foi significativamente maior no agachamento wall curto, seguido do wall longo e por último o agachamento unilateral. Essa diferença estatisticamente significativa foi notada principalmente no início da flexão para extensão do joelho em 90,80,70 e 60 graus, tendo magnitudes maiores no wall curto, seguido do longo e por último unilateral. • Os agachamentos na parede vulgo wall squat, geralmente são prescritos para iniciantes ou até idosos, (parece inofensivo ainda mais com uma bola suíça nas costas), Porém a CPF é maior que em agachamento unilateral, ou até livre com carga moderada; a questão é para quem está sendo prescrito, e se possui algum processo de artrose; se possuir pondere utilizar livre ao invés do wall, ou se utilizá- lo comece prudentemente com ângulos menores até 50 graus por exemplo,. Até quando o recrutamento do quadríceps? • Caterisano et. al. (2002) investigou a atividade muscular de quatro músculos de membros inferiores durante o agachamento, e somente o glúteo máximo, aumentou consideravelmente seu recrutamento muscular durante o agachamento total, tanto vasti e reto femoral, e bíceps femoral, mantiveram alguma linearidade de recrutamento muscular, não sendo afetada pela profundidade do agachamento. • Wrenteberg et. al. (1996) conduziram o experimento com 14 indivíduos (7 levantadores de peso e 7 powerlifters), no agachamento paralelo e total, e não foram evidenciadas diferenças de atividade muscular de quadríceps em ambas situações, contudo os powerlifters, devido a um torque maior da articulação do quadril, se utilizaram mais de extensores do quadril, isso se deve provavelmente a forma de execução desse grupo durante o agachamento, porém algumas limitações comprometeram em responder algumas questões do agachamento total. • Contudo Bryanton et. al. (2012) investigou o torque muscular exercício pelas três articulações de MMII, em diversas amplitudes de movimento, em 10 indivíduos, se valendo de dinâmica reversa, e esforço muscular relativo. Os extensores de joelho como de quadril, comparado 90 com 105 graus, responderam a torques maiores com amplitudes de movimento maiores, os extensores de joelho responderam mais a profundidade do agachamento do que a carga utilizada. Isso em parte da algumas pistas, uma delas é que levantadores olímpicos tem quadríceps maiores do que outros atletas de força, uma provável causa disso é a utilização recorrente de agachamentos absortos. • 2. Abusar da cadeira extensora - a cadeira extensora promove elevados picos de tensão no ligamento cruzado anterior e também de compressão patelofemoral (Wilk et al., 1996; Kvist & Gillquist, 2001; Henning et al., 1985), tanto que há quase duas décadas já existiam autores que não recomendavam sua utilização (Signorile et al., 1994). A sugestão é substituí-la pelos exercícios de cadeia cinética fechada, como agachamento e leg press. • 3. Execução inadequada dos exercícios de cadeia cinética fechada - ao observar mulheres fazendo agachamentos e leg press, percebemos que os calcanhares se elevem ao final da fase excêntrica, deixando a força na ponta dos pés. Quando isso ocorre, a tensão no ligamento cruzado anterior aumenta de 2 a 4 vezes (Toutoungi et al., 2000). E então, o que fazer? Normalmente esse fenômeno ocorre devido a um encurtamento da musculatura da panturrilha e a correção virá com a melhora da flexibilidade. Como solução, pode-se fazer um trabalho direcionado, alongando a musculatura em treinos específicos e/ou realizar um trabalho progressivo no próprio exercício até que se consiga executa-lo adequadamente. E agora?