Ccej - História Da Igreja V
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Ccej - História Da Igreja V
História da Igreja
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1. Concílio de Nicéia
Papa durante o concílio: São Silvestre I;
Duração do Concílio: 20 de maio a 25 de julho de 325;
Temas principais: Primeiro a reunir a Cristandade.
Condena o Arianismo como heresia e exila Ário.
Proclama a igualdade de natureza entre o Pai e o Filho.
Redação do Símbolo ou Credo que se recita na missa.
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2. Constantinopla I
Papa durante o concílio: São Dâmaso I
Duração do Concílio: Maio a Julho de 381
Temas principais: Afirma a natureza divina do Espírito
Santo. Estabelece que o bispo de Constantinopla receberá
as honras logo após o de Roma.
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3.Éfeso
Papa durante o concílio: São Clestino I
Duração do Concílio: 22 de junho a 17 de julho de 431
Temas principais: Condena o Nestorianismo como
heresia. Afirma a unidade pessoal de Cristo e a
maternidade divina de Maria.
A Igreja Assíria do Oriente não reconhece este concílio e
nenhum dos posteriores.
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4. Calcedônia
Papa durante o concílio: São Leão Magno
Duração do Concílio: 08 de outubro a 1 de novembro de 451.
Temas principais: Condenação do monofisismo. Afirma a
unidade das duas naturezas, completas e perfeitas em Jesus
Cristo, humana e divina. É escrita a carta dogmática “Tomo a
Flaviano”pelo Papa Leão I. As Igrejas não Calcedonianas
não reconhecem este concílio e nenhum dos posteriores.
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5. Constantinopla II
Papa durante o concílio: Vigílio
Duração do Concílio: 5 de maio a 2 de junho de 553.
Temas principais: Condena os ensinamentos de Orígenes
e outros. Condena os documentos nestorianos designados
Os três Capítulos.
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6. Constantinopla III
Papa durante o concílio: Agatão
Duração do Concílio: 7 de novembro de 680-16 de
setembro de 681.
Temas principais: Dogmatiza as duas naturezas do Cristo.
Condena o monotelismo.
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7. Niceia II
Papa durante o concílio: Adriano I
Duração do Concílio: 24 de setembro a 23 de outubro de
787.
Temas principais: Regula a questão da veneração de
imagnes (ícones). Condena os iconoclastas.
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8. Constantinopla IV
Papa durante o concílio: Papa Adriano II
Duração do Concílio: 5 de outubro de 869 a 28 de
fevereiro de 870.
Temas principais: Condenação e deposição de Fócio,
patriarca de Constantinopla. Encerra temporariamente o
primeiro Cisma Ocidental.
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9. Latrão I
Papa durante o concílio: Calisto II
Duração do Concílio: 18 de março a 6 de abril de 1123.
Temas principais: Encerra a Questão das investiduras.
Independência da Igreja perante o poder temporal.
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10. Latrão II
Papa durante o concílio: Inocêncio II
Duração do Concílio: Abril de 1139
Temas principais: Torna obrigatório o celibato para o
clero na Igreja Ocidental. Fim do Cisma do Antipapa
Anacleto II.
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11. Latrão III
Papa durante o concílio: Alexandre III
Duração do Concílio: Março de 1179
Temas principais: Normas para a eleição do Papa
(maioria de 2/3) e da nomeação de bispos (idade mínima
de 30 anos). Excomungam-se os barões que, na França,
apoiavam os Cátaros.
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12. Latrão IV
Papa durante o concílio: Inocêncio III
Duração do Concílio: 11 de novembro a 30 de novembro
de 1215.
Temas principais: Determina que todo o cristão, chegado
ao uso da razão, é obrigado a receber a Confissão e a
Eucaristia na Páscoa. Condenação dos Albigenses,
Maniqueístas e Valdenses. Definição de transubstanciação.
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13. Lião I
Papa durante o concílio: Inocêncio IV
Duração do Concílio: 28 de junho a 17 de julho de 1245.
Temas principais: Deposição do Frederico II.
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14. Lião II
Papa durante o concílio: Beato Gregório X
Duração do Concílio: 7 de maio a 17 de julho de 1274.
Temas principais: Tentativa de reconciliação com a
Igreja Ortodoxa. Regulamentação do conclave para a
eleição papal. Cruzada para libertar Jerusalém. Institui o
conceito de Purgatório.
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15. Vienne
Papa durante o concílio: Clemente V
Duração do Concílio: 16 de outubro se 1311 a 6 de maio
de 1312.
Temas principais: Supressão dos Templários. Discute-se
a questão dos bordéis de Roma e a nomeação de um
arcebispo em Pequim, na China.
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16. Constança
Papa durante o concílio: Gregório XII e Martinho V.
Duração do Concílio: 5 de outubro de 1414 a 22 de abril de
1418.
Temas principais: Extingue o Grande Cisma do Ocidente.
Condenação de John Wvcliffe e de Jan Hus. Decreta a
supremacia do Concílio sobre o Papa (posteriormente
ab-rogado pelo Concílio Vaticano I). Eleição do Papa
Martinho V.
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17. Basileia – Ferrara - Florença
Papa durante o concílio: Eugênio IV
Duração do Concílio: 1431-1432.
Temas principais: Sanciona o cânon católico (relação
oficial dos livros da Bíblia), tenta nova união com as
Igrejas orientais ortodoxas. Reconhecimento no romano
pontífice de poderes sobre a Igreja Universal. Ratifica a
figura do Purgatório.
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18. Latrão V
Papa durante o concílio: Júlio II e Leão X
Duração do Concílio: 10 de maio de 1512 a 16 de março
de 1517.
Temas principais: Condenação do Concílio cismático de
Pisa (1409-1411) e do Conciliarismo.
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19. Trento
Papa durante o concílio: Paulo III, Julio III, Marcelo II,
Paulo IV e Pio IV.
Duração do Concílio: 13 de dezembro de 1545 a
dezembro de 1563.
Temas principais: Reforma Geral da Igreja, sobretudo
por causa do protestantismo. Confirmação da doutrina
acerca dos sete sacramentos e dos dogmas eucarísticos.
Decreta a versão da Vulgata como autêntica. O Concílio
da Contra-reforma.
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20. Vaticano I
• Papa durante o concílio: Beato Pio IX
• Duração do Concílio: 8 de dezembro de 1869 a 18 de
julho de 1870
• Temas principais: Reforça a ortodoxia estabelecida no
Concílio de Trento. Condena o Racionalismo, o
Naturalismo e o Modernismo. Dogmas sobre o
Primado do Papa e da infalibilidade papal na definição
expressa de doutrinas de fé e de costumes.
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Concílio Ecumênico
Vaticano II
Beato João Paulo II
“Sinto ainda mais intensamente o
dever de indicar o Concílio como a
grande graça que beneficiou a Igreja
no século XX: nele se encontra uma
bússola segura para orientar no
caminho do século que começa”
( Novo Millennio Ineunte, n.57)
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Papa Bento XVI
“Desejo afirmar com vigor a
vontade decidida de prosseguir
no compromisso de atuação do
Concílio Vaticano II” (1ª
Mensagem ao Cardeais após
sua eleição. 20 de abril de
2005).
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25 de Janeiro de 1959 – Aos cardeais e para o mundo
(radio vaticano) – como rastilho pólvora a idéia
conquistou logo o mundo e todos começaram a depositar
grandes esperanças no Concílio;
“Lançamos então uma primeira e pequena semente que
depusemos com mãos tremulas e coração apertado” (Const.
Após. Humanae Salutis – Convocação do Concílio)
Três meses depois de sua eleição;
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27
O Vat. II foi para a Igreja o “novo pentecostes”, tal evento
proporcionou uma reviravolta na vida da igreja. Abriu-
se as portas para que o cheio de mofo pudesse sair e
novos ventos circulassem.
Animado pela graça de Deus o Papa começou um
complexo e delicado trabalho de preparação – mobilizou
toda a Igreja Católica, como também outras igrejas e a
sociedade civil.
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O Vat. II foi de fato e direito o concílio ecumênico da
Igreja, desde sua preparação;
Antes de definir e determinar as questões, os temas, a
serem estudados durante o Concílio o Papa quis ter o
parecer do Colégio cardinalício, dos bispos, da cúria
romana, dos superiores das ordem, das universidades
católicas e etc...
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“Durante três anos trabalhou-se na preparação para
estabelecer com precisão e de maneira ampla, o que, em
nossa época, é mais conveniente à fé, à prática religiosa e
ao revigoramento das comunidades cristãs, especialmente
a católica.” (Mensagem radiofonia a um mês do inicio do Concílio)
“O principal objetivo do trabalho conciliar, não é o de
discutir princípios doutrinais, retomando o que padres e
teólogos, antigos e novos, ensinaram, que todos sabemos e
está profundamente gravado em nossas mentes” (idem)
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O Concílio significava para toda a Igreja uma pausa
sobre si mesma e por meio de uma profunda e afetuosa
investigação, dá continuidade a sua missão nos tempos
atuais.
É bom recordar que o Concílio de Trento (1545-1563) se
realizou no século XVI e o Vaticano I (1869-1870) no
final do século XIX;
E, também imaginemos o que significa uma reunião de
mais de 2.000 bispos;
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Cortejo solene dos Padres Conciliares...
32
Participaram do Concílio:
07 Patriarcas;
80 Cardeais;
2594 Arcebispos e Bispos;
97 Superiores Gerais de Ordens e Congregações (com
mais de 1.000 membros);
Observadores leigos e de algumas confissões cristãs;
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Primeiro período:
principais temas tratados
11 de outubro – 08 de dezembro de 1962
Foi eleita as comissões capitulares...
O primeiro esquema apresentado foi o da liturgia;
Era forte o Movimento litúrgico: “os fiéis não devem
assistir passivamente às funções sagradas, mas deve
participar ativamente, deveria ser introduzida a língua
“vernácula” na liturgia da Palavra, na missa e na
administração dos sacramentos, deveria fazer reforma nos
livros litúrgicos, dentre outros...
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Foram ainda discutidos 4 esquemas:
As fontes da revelação – debates interessantes e
inflamados – Intervenção do Papa;
Os meios de comunicação;
As igrejas orientais;
Sobre a igreja – esse foi bem aceito, porém com maior
atenção à natureza da igreja como Povo de Deus e à sua
missão em relação à humanidade
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Intervalo e morte de João XXIII
No primeiro período do Concílio houve muitas
discussões e nada tinha sido aprovado, ficou então
muito trabalho a ser avaliado, estudado e refletido.
Um trabalho silencioso, mas não menos importante.
Neste período, João XXIII estava acometido de um mal
incurável e que dificilmente poderia assistir a retomada
do Concílio.
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Pairavam dúvidas sobre a continuidade do Concílio,
mas nem por isso os trabalhos das comissões pararam,
buscando avaliar, aprofundar os temas tratados e os que
estariam por vir;
Já adquiria-se uma consciência grande sobre a
importância do que representaria o Concílio para a Igreja
(ir ao encontro das necessidades sem perder a validade da
doutrina);
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Neste período trabalhou-se o esquema sobre a Igreja,
reduzindo de 12 para 4 capítulos;
O esquema litúrgico;
O esquema da Revelação;
E o da relação Igreja - mundo
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Eleição do Paulo VI
21 de junho de 1963
Breve conclave (19-21 de junho), eleito o Card. João
Batista Mondini – Arcebispo de Milão;
Era membro da Comissão Preparatória;
Seis dias após sua eleição pediu a Secretário de Estado
do Vaticano que determinasse o dia 29 de setembro de
1963 o reinicio dos trabalhos;
“Poderíamos nós abandonar um caminho tão
magistralmente desenhado por João XXIII, visado
inclusive o futuro?”
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• Em sua primeira mensagem: “a parte mais
importante do pontificado será dedicada ao
prosseguimento do Concílio Ecumênico Vaticano II,
para o qual dirige-se os olhares de todos os homens de
boa vontade”.
• Paulo VI determinou 3 modificações no
regulamento: 1) Avocou para si o direito sobre a Cúria
Romana – atenuando as resistências em relação aos
Concílio. 2) Criou o colégio de moderadores que fazia
as mediações das sessões. 3) favoreceu a participação
dos leigos (15 – nenhum do Brasil).
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Segundo período:
principais temas tratados
29 de setembro – 04 de dezembro de 1963
Foi marcado por uma maior confiança: as
modificações feitas no regulamento e maior
conhecimento na dinâmica possibilitou uma melhor
participação e agilidade nos trabalhos;
O principal tema desse período será a IGREJA. Paulo
VI define quatro finalidades a serem alcançadas:
1) o conhecimento ou a consciência que a igreja tem de
si. 2) A reforma da Igreja. 3) a recondução dos cristão a
unidade. 4) o diálogo da Igreja com o mundo
moderno;
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Este período levou-se em consideração os esquemas
sobre a Igreja, ecumenismo e múnus pastoral dos
bispos:
IGREJA: o tema do Povo de Deus: necessidade de
valorizar o sacerdócio comum; a vocação universal
a santidade; a vitalidade e restauração do
diaconato permanente;
MÚNUS DOS BISPOS: circunscrição e reformas
nas diocese, a colegialidade, as conferências
episcopais;
ECUMENISMO: foram muitas as discussões – as
definições não agradava a todos.
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Primeiros documentos aprovados
Aprovados e promulgados no dia 04 de dezembro de
1963:
Constituição Sacrosanctum Concilium (liturgia) –
rompe com o rubricismo operante e possibilitou
uma vitalidade nas ações litúrgicas. APROVAÇÃO
com quase unanimidade;
Decreto Inter Minifica (comunicação social) – a
posição da Igreja diante da impressa, teatro,
cinema, rádio e da televisão...
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No seu discurso de encerramento deste segundo
período, Paulo VI anuncia uma peregrinação a
Jerusalém, grande evento em direção do
Ecumenismo.
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Terceiro período: principais
temas
14 de setembro de 1964 tratados
– 21 de novembro de 1964
O início desse período se deu com a missa
concelebrada, fato histórico, exprimindo assim de
modo emblemático a renovação litúrgica promovida
pela Constituição aprovada alguns meses antes;
Grandes discussões dos seguintes temas: Igreja,
múnus dos bispos, ecumenismo, revelação, vida dos
leigos e a igreja e o mundo contemporâneo;
50
Com tanta discussão, mas só 3 esquemas foram
aprovados:
Decreto Unitatis redintegratio (ecumenismo) –
princípios católicos, como e com quem deve ser feito;
Decreto Otientalium Ecclesiarum (igrejas orientais
católicas) – estudar e conhecer a diversidade de ritos
existentes, o valor das igrejas ocidentais e dentre
outros pontos importantes.
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Constituição Dogmática Lumem Gentium (Igreja) –
considerada a mais importante de todo Concílio. Ela é
dividida em 8 capítulos:
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3. A constituição hierárquica da Igreja: o episcopado -
apresenta a vocação e missão dos bispos, seu
ministério e as funções que lhes são cabíveis (ensinar,
santificar e governar). Apresenta também de forma
simples o lugar dos presbíteros e diáconos;
4. Os Leigos – o papel, a dignidade, o apostolado e
vocação profética dos leigos na construção do Reino,
como também a relação com a hierarquia e o mundo;
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5. Vocação universal à santidade na Igreja – Comum
a todos os fiéis, as várias formas da mesma e única
santidade, os caminhos e meios para chegarmos a
sermos santos e santas;
6. Os religiosos – a natureza e importância dessa
vocação para a vida da Igreja e por fim uma exortação à
perseverança;
7. A natureza escatológica da Igreja peregrina e sua
união com a Igreja celeste – a comunhão dos santos;
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8. Maria – o papel de Maria na economia da salvação e
a interação entre Maria e a Igreja
55
Quarto período:
principais temas tratados
14 de setembro de 1965 – 08 de dezembro 1965
O Concílio estava chegando à reta final e muitas coisas
ainda a serem feitas;
No discurso de abertura desse 4º período,
pronunciado no dia 14 de setembro de 1965, o Papa,
afirmava que a Igreja está a serviço de todos e por
missão deve fazer chegar a todas as pessoas a
mensagem de Cristo.
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No dia 28 de outubro de 1965 foram aprovados 4
esquemas:
• Decreto Cristus Dominus – Múnus pastoral dos
Bispos;
• Decreto Perfectae Caritatis – renovação da Vida
Religiosa, as diversidades de formas existentes..
• Decreto Optatam Totius – Formação sacerdotal.
Durante a discusão deste esquema, o Bispo Pedro
Paulo Koop, (Lins- Sp) propunha, devido a escassez
de sacerdotes a ordenação de homens casados. E a
pedido dos Bispos Latino-americano, a discussão
sobre a lei do celibato.
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A declaração Nostra Aetate – relação da Igreja com
as religiões não cristãs – promover a unidade e o amor
entre os povos.
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17 de novembro de 1965
Constituição dogmática Dei Verbum – sobre a
revelação divina, tradição, sagrada escritura...
60
18 de novembro de 1965
Decreto Apostolicam Actuositatem – Apostolado
dos leigos e leigas.
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07 de dezembro de 1965
Declaração Gravissimum educationis – Sobre a
educação cristã;
Declaração Dignitatis humane – liberdade religiosa
– o direito da pessoa e das comunidades à liberdade
social e civil em matéria religiosa;
Decreto Ad Gentes – atividade missionária da Igreja;
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Decreto Presbyterorum ordinis – o ministério e a
vida sacerdotal;
Constituição Pastoral Gaudium et spes – a Igreja no
mundo de hoje;
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Carta apostólica de encerramento do Concílio
O Concílio Vaticano II deve ser considerado entre
os mais importantes eventos da Igreja, tanto pelo
número de padres conciliares, como pelo fato de que
vieram à cátedra de Pedro de todas as partes da terra,
inclusive dos lugares em que só recentemente se
implantou a hierarquia.
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Os movimentos que
precederam o Concílio
• Movimento litúrgico – a 50 anos antes já era estudados
as reformas;
• Movimento bíblico – preparou os peritos para o
Concílio nas questões bíblicas. Aproximou no estudo
os católicos e protestantes, e também os judeus no
que se refere ao AT.
• Movimento teológico e filosófico;
• Ação Católica – a Igreja na massa;
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Nomenclatura dos
documentos
O nome é tirado das primeiras palavras com que
o documento se inicia
Constituição – Documento que pretende expor
verdades importantes de ordem doutrinal, mas
também pastoral. Foi uma inovação do Concílio elevar
ao patamar de Constituição a ordem pastoral;
São 4 Constituições.
Constituição Pastoral Gaudium et Spes – qualificação
inédita;
Constituições Dogmáticas Lumen Gentium e Dei
Verbum;
Constituição Sacrosanctum Concilium
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• Decreto – Documento que expõe disposições disciplinares
e pastorais. São documentos de ordem prática. Pelos
decretos, percebemos que o Concílio baixou diretrizes de
renovação e atualização em quase todos os campos da
Igreja. São 9.
Unitatis Redintegratio (Ecumenismo);
Orientalium Ecclesiarum (igrejas orientais católicas);
Ad Gentes (missões);
Christus Dominus (bispos);
Optatam Totius (formação sacerdotal)
Presbyterorum Ordinis (presbíteros);
Perfectae Caritatis (vida religiosa)
Apostolicam Actuositatem (leigos e leigas)
Inter Mirifica (meios de comunicação social)
69
Declaração – manifesta o pensamento da Igreja sobre
determinado problema mais vasto, de que não só ela se
ocupa. São 3 declarações:
70
Os assuntos quentes do
Concílio
A Igreja que se analisa e se define como
Povo de Deus
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Surge então uma nova
eclesiologia
PAPA
Cardeais
Arcebispos
Bispos
Padres
Religiosos
Religiosos
Leigos
Leigas
73
a,
p
Pa pos
s
Bi
Le igas
Le
igo
s
Jesus Cristo
es, s
Pa cono
re
Re ligi
r
á
lig osa
d
Di
io s
so
s
74
Colegialidade dos Bispos
Os bispos em conjuntos, colegialmente, possuem
responsabilidade e autoridade sobre toda a Igreja;
75
A liberdade religiosa
Era muito confuso, queriam evitar a todo custo;
Foi o documento mais discutido e emendado;
O Concílio quis dizer as obrigações religiosas diante de
Deus são tão importantes e pessoais que ninguém
pode ser impedido de cumprir essas obrigações, como
cada um acha que deve ser cumpri-las, segundo sua
consciência;
76
Ecumenismo
Se entende a intenção e o esforço de se procurar a
união de todos os cristãos, ressaltando tudo aquilo que
já nos une, em torno da mesma fé em Jesus Cristo;
Símbolo deste novo clima, foi a presença de
observadores de outras igrejas cristãs que de sessão em
sessão foi aumentando na basílica de São Pedro;
77
A Igreja e o mundo moderno
A Igreja quis se pronunciar sobre os mais graves
problemas que afligem o homem de hoje;
Traduzir em linguagem acessível a doutrina cristã,
aplicando-a aos problemas hoje existentes;
78
As ideias-forças do
Concílio
Renovação: O concílio foi convocado para renovar
a Igreja. Vivendo num mundo que se transforma
rapidamente, a Igreja precisa acompanhar os tempos,
porque é lá que se encontra os homens e mulheres
que ela deve reunir e salvar;
Inculturação: A igreja precisava se encarnar em cada
povo, em cada nação, em cada cultura. É preciso
conservar a unidade, mas sem impor a
uniformidade.
80
Descentralização: Não é mais possível que para cada
mínima coisa se precise recorrer a Roma. O Papa existe
para manter a unidade, e não para absorver todas as
decisões. A centralização era abafar o crescimento da
Igreja, impedir a renovação e a adaptação.
Serviço: A igreja está a serviço do ser humano. Por isto,
a Igreja precisa se apresentar pobre e despretensiosa,
para que não a vejam como dominadora.
81
Participação: A Igreja é de Todos e não só de alguns. O
Concílio foi redescobrir a rica noção bíblica, de que a
Igreja é um povo e não uma pequena elite. Quando o
povo um povo desperta exige democracia. Quando os
cristãos despertam, exigem participação na Igreja.
82
Palavras finais
As principais mudanças
operadas pelo Vaticano II
Recupera a noção de Igreja como povo de Deus;
Recoloca a proeminência da Palavra de Deus na vida
da Igreja e de cada cristão;
Aponta os caminhos para o diálogo com o mundo em
torno das grandes questões dos tempos atuais;
Coloca os fundamentos para a maior e mais profunda
reforma litúrgica realizada na Igreja em toda a sua
história;
85
Os ditos tradicionalistas dizem que o Concílio
Vaticano II rompe de modo herético com a tradição
bimilenar da Igreja: a Missa Tridentina e o Canto
Gregoriano perdem importância; além do modo
como todos os sete sacramentos são celebrados sofreu
também mudanças.
86
O Concílio Vaticano II já
está ultrapassado??
Parece urgente retomar o impulso renovador da Igreja,
suscitado pelo Concílio. Para isto, é importante
retornar ao Concílio, para perceber a grande
consistência que ele teve.
88
“Hoje corremos o risco de dar atenção a episódios
secundários, ignorando o peso do Vaticano II,
quando, desavisados trocamos ouro por
quinquilharias. Existem hoje muitas ofertas de
renovação eclesial que não possuem a densidade e o
peso daquelas propostas pelo Vaticano II” (Dom Demétrio
Valentini. Revisitar o Concílio Vaticano II).
89
Precisamos avançar ...
• Resta-nos um grande caminho a percorrer para que o
Concílio se implante com toda a sua riqueza em cada
recanto da Igreja e no coração de cada cristão, de
modo especial no tocante:
• A formação dos fiéis, para que possa ter participação
plena, consciente e frutuosa;
• Crescer mais na consciência de uma Igreja Povo de
Deus, na responsabilidade missionária, no
ecumenismo, na atuação dos cristãos no mundo de
hoje e na vivência de nossa vocação à santidade;
90
Proposta:
Realizar estudo contínuo e aprofundado dos
documentos, para que o Concílio não se torne letra
morta e inútil;
Com vigor, determinação e fidelidade ao Espírito
Santo somos chamados a fazer valer os grandes
objetivos do Vaticano II. Quais compromissos
devemos assumir?
91
FONTES
ALBERICO, Giuseppe (org). História dos Concílios
Ecumênicos. Paulus: São Paulo. 1995.
Revista Espírito, edição 101, junho de 2005.
Vocacionistas: Vitória da Conquista.
VALENTINI, Dom Demétrio. Revisitar o Concílio
Vaticano II. Paulinas: São Paulo. 2011.
Vaticano II. Mensagens, Discursos, Documentos.
Paulinas: São Paulo. 1998.
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