Unidade 1

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TÓPICO 1 – FISIOLOGIA DO PARTO

Unidade I TÓPICO 2 – ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE


DE SAÚDE NO CENTRO
Assistência de enfermagem no processo OBSTÉTRICO
gravídico puerperal e no nascimento dentro do
centro obstétrico TÓPICO 3 – ROTINAS DO CENTRO
OBSTÉTRICO

TÓPICO 4 – ASSISTÊNCIA IMEDIATA


AO RECÉM-NASCIDO
FISIOLOGIA DO PARTO

Aprender sobre a fisiologia do parto é a base para


que os profissionais que trabalham com parto e
nascimento conheçam o funcionamento do corpo da
parturiente e como o enfermeiro pode realizar suas
competências, refletindo, positivamente, para o momento
do trabalho de parto.
FISIOLOGIA DO PARTO

Parto normal é um processo fisiológico, mas também


um evento social, interagindo com a vida daquela família.
Além disso, é importante salientar que os profissionais da
saúde, envolvidos no parto, são coadjuvantes desse evento,
sendo a mulher a protagonista – porque o parto é da mulher.

O profissional desempenha um papel importante, que


é observar e avaliar o bem-estar maternofetal e colocar em
prática os seus conhecimentos em momentos necessários,
críticos, assegurando a saúde da mãe e do bebê, o que é uma
grande responsabilidade.
CONTRATILIDADE UTERINA

O útero tem uma grande função no final da


gravidez, que é expelir o feto e os anexos (placenta e
cordão), a partir das contrações uterinas. No entanto, antes
de tudo, é importante analisarmos a fisiologia do corpo do
útero e o desencadeamento do trabalho de parto.
CONTRATILIDADE UTERINA

Várias fases que correspondem a diferentes situações fisiológicas do útero


durante a gravidez e o parto:
Na fase 0, que corresponde à maior parte da gravidez, o corpo do útero permanece
em quiescência e pouco reativo aos estímulos contrácteis e o colo mantém-se
formado e fechado.
Na fase 1, de preparação para o parto, um conjunto de fatores mecânicos,
endócrinos e parácrinos prepara o tecido muscular liso do útero e do tecido
conjuntivo do colo para aumento progressivo da capacidade contráctil uterina e da
distensibilidade do colo.
A fase 2 corresponde à fase ativa do trabalho de parto (TP) e, finalmente, a fase 3
à de involução uterina
CONTRATILIDADE UTERINA

Como a contração uterina depende da interação de alguns fatores e


componentes proteicos que interagem entre si, essa interação proteica é modulada
pela miosina, que, resumidamente, quando ativada, possibilita a contração local
do miômetro. Somando várias interações, as células musculares se ligam umas às
outras, por meio de conexões proteicas, nomeadas conexinas (gap junctions): “[...]
a formação de gap junctions, conexões intercelulares entre as células musculares
lisas do útero, possibilita a coordenação, transmissão e otimização da formação
contráctil”
CONTRATILIDADE UTERINA

Três fatores primordiais de ativação da contração uterina durante o


trabalho de parto:

Síntese de prostaglandinas;
Aumento de receptores de ocitocina;
Formação de gap junctions.
CONTRATILIDADE UTERINA

Normalmente, em primíparas, variam de 6 a 18 horas de trabalho de parto


e, nas multíparas, de 6 a 10 horas até a completa dilatação, sem contar o período
expulsivo, após a dilatação total de 10 cm.
MECANISMO DO PARTO

Para o nascimento acontecer, de fato, não são apenas as contrações que


fazem todo o trabalho; o feto e a estrutura materna também têm grande
importância para a progressão do parto. “Corresponde à sequência dos
movimentos passivos da apresentação fetal, que permitem a passagem através do
canal do parto”
MECANISMO DO PARTO

Importante sabermos a posição do feto dentro do útero da mãe no trabalho de


parto, com base em alguns fatores, como a atitude e a posição importam muito
para uma boa progressão do parto. Graça (2017) explana que, em 96% das
gestações, o bebê está em uma situação longitudinal, cefálica (com a cabeça para
baixo) e fletido. Além disso, é possível sentir, a partir da manobra de Leopold
(palpação abdominal) e também pelo toque vaginal, a apresentação e a variedade
do feto.
MECANISMO DO PARTO

Os movimentos cardinais do feto, isto é, os movimentos do mecanismo de parto


que ocorrem em adaptação aos diâmetros estreitos do canal do parto, os quais se
dividem em seis momentos. Zugaib e Francisco (2016) salientam que essa divisão
é apenas para fins didáticos, já que, no momento real de uma assistência ao parto,
esses momentos acontecem continuadamente sobrepondo um ao outro. Para uma
melhor compreensão dos movimentos cardinais do feto, a Figura 2 expressa os
mecanismos do parto em apresentação de vértice.
FASES DO PARTO

“Nas ondas do mar”, pois é assim que muitos dos profissionais, que
trabalham com assistência ao parto, explicam à parturiente como é o trabalho de
parto: as contrações são como ondas do mar, que vêm e vão, com uma intensidade
progressiva e depois vão embora, sabendo que logo vão voltar. O parto é uma
trajetória cheia de emoções e, em cada etapa desse trajeto, há um tipo de
sentimento e experiência que a parturiente pode sentir, cabendo também ao
enfermeiro guiar essa mulher durante cada fase do parto.
FASES DO PARTO

O início do trabalho de parto se dá quando começam as contrações


uterinas regulares e dolorosas, e, consequentemente, ocorre a dilatação do colo
uterino.
ASSISTÊNCIA NO PRIMEIRO E
NO SEGUNDO PERÍODO DO
PARTO
O primeiro período é nomeado como o período da dilatação, do
apagamento do colo. “Esse período começa com as primeiras modificações
cervicais e termina com a dilatação completa do colo uterino (10 cm), de modo a
permitir a passagem fetal”
Esse primeiro período ainda é dividido por duas fases: a latente e a ativa
do trabalho de parto. A fase latente, conforme Nené, Marques e Batista (2016)
explicam, é a fase de apagamento do colo uterino e do início da dilatação (até 5
cm), podendo ser uma fase mais lenta em primíparas, com duração de mais de 6
horas. Essa fase não tem muito ritmo e pode ser bem variável. Já a fase ativa é
considerada após os 5 cm de dilatação até os 8 cm, quando começa a fase de
transição;
Nesse momento, é possível perceber melhor a relação feto-pélvica
A fase ativa é caracterizada por maior ritmo de contrações e dilatação mais
avançada e pode durar também, em média, 6 horas em primíparas. É considerada
dilatação total quando atinge os 10 cm, quando não é mais possível tocar o tecido
do colo na parte anterior da apresentação fetal. Na Figura 3, podemos observar o
processo do primeiro período, a dilatação de uma nulípara (1 a 4) e uma multípara
(5 a 8)
A assistência do enfermeiro no primeiro período, é imprescindível informar às
gestantes sobre a singularidade de cada parto para cada mulher, a intensidade da dor e o
tempo do parto, que pode ser diferente para cada parturiente. O incentivo para que a
parturiente adote posições que facilitem a progressão do trabalho de parto também faz
parte do papel do enfermeiro, como a verticalização, a deambulação e a movimentação
da pélvis.
A utilização da bola suíça, durante essa fase, traz muitos benefícios, como a
descida do bebê pelos estreitos da pélvis. Nené, Marques e Batista (2016) ainda afirmam
que a utilização do chuveiro também deve ser encorajada, bem como a realização de
massagens, a musicoterapia e outros métodos que transmitam segurança e calma.
Além de envolver o casal na tomada de decisão e a mulher como protagonista
desse momento, promover um ambiente calmo e tranquilo, livre de barulhos e distrações,
também é necessário esclarecer todos os procedimentos realizados, tendo uma
comunicação clara e adequada para esse momento. O enfermeiro deve também lembrar a
gestante de urinar com uma certa regularidade, para evitar a distensão vesical, pois isso
pode se tornar uma barreira para a descida do feto no canal do parto
A monitoração cardíaca fetal também deve ser realizada durante o primeiro
período do parto, visto a importância do bem-estar materno-fetal. Conforme as
recomendações da OMS (WHO, 2018), realiza-se a ausculta cardíaca fetal intermitente,
com Doppler móvel, Sonar ou Pinard de estetoscópio. A verificação dos sinais vitais
maternos no período também faz parte da assistência de Enfermagem.
O segundo período do parto, chamado de período expulsivo, o qual se inicia com
a dilatação completa e se encerra com a saída total do feto (MONTENEGRO;
REZENDE JUNIOR, 2016), há a presença da descida do feto pelo canal vaginal e as
contrações voluntárias da parede abdominal, que vêm do termo “vontade de empurrar”
ou os “puxos”; aos poucos, a vulva se abre com a apresentação fetal e, logo em seguida,
o desprendimento total. Esse período, segundo Nené, Marques e Batista (2016), pode
durar alguns minutos ou até 3 horas, sendo necessário saber a fisiologia do parto, para,
nesse momento, evitar intervenções desnecessárias, visto que é um momento em que a
paciência é uma virtude.
O terceiro período é designado quando a dequitadura da placenta acontece e,
segundo Nené, Marques e Batista (2016, p. 310), “decorre desde a expulsão do feto até à
expulsão da placenta”. Há uma diminuição das contrações uterinas, após a saída do feto,
e da área de implantação da placenta, fazendo com que ocorra uma tensão e rutura das
vilosidades, a formação de hematoma retroplacentar e aí o descolamento da placenta e
de sua expulsão. Essa saída da placenta tem dois tempos: a separação da placenta da
parede do útero e sua descida; e a saída dela até a vulva.
No quarto período, conhecido como puerpério imediato, ou período de
Greenberg, correspondente à primeira hora após o parto. Nené, Marques e Batista (2016)
salientam que esse momento é fundamental, nos processos hemostáticos, para impedir o
sangramento em excesso. Visto a grande probabilidade de hemorragias nesse período, a
assistência, a vigília e a observação da puérpera são essenciais.
Para a assistência de Enfermagem, nesse momento, é de grande importância
priorizar as queixas maternas, manter estáveis os sinais vitais da puérpera e a vigília de
perdas sanguíneas, que evitam desfechos infelizes.
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE
SAÚDE
NO CENTRO OBSTÉTRICO
O Enfermeiro sem as titulações [...] poderá realizar, como integrante da equipe de
saúde, o acompanhamento do trabalho de parto normal, realizar dinâmica uterina e toque
vaginal, entretanto, o conteúdo abordado na graduação não o capacita integralmente para
a realização de parto normal sem distocia. Não compete ao Auxiliar e Técnico de
Enfermagem a realização de dinâmica uterina e toque vaginal (COREN-SP, 2013, p. 5).
O enfermeiro, nesse cenário, contribui para uma assistência humanizada,
possibilitando um espaço de conforto à mulher, observando queixas, necessidades e
medos da parturiente, informando a parturiente sobre procedimentos e condutas do setor,
colocando em prática o consentimento informado e a estimulando a se tornar a
protagonista do seu parto, ao promover a presença do acompanhante e também realizar
métodos naturais de alívio da dor no momento das contrações; além disso, o enfermeiro
se mostra como o principal agente que valoriza a cultura, a crença, as necessidades e os
desejos da parturiente durante o parto, ou seja, é um profissional “chave” dentro do
centro obstétrico.
O ENFERMEIRO ESPECIALISTA NO CENTRO
OBSTÉTRICO

Art. 9º Às profissionais titulares de diploma ou certificados de Obstetriz ou de


Enfermeira Obstétrica, além das atividades de que trata o artigo precedente,
incumbe: I- prestação de assistência à parturiente e ao parto normal; II-
identificação das distocias obstétricas e tomada de providência até a chegada do
médico; III- realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação de anestesia
local, quando necessária
ROTINAS DO CENTRO OBSTÉTRICO

As gestantes que chegam ao setor devem, primeiramente, ser avaliadas, passando


pela triagem obstétrica, verificando a queixa para, após isso, o profissional
responsável do plantão realizar a conduta necessária. Conhecido também como
acolhimento da paciente, é na triagem que o enfermeiro ouve as queixas da
mulher, respeitando a Política Nacional da Humanização.
O Manual de Acolhimento e Classificação de Risco em Obstetrícia, do Ministério
da Saúde (BRASIL, 2018), salienta que esse momento é essencial para a
mulher/casal que procuram a instituição, muitas vezes, com maior frequência do
que deveria, devido a dúvidas e queixas que poderiam ter sido explicadas e
informadas com mais clareza.
Entre as atribuições do enfermeiro envolvido em Acolhimento e Classificação de Risco em
Obstetrícia (A&CRO) estão:
• Receber as fichas de atendimento, avaliando de forma ágil e responsável a prioridade da
mulher, de acordo com a queixa apresentada. • Chamar a mulher pelo nome, solicitando
também a presença de um acompanhante, caso seja desejo da usuária. • Acolher a mulher e
o acompanhante, de forma cordial e responsável. • Classificar o risco com rapidez e
eficiência, seguindo o protocolo adotado. • Anexar a ficha de “notificação de violência”,
quando houver suspeita ou confirmação de caso. • Registrar dados da classificação na ficha
de atendimento, sinalizando, por meio de cores, a classificação da mulher. • Registrar a
classificação no mapa do A&CR. • Orientar a mulher, de forma clara, quanto a sua situação
e ao tempo de espera do atendimento. • Entregar a ficha de atendimento ao técnico, para
que seja colocada nos consultórios. • Reclassificar as usuárias sempre que forem
identificadas alterações pela equipe. • Estar integrado com a equipe multiprofissional do
centro obstétrico/maternidade, buscando melhor resolutividade da atenção. • Supervisionar
o trabalho do técnico/auxiliar de Enfermagem e estagiário, orientando corretamente,
quando necessário. • Realizar passagem de plantão regularmente, não sendo permitido
abandonar o plantão sem que outro funcionário o assuma. • Registrar, em livro próprio, as
ocorrências do setor.
ROTINAS DO CENTRO OBSTÉTRICO

Para o início da triagem, a verificação dos sinais vitais da gestante, em conjunto


com a escala de nível de dor (Figura 8), e a ausculta do batimento cardíaco fetal
(BCF) são cuidados essenciais nesse momento, assim como a anotação desses
parâmetros no prontuário da paciente.
Para a classificação de risco obstétrico os seguintes fenômenos:

• Desmaio/mal estar geral.


• Dor abdominal/lombar/contrações uterinas.
• Dor de cabeça, tontura, vertigem.
• Falta de ar.
• Febre/sinais de infecção.
• Náuseas e vômitos.
• Perda de líquido vaginal/secreções.
• Perda de sangue via vaginal.
• Queixas urinárias.
• Parada/redução de movimentos fetais.
• Relato de convulsão.
• Outras queixas/situações
Manual de Acolhimento e Classificação de Risco em Obstetrícia
Parturiente estiver com trabalho de parto estabelecido, ou seja, com mais de 4 cm de dilatação e
contrações efetivas, tópicos de cuidados prestados na admissão da parturiente:

• Avaliação da temperatura axilar/auricular;


• Avaliação da PA no braço direito com grávida sentada – esfingomanômetro de
Hg nas grávidas com antecedentes de hipertensão, medidos automático nas
restantes;
• Avaliação da proteinúria (exceto nos casos de rotura de membranas);
• Informação à parturiente e família dos regulamentos do bloco de partos

Manual de Acolhimento e Classificação de Risco em Obstetrícia


ROTINAS DO CENTRO OBSTÉTRICO

Além disso, é importante a realização de testes rápidos, como vírus da


imunodeficiência humana (HIV) e exame de VDRL, além de saber o tipo
sanguíneo e o fator Rh, para a profilaxia anti-D no pós-parto, se for o caso de Rh
negativo. Ainda, é necessário perceber também as queixas e os motivos da
internação, como perda de líquido, dor em baixo ventre, contrações etc.
ROTINAS DO CENTRO OBSTÉTRICO

Na fase latente, cuidados de rotina:


• Avaliação da temperatura axilar/auricular, pulso radial e PA de 4 em 4 horas; •
Exame toxicológico de 2/2h se ocorrerem contrações rítmicas; • Exame
toxicológico imediato após suspeita de rutura de membranas; • Avaliação
cardiotocográfica durante 30 minutos em cada 2 horas, se não tiver havido
recentemente utilização de ocitocina e/ou prostaglandinas (se a parturiente não
pretender monitorização fetal apenas com auscultação intermitente) [...]; • Nas
parturientes sem rotura de membranas e que ainda não foram submetidas à
analgesia epidural, não se preconiza a restrição da mobilização se não estiverem a
realizar cardiotocografia; • Registro no partograma de todos os dados recolhidos;
[...] • Não se preconiza a administração por rotina de soros
ROTINAS DO CENTRO OBSTÉTRICO

• Avaliação da temperatura axilar/auricular, pulso radial e PA de 4/4 horas; •


Exame toxicológico de hora em hora, se nada ocorrer que justifique exame
imediato; • Monitorização cardíaca fetal; • Registro no partograma de todos os
dados recolhidos; • Não se preconiza o decúbito obrigatório [...]. Deve ser evitado
o decúbito dorsal prolongado
ROTINAS DO CENTRO OBSTÉTRICO

Após o nascimento, há a dequitação da placenta, período em que é preciso manter


o recém-nascido em contato, pele a pele, com a mãe, para promover a vinculação
e mantê-lo aquecido. O Ministério da Saúde (BRASIL, 2017a) recomenda dois
tipos de assistência nesse período:
ROTINAS DO CENTRO OBSTÉTRICO

Nesse momento, é importante ficarmos atentos a sinais de hemorragias e retenção


placentária. Por isso, em caso de uma conduta fisiológica e de a mulher apresentar
hemorragia ou a placenta demorar mais de 1 hora, após a expulsão do feto, para
dequitar, muda-se a conduta para ativa.
ASSISTÊNCIA IMEDIATA AO RECÉM-NASCIDO

20XX título da apresentação 41


Após o nascimento, a adaptação a vida extrauterina do recém-nascido deve ser
conduzida, de forma a minimizar traumas externos, podendo serem tomados
alguns cuidados para fazer dessa adaptação, ao mundo exterior, um período
tranquilo e positivo para o bebê e também para a família. O enfermeiro mostra-se
um grande agente nesse meio, sendo necessário o apoio e ter uma visão integral
não apenas dos procedimentos realizados, mas percebendo a real importância do
cuidado com esse bebê e o impacto que essa atenção e assistência humanizada
terá para o seu desenvolvimento
A primeira hora de vida do recém-nascido é um período sensível, chamado na
literatura como “hora sagrada”, ou “hora de ouro”, onde o mesmo encontra-se
tranquilo, com os olhos abertos e receptivo ao meio externo, ideal para iniciar a
interação com a mãe. Ao ser colocado no tórax materno imediatamente após o
parto, o recémnascido, por meio de reflexos e estímulos olfativos é capaz de
localizar o mamilo da mãe e iniciar o processo do aleitamento. Estes estímulos
sensoriais, como o toque e o odor, promovem a liberação de ocitocina materna,
que além de auxiliar na prevenção de hemorragias, estimula o instinto materno de
proteção ao recém-nascido e contribui para a ejeção do colostro
A amamentação, na primeira hora de vida, é uma prática recomendada pela OMS
(WHO, 2022), que ainda salienta a necessidade de auxiliar esse estímulo também
com os bebês com baixo peso ao nascer, vistos os inúmeros benefícios do
aleitamento materno para o recém-nascido e também para a mãe. Isso deve ser
realizado quando ambos estiverem clinicamente estáveis.
Alguns autores, como Silva et al. (2018), trazem os benefícios da amamentação
na sala de parto, que são: melhora da adaptação do bebê a vida extrauterina,
regulação da glicemia, regulação do sistema cardiorrespiratório e também
térmico. A mãe também se beneficia quando o bebê suga, por ser estimulada a
produção de ocitocina e prolactina, além de auxiliar na contração uterina
mantendo o globo de segurança, produzindo ainda mais leite no
organismo,favorecendo a continuidade de um aleitamento materno saudável.
Nesse tempo, é importante salientar que o profissional responsável, podendo ser
pediatra ou quem assiste/realiza o parto, deve avaliar a vitalidade do recém-
nascido ao nascer, para a aplicação da Escala de Apgar (Figura 12), que, segundo
Nené, Marques e Batista (2016), é uma forma de sistematizar o período de
transição do recém-nascido e indicar a necessidade de cuidados para esse bebê,
sendo o valor mínimo da escala 0 e o máximo 10. Assim, se o escore estiver entre
7 e 10, é sinal de que não houve dificuldade do recém-nascido para se adaptar à
vida extrauterina; se o escore for de 4 a 6, demonstra que houve um grau
moderado; e, se for 0 a 3, é grave.
Orientações de cuidados imediatos após expulsão do recém-nascido.

Preparar e verificar o material necessário para a apresentação de cuidados


imediatos ao recém-nascido. Coletar informação. Utilizar luvas de proteção para
cuidar do recém-nascido. Verificar a hora exata do nascimento. Receber o recém-
nascido em um campo, previamente aquecido, de preferência que seja macio.
Proceder ao clampeamento definitivo do cordão umbilical, conforme
recomendações. Se a condição geral do recém-nascido não permitir, o
clampeamento deve ser imediato. Cortar o cordão com tesoura esterilizada.
Posicionar o recém-nascido no colo da mãe. Secar o recém-nascido com
movimentos suaves, com estimulação tátil, tendo o cuidado de manter a cabeça
coberta. Substituir o campo por panos novos e aquecidos.
Avaliar o índice de Apgar. Identificar o recém-nascido, conforme protocolo da
instituição. Fomentar o processo de vinculação através do contato pele a pele,
quando recém-nascido estável. Após recomendações do período de contato pele a
pele, transportar o recém-nascido para o posto de cuidados o bebê, colocá-lo sob
fonte de calor. Posicionar o recém-nascido em decúbito dorsal. Aspiração,
somente se necessário, conforme recomendações e avaliações clínicas. Realizar a
observação inicial, para detectar malformações externas ou outros indicadores
passíveis de influenciar a evolução neonatal. Administrar 1 mg de vitamina K, por
via intramuscular, no terço médio do músculo vasto lateral da coxa esquerda.
Administrar método Credé em região ocular. Pesar e realizar as medidas
antropométricas. Dar banho com água corrente apenas em situações de suspeita
ou confirmação de infecção materna, conforme protocolo hospitalar. Colocar
fralda. Manter o coto umbilical exterior a fralda. Vestir o recém-nascido com
roupa previamente aquecida. Envolver o recém-nascido numa manta quente.
Estimular a amamentação. Registrar todos os procedimentos
Trabalho RN
Exame físico.
Icterícia

20XX título da apresentação 49


Obrigada

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